Maquete Sobre Adaptação de Hotéis para Deficientes Visuais
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- Carlos Eduardo Rosa de Sousa
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1 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS ELETRÔNICOS Maquete Sobre Adaptação de Hotéis para Deficientes Visuais Lucas Esteves Conceição - NºUSP: Luciana Takamori - NºUSP: Rodrigo Bettini Alonso - NºUSP: Tiago Schelp Lopes - NºUSP: São Paulo 2007
2 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS ELETRÔNICOS Maquete Sobre Adaptação de Hotéis para Deficientes Visuais Relatório apresentado à Disciplina de Práticas de Eletricidade e Eletrônica II junto ao Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Orientador: Professor Ronaldo Mansano São Paulo 2007
3 PREFÁCIO O objetivo deste relatório final é divulgar os resultados técnicos obtidos e analisados a partir da construção de uma maquete que contenha uma solução para a localização e para a locomoção dos deficientes visuais. Foi elaborado no 2º semestre de 2007, como parte dos requisitos da disciplina PSI Essa maquete serviu de modelo para se saber que tipo de alterações físicas os hotéis teriam que fazer para se adequar ao sistema utilizado nesse projeto para solucionar o problema de localização e locomoção de deficientes visuais em locais desconhecidos.
4 FICHA CATALOGRÁFICA Esteves Conceição, Lucas Takamori, Luciana Bettini Alonso, Rodrigo Schelp Lopes, Tiago Maquete sobre adaptações de hotéis para deficientes visuais. São Paulo, p. Relatório Técnico-Científico Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos.
5 RESUMO Este projeto pretende desenvolver e montar uma maquete que permita a visualização das alterações necessárias para a implantação de adaptações para a locomoção de deficientes visuais. Dentre as várias soluções possíveis, a escolhida pelo grupo foi a utilização de sensores infravermelhos, equipamentos comuns em segurança eletrônica, que ao identificar uma pessoa transmitem um sinal que é recebido por um aparelho, que estaria com o deficiente visual, e aciona um módulo de voz que transmite uma mensagem sonora ao deficiente dizendo onde ele está e as direções que ele pode tomar. No projeto, construiu-se uma maquete na qual se colocou alguns sensores, cada um com um dispositivo transmissor, e construíram um dispositivo receptor que recebe os sinais dos sensores acendendo um determinado LED, que corresponderia a uma mensagem no módulo de voz. Essa simplificação foi devido ao objetivo do grupo não ser construir o aparelho em si, mas mostrar a idéia de seu funcionamento, que é a de um aparelho que reconhece uma certa posição através do sinal de um determinado sensor e identifica para o usuário onde ele está e para onde pode ir. Os possíveis desdobramentos desse projeto seria a implementação do sistema de localização parecido para restaurantes, supermercados, teatros, entre outros.
6 SUMÁRIO 1 Introdução Objetivo Justificativa Metodologia O Uso do circuito para a locomoção dos deficientes visuais Uma breve descrição dos outros usos desse circuito MATERIAIS E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÕES CONCLUSÕES... 8 REFERÊNCIAS... 9 ANEXO APÊNDICE A FICHA DE IDENTIFICAÇÃO... 34
7 1 1 INTRODUÇÃO A idéia de fazer esse projeto veio da familiaridade com o Projeto de Maquete Sobre o Consumo de Energia Elétrica em uma Residência (Projeto 3G), dos comentários feitos pelos professores sobre o projeto Poli Cidadã e que na época ocorreu os jogos mundiais para deficientes visuais em São Paulo. 1.1 Objetivo O objetivo é poder aumentar a autonomia dos deficientes visuais para poderem localizar-se e deslocar-se dentro de um hotel, ambiente não familiar, encontrando o mínimo de dificuldades possíveis. 1.2 Justificativa A justificativa é dar a possibilidade um deficiente visual poder localizarse e deslocar-se em um local não familiar sem a ajuda de outra pessoa (as vezes desconhecida), pois pode ser desagradável e às vezes constrangedor. Por exemplo: pedir para informar como chegar em um determinado quarto dentro do hotel, ou ainda, para levá-los até um corredor em um supermercado para achar um produto ou pedir para outros lerem o preço de um produto. 1.3 Metodologia Primeiramente, foram entrevistados alguns deficientes visuais para se saber quais as reclamações que eles tinham dos hotéis os quais não estavam preparados para recebê-los. Descobriu-se que a dificuldade aparecia na hora deles se locomoverem pelo hotel, e então foi decidido que o projeto seria uma maquete com um sistema que facilitaria na localização e no deslocamento dentro do hotel.
8 2 Depois houve uma pesquisa sobre aparelhos eletrônicos que poderiam ajudar a montar esse sistema, como sensores, transmissores e receptores, entre outros. Com o estudo descobriu-se uma maneira de montar esse sistema, descrita no tópico 2, por último foi montado o circuito e a maquete, e a maneira utilizada para montá-los está descrita no tópico 3.
9 3 2 O USO DO CIRCUITO PARA A LOCOMOÇÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS O circuito montado com o módulo de voz, pode ser usado para a locomoção de deficientes visuais da seguinte forma: quando a pessoa se locomove por um hotel, identifica a direção que está o seu quarto e as outras dependências através de placas, sejam as da saída do elevador ou as pequenas placas com número dos quartos na frente das portas, é necessário um sinal, no caso do tipo visual para as pessoas poderem se localizar. Para um deficiente visual não é diferente, porem é necessária uma mudança no tipo de sinal que ele recebe para ele poder se localizar e se locomover, que no caso do projeto, o sinal sugerido seria o sinal sonoro, assim o deficiente visual pode saber onde está e para onde pode ir. Para isso, haveria um sensor para cada placa do hotel e um sensor em cima da porta dos quartos, e tendo dois quartos um em frente ao outro só usaria um sensor. Quando alguma pessoa passar pelo sensor, um sinal é enviado, mas só o deficiente visual com o receptor receberia esse sinal e então o deficiente visual ouviria uma mensagem com a informação da placa ou o número dos quartos pelos quais ele está passando. Para fazer uma simplificação no projeto, o sinal recebido acende um determinado LED. 2.1 Uma breve descrição dos outros usos desse circuito Outro uso para esse sistema seria o de identificar onde está um produto dentro de um supermercado. Quando o deficiente visual, portando o receptor, chegasse ao supermercado, um sensor na porta de entrada o identifica e manda um sinal para o receptor acionando o módulo de voz que diria como ele se dirige para o corredor central. Em seguida, em cada corredor lateral haveria um sensor que envia um sinal que diz para o
10 4 deficiente visual quais são as seções do corredor à sua direita e do corredor à sua esquerda. Outra utilidade encontrar o assento do deficiente visual em um restaurante, teatro ou cinema, de maneira parecida com que o levaria a um produto em um supermercado: primeiro um sensor na porta envia um sinal que faz o módulo de voz dizer que assentos estão mais próximos de cada corredor do local e onde eles estão, e a cada fileira de cadeiras seria instalado um sensor que diria qual o número dos assentos à sua direita e à sua esquerda, então o deficiente visual teria que contar para a esquerda ou para a direita para achar o seu assento.
11 5 3 MATERIAIS E MÉTODOS Os materiais utilizados na construção dos circuitos foram: 3 sensores Paradox R$35,00 (não foram comprados) 4 protoboard R$2,50 cada Para a construção do transmissor: 1 codificador MC145026p - R$3,00 1 transmissor RF R$6,00 1 resistor 100kΩ - R$0,05 1 resistor 51kΩ R$0,05 1 resistor 470Ω em série com um LED (indicando que o sistema esta energizado) R$0,05 1 capacitor de poliéster 5,6 nf R$0,30 2 reles de 5V para acionar o circuito codificador quando a chave do sensor de presença for fechada R$2,00 cada Para a construção do receptor: 1 decodificador MC145027p R$25,00 1 receptor RF R$12,00 1 resistor 51kΩ - R$0,05 1 resistor 200kΩ R$0,05 1 capacitor de cerâmica 22nF - R$0,20 1 capacitor de cerâmica 100nF R$0,20 Utilizou-se 3 transmissores e 1 receptor. A procura por componentes foi dificultada devido à falta de conhecimento técnico em componentes eletrônicos. A primeira ida à rua Santa Efigênia foi pouco esclarecedora quanto aos componentes que poderiam ser utilizados pois os vendedores de componentes eletrônicos nem sempre sabem o que estão vendendo. Depois de muito estudo dos componentes comprados nesse primeiro teste, percebeu-se que não seriam úteis os CI s adquiridos. Após uma busca
12 6 na internet por textos esclarecedores, leitura de diversos datasheets e depois de desmontar um controle remoto de portão, encontrou-se o modelo do codificador e decodificador que seria utilizado, o MC145026p e o MC145027p. Esse último comprado pela internet, pois não foi encontrado em nenhuma loja. A montagem, apesar de trabalhosa por demandar muito cuidado e atenção, foi relativamente tranqüila, ocorrendo poucos erros de execução. O primeiro teste do circuito foi um sucesso, pois este respondeu da maneira esperada. A reprodução dos circuitos transmissores foi igualmente tranqüila, e foi cumprido o cronograma proposto pelo projeto a tempo de instalar os circuitos na maquete. Os materiais utilizados na construção da maquete foram: 14 fragmentos de madeira marfim 7 mm x 10 mm x 1m - R$31,00 ao todo 1 tábua compensada 10 mm x 40 cm x 120 cm - R$19,00 3 cartolinas duplex - R$4,60 ao todo 1 cola especial para madeira - R$6,20 Papel de parede (não foi comprado e o preço é variado) Material para decoração (não foi comprado e o preço é variado) A maquete, com a escala de 1:20, foi montada colando as partes de madeira à tabua com cola especial para madeira, a cartolina duplex foi aplicada sob a madeira, instalou-se o circuito e o camuflou, foram passados os fios de alimentação e se decorou a maquete com papel de parede e material de decoração.
13 7 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES A escolha desse sistema ao invés de outros foi devido à praticidade e versatilidade dentro do local alvo do projeto que é um hotel. E mesmo não resolvendo a maioria dos problemas de localização e locomoção dos deficientes visuais, ele tem uma alta eficiência nos hotéis devido ao fato que um hotel ser um lugar fechado e conter muitos corredores onde um deficiente visual consegue se deslocar sem dificuldade desde que seja instruído para onde estão os lugares que ele pode se locomover. Outro aspecto que no inicio parece desfavorável, mas na verdade é uma vantagem frente a outros sistemas eletrônicos pensados para resolver esse problema foi o custo do circuito que foi de R$ 87,85 (esse custo não inclui o custo dos sensores, com eles o custo sobe para R$192,85). Vale lembrar que os componentes usados no projeto não são aos mais baratos no mercado e que não foi usado nenhum módulo de voz, peça vital se esse sistema quisesse ser instalado em um hotel. O resultado do projeto foi alcançado, pois o circuito e a maquete foram montados e testados a tempo, e estão funcionando como eram as previsões do sistema.
14 8 5 CONCLUSÕES Como observado a partir das evidências apresentadas, pode ser dito que o projeto foi bem executado, custou R$148,65 e apresentou resultados positivos pois o circuito de detecção, transmissão e recepção estão funcionando. Se o projeto fosse instalado em um hotel, o custo aumentaria devido ao módulo de voz. A principal contribuição deste trabalho para a vida de engenheiros dos membros do projeto foi um melhor entendimento do funcionamento de um transmissor, de um receptor e de um sensor. Além de mostrar que a sociedade não sabe quais são as necessidades de um deficiente visual, fato percebido nas entrevistas, e que ainda não está preparada para dar iguais condições de vida para os habitantes deste país. Recomendam-se os seguintes estudos futuros: descobrir a real eficiência do sistema discutido e implementado nesse projeto e a viabilidade econômica do mesmo.
15 9 REFERÊNCIAS Motorola- Encoder and Decoder Pairs CMOS. (em Anexo) Orsini, L. Q. e Consonni, Denise Curso de Circuitos Elétricos, Vol. 1(2002), 2ª Edição, Ed. Blücher, São Paulo Orsini, L. Q. e Consonni, Denise Curso de Circuitos Elétricos, Vol. 2(2002), 2ª Edição, Ed. Blücher, São Paulo
16 10 ANEXO Datasheet dos CI s
17 11 Apêndice A - Imagens A maquete construída teve como ponto de partida a imagem abaixo: A partir de melhor análise da disposição de móveis e quartos foram feitas melhorias a fim de deixar em evidência a possível utilização do circuito montado.
18 12 Figura1: o circuito receptor - cima Figura 2: o circuito receptor verso
19 13 figura 3: circuito receptor frente figura 4: o circuito transmissor e os sensores de presença
20 figura 5: a maquete 14
21 figura 6: na apresentação 15
22 16 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO Classificação de segurança Documento nº 1 Data (Novembro de 2007) Título e subtítulo Maquete sobre adaptação de hotéis para deficientes visuais. Projeto 3L1 Nº do volume um Nº da parte um Título do Projeto Maquete sobre adaptação de hotéis para deficientes visuais. Entidade Executora (Autor Coletivo) Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Autor (es): Esteves da Conceição, Lucas Takamori, Luciana Bettini Alonso, Rodrigo Schelp Lopes, Tiago Resumo Palavras-chave: Maquete, deficientes visuais, localização. Nº edição:1 Nº páginas: 34 Observações
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