JULIANA QUEIROZ BRANDÃO MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ALINHADO AO PMBOK E CMMI



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Transcrição:

JULIANA QUEIROZ BRANDÃO MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ALINHADO AO PMBOK E CMMI LAVRAS MG 2015

JULIANA QUEIROZ BRANDÃO MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ALINHADO AO PMBOK E CMMI Monografia apresentada ao Colegiado do Curso de Sistemas de Informação para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação Orientador Prof. Dr. André Grützmann LAVRAS MG 2015

JULIANA QUEIROZ BRANDÃO MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ALINHADO AO PMBOK E CMMI Monografia apresentada ao Colegiado do Curso de Sistemas de Informação para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação APROVADA em 26 de junho de 2015 Prof. Dr. André Luiz Zambalde Prof. Dr. Heitor Augustus Xavier Costa Prof. Dr. André Pimenta Freire UFLA UFLA UFLA Orientador Prof. Dr. André Grützmann LAVRAS MG 2015

RESUMO Muitas empresas falham no desenvolvimento de seus projetos e muito se deve à falta de maturidade de seus processos. Analisando o cenário das Micro e Pequenas Empresas (MPE), muitas vezes inexiste alinhamento à modelos e normas atualmente em evidência, talvez explicado pelo fato de que os modelos podem ser muito abrangentes para o contexto delas. Acredita-se que o uso de ferramentas de gerência de projetos possa auxiliar as empresas a amadurecerem seus processos e consequentemente aumentar o nível de qualidade almejado. Entretanto tem se percebido que muitas ferramentas, que se intitulam de gerência de projetos, não atendem requisitos definidos em nenhuma das práticas atualmente em evidência. Este trabalho aborda uma proposta de um modelo genérico de processo para monitoramento e controle de projetos de MPE alinhado ao Capability Maturity Model Integration (CMMI) e Project Management Body of Knowledge (PMBOK), além de um estudo comparativo de ferramentas de código livre para gerenciamento de projetos sendo uma delas eleita para aprimorar suas funcionalidades aumentando o grau de atendimento aos modelos supracitados. Todo o trabalho foi avaliado por especialistas da área que tiveram contato com a ferramenta para fornecer suas opiniões. Palavras-chave: Gerenciamento de Projetos. PMBOK. CMMI. Software Livre. Micro e Pequenas Empresas. Monitoramento e Controle. doproject.

ABSTRACT Many companies fail to develop their projects and this is due to lack of maturity of their processes. Analyzing the context of Small and Medium Enterprises (SMEs), it was noted the nonexistent alignment to project management models and standards currently in evidence. This perhaps could demonstrate that the reference models are not very comprehensive for SMEs. It is believed that the use of project management tools can assist companies to mature their processes and consequently to increase the level of quality of their products. However, it has been noticed that many tools categorized as project management do not meet requirements defined in any of best practice models. In this paper we present a process of monitoring and controlling in SMEs aligned with the Capability Maturity Model Integration (CMMI) and Project Management Body of Knowledge (PMBOK), as well as presenting the evolution the open-source tool dotproject, which was enhanced to support this model. The work was evaluated by project management experts who have analyzed the model, and have used the tool to give their opinions by answering a questionnaire. Thus, it was subsequently analyzed to identify how much the model and the tool are adequate to be applied in SME s projects, along with the completeness and consistency of the proposed model. Keywords: Project Management. PMBOK. CMMI. Open-Source Software (OSS). Small and Medium Enterprises (SMEs). DotProject.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 6 1.1 Contextualização e motivação... 6 1.2 Problema da pesquisa e Objetivo... 7 1.3 Estrutura... 8 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 10 2.1 Gerência de projetos... 10 2.2 Modelos de melhoria de processos... 14 2.3 Micro e Pequenas empresas... 15 2.4 Mapeamento PMBOK-CMMI... 15 2.5 Trabalhos Correlatos e estado da arte... 16 3 METODOLOGIA... 17 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 18 4.1 Seleção das ferramentas... 18 4.2 Modelo genérico de processo para PMC... 19 5 CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÃO FINAIS... 22 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 23

6 1 INTRODUÇÃO Nesse capítulo será apresentado o contexto, motivação, problemas da pesquisa, objetivo e estrutura do trabalho. Com detalhes a cerca de aspectos empresariais, financeiros e tecnológicos acerca do problema de Micro e Pequenas Empresas para monitoramento e controle de projetos alinhados ao CMMI-DEV (versão 1.3) e PMBOK (4ª edição). 1.1 Contextualização e motivação A indústria de software e serviços de TI vem crescendo a cada ano com boa representatividade de micro e pequena empresas (MPE). Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), cerca de 93,4% do total dessas empresas são MPE, enquanto que médias e grandes empresas representam 5,3% e 1,3% respectivamente. Porém ainda é baixo o número de empresas que possuem uma avaliação oficial reconhecida em gerencia de projetos, como por exemplo o CMMI (Capibility Model Integraion). Podemos citar também o PMBOK (Project Management Body of Knowledge) como fonte de conhecimento sobre gerenciamento de projetos. Existem diversos modelos para gerenciamento de projetos disponíveis, porém que possuem foco em grandes organizações e a adaptação desses modelos para MPE pode ser complicado pois afeta diretamente o custo e o tempo gasto em cada projeto. Segundo o PMI (2008) gerenciamento de projeto é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos e é aplicado através de 5 grupos de processo: inicialização, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento.

7 Monitoramento e controle tem o objetivo de ajudar a compreender o andamento do projeto para corrigir o que é necessário, avaliar e tomar decisões quando o projeto desviar do planejamento inicial. Os problemas encontrados nas empresas se devem a falta e dificuldade para encontrar uma ferramenta de apoio adequada. Existem softwares completos, com suporte das atividades de projetos, mas são softwares proprietários e tem alto custo para aquisição. Existem ainda softwares livres para o gerenciamento de projetos, que possuem baixo custo para micro e pequenas empresas, porém geralmente não possuem suporte completo para práticas de modelos de referências. Além disso esses tipos de software oferecem suporte para práticas de gerência de projetos principalmente na fase de planejamento, mas não costumam oferecer serviços para atividades de monitoramento e controle. 1.2 Problema da pesquisa e Objetivo O cenário em que estão inseridas as micro e pequenas empresas é complexo. Aumentar o nível de qualidade dos produtos pode se iniciar pela melhoria da qualidade do gerenciamento dos projetos, mas devido aos poucos recursos e finanças normalmente não é levada em consideração. Uma das soluções seria o desenvolvimento interno de soluções, porém leva tempo e capital financeiro sem retorno, pois o desenvolvimento de um software de apoio não é um produto comercializável. Portanto a pergunta da pesquisa é como desenvolver um modelo genérico para que micro e pequenas empresas possam realizar atividades de monitoramento e controle alinha aos processos/práticas do CMMI e PMBOK sendo apoiadas por uma ferramenta?

8 O objetivo geral do trabalho é definir um modelo genérico de processos e ferramenta de suporte ao modelo para monitorar e controlar projetos de estejam alinhados ao PMBOK e CMMI-DEV para gestão de projetos em MPE. Os objetivos específicos são definir um modelo genérico de processo para monitoramento e controle de projetos alinhado a realidade das micro e pequenas empresas, avaliar os softwares livres para gerenciamento de projetos em relação ao suporte fornecido para monitoramento e controle em alinhamento ao PMBOK e CMMI-DEV, realizar análise de requisitos, concepção, especificações, implementação e testes para a implementação de novas funcionalidades na ferramenta selecionada e avaliar a evolução do software aperfeiçoado por meio de um survey com especialistas que deverão avaliar o modelo e a ferramenta sobre sua aderência ao ambiente das MPE. 1.3 Estrutura Este trabalho é realizado em cinco etapas: estudo da literatura, avaliação de softwares livres para gerência de projetos, definição do modelo genérico de processo para monitoramento e controle de projetos para MPE, implementação da abordagem mapeada no software selecionado e por último a aplicação e avaliação de resultados. A primeira etapa é destinada a realizar uma revisão bibliográfica sobre gerência de projetos em PMC (Project Monitoring and Control), estudar os modelos de melhoria de processos (PMBOK e CMMI-DEV) e pesquisa o estado da arte no assunto abordado. A segunda etapa visa definir a avaliação com base no conjunto de critérios identificado na revisão bibliográfica e coletar dados referentes aos critérios de avaliação e analisar cada um nas ferramentas selecionadas.

9 A terceira etapa é destinada a definir o modelo genérico de processo identificando entrada e saídas de cada etapa no processo e definir os templates que podem servir de modelo no processo de monitoramento e controle. Na quarta etapa o objetivo é desenvolver os requisitos para evoluir a ferramenta dotproject em PMC alinhado ao PMBOK e CMMI, criar os casos de uso para as novas funcionalidades da ferramenta, elaborar os artefatos necessários para o desenvolvimento da evolução da ferramenta e testar a implementação realizada Na quinta etapa se define os indicadores de desempnho para avaliar o modelo e a ferramenta utilizando a técnica de GQM (Goal Question Metric), manter o projeto para avaliação dos especialistas, elaborar manual de suporte para a ferramenta e analisar os dados coletados. Ao final é realizada uma nova avaliação da ferramenta para verificar a nova avaliação do seu suporte com as novas funcionalidades desenvolvidas, executar novamente a análise do estado da arte, agora com o sistema evoluído, usando o conjunto de indicadores unificados.

10 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Gerência de projetos Gerência de projeto pode ser definido como a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos (PMI, 2008). Para entender melhor essa definição, projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade (VARGAS, 2005). De acordo com o PMI (2008) existem 9 áreas de conhecimento que trata de pontos específicos para o gerenciamento de projetos: gerenciamento de integração, gerenciamento de escopo, gerenciamento de tempo, gerenciamento de custos, gerenciamento de qualidade, gerenciamento de recursos humanos, gerenciamento das comunicações, gerenciamento de riscos e gerenciamento de aquisições. O objetivo de realizar monitoramento e controle é fornecer o entendimento do progresso do projeto para que ações corretivas possam ser tomadas quando o projeto estiver desviando significativamente do seu plano (MCCONELL, 1997; JALOTE, 2000; HANAKAWA, KIMIHURU, 2004; SEI, 2010). Projetos de software falham frequentemente pois não são devidamente monitorados e controlados e as falhas são detectadas tarde demais quando não há mais tempo para tomar uma ação corretiva (WANGENHEIN, 2009). Um dos primeiros passos a serem tomados antes de iniciar um projeto de monitoramento é selecionar quais são os dados que realmente são relevantes dentro do contexto do projeto. Posteriormente o monitoramento ingressa em um

11 ciclo composto por analisar e predizer, aplicar a gerência de controle, executar o plano e obter medições. (JALOTE, 2000) Monitorar e controlar o trabalho do projeto é o processo que abrange todas as áreas e tem como foco acompanhar, avaliar e regularizar o progresso do projeto para atender aos objetivos de desempenhos previamente definidos no plano. Envolve medir os dados atuais do projeto e comparar as medidas com o planejamento feito para cada etapa do projeto. Caso as atividades monitoradas fiquem fora dos limites estabelecidos, medidas corretivas devem ser executadas (SEI, 2010; HUGHES, 2001). Independente do porte da organização é comum verificar que há grande dificuldade em obter informações precisas no processo de monitoramento do projeto. Para o PMI (2008) a principal ferramenta utilizada para monitorar e controlar o trabalho do projeto é a opinião especializada. Também é recomendado a utilização de uma metodologia e utilização de um sistema de informações do gerenciamento de projetos. O controle integrado de mudanças deve incluir várias atividades de gerenciamento de mudanças em níveis diferentes de detalhamento, com base no progresso do projeto de execução (PMI, 2008). Toda mudança deve passar por um processo de aprovação, seguindo um passo a passo. Deve-se primeiro identificar a solicitação, incluindo as etapas de recebimento e documentação formal da solicitação. Depois vem a etapa de planejar a solicitação, envolvendo analisar impactos no projeto, estimar custos, avaliar riscos, decidir sobre a solicitação (aprovar ou rejeitar) e planejar e atualizar o cronograma. As etapas seguintes são implementar a mudança e atualizar os documentos do projeto. (PMI, 2008) O processo de verificar o escopo destina-se a formalização de aceitação das entregas terminadas do projeto. As entregas devem ser revisadas junto ao

12 cliente para se ter garantia de que estão concluídas satisfatoriamente e com isso obter a aceitação formal da entrega. Um componente utilizado para verificação do escopo é a Estrutura Analítica de Projeto que consiste em decompor um projeto em seus elementos componentes. (PMI, 2008) Controlar o escopo é o processo responsável por monitorar o andamento do escopo do projeto e do produto e gerenciamento de mudanças (PMI, 2008). Com a evolução do projeto muitas vezes surgem necessidades novas e adaptações, sendo importante analisar e tratar devidamente todas as solicitações de mudanças que podem ser efetuadas. A principal ferramenta nesse processo é a análise de variação onde medições de desempenho do projeto são usadas para avaliar o grau de variação a partir do planejamento do projeto. Controlar o cronograma é o processo responsável por atualizar o progresso e gerenciamento das mudanças feitas no planejamento inicial do cronograma (PMI,2008). Uma das ferramentas utilizadas em gerenciamento de cronograma é o Gráfico de Gantt, um diagrama que utiliza barras horizontais representando as atividades de um projeto e mostra o período em que cada atividade ocorre dentro do projeto (DAYCHOUM, 2010). Também é possível calcular o desempenho utilizando a técnica de análise de desempenho, que mede, compara e analisa tomando como parâmetro datas reais de início e término das atividades. Controlar os custos é o processo responsável por atualiza o orçamento das mudanças feitas no planejamento dos custos. É essencial se considerar o valor do trabalho sendo realizado para cada atividade, tornando a relação consumo de fundos e trabalho físico base do controle de custos (PMI, 2008). Uma das técnicas utilizadas para auxiliar nessa atividade é o Gerenciamento de Valor Agregado e a Curva S. Realizar o controle da qualidade é responsável por monitorar e registrar os resultados da execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho

13 e recomendar mudanças. Com a medição do software é possível fornecer informações precisas quanto as características do produto em desenvolvimento e possibilitar mecanismos adequados de acompanhamento e controle da evolução do produto (GARCIA, 2006). Na área de software podemos citar duas abordagens existentes para tratar da medição, o GQM (Goal-Question-Metric) (BASILI, 1994) e o PSM (Pratical Software & System Measurement) (DOD, 2003). O PMI (2008) define ferramentas e técnica para realizar o controle de qualidade de projetos: Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histogramas, Diagrama de Dispersão, Fluxogramas, Gráfico de controle e Gráfico de execução. Reportar o desempenho é o processo responsável por coletar e distribuir indicadores do projeto obtendo periodicamente dados reais da execução das atividades e distribuir essa informação de maneira adequada. Os indicadores podem ser considerados atributos de produtos de trabalho, custo, esforço e prazo (SEI, 2010). Cada relatório de desempenho do projeto precisa ser elaborado de maneira que atenda as necessidades do público ao qual se destina. Uma das formas mais completas atualmente utilizadas para apresentar resultados de medições e reportar o desempenho do projeto são os Dashboards, ferramenta que tem o objetivo de demonstrar tendências e identificar discrepâncias para análise de dados coletados (SELBY, 2005; HAUCK, 2007). Administrar as aquisições é responsável por gerenciar as relações de aquisição, monitorar o desempenho do contrato e fazer mudanças ou correções quando necessário. Tem o cunho financeiro além de analisar e documentar como o fornecedor está desempenhando ou se desempenhou com base no contrato e estabelece ações corretivas quando necessário (PMI, 2008). Esse processo é

14 muitas vezes realizado pelo departamento jurídico ou área comercial por envolver aspectos legais para garantir os interesses da organização. 2.2 Modelos de melhoria de processos O PMBOK (Project Management Body of Knowledge) surgiu em 1987 como uma tentativa do PMI (Project Managment Institute) de documentar e padronizar práticas adotadas em gerenciamento de projeto para que esse conhecimento seja amplamente reconhecido e utilizado pela comunidade. Descreve normas, métodos, processos e práticas estabelecidas que contém conhecimento evoluído a partir de medidas reconhecidas e profissionais de gerenciamento de projetos. É considerado um guia completo na definição de processos para monitoramento e controle de projeto (PMI,2008) O CMMI (Capability Maturity Model Integration) é um modelo de maturidade para melhoria de processo, para o desenvolvimento de produtos e serviços e composto pelas melhorias que cobrem o ciclo de vida dos produtos, desde a concepção até a entrega e manutenção (SEI, 2010). A representação contínua e por estágios apresentadas no CMMI permitem que a organização possa tomar diferentes caminhos para a melhoria de acordo com o seu interesse. Na representação por estágios o modelo CMMI possui níveis de maturidade na sua concepção e conteúdo. O nível de maturidade onde uma organização fornece uma maneira de caracterizar o seu desempenho sendo um patamar definido na melhoria de processos da organização. Possui 5 níveis de maturidade. A representação contínua permite que uma organização selecione uma área ou grupo de processos e melhore os processos relacionados. Existem metas e práticas de dois tipos, específicas e genéricas, sendo possível classificar o nível

15 de capacidade de cada área de processo. Capacidade é a habilidade com que determinado processo alcança o seu objetivo e pode ser classificada em níveis de zero a cinco. A versão 1.3 do CMMI apresenta três modelos: para desenvolvimento (CMMI-DEV), para aquisição (CMMI-ACQ) e para serviços (CMMI-SVC). 2.3 Micro e Pequenas empresas Segundo o Sebrae (2010) as empresas com até 19 colaboradores são classificadas como micro ou pequenas. A maioria das empresas da área de tecnologia possuem até 9 colaboradores (MCT, 2010; SOFTEX, 2009). As empresas do setor em sua grande maioria desenvolvem focados na gestão empresarial e em sua maioria são sistemas integrados de gestão empresarial (ERP), para controle de produção e vendas, sistemas administrativos, para acompanhamento de atividades e relatórios e websites (MCTI, 2010). Essas empresas possuem equipes reduzidas, com alguns contratos temporários de trabalho ou estágio. Independente do porte das empresas ou tamanho de projetos, eles ainda possuem restrições em comum como restrições de tempo, solicitação de mudanças e requisitos vagos (CAO, 2004) 2.4 Mapeamento PMBOK-CMMI Um dos primeiros passos tomados na avaliação das ferramentas é definir os critérios que serão utilizados para este fim. Neste trabalho adotou-se mais de um framework como modelo de referência harmonizando suas práticas para evitar a redundância de técnicas na construção de uma solução mais eficiente (BALDASSARRE, 2011).

16 As práticas descritas no trabalho foram obtidas com base no CMMI-DEV e no PMBOK, formadas a partir da junção de todos os processos descritos no PMBOK e todas as práticas específicas do CMMI-DEV 2.5 Trabalhos Correlatos e estado da arte Hauck (2005) apresentou em seu trabalho uma extensão da abordagem ASPE/MSC introduzindo um guia de referência de processos, para monitoramento e controle de projetos, além de dois estudos de casos da aplicabilidade desse guia em empresas. Em outro trabalho semelhante Baldassarre (2012) apresenta a harmonização entre dois modelos de maturidade a ISSO/IEC 9001 e o CMMI- DEV. Este trabalho busca auxiliar uma organização que já tenha implantado a ISSO/IEC 9001 a identificar quais prática do CMMI-DEV também já foram atendidas. Existe um movimento por parte do governo federal para aprimoramento e divulgação de ferramentas livres que podem ser aplicadas para o contexto das MPE (PSBB, 2001), apoiado também pelo setor privado (EBERT, 2009) e pelas instituições de ensino, como no GQZ (Grupo de Qualidade de Software) que faz parte do INCoD (Instituto Nacional de Convergência Digital).

17 3 METODOLOGIA O método do trabalho é definido, segundo sua natureza, como pesquisa aplicada, que busca gerar conhecimento para aplicação gráfica dirigida a solução de um problema específico. (SILVA, 2001) A forma de abordagem é classificada como pesquisas qualitativas onde não requer uso de métodos e técnicas estatísticas sendo o pesquisador instrumento chave na coleta de dados. (SILVA, 2001) Com relação aos objetivos essa pesquisa é classifica como exploratória em primeiro nível, pois tem como foco proporcionar maior familiaridade com um problema a fim de torna-lo explicito. Também é considerado explicativa, pois procura identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência do fenômeno estudado. (SILVA, 2001)

18 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Seleção das ferramentas A pesquisa das ferramentas avaliadas foi realizada no repositório web SougeForge. Foi realizada uma busca utilizando exatamente a frase project management e não utilizando as palavras desktop ou groupware dentro da categoria Office/Business Project Management retornando 206 resultados de softwares disponíveis. Os critérios de inclusão foram atualização, popularidade, equipe, foco, tecnologia, suporte, especialidade e metodologia, reduzindo para 48 ferramentas. Depois após análise mais detalhada foi possível selecionar cinco ferramentas: dotproject, project.net, phpcollab, track + e streber. O dotproject é uma ferramenta para gerenciamento de projetos distribuídos sob a licença GNU-GPL. Foi a melhor ferramenta qualificada na avaliação, porém falta a possibilidade de se definir uma linha de base. Funcionalidades como o fórum e upload de arquivos contribuíram para que alguns recursos tivessem alguma pontuação, mas não foram projetados para atender a prática avaliada. O project.net é livre para utilizar, porém a empresa proprietária vende os serviços como suporte, customização e manutenção. A licença de uso é GPLv3. Possuem vários recursos que podem ser utilizados para monitoramento e controle, mas não de maneira completa e focada em monitoramento. Essa ferramenta se destacou pela boa usabilidade, suporte de forma parcial o monitoramento e controle, incluindo o monitoramento do progresso das atividades e do cronograma do projeto. No software phpcollab falta a possibilidade de se definir uma linha de base com que alguns critérios não atingissem a pontuação máxima. Funcionalidades como lista de discussão e upload de documentos contribuíram

19 para que alguns recursos tivessem alguma pontuação, mas não foram projetados para atender a prática avaliada. Em relação as outras ferramentas avaliadas o phpcollab apresentou um bom suporte ao monitoramento e controle das atividades do projeto, mas ainda assim de maneira parcial. Track + é um software de gerenciamento de projeto distribuído sob a licença GLP, porém a empresa fornece treinamento, customização e serviços de consultoria em torno do produto. Apresentou diversos pontos negativos. A ferramenta Strebber apresentou a menor pontuação. A falta de relatórios foi um dos fatores que influenciou na baixa classificação dessa ferramenta, além da inexistência de baseline e gráfico de Gantt. Todas as ferramentas suportam o monitoramento e controle principalmente em relação ao cronograma, através da análise do andamento da execução das atividades em relação ao planejado. Também é suportado pela maioria das ferramentas a definição de ações corretivas e seu gerenciamento, porém não é possível controlar e monitorar stakeholders, fornecedores ou riscos. A coleta de dados para o monitoramento e controle é dificultada, pois é necessário navegar por diversas telas. Ficou evidente a falta de foco dos relatórios fornecidos. Nenhuma ferramenta utiliza técnicas avançadas para auxiliar no monitoramento e controle, como por exemplo valor agregado. 4.2 Modelo genérico de processo para PMC O modelo genérico proposto está dividido em 6 etapas, alinhados com a abordagem ASPE/MSC: Planejar a monitoração: responsável por definir quais são as informações sobre o andamento do projeto que serão analisadas

20 Coletar dados: é responsável por coletar as informações base para o monitoramento. A equipe do projeto deve apontar a evolução do trabalho realizado em cada uma das tarefas. Analisar os dados: consiste em obter o planejamento do projeto para confrontar com o estado atual da evolução das atividades, que serão usadas para elaborar relatórios para a gerência e para a equipe, informando desvios significantes e ações corretivas que possam existir. Realizar reunião de monitoração equipe: é definido para eu as informações de andamento do projeto sejam apresentadas para a equipe e ela possa perceber o andamento do projeto, sugerir alterações e auxilia para que o projeto chegue a sua conclusão satisfatoriamente. Realizar reunião de monitoração com Gerência Sênior: usado par que as informações de andamento do projeto sejam apresentadas para a gerência sênior e com isso medidas a serem tomadas possam ser definidas e aprovadas. Revisar plano de projeto: é o processo responsável por realizar alteração no plano original do projeto, quando necessário, de maneira que o fluxo das atividades e um acompanhamento mais eficiente possam ser realizado. Com base nas informações anteriores foi realizada uma avaliação do dotproject a fim de identificar qual o trabalho necessário par aumentar seu grau de alinhamento aos modelos e normas apresentados anteriormente com o foco em monitoramento e controle de projetos. Foram enviados e-mails para grupos de discussão de gerenciamento de projetos, empresas e comunidades de desenvolvedores do dotproject, convidando para participar da avaliação do modelo e da ferramenta tendo ao final que responder o questionário. Os resultados obtidos nas avaliações deixam claro que tanto o modelo quanto a implementação tiveram os seus objetivos alcançados.

21 Neste trabalho foram identificados alguns pontos que podem representar ameaças a validade do trabalho. A ferramenta dotproject é um software que apresenta problemas de usabilidade e alguns processos não muito intuitivos para realizar determinadas operações. Dessa forma o avaliado pode ter encontrado dificuldades em diferenciar o que realmente foi construído nesse trabalho, o que eram nativas do dotproject e quais as limitações encontradas no desenvolvimento de novos recursos. Para amenizar esse problema foi desenvolvido um manual de usuário com várias informações que auxiliavam o avaliador a se contextualizar e apresentava com detalhes o que foi desenvolvido. Apesar da tentativa de facilitar o trabalho do avaliador, este projeto pode não ter atendido todas as situações possíveis que ocorrem em uma MPE e dessa forma o avaliador pode ter sentido falta de algum recurso especifico.

22 5 CONCLUSÕES OU CONSIDERAÇÃO FINAIS O objetivo deste trabalho foi definir um modelo de processo para monitoramento e controle de projetos alinhado ao PMBOK e CMMI-DEV para micro e pequenas empresas de desenvolvimento de software além de aprimorar uma ferramenta para atender os requisitos do modelo proposto. O modelo foi criado levando-se em conta os aspectos e restrições em que as MPE vivem. Os objetivos foram atingidos sendo o primeiro deles referente a avaliação de ferramentas de código livre para gerenciamento de projetos em relação ao monitoramento e controle. Após a definição do modelo, foi realizado o levantamento de requisitos, novas funcionalidades para o dotproject, especificação das funcionalidades, implementação e testes. Foi possível verificar que a ferramenta não foi projetada convergindo para um modelo de suporte de gerenciamento de projetos. Funcionalidades simples que podem agregar muito valor as ferramentas se tivessem sido projetadas na concepção. Talvez seja esse o motivo de muitas empresas preferirem soluções proprietárias. Desta forma todos os objetivos previstos neste trabalho foram atingidos. Considerando os aspectos financeiros das MPE, este trabalho está apresentando uma solução que tem o potencial de ser aproveitada, pois além de evoluir uma ferramenta de forma gratuita, está propondo uma direção para que empresas desse porte possam realizar atividades de monitoramento e controle de projetos alinhadas a um modelo, visto que este grupo de atividade é um dos mais críticos para se atingir o sucesso do projeto. Sugere-se que para trabalhos futuros a evolução de outras áreas do dotproject, a elaboração de uma metodologia para gerenciamento de projetos em MPE, elaboração de manuais iterativos ou vídeos explicativos, melhoras na usabilidade do dotproject e desenvolvimento de uma nova ferramenta criada desde a sua concepção alinhada aos modelos de referência.

23 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALDASSARRE, M. T. Harmonization of ISO/IEC 9001:2000 and CMMI- DEV: from a theoretical comparison to a real case application. Software Quality Journal, Springer US, p. 309-335. 2010. BASILI, V. R., G. CALDIERA, H. D. ROMBACH. Goal/Question/Metric Approach. In MARCINIAK, J (ed.), Encyclopedia of Software Engineering, volume 1. John Wiley & Sons, 1994. CAO, L., MOHAN, K., PENG, X., RAMESH, B. How extreme does extreme programming have to be adapting XP practices to large scale project.proc. 37th Annual Hawaii Int. Conf. on System Sciences, Hawaii, p. 30083c. 2004. DAYCHOUM, M. Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento. 4. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2010. 257 p. EBERT, C. How Open Source Tools Can Benefit Industry. IEEE Software, IEEE Computer Society, vol. 26, n. 2, p. 50-51. 2009. GARCIA JUNIOR, P. R. G. APSEE-Metric: Um modelo para Mensuração em Processo de Software. Porto Alegre: UFRS-RS, 2006 165p. HANAKAWA, N. KIMIHARU, O. A Project Management Support Tool using Communication for Agile Software Development. In: Asia-Pacific Software Engineering Conference, 11., 2004, Busan/Coréia. Washington: Ieee Computer Society, 2004. v. 1, p. 316-323.

24 HAUCK, J. C. R. Uma abordagem de modelagem de processos suportada por um guia de referência alinhado ao CMMIDEV, MPS.BR e ISO/IEC 15504. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) - UFSC, Florianópolis, 2007. HUGHES, B.; COTTERELL M. Software Project Management, McGraw-Hill, 2rd Edition, 2001. JALOTE, P. CMM in Practice: Processes for Executing Software Projects at Infosys. Addison Wesley: Longman, 2000. MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Brasil). Evolução da Qualidade de Software no Brasil de 1994-2010 baseada nas pesquisas e projetos do PBQP Software. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/upd_blob/0222/222128.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2012. PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: Guia PMBOK. 4. ed. Pennsylvania. 2008. SEBRAE, SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (Brasil). Anuário de trabalho na Micro e Pequena Empresa 2010/2011. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/25ba39988a7410d783257 95D003E8172/$File/NT00047276.pdf>. Acesso em: 15 set. 2012 SEI - SOFTWARE ENGINEERING INSTITUTE (Usa). Process Maturity Profile CMMI/SCAMPI Class A Appraisal Results: Setember 2012. Pittsburgh: Carnegie Mellon University, 2012. 28 p.

25 SEI - SOFTWARE ENGINEERING INSTITUTE. CMMI for Development (CMMI DEV). Technical report CMU/SEI-2010-TR-033. Pittsburgh, PA: Software Engineering Institute, Carnegie Mellon University, 2010 Disponível em: <http://cmmiinstitute.com/ >. Acesso em: 1 de dezembro de 2012. SILVA, D. A. Um suporte para a integração de ferramentas de gerenciamento de projeto, visando o alinhamento com normas e modelos. São José, 2009. 120f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, São José, 2009. VARGAS, R. V. Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo diferenciais. 6. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2005. 250 p. WANGENHEIM, C. G. V; HAUCK, J. C. R; WANGENHEIM, A. V. Enhancing Open Source Software in Alignment with CMMI-DEV. IEEE Software, vol. 26 no. 2. 2009.