ANÁLISE DOS TEMPOS E IDADES DO RANKING DA PROVA DOS 100 METROS MASCULINO



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Transcrição:

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 259 ANÁLISE DOS TEMPOS E IDADES DO RANKING DA PROVA DOS 100 METROS MASCULINO Rogers Figueiredo Claro 1, Aguinaldo Souza dos Santos 2 1 Acadêmico do 4º Ano de Educação Física UNESPAR/FAFIPA. 2 Professor do Departamento de Educação Física UNESPAR/FAFIPA RESUMO O atletismo é o esporte que mostra a evolução dos atletas, em relação às marcas conquistadas a cada competição. Por esse fato se exige sempre uma atualização do ranking no atletismo, permitindo assim avaliar o progresso dos atletas. O objetivo do presente estudo consiste em analisar os tempos e idades do ranking nacional dos 100 metros masculino entre os anos de 2002 a 2011. A amostra foi constituída de 2000 atletas do gênero masculino. Foi constatado que não houve uma grande diferença entre a média dos tempos, sendo a melhor média de 0,36 centésimos em 2009. Em relação às idades, também não houve uma grande diferença nas médias, sendo a melhor média em 2010 com 20 anos. Conclui se com esse trabalho, que não houve uma melhora significativa em relação aos tempos e idades analisadas no decorrer dos dez anos. Palavras chave: Ranking, Análise, Atletismo, Treino, Atletas INTRODUÇÃO O Atletismo é uma modalidade esportiva que se divide em provas de pista como as corridas e as provas de campo como saltos, lançamentos e arremesso possuindo assim suas próprias especificidades. Fazendo com que ele se torne esporte que necessita de muita dedicação e força de vontade, devido a varias técnicas que existem dentro de cada prova, alem das dificuldades tantos nas a organização desportivas como a organização de treinos e competições. Porem essa grande diversidade de provas o torna uma modalidade capaz de atingir diferentes alvos de praticantes e espectadores, (GROUP, 1984). Ele é um esporte em que se vê a evolução dos atletas em relação as suas melhores marca conquistadas anualmente desde a categoria menor ate a adulta. Por esse fato existe sempre a atualização dos rankings nacionais das varias provas que existe no atletismo, permitindo assim avaliar o progresso dos atletas e do atletismo no Brasil (VIEIRA e FREITAS, 2007). Por esse fato a Confederação de Atletismo do Brasil (CBAT), tem em sua confederação pessoas com a função de atualizar o ranking nacional das varias provas que existe dentro do atletismo dentre elas os 100 metros. Porém nem sempre são realizados estudos sobre as possíveis evoluções que os rankings vêm tendo ao longo dos anos. Portanto é de grande importância que haja reflexões sobre os resultados que vem sendo atingido ano após ano em torno do aumento ou diminuição de rendimentos dos atletas masculinos da prova dos 100 metros (CBAT 2012).

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 260 Dentro do Atletismo existe a corrida dos 100 metros, que é uma das provas mais tradicionais e aguardadas da competição, pois é ela quem define o homem mais rápido. Essa prova possui cinco fases: tempo de reação na largada aceleração ou saída de bloco, transição, velocidade máxima, desaceleração (PAROLIS, 2008). Devido a essas fases o treinador deve possuir um grande conhecimento em diversas técnicas de treinamento, capazes de trabalhar tudo que envolve velocidade, para que o atleta chegue ao seu potencial máximo. Porém se o treinamento, não estiver de maneira correta ou o atleta mostra de evoluir devido ao seu perfil fisiológico, deixara reflexos imediatos no ranking nacional da prova. Os fatores que podem prejudicar negativamente a evolução dos atletas são variados, desde o perfil fisiológico até a questão financeira, porém para entender esses fatores torna fundamental percebe o que se vai passando ao longo dos anos, com evolução dos atletas (DINTIMAN, GEORG e TELLEZ, 1999). Outro fator também é o abandono de atletas jovens, devido ao fato deles treinarem com grande intensidade e elevadas cargas de treino, fazendo com que haja um comprometimento na sua progressão e obtenção dos melhores resultados fase adulta (MARQUES 1991). Portanto o presente estudo objetivou a analise dos tempos e idades do ranking nacional dos 100 metros masculino entre os anos de 2002 a 2011. METODOLOGIA O presente estudo caracteriza se como sendo uma pesquisa descritiva, visto que, segundo Tomas e Nelson (2002), pesquisa descritiva é o tipo de trabalho preocupado com o status, incluindo técnicas como surveys, estudos de caso e a pesquisa desenvolvimental. Estudo descritivo tem o objetivo de observar, registrar, analisar, descrever e relacionar fatos ou fenômenos que ocorre com algum fato e sua relação com outros fatores (MATTOS; ROSSETTO e BLECHER, 2004). Busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política e econômica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo tomado isoladamente como em grupos e comunidades mais complexas (CERVO, 1983). A coleta dos dados foi obtida através dos resultados oficiais elaborados pela Confederação Brasileira de Atletismo, sendo provenientes dos participantes da prova dos 100m ao longo dos anos de 2002 a 2011. A amostra foi composta por 2000 atletas ranqueados entres os 20 melhores do Brasil na prova dos 100 metros.

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 261 A análise dos dados é de caráter quantitativo, onde após a realização dos procedimentos foram tratados estatisticamente através de valores da média, máximo, mínimo e desvio padrão, com recurso ao Excel 2007. RESULTADOS Quadro 1. Valor da Média, máximo, mínimo e desvio padrão dos tempos do 100m desde o ano de 2002 a 2011. Valor 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Média 0,42 0,46 0,44 0,42 0,48 0,42 0,425 0,36 0,54 0,43 Máxima 0,59 0,59 0,56 0,65 0,61 0,60 0,61 0,65 0,69 0,56 Mínima 0,19 0,20 0,13 0,17 0,22 0,14 0,19 0,11 0,21 0,18 Despad 0,12 0,13 0,14 0,15 0,12 0,14 0,13 0,16 0,13 0,10 Quadro 2. Valor da Média, máximo, mínimo e desvio padrão das idades dos atletas do 100m desde o ano de 2002 a 2011. Valor 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Média 24,5 23,5 25 25,5 23 25 25 23 20 22,5 Máxima 36 37 36 35 34 35 36 32 33 34 Mínimo 30 17 18 18 19 20 18 18 16 18 Despad 5,1 5,7 4,9 4,8 4,9 4,5 5,0 4,1 5,4 4,7 DISCUSSÃO Grosser (1992) realça que a velocidade no atletismo é a capacidade de conseguir a máxima velocidade e rapidez de reação e movimento em uma determinada condição já estabelecida, o autor ainda destaque que a velocidade nunca se manifesta isolada, ou seja, não é apenas a condição física mais sim a combinação entre vários elementos dentre deles psíquico, cognitivo coordenativo e condicional. A Tabela 1 mostra as diferenças entre as médias dos tempos ao longo dos anos analisados, evidenciando assim que não existe uma grande diferença entre as médias, porem é de interesse demostrar que foi no ano de 2009 que teve a melhor média dos tempos que foi de 0,36 segundos devido ao fato de nesse ano ter sido realizado o Campeonato Mundial de Atletismo de (nome oficial: 12th IAAF World Championships in Athletics berlin 2009) sendo realizado em Berlim, na Alemanha, entre 15 e 23 de agosto. Nesse ano o índice exigido para a prova dos 100m pela Confederação Brasileira de Atletismo foi de 10.15 segundos. Observou se também que a que foi nesse ano que teve a melhor

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 262 mínima sendo se 0,11 segundos, pois o índice exigido para a prova dos 100m pela Confederação Brasileira de Atletismo de 10.15 segundos sendo a mínima abaixo do índice exigido. A preparação para uma corrida depende de vários fatores dentro deles destaca se: a duração, intensidade e estrutura, particularidades individuais, sexo dos atletas, ritmo da sua maturação fisiológica, idade na qual o atleta iniciou cada um de seus níveis e a preparação especial junto com os conteúdos de treinamentos (ADELINO, VIEIRA, COELHO 1999). Ou seja, os meios métodos, cargas e formação de diferentes estruturas do processo de treino, esses fatores determinam a duração total e o tempo necessário para obter melhores resultados e a idade em que os resultados se manifestam. Por esses fatos a preparação em longo prazo se torna o mais viável, pois ela aumenta o rendimento na competição em termos de futuro, permitindo assim que o atleta tome consciência da duração do treinamento dividindo assim seu treino em varias etapas, tornando assim que o atleta alcance o seu rendimento máximo pela introdução dos meios e bases corretas durante a sua infância e adolescência para alcançar seu melhor desempenho em uma determinada competição (PLATANOV, 2004). A tabela 2 mostra a diferença das medias das idades dos atletas ao longo dos anos analisado, mostrando que não houve uma grande diferença em relação as medias das idades, porem deve se destacar que a melhor media foi no ano de 2010 com 20 anos. A preparação dos atletas deve determina com precisão os limites que a idade e o corpo proporcionam para alcançar os melhores resultados desportivos. Pois conforme o atleta vai ficando mais velho a sua velocidade tende a diminuir (COELHO E SILVA 1999). Dantas (1996) destaca três zonas de idade: os primeiros grandes êxitos, as possibilidades individuais e a manutenção dos resultados para cada prova específica. Onde para a prova dos 100m a primeira zona seria entre 19 22, a segunda zona entre 22 24 anos e a ultima zona entre 27 28 anos. A partir dessas idades que os atletas entram na fase de alto performance, ou alto desempenho, sendo capazes de suportarem carga de treinamento mais pesados e específicos, objetivando o máximo do seu rendimento na prova, porem ele deve manter se sempre ativo buscando alternar cargas de competição com cargas de prazerosas, melhorando não somente o seu potencial mais também o se estilo de vida. A tabela 2 também mostra que foi no foi no mesmo que se teve a melhor mínima sendo de 16 anos. Onde um dos objetivos do treinamento é a sua influência positiva e sistemática que visa elevar as capacidades de rendimento dos atletas para que ele aos poucos possa alcançar seu melhor resultado em competição. Para que seja atingido determinadas melhoras, é necessário que o treino seja dividido em etapas. Por esse fato o técnico deve saber a idade, pois os atletas com

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 263 grande capacidades atingem os seus êxitos a parti de 4 anos de treinamento e somente após 7 9 anos com uma boa preparação física atingem aos poucos o desempenho máximo. Desde que, continua com planejamento correto mantendo seu desempenho por um período de tempo considerável ate a puberdade, onde o atleta se especializa em um esporte no caso do atletismo em uma prova, tendo assim o seu desempenho máximo apenas naquela prova especifica (FILIN, 1996). CONCLUSÃO Os 100 metros é uma prova em que milésimos de segundos fazem diferença entre o primeiro e o terceiro colocado, portanto é de grande importância que haja uma melhora significativa nos tempos. Essa melhora pode ser evidenciada na constante quebra do recorde mundial pelo jamaicano Usain Bolt evidenciando assim a melhora do tempo a nível mundial. Conclui se com esse trabalho que a analise dos rankings tanto nos tempos como na idade, não demonstra uma grande diferença. E que os resultados ao longo dos 10 anos analisados na prova dos 100 metros masculinos são muito semelhantes ao longo dos anos, o que não é positivo, demonstrando limitado nível do Brasil na prova. Uma das formas de se melhorar essa realidade, é a construção de pistas em diversos locais como universidade e escolas, alem da melhora das infraestruturas, desenvolvendo assim o próprio modelo brasileiro de treinamentos para provas de velocidades. Outro meio é trazer técnicos de países que são potencias em provas de velocidade como os Estados Unidos e Jamaica, realizando assim um intercâmbio, onde atletas desses países sempre estão entre os vinte melhores do ranking mundial. Não se pode esquecer se da questão financeira, pois sabemos que atualmente para se forma um atleta campeão ele deve ter um incentivo financeiro, pois ao longo dos anos pode um atleta pode para de treinar para ajudar seus pais ou surgi outros fatores que pode levar um atleta como grande futuro nas pistas a abandonar o atletismo, necessitando assim de patrocínio e bolsas atleta para seu sustento. Proponham se também estudos mais aprofundados na área fisiológica dos atletas brasileiros da prova dos 100 metros. Além de uma intervenção por meios dos treinadores e da confederação de brasileira de atletismo para que possa provocar ligeiras melhoras nessa realidade, pois as próximas Olimpíadas será realizada no Brasil, projetando os melhores atletas ao longo prazo.

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 264 REFERÊNCIAS ADELINO, J.; VIEIRA, J.; COELHO, O. Treino de jovens: o que todos precisamos saber! Lisboa: Centro de Estudos e Formação Desportiva. 1999. BRASIL, Confederação Brasileira de Atletismo. Disponível em <http://www.cbat.org.br> acessado em 15 de abril de 2012 CERVO, A. L. Metodologia Cientifica. São Paulo: Mcgrawn Hill, 1983. COELHO, M.: S. Treino desportivo com crianças e jovens. Treino Desportivo, Especial. 1999. DANTAS, E.H.M.; A prática da preparação física. 3ºed. São Paulo. 1996. DINTIMAN, G; WARD, B; TELLEZ, T. Velocidade nos Esportes: Programa nº 1 para atletas. 2ª ed. São Paulo (SP): Manole, 1999. FILIN, V.; Desporto Juvenil: teoria e metodologia. Londrina. 1996 GROSSER, M.; BRUGGEMNN, P.; ZINTL. Alto rendimento desportivo. Barcelona. Editora Martines Roca S.A GROUP, D. Atletismo: provas de pista e campo. Rio de Janeiro: Tecno print, 1984. MARQUES, A; A especialização precoce na preparação desportiva, Treino Desportivo, 1991 MATTOS, M. D.; ROSSETTO, A. J. Jr. e BLECHER. S. Teoria e Prática de Métodos de Pesquisa em Educação Física. São Paulo: Phorte, 2004. PLATANOV, V. N.; Teoria Geral do Treino Desportivo Olimpico. Porto Alegre. Editora Artmed. 2004. PAROLIS S. C. de; OLIVEIRA P. R. ; Atletismo: Velocidade Máxima De Deslocamento Na Corrida De 100 Metros Rasos: Um Estudo De Caso. revista da UNICAMP, Campinas, v. 6, ed. especial, p. 47 58, jul. 2008. THOMAS,J. R; NELSOM, J. K. Métodos de Pesquisa em Educação Física. 3 ed, Porto Alegre: Artmed, 2002. VIEIRA, S; FREITAS, A. O que é atletismo. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007.