AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo

Documentos relacionados
TEP suspeita: tratar ou não tratar? AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP?

30 de Abril 5ª feira Algoritmo de investigação: TVP e Embolia Pulmonar. Scores de Wells

27/04/2016. Diagnóstico e Tratamento da Tromboembolia Pulmonar (TEP) Aguda. Métodos de Diagnóstico na TEP. Efeito da TC no diagnóstico da TEP

Luís Amaral Ferreira Internato de Radiologia 3º ano Outubro de 2016

Diagnóstico de TEV Perspetiva do Laboratório: o papel dos D-Dímeros no diagnóstico. Luísa Lopes dos Santos IPO-Porto

Reunião bibliográfica

Trombose Associada a Cancro Como Diagnosticar? Perspetiva Clínica

I. RESUMO TROMBOEMBOLISMO VENOSO APÓS O TRANSPLANTE PULMONAR EM ADULTOS: UM EVENTO FREQUENTE E ASSOCIADO A UMA SOBREVIDA REDUZIDA.

Trombose Venosa Profunda. Embolia Pulmonar. Prof. Dr. Cristiano J. M. Pinto

Trombose Associada ao Cancro. Epidemiologia / Dados Nacionais

TROMBOSE ASSOCIADA AO CANCRO II. Como diagnosticar. Perspectiva Imagiológica. Carina Ruano Hospital de Santa Marta

Reunião bibliográfica

COLABORADOR(ES): ALESSANDRO PRUDÊNCIO, DEBORAH CRISTINA GOULART FERREIRA, MARCELO RIÊRA

Qual o Fluxograma da Dor Torácica na Urgência? Pedro Magno

30/07/2013. Rudolf Krawczenko Feitoza de Oliveira Grupo de Circulação Pulmonar / UNIFESP - EPM. PIOPED (n=117) ICOPER (n=2.210)

Conflitos de interesse

CONTROVÉRSIAS EM CORONARIOPATIA AGUDA:

ENDOCARDITE DE VÁLVULA PROTÉSICA REGISTO DE 15 ANOS

Abordagem Imagiológica da Pessoa com Tosse Tosse Médicos do Sistema Nacional da Saúde Departamento da Qualidade na Saúde

Autores: TR. Alexandra Santos TR. Cláudia Marra TR. Joana Coimbra TR. Luís Pinto TR. Manuel Valentim TR. Pedro Coelho TR. Rui Esteves TR.

ADEQUAÇÃO DO PEDIDO DE D-DÍMEROS NO CONTEXTO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA

Rastreio Cancro do Cólon e Recto

ASPECTOS PRÁTICOS DA RADIOLOGIA NA AVALIAÇÃO DO TEP

09/07/ Tromboembolismo Pulmonar Agudo. - Tromboembolismo Pulmonar Crônico. - Hipertensão Arterial Pulmonar

Síndroma de apneia do sono

VANTAGENS DO USO DE SCORES DE TRAUMA

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas

Avaliação do desempenho: como comparar os resultados

Tuberculose Pulmonar na Urgência Geral

Serviço de Cardiologia, Hospital do Espírito Santo de Évora. Serviço de Cardiologia, Hospital Distrital de Santarém

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª

BREVE HISTÓRIA DOS GDH

Tratamento domiciliar da TEP. Renato Maciel

CASO CLINICO Realizado por: Margarida Costa e Silva Local: Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho

AVALIAÇÃO POR IMAGEM DA COLUNA LOMBAR: INDICAÇÕES E IMPLICAÇÕES CLINICAS

Abordagem diagnóstica da Embolia Pulmonar Possível variação da sua apresentação clínica com a idade

Factores associados ao insucesso do controlo hemostático na 2ª endoscopia terapêutica por hemorragia digestiva secundária a úlcera péptica

DIAGNÓSTICO. Processo de decisão clínica que baseia-se, conscientemente ou não, em probabilidade. Uso dos testes diagnósticos

REUNIÃO BIBLIOGRÁFICA

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Diagnóstico Clínico. João Pacheco Pereira Consultor de Medicina Interna

Múltiplos nódulos pulmonares, que diagnóstico?

Patologia tromboembólica revisitada análise de 17 casos

Inquérito epidemiológico *

Que importância para os indicadores de resultado? A campanha da OMS Cirurgia Segura, salva vidas

Tromboembolismo Pulmonar Embolia pulmonar

Candidatura a Centros de Tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar

Epidemiologia e História Natural da TEP

Is it really necessary to restore radial anatomic parameters after distal radius fractures? Injury, Int. J. Care Injured 45S(2014) S21-S26

Coração Outono/Inverno: casos clínicos. O que posso fazer pelo meu doente idoso com: Fibrilhação auricular

INCIDÊNCIA DE NÁUSEAS E VÓMITOS NO PÓS-OPERATÓRIO EM PEDIATRIA

Princípios de Bioestatística

II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste. Dr. Maurício Milani

Pé Diabético Epidemiologia Qual a dimensão do problema?

Tromboembolismo pulmonar diagnosticado por angiotomografia

Bioestatística F Testes Diagnósticos

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz

Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS

2 de Maio Sábado Sessão televoter Hipertensão Curso de MAPA

CLASSIFICAÇÃO GOLD E SINTOMAS RESPIRATÓRIOS EM IDOSOS ESTUDO GERIA

Introdução à Bioestatística Turma Nutrição

ÍNDICE. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Tromboembolia pulmonar: estratificação do risco e terapêutica I. RESUMO...

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP

PROTOCOLO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ Capítulo JCI Responsável pela elaboração Número do documento Data da 1ª versão

IMAGEM NO TEP AGUDO 30/07/2013. " O amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar. O nome disso é asma " TEP

ANTIAGREGANTES Quem e quando parar?

Departamento de Pediatria JOURNAL CLUB UCIP

Transplantação Hepática:

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM CARDIOLOGIA DE INTERVENÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO AJUSTAMENTO PELO RISCO NA ANÁLISE DE RESULTADOS

Tromboembolismo Pulmonar

AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO PROTOCOLO DE PROFILAXIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta

Paulo Henrique dos Santos Corrêa. Tecnólogo em Radiologia

Derrame pleural na Sala de Urgência

Ressonância Magnética Cardíaca & Angiotomografia Cardíaca

Efectividade e eficiência da prestação: um balanço necessário

9. Algoritmos de diagnóstico

1. A TAVI é realizada em Hospitais com Cardiologia de Intervenção e Serviço de Cirurgia Cardíaca. (Nível de evidência B, grau de recomendação I).

Nº 22/2014/DPS/ACSS DATA: CIRCULAR NORMATIVA. PARA: ARS, Hospitais e ULS. ASSUNTO: Agrupador de GDH All Patient Refined DRG

Tumores da Junção Esófago-Gástrica

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS

Desmistificando a ecocardiografia

04/06/2012. Opções terapêuticas para o TEP no paciente estável e no grave. 19 a 21 de abril de 2012

AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA ANTI-RETROVÍRICA DA ADESÃO À TERAPÊUTICA GAPIC - 13.º WORKSHOP EDUCAÇÃO PELA CIÊNCIA

RCG 376. prevendo o desfecho

DERRAME PLEURAL MARIANA VIANA- R1 DE CLÍNICA MÉDICA ORIENTADORES: FLÁVIO PACHECO MIRLA DE SÁ

O PAPEL DOS TESTES DIAGNÓSTICOS EM POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE E EM DECISÕES CLÍNICAS. Murilo Contó National Consultant PAHO/WHO

Disseção da Aorta. A entidade esquecida. Hugo Rodrigues Cirurgião Vascular HPA

SÍNDROME HIPEROSMOLAR HIPERGLICÉMICA E CETOACIDOSE DIABÉTICA "

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR. Autor: Zandira Fernandes Data:

Formulário de acesso a dados do Registo Nacional de Doentes Reumáticos da SPR

Inquérito epidemiológico *

I MÓDULO Grandes Síndromes Clínicas: Sinais e Sintomas 6 Semanas: 1ª a 6ª semana SEMANA DIA HORÁRIO PROF. SALA CONTEÚDO

Diagnósticos alternativos corroborados por angiotomografia computadorizada de tórax em pacientes com suspeita de tromboembolia pulmonar

Curso de ENFERMAGEM DE EMERGÊNCIA:

30/07/2013. Patrícia Kittler Vitório Serviço de Doenças do Aparelho Respiratório - DAR Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo

Módulo: Insuficiência Coronária - Diagnóstico e Tratamento

XVI Congresso de Cardiologia. de Mato Grosso do Sul

DETERMINANTES DE UM VALOR PREDITIVO

Insuficiência Cardíaca

Transcrição:

AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo Raquel Madaleno, Pedro Pissarra, Luís Curvo-Semedo, Alfredo Gil Agostinho, Filipe Caseiro-Alves

ÍNDICE INTRODUÇÃO Score de Wells Score de Genebra revisto MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO LIMITAÇÕES CONCLUSÕES

INTRODUÇÃO Tromboembolia venosa TVP TEP Causa major de morbilidade e mortalidade Incidência anual 1.92/1000 indivíduos na Europa 1 1 Cushman, M. et all. Deep vein thrombosis and pulmonary embolism in two cohorts: the longitudinal investigation of thromboembolism etiology. The American Journal of Med, 2004

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Avaliação da probabilidade pré-teste - Score de Wells - Score de Genebra 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Score de Wells Versão original Versão simplificada AP de TEP ou TVP 1.5 1 FC > 100 bpm 1.5 1 Cirurgia ou imobilização < 4 sem 1.5 1 Neoplasia activa 1 1 Hemoptises 1 1 Sinais clínicos de TVP 3 1 Diagnóstico alternativo menos provável que TEP 3 1 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Score de Wells Versão original Versão simplificada AP de TEP ou TVP 1.5 1 FC > 100 bpm 1.5 1 Cirurgia ou imobilização < 4 sem 1.5 1 Neoplasia activa 1 1 Hemoptises 1 1 Sinais clínicos de TVP 3 1 Diagnóstico alternativo menos provável que TEP 3 1 Critério subjectivo reduz a reprodutibilidade do score 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Probabilidade clínica Score de três níveis Versão original Versão simplificada Elevada 7 N/A Intermédia 2-6 N/A Baixa 0-1 N/A Score de dois níveis Provável 5 2 Improvável 0-4 0-1 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Score de Genebra revisto Versão original Versão simplificada AP de TEP ou TVP 3 1 FC 75-94 bpm 3 1 95 bpm 5 2 Cirurgia ou fractura < 4sem 2 1 Neoplasia activa 2 1 Hemoptises 2 1 Dor unilateral MI 3 1 Dor à palpação e edema unilateral MI 4 1 Idade > 65 anos 1 1 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Probabilidade clínica Score de três níveis Versão original Versão simplificada Elevado 11 5 Intermédio 4-10 2-4 Baixo 0-3 0-1 Score de dois níveis Provável 6 3 Improvável 0-5 0-2 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Risco elevado TEP provável Angio-TC Avaliação da probabilidade pré-teste + Angio-TC - Score de Wells - Score de Genebra Risco baixo/intermédio TEP improvável D-Dímeros - Considerar investigação adicional (teste de moderada sensibilidade) Sem necessidade de investigação adicional (teste de elevada sensibilidade) 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

OBJECTIVOS Determinar se a angiografia pulmonar por tomografia computorizada (TC) é sobre-utilizada na suspeita de tromboembolia pulmonar (TEP) no serviço de urgência. Avaliar a correlação entre a presença de TEP e os scores de probabilidade pré-teste.

MATERIAL E MÉTODOS Estudo restrospectivo Entre Novembro de 2017 e Fevereiro de 2018 Revisão dos registos informáticos do serviço de urgência e do internamento dos doentes submetidos a angiotc pulmonar por suspeita clínica de TEP Determinação dos scores de Wells e de Genebra restrospectivamente Análise estatística: SPSS V23

RESULTADOS E DISCUSSÃO 315 exames efectuados Média de idades 72 anos Sexo Feminino 56% Sexo Masculino 44%

RESULTADOS E DISCUSSÃO 315 exames efectuados 300 com registos electrónicos que permitam uma adequada avaliação Diagnóstico de TEP na angio-tc em 77 doentes (1 doente excluído por ausência de registos suficientes) Prevalência de 24,4% (n=77) (vs 16-42%, M: 27%) 1 1 Moores LK, et all. Metaanalysis: Outcomes in patients with suspected pulmonary embolism managed with computed tomographic pulmonary angiography. Ann Intern Med 2004.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 300 doentes submetidos a angio-tc 76 doentes com diagnósticos de TEP Sintomas TEP positiva TEP negativa Dispneia 60% (vs 50%) 1 49% (vs 51%) 1 Toracalgia 30% (vs 39%) 1 30% (vs 28%) 1 Tosse 26% (vs 23%) 1 25% (vs 23%) 1 Síncope 19% (vs 6%) 1 28% (vs 6%) 1 Febre 9% (vs 10%) 1 13% (vs 10%) 1 Hemoptises 4% (vs 8%) 1 4% (vs 4%) 1 1 Pollack, CV et all, Clinical characteristics, management, and outcomes of patients diagnosed with acute pulmonary embolism in the emergency department: initial report of EMPEROR, J Am Coll Cardiol, 2011

RESULTADOS E DISCUSSÃO Prevalência Risco Baixo Risco Moderado Risco Elevado Score de Wells 13,9% 37,3% 64,7% Score de Genebra revisto 17,7% 32,3% 66,7% Guidelines ESC 2014 1 10% 30% 65% 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

RESULTADOS E DISCUSSÃO Prevalência Risco Baixo Risco Moderado Risco Elevado Score de Wells 13,9% 37,3% 64,7% Score de Genebra revisto 17,7% 32,3% 66,7% Guidelines ESC 2014 1 10% 30% 65% Média TEP positiva TEP negativa Score de Wells 3,68 (vs 4,06) 2 1,75 (vs 1,78) 2 p<0,0001 Score de Genebra revisto 5,14 3,25 p<0,0001 2 Alhassan, S. et all. Suboptimal implementation of diagnostic algorithms and overuse of computed tomographypulmonary angiography in patients with suspected pulmonary embolism. Ann Thoracic Medicine, 2016.

RESULTADOS E DISCUSSÃO D-Dímeros Cut-off < 230ng/ml < 0.60 µg/ml UEF Ajustados à idade Positivos 254 (97%) 215 (82%) Negativos 7 (3%) 46 (18%) Total 261 (87%) Sensibilidade 99% 99% Especificidade 3% 24% VPP 30% 35% VPN 86% 98%

RESULTADOS E DISCUSSÃO D-Dímeros Cut-off < 230ng/ml < 0.60 µg/ml UEF Ajustados à idade Positivos 254 (97%) 215 (82%) Negativos 7 (3%) 46 (18%) Total 261 (87%) Sensibilidade 99% 99% Especificidade 3% 24% VPP 30% 35% VPN 86% 98% S. Wells elevado: 1 S. Wells intermédio: 15 S. Wells baixo: 23

INTRODUÇÃO SUSPEITA DE TEP (Guidelines ESC 2014) 1 Risco elevado TEP provável Angio-TC Avaliação da probabilidade pré-teste + Angio-TC - Score de Wells - Score de Genebra Risco baixo/intermédio TEP improvável D-Dímeros - Considerar investigação adicional (teste de moderada sensibilidade) Sem necessidade de investigação adicional (teste de elevada sensibilidade) 1 Zamorano, J. et al, 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and management of acute pulmonary embolism, Europ Heart Journal, 2014

RESULTADOS E DISCUSSÃO D-Dímeros Cut-off < 230ng/ml < 0.60 µg/ml UEF Ajustados à idade Positivos 254 (97%) 215 (82%) Negativos 7 (3%) 46 (18%) Total 261 (87%) S. Wells elevado: 1 S. Wells intermédio: 15 S. Wells baixo: 23 Sensibilidade 99% 99% Especificidade 3% 24% VPP 30% 35% VPN 86% 98% 38 doentes com avaliação por angio-tc desnecessária (13%)

RESULTADOS E DISCUSSÃO 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 52 Patologia Respiratória 10 Patologia cardiovascular Patologia abdominal Diagnóstico alternativo em 64 dos 224 doentes sem diagnóstico TEP (29%). 2

LIMITAÇÕES Estudo retrospectivo Limitado aos registos informáticos Avaliação subjectiva dos critérios de Wells Não foram incluídos os doentes com suspeita de TEP que não realizaram angio-tc

CONCLUSÕES A prevalência de TEP é semelhante aos restantes estudos da literatura. Contudo, a implementação mais eficaz do algoritmo diagnóstico, permite aumentar a prevalência de TEP nos exames de imagem, sem prejuízo da deteção de TEP. Permite uma orientação do doente no serviço de urgência mais adequada. Evita exposição desnecessária a radiação. Previne uma sobrecarga de pedidos de angio-tc no serviço de urgência.

AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo Raquel Madaleno, Pedro Pissarra, Luís Curvo-Semedo, Alfredo Gil Agostinho, Filipe Caseiro-Alves