Paula A.S.F. Martins Enfermeira, doutora em Enfermagem Psiquiátrica (EEUSP), especialista e mestre em Enfermagem Psiquiátrica e em Saúde Mental (UNIFESP/ EEUSP), MBA em Economia da Saúde) (CPES/ UNIFESP) e Gerente de Enfermagem do HSC
Burnout Definições Estresse Profissional Síndrome do Esgotamento Profissional Síndrome característica do meio laboral... em resposta à cronificação do estresse ocupacional... (Benevides-Pereira, 2002)...caracteriza-se como uma rejeição aos outros, à organização e ao trabalho enquanto estresse se traduz num esgotamento pessoal, atingindo o indivíduo em si... (Giovannetti, 2004) 2 Burnout relaciona-se ao mundo do trabalho
Burnout Sinônimos Estresse profissional ou laboral Síndrome do esgotamento profissional Estresse assistencial ou ocupacional Síndrome de queimar-se pelo trabalho Desgaste profissional Neurose profissional ou de excelência* 3 * no Brasil.
Burnout Abordagem Histórica 1969: 1ª publicação do termo staff burnout por Bradley. 1981: Maslach e Jackson são os responsáveis pela difusão e interesse pelo tema No Brasil: 1987: França faz a 1ª publicação na Rev. Bras. de Medicina, denominada: A síndrome de burnout. 4
Burnout Abordagem Legal Em 1996, a Síndrome de Burnout é incluída no anexo II da Regulamentação da Previdência Social referente aos agentes patogênicos causadores de Doenças Profissionais. No decreto N 3048/99 que regulamenta a Previdência Social, o grupo V da Classificação Internacional de Doenças (CID) 10 menciona no inciso XII a Síndrome de Burnout, Síndrome do Esgotamento Profissional, também identificada como Sensação de Estar Acabado. 5
6 Burnout Sinais e Sintomas Divididos em: Despersonalização: não quero mais... Esgotamento emocional não me importo mais... Exaustão emocional me falta vontade e energia... Fadiga física e cansaço Fadiga intelectual e sexual Sensação de fracasso profissional Tendência à desmotivação no trabalho
7 Burnout Fatores Associados Desgaste físico e emocional* Ambiente de trabalho perverso Condições inadequadas para o trabalho: Distribuição de folgas, dias e turno de trabalho Ambiente competitivo Alocação em áreas pouco familiares Relações profissionais desequilibradas Desprestígio social Remuneração* Atividades insalubres
Burnout Efeitos Profissionais Deterioração dos cuidados de Enfermagem diminuição da qualidade assistencial Aumento do absenteísmo Alta rotatividade de profissionais Comportamentos pessoais passivo-agressivos Sinais de depressão e ansiedade Uso abusivo de substâncias psicoativas Incremento de acidentes ocupacionais Escassez de profissionais no mercado de trabalho* Abandono da profissão* 8
9 Burnout Ações Gerenciais Despreocupar-se com ações que não são suas Evitar a monotonia dos ambientes de trabalho Abandonar as horas-extras excessivas Dar suporte emocional à equipe subordinada Melhorar o ambiente de trabalho Fazer pausas para descanso a cada 60 ou 90 minutos Procurar alguém para conversar Manter o pensamento positivo Antecipar-se aos problemas Manter o bom humor Programar atividades de relaxamento Realizar reuniões de no máximo 50 minutos Manter hábitos sociais ou extra-profissionais saudáveis Diminuir as expectativas de amabilidade e reconhecimento no ambiente de trabalho
Burnout Considerações Finais Estresse profissional e Burnout não são fenômenos isolados e ambos foram convertidos em risco ocupacional significativo A síndrome é uma situação do indivíduo propiciado pelo contexto do seu trabalho. Qualidade da Assistência de Enfermagem Prioridade Profissional 10 Prevenção e Reabilitação: mobilização e intensificação de estudos e publicações
11 Burnout Referências Bibliográficas Benevides-Pereira AMT. O estado da arte de Burnout no Brasil. Apresentado como conferência no I Seminário Internacional sobre Estresse e Burnout. Curitiba, 30 e 31 de agosto de 2002. Giovannetti TR. Entendendo a Síndrome de Burnout na Enfermagem. TCC apresentado à Uni Sant Anna. 2004, dezembro. Marziale MHP. Enfermeiros apontam as inadequadas condições de trabalho como responsáveis pela deterioração da qualidade da assistência de enfermagem. Rev Latino Am Enfermagem 2001, maio; 9(3):1.
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