Produção de Alimentos Orgânicos
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- Eric Bento Moreira
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1 Curso FIC Produção de Alimentos Orgânicos Fernando Domingo Zinger 11/08/2015
2 Qualidade dos Alimentos Preocupação da população com: Impactos sociais e ambientais dos sistemas de produção convencionais. Aumento na demanda por produtos considerados limpos, de maior valor nutritivo e produzidos com respeito ao meio ambiente e com justiça social.
3 Triste Realidade O pimentão, o morango, pepino, alface, cenoura são os produtos que mais registram a presença de agrotóxicos nas fiscalizações da Anvisa.
4 Triste Realidade Despreparo e falta de ética na produção.
5 AGROECOLOGIA Agroecologia é a ciência que apresenta uma série de princípios e metodologias para estudar, analisar, dirigir, desenhar e avaliar sistemas de produção de base ecológica (ALTIERI, 1995). É uma nova abordagem que integra os conhecimentos científicos (agronômicos, veterinários, zootécnicos, ecológicos, sociais, econômicos e antropológicos) aos conhecimentos populares para a compreensão, avaliação e implementação de sistemas agrícolas, com vistas a sustentabilidade. Fonte: EMBRAPA (2014)
6 AGROECOLOGIA Agricultura Orgânica Agricultura Biodinâmica Agricultura Natural Agricultura Biológica Permacultura Agricultura Natural Agricultura Regenerativa Fonte: EMBRAPA (2014)
7 Agricultura Orgânica Em termos simples: A agricultura orgânica é a aplicação prática dos conhecimentos gerados pela agroecologia Preservação e ampliação da biodiversidade Fonte: EMBRAPA (2014)
8 Alimentos Orgânicos Essa é uma tendência que se verifica nos mercados interno e externo. A Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica (IFOAM) estima que o mercado mundial supera 80 bilhões de dólares anuais. No Brasil, estima-se que a comercialização anual de produtos orgânicos é de cerca de R$ 500 milhões. Fonte: IBGE, MAPA. Plano Agrícola e Pecuário 2013 / 2014
9 Reflitam Situação atual em muitas propriedades
10 Produção de hortaliças Olericultura é um ramo que trata da produção racional e econômica das plantas olerícolas também chamadas de hortaliças.
11 Fatores Agroclimáticos O crescimento e o desenvolvimento adequados das plantas são dependentes da combinação ótima do manejo cultural, fatores ambientais e potencial genético da cultivar; Dentre os fatores do clima, a TEMPERATURA e a LUZ são os dois fatores que mais comumente afetam os processos fisiológicos das plantas;
12 Classificação das Hortaliças Classificação pelas partes comestíveis: vantagem: reúne plantas que tem características comuns quanto à pós-colheita e, freqüentemente, também no aspecto agronômico.
13 Hortaliças tuberosas: partes utilizáveis desenvolvem-se dentro do solo: Tubérculos: batata, cará (inhame); Inhame Batata
14 Rizomas: taro; Bulbos: cebola, alho;
15 Raízes tuberosas: cenoura, beterraba, batata-doce, mandioquinhasalsa (=fiúza, batata baroa), rabanete, rábano.
16 Hortaliças herbáceas: partes utilizáveis suculentas e tenras, desenvolvendo-se acima do nível do solo: Folhas: alface, almeirão, chicória, repolho, couve, couvede-bruxelas, acelga, couve-chinesa, espinafre, taioba;
17 Talos e hastes: aspargo, aipo, funcho, couve-rábano; Flores e inflorescências: couve-flor, couve-brócolos, alcachofra
18 Hortaliças fruto: frutos ou pseudo-frutos colhidos imaturos ou maduros: Frutos imaturos: abobrinha; quiabo; berinjela; jiló; ervilha de grãos verdes; feijão-vagem; vagem de metro; pimentão (verde).
19 Frutos maduros: abóboras, morangas, melancia, melão; pimentão vermelho e o amarelo, tomate.
20 Classificação com base nas famílias botânicas: Vantagem de ser mais estável (partes comestíveis podem variar de uma região para outra); Essa classificação é útil por agrupar gêneros, em geral, sujeitos aos mesmos problemas de doenças e pragas.
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22 Outros sistemas de classificação: Critério popular: legumes e verduras pouco preciso ; excessivamente vago; deve ser evitado); Classificação pelas exigências climáticas: pouco preciso, mas às vezes útil, especialmente para classificar cultivares da mesma espécie olerícola, que diferem marcadamente quanto às exigências climáticas: Cultivares de verão ou de inverno
23 De maneira grosseira, e sujeito a variações de cultivar para cultivar, pode-se classificar as hortaliças quanto às exigências de temperatura: Hortaliças de CLIMA QUENTE: exigem temperaturas médias de 25 a 30 C para perfeito crescimento e produção. São tipicamente intolerantes ao frio que prejudica ou mesmo inibe os processos fisiológicos do crescimento e desenvolvimento da planta. São todas intolerantes às geadas. Ex.: Abóboras, morangas, pepino, pimenta, pimentão, coentro, feijãovagem, inhame, melão, melancia, maxixe, chuchu, batata-doce, berinjela, jiló, cará, quiabo, taioba, repolho de verão, couve-flor de verão, cenoura de verão, alface de verão, brócolos de verão, milho verde e milho doce.
24 Hortaliças de CLIMA AMENO: Exigem temperaturas médias de 15 a 21 C para perfeito crescimento e produção; Toleram temperaturas mais baixas, próximas e acima de 0 C; Toleram geadas. Ex.: Abobrinha italiana, alface, agrião, rúcula, almeirão, chicória, moranga híbrida, batata, salsa, cebola, couve-flor de inverno, cenoura de inverno e tomate.
25 Hortaliças de CLIMA FRIO: exigem temperaturas médias inferiores a 15 C para perfeito crescimento e produção; Portanto produzem melhor sob baixas temperaturas, tolerando aquelas situadas ligeiramente abaixo de 0 C; Suportam geadas leves. Ex.: Acelga, aipo, alcachofra, alho, aspargo, beterraba, cebola, cebolinha, couve-brócolos, couve-chinesa, couve-de-bruxelas, couveflor, couve-de-folha, couve-rábano, mandioquinha-salsa, ervilha, morango, mostarda, nabo, rabanete e repolho.
26 Lembre que as temperaturas máxima e mínima são aquelas nas quais o crescimento cessa, enquanto que a temperatura na qual o crescimento é mais favorável ou rápido é chamada de temperatura ótima; As temperaturas cardinais não são as mesmas para todas as hortaliças, variam com as famílias, gêneros, espécies, variedades botânicas e até mesmos CULTIVAR. Exemplo de cultivares de alface, apenas de 01 empresa: Linha TRADICIONAL: Americana, Aurélia (Manteiga), Baba de Verão (Manteiga), Black Seeded Simpson, Crespa para Inverno, Crespa para Verão, Crespa Repolhuda, Lollo Rossa, Maravilha de Inverno (Manteiga), Maravilha de Verão (Manteiga), Maravilha Quatro Estações, Mimosa Salad Bowl, Mimosa Salad Bowl Roxa, Romana Balão, Sem Rival (Manteiga), Vitória de Santo Antão (manteiga); Linha BLUE LINE: Aurélia, Baba de Verão, Black Seeded Simpson, Crespa Repolhuda, Elba, Grand Rapids TBR, Great Lakes 659 (Americana), Lívia, Lollo Rossa, Maravilha de Verão, Maravilha Quatro Estações, Mimosa Salad Bowl, Mimosa Salad Bowl Roxa, Romana Balão, Vitória de Santo Antão; Linha GOURMET: Cindy, Donna, Lolita; Linha FOR KIDS: Bom de Bola.
27 Temperaturas ótimas para desenvolvimento de algumas espécies hortícolas
28 Efeito da temperatura do solo na GERMINAÇÃO de sementes de algumas espécies hortícolas Hortaliças Temperatura (ºC) Mínima Ótima Máxima Variação ótima Abóboras Alface Cenoura Couve-flor Melancia Melão Pepino Pimentão Quiabo Rabanete Tomate
29 Propagação de Hortaliças A grande maioria das hortaliças é propagada por sementes botânicas; Entretanto, há as hortaliças que utilizam estruturas ou órgãos vegetativos (alho, alcachofra, aspargo, batata, mandioquinha-salsa, batata-doce, cebola, cebolinha, couve-comum, gengibre, inhame, morango, taioba).
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31 Implantação da cultura a partir de sementes botânicas Na maioria são sementes de pequeno porte; Possuem poucas reservas; Exigem condições otimizadas para germinação. Podem ser implantadas através de: semeadura direta no campo; semeadura indireta (produção de mudas em: sementeiras, viveiros, copinhos e bandejas) para posterior passagem para o campo.
32 Semeadura direta A semeadura direta de hortaliças é empregada nos seguintes casos: Hortaliças tuberosas: evita problemas com injúrias ou rompimentos (geralmente ocorrem no transplantio). Por esse motivo, espécies com raízes comestíveis utilizam a semeadura direta (cenoura, beterraba, rabanete, nabo etc.);
33 Semeadura indireta É o método mais utilizado para as espécies de hortaliças propagadas por sementes; Existem situações que envolvem um local intermediário entre aquele onde foi realizado o semeio e a lavoura definitiva realizar repicagem; Esse local denomina-se viveiro.
34 Além de ser um fator estressante, os fatores que dificultam a semeadura direta são: O tamanho reduzido da maioria das sementes de hortaliças: pouca quantidade de reservas para suprir a energia necessária para a germinação e emergência, até que as folhas estejam aptas a obtê-las pela fotossíntese; Problemas com a competição com plantas daninhas no campo; Alto custo das sementes com elevado padrão genético; A densidade das plantas a ser mantida na lavoura (stand) uso de sementes peletizadas para permitir a semeadura mecânica.
35 Sementes de alface peletizadas
36 Antigo sistema: sementeira viveiro local definitivo + adensado + arenoso - adensado + pesado Espaçamento de acordo com a cultura
37 Produção de mudas em bandejas Consiste na semeadura em bandejas de poliestireno expandido (isopor), medindo 68 X 34 cm. Entretanto, as bandejas diferem quanto ao número de células: 128 células e com 60 mm de profundidade são muito utilizadas para solanáceas-fruto, cucurbitáceas, brássicas e quenopodiáceas (beterraba); 288 células, menores, e com 47 mm de profundidade, mais utilizadas para as asteráceas (alface).
38 Formato em cone invertido e com furo, possibilitando a poda aérea
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41 Produção de mudas em bandejas plásticas
42 Propagação assexuada Preserva a constituição genética do material vegetal (filha produz igual a planta mãe); Possuem estruturas grandes facilitando a distribuição no solo, principalmente quando a distribuição é manual; Dispensa o preparo intensivo do solo possui quantidade de reservas brotações com grande capacidade de romper a camada do solo; O plantio é realizado, normalmente, diretamente no local de cultivo.
43 Principais problemas relacionados com a propagação vegetativa de hortaliças: Volume grande de material propagativo, o que dificulta o manuseio; Dificuldade de conservação do material; Disseminação de microorganismos fitopatogênicos, sobretudo vírus e bactérias, além de alguns fungos e nematóides, de controle difícil ou inexistente; Dificuldade de atender às programações de plantio e de produção decorrente da falta de material propagativo no estádio ideal de plantio; Falta de equipamentos eficientes e específicos disponíveis no mercado para distribuição e/ou o plantio do material propagativo.
44 Cuidados a serem observados na propagação vegetativa Procurar adquirir material propagativo de produtores idôneos, pesquisando a origem do mesmo; Ao se utilizar material propagativo originário na própria propriedade agrícola deve-se proceder a seleção de talhões e/ou plantas uniformes, bem nutridas, sadias, vigorosas, que apresentem desenvolvimento normal e sejam representativas da variedade ou clone; Classificar o material propagativo em classes ou tipos de acordo com tamanho, peso, diâmetro e/ou forma, estádio de brotação, formando lotes homogêneos; Plantar esses lotes em separado com a finalidade de facilitar o manejo da cultura (tratos culturais).
45 Alho - Debulha Classificação sementes
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84 DÚVIDAS?
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