Administração de Medicamentos. Professora Daniele Domingues dani.dominguess@gmail.com



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Transcrição:

Professora Daniele Domingues dani.dominguess@gmail.com

FATORES QUE DETERMINAM A ESCOLHA VIA Tipo de ação desejada Rapidez de ação desejada Natureza do medicamento

CLASSIFICAÇÃO Enterais Parenterais Tópica Inalatória

VIA ORAL - VANTAGENS Auto-administração, econômica, fácil Confortável, indolor Possibilidade de remover o medicamento Efeitos locais e sistêmicos Formas farmacêuticas: cápsulas, comprimidos, etc...

VIA ORAL DESVANTAGENS absorção variável (ineficiente) período de latência médio a longo ação dos sucos digestivos interação com alimentos pacientes não colaboradores (inconscientes) sabor

VIA BUCAL/SUB-LINGUAL - VANTAGENS Fácil acesso e aplicação Circulação sistêmica Latência curta Emergência (mucosa oral e sub-lingual) Formas farmacêuticas: comprimidos, pastilhas, soluções, aerossóis, etc...

VIA BUCAL/SUB-LINGUAL - DESVANTAGENS Pacientes inconscientes Irritação da mucosa Dificuldade em pediatria

VIA RETAL VANTAGENS Circulação sistêmica Pacientes não colaboradores (semi-conscientes) Impossibilidade da via oral Impossibilidade da via parenteral Formas farmacêuticas: supositórios e enemas

VIA RETAL - DESVANTAGENS Lesão da mucosa Incômodo Expulsão Absorção irregular e incompleta

Vias de Administração de medicamentos: Intramuscular Subcutâneo Endovenoso Intradérmico

VIA INTRAMUSCULAR - VANTAGENS Efeito rápido com segurança. Via de depósito ou efeitos sustentados. Fácil aplicação. Utilizado quando há necessidade de administração de maior quantidade de volume.

VIA INTRAMUSCULAR DESVANTAGENS Dolorosa Substâncias irritantes ou com ph diferente Não suporta grandes volumes

Escolha do local : idade e atividade, tipo de medicamento e irritabilidade da droga, quantidade de medicamento e a freqüência e número de vezes que será administrada durante o tratamento.

Locais de administração: Músculo Deltóide; Músculo da região glútea - região dorso glútea e ventro glútea Músculo vasto lateral região da face antero lateral da coxa.

Administração de Medicamentos PROCEDIMENTO Explicar o procedimento. Verificar condições da pele e musculatura. Adequar a agulha. Aspire a medicação do frasco/ampola, troque a agulha e remova as bolhas de ar. Posicione o paciente e delimite o local.

Faça anti-sepsia com algodão e álcool 70%, em uma área de cerca de 5-8cm e espere secar. Insira a agulha em ângulo de 90º com movimento rápido, suave e seguro. Aspire para verificar se não atingiu algum vaso sanguíneo. Caso não tenha atingido, injete o medicamento lentamente. Ao término, retire a agulha com movimento suave e contínuo. Aplique uma pequena pressão no local com algodão seco.

Músculo deltóide Músculo mais importante da cintura escapular. Acessível; Pequeno volume máximo 2 ml Proximidade ao nervo radial e vasos. Em crianças é pouco desenvolvido.

Delimitação: Localizar face externa do braço, com o limite superior 2cm abaixo do processo acromial e o ponto médio axilar. Ou 3 a 4 dedos abaixo do processo do acrômio

Músculos da região glútea Dorso Glútea DELIMITAÇÃO: Divida a nádega com uma linha imaginária em quatro quadrantes, utilizando a crista ilíaca e a prega glútea como limites na linha vertical, e prega média glútea como linha horizontal. Injeta-se 5 a 7 cm abaixo da crista ilíaca, no quadrante superior externo da nádega.

Músculos da região glútea Dorso Ventro Glútea DELIMITAÇÃO: Posicionar a mão dominante no quadril oposto do paciente, localizando com o dedo indicador a espinha ilíaca ântero superior direita. Estenda o dedo médio ao longo da crista ilíaca, espalmando a mão sobre o trocânter. Formando um triângulo com o indicador. A punção será no centro do triângulo.

Músculo vasto lateral região da face antero lateral da coxa Utiliza-se agulha até 25mm de comprimento. Volume máximo 4 ml adulto com musculatura desenvolvida e 1 a 2 ml em crianças com menos de 2 anos. Dolorosa. Contra indicado em recém nascidos (0 a 28 dias)não há risco de lesão neural.

Músculo vasto lateral região da face antero lateral da coxa DELIMITAÇÃO: Traçar um retângulo delimitado pela linha média anterior da coxa, do lado da perna, 12 a 15 cm abaixo do trocânter, de 9 a 12 cm acima do joelho, numa faixa de 7 a 10 cm de largura.

VIA SUBCUTÂNEA Administração de medicamentos na hipoderme. Absorção é lenta, contínua e segurança na dose. Volume máximo: 1,5 ml

Locais de administração: Braços Face externa anterior e posterior; Coxa face lateral externa e frontal; Região glútea Região abdominal hipocôndrio direito e esquerdo (exceto peri umbilical) Material: Seringa 1-3 ml, agulhas 13x4,5 mm ou 10x5mm

VIA ENDOVENOSA 1. Obter efeito imediato do medicamento. 2. Administração de drogas, contra-indicadas pela via oral, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para os tecidos. 3. Administração de grandes volumes de soluções (exemplo: desidratação, choque, hemorragia, cirurgias). 4. Efetuar nutrição parenteral. 5. Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados.

VIA ENDOVENOSA COMPLICAÇÕES Flebites, tromboflebites, acidentes embólicos Infecções Extravasamento Necrose Sobrecarga circulatória Reações alérgicas

Técnica: Garrotear sem compressão exagerada, aproximadamente 4 dedos acima do local escolhido para a punção. Localizar a veia a ser puncionada. Fazer a anti-sepsia ampla do local, com movimentos de baixo para cima Colocar o indicador da mão dominante sobre o canhão da agulha, e com os demais dedos, segurar a seringa. O bisel da agulha deve estar voltado para cima.

Evidenciada a presença de sangue na seringa, pedir para o paciente abrir a mão e retirar o garrote. Fixar o acesso venoso, ou injetar a medicação.