Lucro líquido da Petrobras em 2010 alcança valor recorde de R$ 35 bilhões 189 milhões



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Transcrição:

Nota à Imprensa 25 de fevereiro de 2011 Lucro líquido da Petrobras em 2010 alcança valor recorde de R$ 35 bilhões 189 milhões O lucro líquido aumentou 17% em relação a 2009 e EBITDA atingiu de R$ 60 bilhões 323 milhões; A produção total de petróleo e gás natural aumentou 2% em relação a 2009, atingindo a média de 2 milhões 583 mil barris/dia; Entrada em operação de seis novos sistemas de produção e duas unidades de tratamento de gás natural; As reservas provadas encerraram o ano em 15,986 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) pelo critério SPE/ANP. O Índice de Reposição de Reservas (IRR) ficou em 229% e a relação reservaprodução em 18,4 anos; Os investimentos totalizaram R$ 76 bilhões 411 milhões, e foram 8% superiores a 2009, com foco no aumento da capacidade de produção de petróleo e gás natural, na melhoria do parque de refino e na infraestrutura do gás natural; Em 2010, a alavancagem líquida reduziu de 31% para 17% e a Dívida Líquida/EBITDA passou de 1,23x para 1,03x, decorrentes do processo de Capitalização realizado em set/10; Proposta de distribuição de dividendos e juros sobre capital no montante de R$ 11 bilhões 728 milhões (R$ 7 bilhões 945 milhões já foram antecipados ao longo de 2010). Lucro Líquido (R$ milhões) 30.051 35.189 2.648 895 2.780 4.771 4.884 28.007 Investimento Total 2010 (R$ 76.411 milhões) 32.426 Outros* 2009 2010 * Sociedades Receita de Propósito Operacional Específico Líquida (R$ milhões) E&P Abastecimento Gás e Energia Internacional Distribuição Corporativo Produção Total de Óleo, LGN e Gás Natural Brasil e Exterior (Mil boed) 2.583 2.400 238 245 16,2 15,986 224 15,100 14,865 229% 2.176 2.288 2.338 2008 2009 2010 Brasil 2.526 Internacional 17,2 15,2 14,2 13,2 Reservas Provadas (bilhões boe) e IRR* (%) SPE/ANP 109% 75% 2008 2009 2010 * IRR= Índice de Reposição de Reservas 600% 500% 400% 300% 200% 100% 0% 1

Lucro líquido do ano cresceu 17% O lucro líquido consolidado de 2010 atingiu o valor recorde de R$ 35 bilhões 189 milhões, como resultado de um aumento do lucro bruto (R$ 77 bilhões 222 milhões) que foi impulsionado por um maior volume de vendas de derivados (+11%) assim como pelo efeito das cotações de petróleo mais elevadas sobre as exportações e produção internacional. Adicionalmente, a valorização cambial contribuiu para o aumento do lucro, gerando impacto positivo no resultado financeiro líquido (variação positiva de R$ 2 bilhões 725 milhões) e no resultado atribuível a acionistas não controladores (variação positiva de R$ 2 bilhões 581 milhões). Também contribuiu para o resultado a elevação da participação do óleo nacional na carga processada (de 79% para 82% em 2010) e a maior utilização da capacidade nominal das refinarias, cuja média em 2010 foi de 93%. A geração de caixa operacional, medida pelo indicador EBITDA, atingiu seu valor recorde de R$ 60 bilhões 323 milhões. Os dividendos propostos totalizaram R$11 bilhões 728 milhões, dos quais R$ 7 bilhões 945 milhões já foram antecipadas aos acionistas ao longo de 2010, na forma de juros sobre capital próprio. Lucro líquido do 4º trimestre aumentou 24%, alcançando R$ 10 bilhões 602 milhões Resultado líquido do trimestre foi 24% superior ao do trimestre anterior. Os principais destaques foram: a queda nas despesas operacionais em 11%, menor pagamento de imposto de renda e contribuição social (-34%), devido ao maior provisionamento de JCP, além da redução nos volumes importados de petróleo e derivados (queda de 304 mil barris/dia). Adicionalmente, verificou-se aumento do volume de vendas de gasolina (+9%) e o de querosene de aviação (+6%) em função da maior atividade econômica. Indicadores Econômicos Consolidados Milhões de Reais (R$) 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 Receita Operacional Líquida 213.274 182.834 17% 54.492 54.739 0% 47.696 Custo dos Produtos Vendidos (136.052) (108.707) 25% (35.612) (35.094) 1% (29.537) Lucro Bruto 77.222 74.127 4% 18.880 19.645-4% 18.159 Despesas Operacionais (30.165) (28.130) 7% (7.606) (8.526) -11% (8.116) Lucro Operacional (1) 47.057 45.997 2% 11.274 11.119 1% 10.043 Resultado Financeiro 2.563 (162) - 1.926 1.968-2% 111 Imposto de Renda/Contribuição Social (12.236) (10.931) 12% (2.452) (3.739) -34% (2.177) Lucro Líquido 35.189 30.051 17% 10.602 8.566 24% 7.661 EBITDA (2) 60.323 59.502 1% 14.584 14.736-1% 14.315 (1) Lucro antes dao resultado financeiro, das participações e impostos. (2) Lucro antes do resultado financeiro e da equivalência patrimonial + depreciação/amortização. Novas plataformas contribuíram para o aumento da produção A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e exterior aumentou 2% em relação a 2009, atingindo a média diária de 2 milhões 583 mil barris de óleo equivalente (boed). No Brasil, a produção total de óleo e gás foi 2% superior em relação a 2009, alcançando o volume de 2 milhões 338 mil boed. A produção de gás aumentou 5% no período, devido principalmente à entrada em operação de novos projetos previstos no Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás). Já a produção de petróleo atingiu seu recorde anual (2 milhões 4 mil barris/dia), diário e mensal em 2010, sustentado pela elevação dos volumes produzidos em plataformas existentes e pela entrada em operação de seis novas unidades de produção (310 mil bpd de capacidade no 4T10). Como parte do desenvolvimento das áreas do pré-sal da Bacia de Santos, em dezembro de 2010, foi declarada a comercialidade das áreas de Tupi e Iracema, que passaram a ser chamar campo de Lula e Cernambi, respectivamente, marcando o início da fase de produção comercial de ambos os campos. Três anos após a descoberta de Tupi, ocorreu a entrada em operação do primeiro sistema piloto de Lula (Tupi), no pré-sal da Bacia de Santos, com capacidade de 100 mil barris/dia de óleo, contribuindo para o crescimento da curva de produção da Companhia. O sucesso exploratório obtido na região do pré-sal já começou a contribuir para o crescimento das reservas de petróleo e gás da Companhia. Em 2010, as reservas provadas totalizaram 15 bilhões 986 milhões de boe 2

(critério ANP/SPE), um aumento de 7,5% em relação a 2009, como resultado da incorporação de 1 bilhão 990 milhões de boe, incluindo o Pré-Sal, e de projetos implantados em campos maduros. Estas incorporações mais do que compensaram a produção total de óleo e gás (869 milhões de boe) em 2010. Como consequência, o índice de reposição de reservas alcançou 229% e a relação Reserva/Produção, 18,4 anos, reforçando nossa capacidade de crescimento futuro. Além dos volumes acima referidos, a Petrobras adquiriu o direito de produzir o volume de até 5 bilhões de boe em áreas do pré-sal, através do Contrato de Cessão Onerosa. A produção internacional alcançou 245 mil bpd, representando aumento de 3% em relação a 2009, fruto, em especial, do crescimento da produção de Akpo, na Nigéria. Produção de Petróleo e Gás Natural Mil boed 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 Produção Nacional 2.338 2.288 2% 2.384 2.324 3% 2.313 Petróleo e LGN 2.004 1.971 2% 2.030 1.991 2% 1.993 Gás Natural (1) 334 317 5% 354 333 6% 320 Produção Internacional Consolidada 237 228 4% 236 238-1% 239 Petróleo e LGN 144 132 9% 143 144-1% 143 Gás Natural (1) 93 96-3% 93 94-1% 96 Produção Internacional não consolidada 8 10-20% 8 8 0% 9 Produção Internacional Total 245 238 3% 244 246-1% 248 Produção Total 2.583 2.526 2% 2.628 2.570 2% 2.561 (1) Não inclui gás liquefeito e inclui gás reinjetado Investimentos aumentaram 8% em relação a 2009 Os investimentos realizados em 2010 atingiram o patamar recorde de R$ 76 bilhões 411 milhões, aumento de 8% em relação ao ano anterior e representaram 86% dos investimentos previstos no Plano Anual de Negócios 2010 (PAN 2010). Do total investido, R$ 32 bilhões 426 milhões foram destinados ao segmento de E&P, com um aumento de 5% sobre 2009. Os investimentos deste segmento visaram ao aumento da produção e das reservas de petróleo e gás natural. Na área de Abastecimento, foram aplicados R$ 28 bilhões 7 milhões, o que equivale a um aumento de 70% em relação ao ano anterior, com destaque para a ampliação da REPLAN e entrada de novas unidades de HDT e coque da REVAP. Os investimentos em Gás e Energia destinaram-se, sobretudo, à integração das malhas Sudeste-Nordeste de gasodutos, principalmente através do Gasene, que viabilizarão a diversificação e flexibilização das fontes de suprimento de gás natural. Já o investimento na área Internacional teve seu foco nos projetos de exploração e produção em campos na parte americana do Golfo do México, na Nigéria e em Angola. Em 2010, a Companhia aplicou aproximadamente R$ 1,8 bilhão na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com destaque para a duplicação do Centro de Pesquisas, fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias, especialmente a produção de petróleo no Pré-Sal. Investimentos M Milhões de Reais (R$) 2010 2009 2010/2009 Investimentos Diretos 73.631 63.663 16% Exploração e Produção 32.426 30.819 5% Abastecimento 28.007 16.508 70% Gás e Energia 4.884 6.562-26% Internacional 4.771 6.833-30% Distribuição 895 635 41% Corporativo 2.648 2.306 15% Sociedades de Propósito Específico (SPEs) 2.780 5.564-50% Empreendimentos em Negociação - 1.530 - Total de Investimentos 76.411 70.757 8% 3

O Plano Anual de Negócios para 2011 (PAN 2011) prevê investimentos no valor total de R$ 93 bilhões 669 milhões. A tabela abaixo apresenta o valor dos investimentos planejados por segmento. Investimentos do Plano Anual de Negócios para 2011 Milhões de Reais (R$) Segmentos PAN 2011 % Exploração e Produção 42.999 46 Abastecimento 37.215 40 Gás e Energia 4.677 5 Internacional 5.468 6 Distribuição 1.188 1 Biocombustível 913 1 Corporativo 1.210 1 Total de Investimentos 93.669 100 Estabilidade dos preços no mercado doméstico Em reais, o preço médio de realização (PMR) da Petrobras, em 2010, permaneceu estável em relação a 2009, atingindo R$ 158,43 por barril. O aumento das cotações do óleo no mercado internacional foi parcialmente compensado pela apreciação cambial de 12% no período. No trimestre, a apreciação cambial de 3% compensou, parcialmente, o aumento das cotações do petróleo, mantendo o preço médio de realização estável no período. Unidade Monetária/bbl 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 Preço Médio de Realização de Derivados (R$/bbl) 158,43 157,77 0% 159,00 158,28 0% 154,82 Preço Médio de Realização de Derivados (1) (US$/bbl) 89,95 79,52 13% 93,66 90,39 4% 88,67 Preço Médio de Venda do Petróleo Nacional (US$/bbl) Preço Médio de Venda do Petróleo Internacional (US$/bbl) 74,66 54,22 38% 79,70 72,10 11% 70,24 66,42 53,58 24% 73,90 63,35 17% 64,39 Preço do petróleo Brent (US$/bbl) 79,47 61,51 29% 86,48 76,86 13% 74,56 (1) Fonte: Platt's, EIA e Petrobras Indicadores de Preços Crescimento do fator de utilização das refinarias e maior participação do óleo nacional Destaca-se no trimestre a utilização de 96% da capacidade nominal das refinarias da Petrobras no país decorrentes dos investimentos em melhorias operacionais. Foram processados 1 milhão 862 mil bpd de petróleo, produzindo 1 milhão 910 mil bpd de derivados, 4% superior ao volume do 3º trimestre de 2010. Do volume total do petróleo processado, 83% vieram dos campos brasileiros. Em 2010, foram utilizados em média 93% da capacidade de refino, com prioridade à produção de diesel. Produção de Derivados Mil barris por dia 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 Produção de Derivados 2.052 2.034 1% 2.130 2.070 3% 2.087 Nacional 1.832 1.823 0% 1.910 1.843 4% 1.867 Internacional 220 211 4% 220 227-3% 220 Utilização(%) da Capacidade Nominal Nacional 93% 92% +1 p.p 96% 94% +2 p.p. 94% Internacional 70% 66% +4 p.p. 70% 73% -3 p.p. 68% Participação do óleo nacional (%) 82% 79% +3 p.p. 83% 83% - 78% 4

Expressivo crescimento no volume de vendas no mercado interno As vendas no mercado doméstico em 2010 foram 13% superiores às de 2009, com destaque para o óleo diesel, gasolina, QAV e gás natural. As vendas de diesel aumentaram 9% em 2010, em função da recuperação da atividade industrial, do aumento da safra de grãos e do consumo gerado pelos investimentos em obras de infraestrutura. O volume vendido de gasolina foi 17% superior devido à recuperação econômica, maiores preços do etanol e à redução do teor de álcool anidro na gasolina em fev/2010. O aumento de 33% nas vendas de gás natural foi devido à expansão do consumo do setor industrial, além da maior participação do gás no acionamento das usinas térmicas. As vendas de QAV aumentaram 19% em decorrência da recuperação econômica. Volume de Vendas Mercado Interno Derivado s M il b arris po r d ia 2 010 2 009 20 10/20 09 4T 10 3T10 4T1 0/3T10 4T09 D iesel 809 740 9% 841 859-2% 782 G asolina 394 338 17% 414 379 9% 366 Ó leo Combustível 100 101-1% 91 104-13% 100 N afta 167 164 2% 197 172 15% 162 G LP 218 210 4% 219 230-5% 212 Q AV 92 77 19% 99 93 6% 82 O utros 180 140 29% 191 196-3% 165 To tal D erivad os 1.960 1.770 11% 2.052 2.033 1% 1.869 Alcóois, Nitrogenados, Renováveis e O utros 99 96 3% 111 111 0% 106 G ás Natural 319 240 33% 363 360 1% 247 To tal Mercad o In tern o 2.378 2.106 13% 2.526 2.504 1% 2.222 Balança Comercial da Petrobras impactada pelo aumento das importações de derivados As exportações de petróleo e derivados em 2010 somaram 697 mil bpd, patamar similar ao verificado em 2009. As importações de derivados, por outro lado, cresceram 96% como reflexo do crescimento na demanda. Com isso, a exportação líquida de petróleo e derivados em 2010 foi reduzida para 82 mil bpd e o saldo financeiro caiu para US$ 1 bilhão 534 milhões, em consequência dos maiores preços de importação. Exportação e Importação de Petróleo e Derivados Mil barris por dia 2010 2009 2010/2009 4T 10 3T10 4T10/3T10 4T 09 Importação de Petróleo e Derivados 615 549 12% 458 762-40% 512 Importação de petróleo 316 397-20% 270 317-15% 373 Importação de derivados 299 152 96% 188 445-58% 139 Exportação Total de Petróleo e Derivados (1) 697 705-1% 656 611 7% 677 Exportação de petróleo (2) 497 478 4% 441 433 2% 463 Exportação de derivados 200 227-12% 215 178 21% 214 Exportação Líquida de Petróleo e Derivados 82 156-47% 198 (151) -231% 165 (1) Incluem exportações em andamento (2) Estão contemplados os volumes de exportações de petróleo oriundos das áreas de negócio de Abastecimento e de Exploração & Produção. Saldo Financeiro da Balança Comercial (1) US$ milhões R$ milhões 2010 2009 2010/2009 2010 2009 2010/2009 Importação de Petróleo e Derivados 18.077 12.327 47% 31.753 23.748 34% Petróleo 9.118 8.929 2% 16.034 17.302-7% Derivados 8.959 3.398 164% 15.719 6.446 144% Exportação de Petróleo e Derivados 19.610 15.201 29% 34.643 29.392 18% Petróleo 13.990 10.050 39% 24.740 19.384 28% Derivados 5.620 5.151 9% 9.903 10.008-1% Exportação Líquida de Petróleo e Derivados 1.534 2.874-47% 2.890 5.643-49% (1) Sem considerar os dados de gás natural, gás natural liquefeito (GNL) e nitrogenados. 5

Custo de extração acompanha o aumento das cotações do óleo O custo de extração, em reais, manteve-se praticamente estável em 2010 (R$ 17,58). Entretanto, somando-se as participações governamentais, o custo aumentou 10%, influenciado pelo maior preço de referência do petróleo nacional. No 4º trimestre de 2010 houve redução de 6% do custo de extração em função, principalmente, do crescimento da produção de óleo e gás. Em dólares, o custo de extração em 2010 foi de US$10,03/boe, influenciado pela apreciação cambial e pela entrada de novas unidades produtoras. O custo de refino no país, em 2010, aumentou principalmente em função dos maiores gastos com paradas para manutenção. No 4º trimestre, o maior fator de utilização das refinarias e menores despesas com pessoal possibilitaram a redução de 6% do custo de refino. Custo de Extração e Refino (R$/bbl) 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 Custo de Extração (sem Part. Govern.) País 17,58 17,20 2% 17,34 18,46-6% 16,51 Custo de Extração (com Part. Govern.) País 43,48 39,49 10% 43,47 42,72 2% 43,04 Custo de Refino - País 7,57 6,26 21% 8,07 8,55-6% 6,54 (US$/bbl) 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 Custo de Extração (sem Part. Govern.) País 10,03 8,78 14% 10,29 10,60-3% 9,51 Custo de Extração (com Part. Govern.) País 24,64 20,51 20% 25,58 24,67 4% 24,74 Custo de Extração - Internacional 5,86 5,42 8% 6,80 6,02 13% 6,49 Custo de Refino - País 4,33 3,21 35% 4,79 4,89-2% 3,76 Custo de Refino - Internacional 3,89 4,23-8% 4,08 4,44-8% 3,07 Aumento das Disponibilidades da Companhia O processo de capitalização ocorrido em setembro de 2010 permitiu à Companhia reter R$ 45,5 bilhões em Caixa e em Títulos do Governo. Em 31.12.2010, a disponibilidade total da Companhia somava R$ 55 bilhões 848 milhões, 92 % superior ao valor de 2009. O nível de alavancagem apresentou queda substancial de 31% em 2009 para 17% em 2010. Com isso, a Companhia poderá, nos próximos anos, captar recursos adicionais junto ao mercado bancário e de renda fixa e para a realização de seus projetos sem comprometimento das suas metas de endividamento. Endividamento Milhões de Reais (R$) 31/12/2010 31/12/2009 2010/2009 Endividamento Curto Prazo 15.668 15.556 1% Endividamento Longo Prazo 102.247 86.894 18% Endividamento Total 117.915 102.450 15% Disponibilidades 30.323 29.034 4% Títulos - LFTs (vencimento superior a 90 dias) 25.525 - - Disponibilidades Ajustadas 55.848 29.034 92% Endividamento Líquido 62.067 73.416-15% Endiv líquido/(endiv Liq + Patrimônio Liq) 17% 31% -14 p.p Divida liquida/ebitda 1,03 x 1,23 x - Contribuição econômica ao País A contribuição econômica da Petrobras ao país em 2010, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais, totalizou R$ 64 bilhões 929 milhões, 15% superior ao valor pago em 2009. Desconsiderando o efeito do acordo com a ANP, ocorrido em 2009, referente ao pagamento de participação especial do campo de Marlim, as participações governamentais no país, em 2010, aumentaram 20%, devido ao acréscimo no preço médio de referência do petróleo nacional, que alcançou R$ 123,61 (US$ 70,34), em 2010, contra R$ 105,78 (US$ 54,40) em 2009. 6

Contribuições e Impostos Milhões de Reais (R$) 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 Contribuição Econômica - País 64.929 56.217 15% 18.674 16.794 11% 15.671 ICMS 28.681 25.254 14% 8.625 7.256 19% 7.091 CIDE 6.878 5.746 20% 1.947 1.811 8% 1.828 PASEP/COFINS 14.802 12.497 18% 4.798 3.557 35% 3.315 Imposto de Renda e C.S. s/lucro 11.517 10.098 14% 2.179 3.595-39% 2.925 Outros 3.051 2.622 16% 1.125 575 96% 513 Contribuição Econômica - Exterior 4.786 4.436 8% 1.351 1.111 22% 1.053 Total 69.715 60.653 15% 20.025 17.905 12% 16.725 Participação Governamental Milhões de Reais (R$) 2010 2009 2010/2009 4T10 3T10 4T10/3T10 4T09 País 19.810 18.624 6% 5.168 4.644 11% 5.055 Royalties 9.505 8.122 17% 2.489 2.287 9% 2.335 Participação Especial 10.165 8.308 22% 2.634 2.323 13% 2.672 Retenção de Área 140 129 9% 45 34 32% 31 Acordo ANP 2.065-17 Exterior 504 452 12% 134 125 7% 124 Total 20.314 19.076 6% 5.302 4.769 11% 5.179 Gerência de Imprensa da Comunicação Institucional Telefone: 55 (21) 3224-1306/ 3224-2312 Fax: 55 (21) 2220-5052/ 3224-4903 E-mail: imprensa@petrobras.com.br 7