VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CRAS JARDIM PARAÍSO: EQUIPAMENTO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA
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- Luciano da Silva Coimbra
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1 VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CRAS JARDIM PARAÍSO: EQUIPAMENTO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA DIAS, Jessica Eloise Volski 1 PEREIRA, Aline Dayane 2 RUTHES, Pamela Caroliny Endler 3 VOITENA, Eliane Fátima 4 LAVORATTI, Cleide 5 Resumo O Sistema Único de Assistência Social está divido, hierarquicamente, em Proteção Social Especial e Proteção Social Básica. Os Centros de Referência de Assistência Social encontram-se inseridos na Proteção Social Básica e são locais onde a população tem acesso aos serviços que visam manter os vínculos familiares e comunitários das famílias e indivíduos. Tem como principal objetivo desenvolver ações e serviços junto às famílias para enfrentamento das situações de vulnerabilidade decorrente da pobreza, problemas afetivos, familiares e sociais, bem como a prevenção de situações de risco, por meio do desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos e do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Os CRAS se localizam em áreas de grande vulnerabilidade. Neste sentido, será feita uma exposição sobre o CRAS Jardim Paraíso que está localizado na região de Uvaranas e atende um total de 42 vilas e o distrito de Itaiacoca. É gerenciado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e deve atender ao que dita a Norma Operacional Básica (2005). As informações contidas neste artigo descrevem o Campo de Estágio CRAS Jardim Paraíso, informando sobre seu funcionamento, área de abrangência, demanda e perfil da população atendida, bem como os programas e projetos e as atividades executadas pelos profissionais. Diante do exposto cabe ressaltar o papel do Serviço Social na instituição e a importância de refletir sobre a atuação profissional dentro dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS. Palavras-chave: Estágio, CRAS, CRAS Jardim Paraíso. CENTROS DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL A Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS estabelece que a Assistência 1 Acadêmica de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa Estagiária do CRAS Jardim Paraíso. 2 Acadêmica de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa Estagiária do CRAS Jardim Paraíso. 3 Acadêmica de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa Estagiária do CRAS Jardim Paraíso. 4 Assistente Social do SESC Ponta Grossa. 5 Professora Doutora da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
2 Social é direito do cidadão e dever do Estado, é política da seguridade social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade para garantir o atendimento as necessidades básicas (1993). O Centro de Referência de Assistência Social é um equipamento da Proteção Social Básica de base territorial localizado em áreas de vulnerabilidade social. É considerada a porta de entrada dos serviços socioassistenciais. Deve oferecer serviços que atendam a família e o individuo em seu contexto comunitário, mas sem desconsiderar sua singularidade. Sua gestão é responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social. Os serviços oferecidos pelos CRAS estão previstos na Norma Operacional Básica (2005). CRAS JARDIM PARAÍSO O Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Jardim Paraíso foi criado no dia 19 de junho de No espaço ocupado pelo CRAS Jd. Paraíso era desenvolvido o projeto Casa Brasil, cujo objetivo era a inclusão digital e o desenvolvimento de atividades em grupo. Pela territorialização do município, a área de abrangência do CRAS Jardim Paraíso compreende 42 Vilas 6, o distrito rural de Itaiacoca e o Pré-assentamento Emiliano Zapata. O primeiro contato com o usuário que chega ao CRAS ocorre no préatendimento, e onde verifica-se se esse reside na área de abrangência de atendimento do CRAS. Em seguida é realizado referenciamento, e esse é encaminhado para escuta qualificada que é realizada pela assistente social, psicóloga e estagiárias de serviço social, sendo por plantão ou agendamento, onde se identificam as vulnerabilidades e demandas. Quando referenciado o usuário é convidado a participar da reunião da acolhida para que este possa conhecer o funcionamento da instituição, sua origem e objetivos, bem como as atividades oferecidas. No CRAS também é realizado o preenchimento e atualização de Cadastro Único pelos profissionais capacitados. 6 Bertha, Bertha II, Bom Jesus, Borsato, Castanheira, Cinto Ver, Dal Col, Davi Federmann, Eduardo, Herculano Torres, Hoffmann, Jardim Cachoeira, Jardim Centenário, Jardim Isabela, Jardim Paraíso, Jardim Paraiso II, Jardim Pontagrossense, Jardim Primavera, Jardim Primor, Jardim Progresso, Jardim Samara, Jardim Vila Velha, La Fiori, Max, Morumbi, Neri, Núcleo Pimentel, Padre Roque, Parque Tarobá, Quero- Quero I, Quero-Quero II, Rubini I, Rubini II, San Martin, Santa Cecília, São Francisco, São Marcos, São Vicente de Paula, Teixera Mendes, Tropeiros II, Vicentina e o distrito de Itaiacoca, Recanto Verde.
3 As demandas atendidas pelo CRAS Jardim Paraíso são as apresentadas em situação de vulnerabilidade social, decorrente de expressões da questão social (pobreza, desemprego, habitação e por fragilização dos vínculos familiares) e famílias beneficiárias de programas socioassistenciais. A equipe do CRAS Jardim Paraíso conta atualmente com 01 assistente social, 01 psicóloga e 01 pedagoga, que formam a equipe técnica, e com 01 auxiliar administrativo, 01 agente social, 02 educadoras sociais, 02 auxiliar de serviços gerais, 01 motorista, 03 estagiárias de Serviço Social e 02 estagiários de psicologia. Para cumprir o que orienta a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais o CRAS Jardim Paraíso executa os seguintes programas e projetos: PAIF, Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada e Projovem Adolescente. Além das atividades exercidas com o objetivo de cumprir as prerrogativas do SUAS: Grupo de Crianças de 4 a 14 anos, Grupo de Idosos "Café com Conversa, Grupo de Mulheres "Roda de Amigos", Reunião de Acolhida, "Roda de Conversa", Clube da Amizade Artesanato, Cursos Profissionalizantes e Ação Rural. SERVIÇO SOCIAL E CRAS JARDIM PARAÍSO Ao se pensar na atuação do Assistente Social e no seu objeto e especificidade de atuação Iamamoto (2000) afirma que o assistente social trabalha diretamente com as expressões da questão social nas mais variadas expressões do cotidiano, ou seja, nas diversas áreas de atuação profissional: saúde, educação, habitação, criança e adolescente, dentre outras. Afirma ainda que esse fenômeno é a matéria prima do trabalho profissional, sendo a prática profissional compreendida como uma especialização do trabalho, participe de um processo de trabalho (Iamamoto, 2000, p 59). O CRAS, por se localizar em um lugar onde se encontra um alto índice de vulnerabilidade social, recebe diversas demandas que vão de encontro às expressões da questão social. O profissional de Serviço social tem participação no planejamento e desenvolvimento de quase todas as ações dentro do CRAS. Para a realização dessas ações, o Assistente Social faz uso dos principais instrumentais: observação, escuta, visita domiciliar, encaminhamentos, relatórios/laudos, pareceres, acompanhamento social.
4 Como campo de estágio, o CRAS proporciona diversas vivências da realidade social da classe trabalhadora. Apesar das estagiárias realizarem funções pré-definidas, tem a oportunidade de estar em contato com as outras competências do Serviço Social dentro da instituição, com o intuito de adquirir um conhecimento mais amplo neste campo de estágio. Duas estagiárias realizam atividades com grupos (idosos, crianças e adolescentes), com o objetivo de emancipar os sujeitos por meio de encontros que proporcionam a discussão de temáticas diversas relacionadas à realidade de cada grupo. A terceira estagiária realiza atendimento do BPC, utilizando-se dos instrumentais, como visita domiciliar, escuta qualificada e encaminhamentos. É importante ressaltar que é dever do profissional conhecer as normativas e leis que regulamentam a profissão e ação, tais como: Lei Orgânica da Assistência Social (Lei de 8 de Dezembro de 1998 n 8742); Norma Operacional Básica do SUAS (NOB/SUAS 1995); Norma Operacional Básica- Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS); Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004); Tipificação Nacional de Serviços Sociassistenciais (2009); Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais (1993). São documentos necessários para a atuação do profissional e visam garantir um atendimento de qualidade a população usuária da Política Pública de Assistência Social Neste sentido, é possível pensar a atuação do Assistente Social, frente a atuação as expressões da questão social apresentadas no cotidiano. Sendo assim, entende-se que o profissional de Serviço Social deve-se manter comprometido com o direito do usuário, buscando alternativas para que esses direitos sejam garantidos. Dentro do campo, ressalta-se a importância do estágio supervisionado, onde, o acadêmico tem a possibilidade de conhecer sua área de atuação profissional, observar as diversas expressões da questão social que se apresentam para a instituição e assim, juntamente com seus supervisores pensar as estratégias de atuação, pautados em referencial teórico, formulando ações que visam garantir os direitos da população usuária.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei Orgânica de Assistência Social (1993). Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS. NOB-RH/SUAS: resolução n 269, de 13 de dezembro de Ministério de Desenvolvimento de Combate à fome e conselho Nacional de Assistência Social, Conselho Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília, 2005.Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. (Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009). Brasília. MDS: DIAS, Jessica Eloise Volski. PEREIRA, Aline Dayane. RUTHES, Pamela Caroliny Endler. SOUZA, Jessica Cavalheiro de. Caracterização CRAS Jardim Paraíso. Ponta Grossa, IAMAMOTO, Marilda V. A Questão Social no Capitalismo. Temporalis / Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Ano 2 (jan/jul.2001). Brasília; ABEPSS, p.
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