MODELO INTEGRADO DE GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL



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Transcrição:

MODELO INTEGRADO DE GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL Celene A. de Brito (1) Engenheira Sanitarista / Especialista em Comunicação Ambiental. Diretora da RECITEK - Educação e Gestão Ambiental; Coordenou trabalhos na área de Educação para o Lixo no Município de Santo André-SP - 1990 a 1993; Coordenou a 2a. fase do Programa de Educação Ambiental Difusa da ABES: Programa Meio Ambiente Urgente, veiculado na TV Bandeirantes, em todo o território nacional no ano de 1987. Colaboraram com idéias e sugestões para o aperfeiçoamento do modelo:roseane Palavisini; Patrícia Campos Borja; Péricles Alves de Lima Júnior; Jorge Carlos; Iêda Domingos dos Santos; Girlene Glória Costa Novais. FOTO Endereço (1) : RECITEK, Educação e Gestão Ambiental. Rua Pernambuco, 171 - sala 102 - Ed. Solemar - Pituba - Salvador - BA - CEP: 41830-390 - Brasil - Tel: (071) 974-8068 - Fax: (071) 248-2568 - e-mail: map@provider.com.br. RESUMO O trabalho apresenta uma proposta metodológica para o desenvolvimento de programas de educação ambiental denominada Modelo Integrado de Gestão e Educação Ambiental. Neste contexto é ressaltada a importância de implementação e integração de programas de gestão ambiental nos órgãos públicos e empresas privadas aos programas educativos dirigidos aos funcionários operacionais e as comunidades contempladas. O modelo fornece subsídios para o planejamento e execução de ações, com o envolvimento da população, objetivando a gestão de projetos de saneamento e maneiras de potencializar os efeitos positivos da implementação dos mesmos na saúde dos usuários e no meio ambiente. Nos órgãos públicos, a linha de ação será o aprimoramento da gestão para a educação ambiental; na comunidade, a linha de ação será invertida, visando a educação para a gestão ambiental. O resultado esperado com a implementação deste modelo e já comprovado com algumas experiências bem sucedidas nos municípios de Santo André-SP, Itabuna-Ba e Dias D ávila -Ba; é que haja, em uma determinada área contemplada por um programa de saneamento, a ocorrência da gestão integrada do meio ambiente, com a participação ativa dos usuários dos sistemas de saneamento, órgão públicos, empresas privadas e grupos organizados. PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental, Gestão. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2726

INTRODUÇÃO A Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente-ECO/92, foi considerada um marco para que as questões ecológicas ficassem em destaque nos diversos segmentos de nossa sociedade e do mundo. Apesar da importância deste encontro, avalia-se entretanto, que os passos ainda estão lentos em busca das soluções prescritas na Agenda 21. Constata-se, entretanto, que as relações do Brasil com o mercado exterior tem incentivado as grandes empresas a desenvolverem Programas de Qualidade Total e Ambiental e Implementação de Modelos de Gestão Ambiental. Por outro lado, instituições financeiras nacionais e, principalmente internacionais, a exemplo do Banco Mundial e BID, vem exigindo, para financiamento de projetos e obras de saneamento, que os mesmos contemplem Programas de Educação Ambiental. O Modelo Integrado de Gestão e Educação Ambiental, como metodologia para implementação de Programas de Educação Ambiental, vem de encontro a esta necessidade emergente e surgiu em decorrência de experiências adquiridas com a implementação e desenvolvimento de uma série de atividades e programas relacionados ao meio ambiente, educação e informação em vários estados brasileiros; normalmente em parceria entre órgão público, iniciativa privada e Organizações Não Governamentais. Uma das características do modelo é o acompanhamento e integração contínua à implantação e operação dos Projetos de Saneamento Básico, seja Resíduos Sólidos, Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário do tipo condominial ou convencional, bem como Drenagem Urbana e a interligação dos conceitos sanitários referentes a estes sistemas, com a percepção do espaço urbano e meio ambiente. A utilização de informações técnicas, traduzidas em linguagem acessível para cada público alvo, foi uma maneira encontrada para potencializar os efeitos da implementação destes sistemas em relação à Saúde Pública, Meio Ambiente, bem como para minimização dos custos de operação dos mesmos, com a participação de uma comunidade mais sensível e consciente quanto aos problemas que a cerca e do papel de cidadãos em busca do desenvolvimento sustentável. Esta integração exige, por outro lado, uma gestão pública consciente e atenta aos seus clientes, que são os usuários dos sistemas de saneamento básico. A idéia básica do método é sensibilizar e capacitar, através de técnicas e instrumentos adequados, órgãos públicos e comunidade para uma ação integrada para o saneamento e em prol da gestão do meio ambiente. OBJETIVOS? Fornecer diretrizes para a implementação nos órgãos públicos, privados, comunidades e escolas de Programas de Gestão e Educação Ambiental;? Fornecer subsídios para implementação de metodologias que favoreçam ao êxito dos Programas de Gestão e Educação Ambiental, tendo como referências experiências bem 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2727

sucedidas no município de Santo André-SP, Itabuna-Ba, Dias D Ávila-Ba e Planos elaborados para a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia;? Estimular a Integração dos diversos segmentos sociais no intuito de promover a minimização dos impactos ambientais nos municípios contemplados pelos projetos de saneamento;? Estimular a implementação e integração da gestão ambiental nas organizações públicas e privadas, com o programa de educação ambiental junto à comunidade, para que haja continuidade das ações após sua implementação. CONCEITUAÇÃO DO MODELO A educação ambiental, como está sendo concebida neste modelo, não é considerada somente como uma estratégia a mais de educação, mas é percebida, fundamentalmente, como um campo teórico de princípios e hipóteses que pretendem enfrentar a realidade referente a uma determinada área de atuação de uma instituição governamental, não governamental e também de uma empresa privada, levando em consideração o tipo de intervenção (projetos de saneamento), criando reflexões sobre os efeitos ambientais na saúde das populações e na melhoria da sua qualidade de vida. A educação ambiental permite explorar novas estratégias de ação educativa e cultural com tendências à transformação da realidade e não à conservação. O foco principal que estimulará a comunidade à compreensão e à ação integrada e co-partic ipativa será(ão) o(s) projeto(s) de saneamento, com a consideração de que a comunidade necessita entender o tecnológico para poder melhor usufruir do que o Poder Público tem a lhe oferecer e, a partir deste entendimento, melhor exercitar a sua cidadania. O modelo, se sustenta nos seguintes pressupostos básicos: a) é necessário traduzir a linguagem técnica em uma linguagem acessível e compreensível à população para atingir os objetivos previstos; b) será o ideal que as discussões técnicas com a comunidade aconteçam na fase de planejamento do projeto de saneamento. c) a ação dos Órgãos Gestores (âmbito estadual e municipal) junto à comunidade, deverá estar transparente, simultânea e integrada; principalmente no que se refere à implantação e operação dos sistemas de saneamento, de forma a se conseguir a necessária confiabilidade da população; d) a gestão ambiental deverá estar sendo implementada nos Órgãos Públicos Gestores simultaneamente e integradamente à Educação Ambiental junto à comunidade *, de forma a potencializar e multiplicar os efeitos positivos dos projetos de saneamento em relação ao meio ambiente e saúde das populações, visando o Desenvolvimento Sustentável. * Considera-se comunidade, nesta metodologia, lideranças, grupos organizados, escolas e população residente nas áreas de implementação do projeto; bem com Empresas. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2728

e) é possível, a partir de modelos e conceitos de Gestão e Educação Ambiental, já desenvolvidos em empresas e comunidade, executar com êxito o Modelo Integrado de Educação e Gestão ambiental e direcioná-lo aos órgãos públicos e à realidade local dos municípios; f) poderá ser estruturada uma rede de ações integradas, incluindo desde o máximo de formalização, a escola, até as experiências pouco formais ou informais; g) é possível, a partir de ações práticas dos órgãos governamentais, estimular a população a se envolver no processo de transformação, com a geração de indivíduos reflexivos e conscientes de sua própria educação sanitária e ambiental, ou auto-educação ambiental; h) a partir da sensibilização e informação, pode-se aplicar a legislação e a fiscalização ambiental de forma mais eficiente e com melhores resultados. A experiência em Educação Ambiental, com foco dirigido ao setor de limpeza pública e associada a gestão dos resíduos sólidos, foi desenvolvida no município de Santo André- ABC Paulista, no ano de 1990 a 1992 e denominada Programa Jogue Limpo *. Este programa foi implementado através de ações que associava aspectos da gestão pública, com a formação de um conselho técnico constituído pelas áreas de meio ambiente, serviços urbanos, saúde, assistência social, educação, cultura e comunicação que tinha como atribuição gerenciar o programa, unificar e traduzir a informação para os diversos públicos alvos da comunidade com técnicas de sensibilização e treinamento de grupos organizados e lideranças dos bairros; escolas; empresas; associações comerciais. O programa educativo era complementado com ações dos grupos culturais que se apresentavam, acompanhando a implementação dos projetos de varrição, fiscalização da coleta domiciliar e coleta de entulho pelas ruas da cidade. Para que o programa Jogue Limpo tivesse um efeito mais positivo, foram previstos treinamentos para os operacionais da limpeza pública do Município, que passaram a se sentir mais valorizados e como conseqüência, passaram a otimizar a operação de limpeza. Este fato ficou caracterizado no out door do programa, quando os garis da limpeza urbana pousaram como modelos para a campanha educativa, com a seguinte frase: Feliz Cidade Limpa... Faça Sua Parte! Paralelamente a estes novos modelos que estavam sendo desenvolvidos nas Prefeituras e Órgãos Estaduais no Brasil, foram surgindo com características similares, inicialmente na Europa e depois nos EUA, chegando também ao Brasil, os modelos de gestão ambiental para empresas privadas e indústrias, como conseqüência de muitas pressões para melhoria de desempenho ambiental e atuação em conformidade com a legislação ambiental, de forma a satisfazer à demanda dos clientes. * Brito, Celene. Programa JOGUE LIMPO. Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Goiânia; 1991. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2729

As diretrizes e princípios para uma boa gestão do meio ambiente foram estabelecidos e promovidos por muitas organizações inglesas e internacionais. No Brasil existe o GANA- Grupo de Apoio a Normatização Ambiental, grupo ligado a ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas que vem traçando diretrizes para a qualidade ambiental, em conjunto com outras organizações internacionais, visando a série ISO 14000. Essas diretrizes incluem vários elementos comuns, tais como: 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2730

? Uma declaração da política que indica o comprometimento geral da organização com a melhoria de desempenho ambiental, incluindo a conservação e proteção de recursos naturais, minimização de resíduos e controle da poluição e melhoria contínua;? Um conjunto de planos e programas para implementação da política em toda a organização, incluindo a extensão do programa a fornecedores, clientes e comunidades impactadas;? A integração dos planos ambientais no dia -a-dia operacional da organização, desenvolvendo tecnologias inovadoras para minimizar o impacto da organização sobre o meio ambiente;? A medição do desempenho da gestão ambiental da organização em relação aos planos e programas- auditoria e análise do progresso em direção à adoção da política;? A previsão de informação, educação e treinamento para melhorar a compreensão dos problemas ambientais-divulgando aspectos do desempenho ambiental da organização. A adaptação das diretrizes do sistema de gestão ambiental em empresas para o Modelo Integrado de Gestão e Educação Ambiental aqui proposto, demandou um conhecimento específico sobre as ações, envolvimentos e interesses que regem os órgãos públicos, bem como a caracterização do topo da organização, o órgão responsável pela implementação do programa, normalmente definido como órgão público executor do projeto de saneamento. Caso o executor do projeto de saneamento seja um órgão público estadual, o mesmo deverá atuar, em relação ao Programa de Educação Ambiental, tal como a gerência executiva, no topo, tomando decisões estratégicas e definindo políticas. As Prefeituras envolvidas deverão atuar, tal como as gerências de nível médio, traduzindo as políticas em objetivos e alvos específicos, os funcionários e operacionais atuando também em conformidade com as diretrizes e interagindo com os usuários do sistema de saneamento, que são os verdadeiros clientes dos órgãos públicos; visto que, a partir da visão e respostas dos mesmos, poderá ser percebido se a atuação e o plano tem alcançado os objetivos previstos. O modelo é similar ao empresarial, se diferenciando do mesmo pelo fato de, o fluxo de informação, além de chegar à comunidade através do efeito cascata, proveniente da formação dos multiplicadores nos órgãos públicos, chegará à comunidade em um primeiro momento, também através de estímulos externos, como um trabalho de suporte técnico realizado por uma outra instituição, que poderá ser uma ONG ou empresa privada. Um outro fator que o diferencia um pouco do modelo empresarial é que o Estado já tem a atribuição de gerenciar e fiscalizar o meio ambiente *, e esta atribuição será incorporada e direcionada ao modelo proposto, com integração da comunidade. * O modelo de gestão ambiental no Estado da Bahia é definido na Constituição Estadual de 1989, que no seu artigo 213, estabelece a responsabilidade do estado em instituir um sistema de Administração da qualidade ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e o uso adequado dos recursos naturais para organizar, coordenar e integrar as ações administração pública e da iniciativa privada, assegurando a participação coletiva. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2731

DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA Com esta metodologia percebe-se a possibilidade de organizar ações educativas complexas, que garanta o resultado de uma rede de interações entre os diversos segmentos sociais e recursos educativos. Não se trata de somar ou adicionar componentes isolados, mas de integrar os mesmos ao redor de objetivos educacionais comuns, com a utilização dos Projetos de Saneamento, como âncoras dos processos de comunicação e participação. A metodologia é caracterizada por três momentos ou estágios, entretanto estes estágios poderão ser alcançados de forma diferenciada de acordo com a dinâmica própria de cada município e comunidade a ser trabalhada. Os momentos são identificados da seguinte forma. Momento Neste momento será delimitado e caracterizado, sobre os mais diversos aspectos, a área de influência do Programa de Educação Ambiental, atuação e responsabilidade dos órgãos gestores, bem como a identificação detalhada das redes de interações existentes, assim como definições dos agentes multiplicadores nos diversos segmentos. Nesta fase será elaborado o Plano Diagnóstico Participativo. A pesquisa participativa surgiu a partir da opção por uma política de investigação, segundo a qual o conhecimento surge de uma relação sujeito-investigador, na qual se verifica uma troca 1. O investigador possui conhecimentos técnicos específicos, referentes aos projetos de saneamento e meio ambiente, e o sujeito é participante da realidade em que vive. Fundamentalmente, tenta-se neste tipo de investigação, transformar o tradicional objeto de pesquisa em sujeito de um processo reflexivo próprio, gerando um estilo de trabalho que permita uma participação real. Neste sentido, considera-se a investigação um processo de aprendizagem mútua, tanto em relação às técnicas para conhecimento da realidade, como sobre a mesma. Procura-se também, através deste estilo de trabalho, romper a dicotomia investigação/ação. A própria metodologia da investigação implica no pensar reflexivo sobre a ação e a vida cotidiana. Esta proposta de diagnóstico participativo para o projeto de Educação Ambiental parte do pressuposto de que: a) Toda a comunidade e organização tem potencialidades para definir seus problemas e propor soluções, através de um processo de aprendizagem mútua e reflexiva; b) Todo o diagnóstico e pesquisa a ser realizado em uma comunidade ou organização, dirigido a determinar alternativas para a ação, tendo como foco o saneamento, saúde e meio ambiente; e para obter êxito, deve suscitar a participação real da população e funcionários de uma organização no processo de diagnóstico; c) Todo o processo de pesquisa ou diagnóstico participativo já implica em si mesmo uma estratégia de educação ambiental. 1 Sirvent, Maria Tereza. Educação Comunitária- A Experiência do Espírito Santo. Editora Brasiliense, 1984. São Paulo. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2732

OBJETIVOS DO DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO? Coletar informações sobre a comunidade de forma a subsidiar a planificação de ações educativas sanitárias e ambientais, a partir do tipo de projeto de saneamento a ser implementado no município e dirigi-las à elevação da qualidade de vida da população;? Coletar informações sobre as ações de saneamento dos órgãos públicos, atualização do cronograma de implantação dos projetos, hábitos de higiene da população, interação com a pesquisa que vem sendo realizada por outras instituições ;? Identificação dos líderes e animadores potenciais, de grupos e associações que trabalham com a comunidade; dos agentes multiplicadores nos órgãos públicos;? Diagnóstico da aplicação das políticas ambientais e formas de administração dos órgãos gestores e prefeituras;? Gerar uma motivação e uma atitude positiva em relação ao projeto;? Ampliar e caracterizar novos itens para a medição de resultados ao longo da implementação do programa;? Caracterização das práticas culturais, padrões de interação e graus de estruturação.? Caracterização especial das relações escola-comunidade.? Caracterização da rede de relações formais e informais no município e área do projeto.? Criar expectativas frente ao Programa de Educação Ambiental. A partir do diagnóstico será identificada e trabalhada a individualidade e peculiaridade de cada segmento social, ressaltando os pontos positivos, mas também identificando as dificuldades existentes a serem sanadas. O primeiro passo será o reconhecimento de cada organização como grupo coeso, com identidade própria. Depois de estabelecidos os vínculos internos, as políticas e diretrizes de cada grupo, podera-se-á estimular os relacionamentos inter-setoriais, inter-institucionais e intermunicipais. Neste momento os segmentos receberão estímulos para atuação, com perspectivas relacionadas ao Programa de Educação Ambiental, considerando as potencialidades para gerar, em cada organização, os seguintes sistemas:? Gestão Ambiental Pública: deverá ser o resultado do estímulo e diretrizes fornecidos aos Órgãos Gestores, para a ação ambiental interna e implantação do Sistema de Gestão e Educação Ambiental-SGEA, bem como e principalmente, para integrar e aprimorar o acompanhamento das ações externas junto aos usuários dos sistemas de saneamento e à sociedade. Esta Gestão estimulará também cursos para treinamento e valorização dos operacionais para a limpeza pública, abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como para os agentes comunitários de saúde em cada município a ser trabalhado;? Educação Informal Visando a Gestão Ambiental Comunitária: dirigida às lideranças e grupos organizadas dos municípios e áreas do Projeto, visando a formação de Grupos Gestores Comunitários-GGC. Serão realizados trabalhos junto à população no que se refere a desapropriação, quando da implantação das obras de saneamento e organização para utilização adequada dos sistemas. Os Grupos Gestores Comunitários serão capacitados para entender sobre o funcionamento dos sistemas de saneamento e os efeitos sobre a saúde 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2733

e meio ambiente, bem como, auxiliarão na multiplicação de informações para toda a população usuária dos referidos sistemas;? Educação Formal Visando a Gestão Ambiental Pedagógica: dirigida às escolas da rede de ensino público, com o intuito de que seja formado o Sistema de Gestão Ambiental Pedagógico e capacitação de professores multiplicadores, que integrem à atividade pedagógica cotidiana, os valores eprincípios da educação sanitária na formação de seus alunos.? Educação Visando a Gestão Ambiental Empresarial, dirigida às empresas potencialmente poluidoras da área do programa, promotoras de impacto; e empreiteiras que atuam nas áreas de implantação dos projetos. As empresas empreiteiras que estão implementando os projetos de saneamento serão mobilizadas para participação no processo, principalmente os operacionais e mestres de obras que estão trabalhando diretamente com a comunidade. Os segmentos sociais constituir-se-ão num sistema aberto em comunicação contínua tanto entre si como no meio em que estão inseridos. Estes estímulos estão caracterizados pelos seguintes instrumentos e técnicas de sensibilização: AÇÃO DIRIGIDA AOS ÓRGÃOS EXECUTORES E CO-EXECUTORES Ações de integração, capacitação e transmissão de Know-How, Reuniões, Workshop s, cursos, oficinas, seminários. Instrumentos: Jornal Programa de Educação Ambiental; vídeo institucional sobre o modelo a ser implementado; ações culturais e artísticas no interior das repartições de forma a auxiliar no processo de interação. Objetivos: Mobilização, integração, implantação do Sistema de Gestão Ambiental, compatibilização de diretrizes para a gestão interna e acompanhamento do Programa de Educação Ambiental nos Municípios contemplados, produção de material multiplicador das diretrizes. AÇÃO DIRIGIDA À COMUNIDADE - LIDERANÇAS, GRUPOS ORGANIZADOS Ações de sensibilização, integração e capacitação: Reuniões, cursos, oficinas, seminários. Instrumentos: Jornal do Programa de Educação Ambiental-BTS*, vídeos; ações culturais e artísticas nos canteiros das obras de implantação dos sistemas de esgotamento sanitário e acompanhamento dos projetos de limpeza pública e abastecimento de água; cartilhas educativas, folder s, calendários, placas e out door. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2734

Objetivos: Sensibilização, mobilização, integração, formação dos Grupos de Gestão Ambiental, discussão com base em cada projeto de saneamento a ser implementado. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2735

AÇÃO DIRIGIDA À COMUNIDADE - ESCOLAS Ações de sensibilização, integração e capacitação: Reuniões, oficinas, cursos, curso especial in loco ; Seminários. Instrumentos: Jornal do Programa de Educação Ambiental, vídeos, ações culturais e artísticas, indicação para implantação do sistema de multimídia. Objetivos: Sensibilização, mobilização, integração com a comunidade e com os outros segmentos, interação com o Sistema de Gestão Ambiental Pedagógica. AÇÃO DIRIGIDA À COMUNIDADE - EMPRESAS Ações de sensibilização, integração e capacitação: Reuniões, Workshop s, Seminários. Instrumentos: Jornal do Programa de Educação Ambiental indicação de programas de treinamento com utilização de vídeo e multimídia, ações culturais. Objetivos: Sensibilização, mobilização, integração, estímulo a formação do Sistema de Gestão Ambiental (caso não haja), adaptação de diretrizes e acompanhamento do Programa de Educação Ambiental. Momento Depois da introspecção e caracterização da identidade de cada segmento e realização dos treinamentos, dinâmicas e ações culturais desenvolvidas no primeiro momento, o que caracterizará o segundo momento será o início de integração dos diversos segmentos trabalhados. Este estímulo será demarcado pela realização de um Seminário de Integração das entidades envolvidas com o Programa de Educação Ambiental. A partir deste seminário de integração, as ações e dinâmicas realizadas por tipo de projeto de saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos); serão medidas, reavaliadas e retroalimentadas com prosseguimento das atividades de treinamento e ações culturais. Neste momento também será caracterizado e transmitido, com ênfase, a relação das ações de saneamento com a saúde dos moradores, cidadania, legislação ambiental, turismo ecológico, desenvolvimento sustentável. Será também o momento de capacitação para a gestão integrada do meio ambiente, com identificação dos entraves possivelmente existente, na relação usuário/órgão público gestor, de forma a resolver e intensificar o fortalecimento institucional dos proponentes. Neste momento, os canais de comunicação, inter-setoriais deverão estar estabelecidos na busca de soluções para os problemas emergentes. Para este momento os objetivos a serem alcançados são: 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2736

Compartilhar com a comunidade e órgãos envolvidos a informação e a imagem geral recebida no primeiro momento do trabalho;? Promover nos usuários dos sistemas de saneamento e funcionários dos órgãos públicos e demais membros da sociedade um conhecimento mais objetivo sobre a rede de interações que os une e iniciar o processo de participação real e de reflexão sobre os problemas ambientais, como uma forma de resolvê-los;? Identificar o papel do Programa de Educação Sanitária e Ambiental como forma de minimizar os impactos, melhorar a qualidade de vida e atrair divisas para os municípios, inclusive relacionada ao turismo local. Momento Neste terceiro momento as ações serão direcionada para o acompanhamento e avaliações quanto ao modelo implementado. Deverá ser realizado um segundo seminário de integração e avalia ção do programa e estímulo e aprofundamento das ações nas áreas, ainda com dificuldades de realizar a autogestão e integração. MEDIÇÃO DO PROGRAMA A medição dos resultados poderá ser realizada através dos seguintes itens:? Avaliações constantes do nível de organização de cada segmento para gestão interna e integrada com os outros segmentos da sociedade;? Avaliação da operação e manutenção dos sistemas de saneamento e reflexos no meio ambiente, principalmente se for SES proposto do tipo Ramais Condominiais.? N o de pessoas envolvidas no projeto por setores de intervenção;? A quantidade de multiplicadores capacitados nas mais diversas áreas;? N o de projetos ou ações resultantes do processo de capacitação por segmento trabalhado;? Mapa síntese da área trabalhada;? Limpeza das ruas, terrenos baldios e praias, realizada através de fotografia? e cadastros de áreas;? Medição do consumo e número de ligações de água antes e depois da implementação do programa;? Avaliação do fluxo de turismo;? Implementação de políticas e diretrizes propostas e resultados. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2737

CONCLUSÃO O fundamento principal deste trabalho é auxiliar no planejamento de programas de educação ambiental que visem a gestão e educação realizada internamente, em cada órgão público e privado, bem como nos bairros e bacias onde o projeto de saneamento será implementado. A Gestão/educação poderá ser concretizada com a formação de CTGEA s (Câmaras Técnicas de Gestão e Educação Ambiental) nas instituições e empresas privadas. Nas comunidades deverá ser estimulado a formação dos GGC s (Grupos Gestores Comunitários) dos sistemas de saneamento e meio ambiente. Com este planejamento e execução pode-se conseguir a realização da gestão integrada, concretizada-a no 3 o momento do desenvolvimento dos trabalhos, com a formação de um conselho único, unificador das Câmaras Técnicas e dos Grupos Gestores estimulados nas comunidades. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SIRVENT, MARIA TEREZA. Educação Comunitária- A Experiência do Espírito Santo. Editora Brasiliense, 1984. São Paulo. 2. BRITO, CELENE. Programa JOGUE LIMPO. Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Goiânia; 1991. 3. BRITO, CELENE. Plano de Educação Ambiental para Municípios de Pequeno e Médio Porte do Estado da Bahia. Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Salvador; 1996. 4. MICHEL, GILBERT Sistema de Gerenciamento Ambiental IMAM. São Paulo. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2738

GRÁFICO REPRESENTATIVO DA CO-RELAÇÃO ENTRE A AÇÃO / TREINAMENTO IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL AÇÃO TREINAMENTO INSTRUMENTO OBJETIVOS AÇÃO DIRIGIDA AOS ÓRGÃOS GESTORES? REUNIÕES? WORKSHOP S? CURSOS? OFICINAS? SEMINÁRIOS? JORNAL? VÍDEO INSTITUCIONAL? AÇÕES CULTURAIS E ARTÍSTICAS? MULTIMÍDIA? MOBILIZAÇÃO? INTEGRAÇÃO? FORMAÇÃO DO CTGAG? CONSTRUÇÃO DE DIRETRIZES PARA A GESTÃO INTERNA DO ÓRGÃO E EXTERNA? PRODUÇÃO DE MATERIAL MULTIPLICADOR DAS DIRETRIZES AÇÃO DIRIGIDA ÀS PREFEITURAS AÇÃO DIRIGIDA À COMUNIDADE (EMPRESA) AÇÃO DIRIGIDA À COMUNIDADE (ESCOLAS) AÇÃO DIRIGIDA À COMUNIDADE (LIDERANÇAS E ONG S)? REUNIÕES? WORKSHOP S? CURSOS? SEMINÁRIOS? REUNIÕES? WORKSHOP S? SEMINÁRIOS? REUNIÕES? OFICINAS? TREINAMENTOS IN LOCO BAÍA DE TODOS OS SANTOS? SEMINÁRIOS? REUNIÕES? OFICINAS? SEMINÁRIOS? JORNAL? VÍDEO INSTITUCIONAL? AÇÕES CULTURAIS E ARTÍSTICAS? JORNAL? INDICAÇÃO DE MULTIMÍDIA E VÍDEOS? AÇÕES CULTURAIS E ARTÍSTICAS? JORNAL? VÍDEOS? AÇÕES CULTURAIS E ARTÍSTICAS? LIVROS DIDÁTICOS? CARTAZES? JORNAL? VÍDEOS PARTICIPATIVOS? AÇÕES CULTURAIS E ARTÍSTICAS? CARTILHAS EDUCATIVAS? CALENDÁRIOS? PLACAS? OUTDOOR? CARTAZES? SENSIBILIZAÇÃO? MOBILIZAÇÃO? INTEGRAÇÃO? FORMAÇÃO DO CTGAM? CONSTRUÇÃO DE DIRETRIZES PARA A GESTÃO INTERNA NA PREFEITURA E EXTERNA PRODUÇÃO DE MATERIAL MULTIPLICADOR DAS DIRETRIZES? SENSIBILIZAÇÃO? MOBILIZAÇÃO? INTEGRAÇÃO? FORMAÇÃO DO CTGA E (SE NÃO HOUVER)? CONSTRUÇÃO DE DIRETRIZES P/ A GESTÃO INTERNA DA EMPRESA E EXTERNA? SENSIBILIZAÇÃO? MOBILIZAÇÃO? INTEGRAÇÃO? FORMAÇÃO DO CTGAP? CONSTRUÇÃO DE DIRETRIZES P/ A GESTÃO INTERNA NAS ESCOLAS E EXTERNA NA COMUNIDADE? SENSIBILIZAÇÃO? MOBILIZAÇÃO? INTEGRAÇÃO? FORMAÇÃO DO GGL? CONSTRUÇÃO DE DIRETRIZES P/ A GESTÃO EXTERNA: LIDERANÇAS Gráfico montado por Celene Brito e Roseane Palavizini 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2739