SÍNDROME DE BURNOUT, A SÍNDROME DA ESTAFA PROFISSIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA.

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1 SÍNDROME DE BURNOUT, A SÍNDROME DA ESTAFA PROFISSIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Vanessa Parizotto Ramos¹; Dayanne Cristina Ribeiro¹; Tamires Aparecida Camarini¹; Carina Bortolato Garcia². Resumo: A síndrome de Burnout é uma reação de estresse excessivo relacionada ao trabalho, acometendo principalmente, trabalhadores que atendem ou assistem pessoas em situação de risco ou de extrema responsabilidade, classificando-se em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e ineficácia. O objetivo deste estudo foi elencar as características da Síndrome de Burnout e seus fatores desencadeantes. Tratou-se de uma revisão de literatura, em base de dados Scielo e site de busca Google Acadêmico. Palavras-chave: Síndrome de Burnout; Burnout; Estafa profissional. Abstract: The burnout syndrome is a reaction to excessive work-related stress, affecting mainly workers who meet or assist people at risk or extreme responsibility, classifying them into three dimensions: emotional exhaustion, depersonalization and powerlessness. The aim of this study is to identify the characteristics of burnout syndrome and its predisposing factors. It was a literature review in the Scielo database and search engine Google Scholar. Keywords: Burnout syndrome, Burnout, Burnout, professional. Introdução e objetivo

2 O Burnout é proveniente da palavra inglesa burn-queimar/outexterior, metaforicamente, queimar-se até a cinza, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, a Síndrome de Burnout (SB) é mais conhecida como a síndrome da estafa profissional. Descrita pela primeira vez em 1974, pelo psicólogo H.J. Freudenberger, como um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia, força e recursos caracterizando-se por três dimensões, a exaustão emocional com sensação de esgotamento físico-psíquico no trabalho, a despersonalização com o desenvolvimento de atitudes frias, negativas, insensíveis e desumanas, e a redução da realização pessoal ou sentimento de incompetência do trabalhador, a qual geralmente o conduz a uma avaliação negativa e baixa de si mesmo. ¹ Esta síndrome, normalmente acomete trabalhadores que atendem ou assistem pessoas em situação de risco ou de extrema responsabilidade. Esta patologia foi reconhecida como risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços humanos. No Brasil, o Decreto N de 6 de maio de 1999 aprovou o Regulamento da Previdência Social e, em seu Anexo II, trata dos Agentes Patológicos causadores de Doenças Profissionais. O item XII da tabela de Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho cita a Sensação de Estar Acabado (Síndrome de Burnout, Síndrome do Esgotamento Profissional). ³ Assim, o presente estudo objetivou elencar as características da Síndrome de Burnout e seus fatores desencadeantes. Metodologia Trata-se de uma revisão bibliográfica científica em base de dados Scielo e site de busca Google Acadêmico, a fim de conhecer a fisiopatologia da

3 SB através do levantamento de literatura em estudos científicos. Utilizaram-se como descritores: Síndrome de Burnout; Burnout e estafa profissional. Resultados e Considerações Finais Com este estudo de revisão da literatura a cerca da SB, a mesma se caracterizou por 3 dimensões: 1) Desgaste ou Exaustão Emocional: sendo a que mais se aproxima do estresse. Referindo-se a um sentimento de sobrecarga emocional, com perda significativa de energia, esgotamento e sentimento de fadiga constante, podendo esses sintomas afetar o indivíduo física ou psiquicamente ou das duas formas. A partir daí, as pessoas acometidas sentem progressiva redução de sua capacidade de produção e vigor no trabalho. 3;4 2) Despersonalização: Acompanhada, geralmente de ansiedade, aumento da irritabilidade e perda de motivação. O indivíduo se vê cercado de sentimentos negativos para si mesmo e para com os outros. Ocorre uma redução das metas de trabalho, da responsabilidade com os resultados, alienação e conduta egoísta. O indivíduo passa então a isolar-se dos outros como forma de proteção, mantendo uma atitude fria em relação às pessoas, não sendo mais capaz de lidar com as suas emoção e com a dos outros, começando a tratá-los de forma desumana. 3;4 3) Incompetência ou Falta de Realização Pessoal: Devido o sentimento de incompetência pessoal e profissional ao trabalho, o indivíduo passa a apresentar uma série de respostas negativas para consigo e para o trabalho, como, depressão, baixa produtividade, baixa auto-estima e redução das relações interpessoais. Nesta fase, o indivíduo assume uma atividade defensiva com modificações nas suas condutas e atitudes com o objetivo de defender-se dos sentimentos experimentados. 3;4

4 É notório, o grande desgaste físico e psicológico aos trabalhadores, que na maioria das vezes não sabem nem identificar o que está acontecendo e acabam reagindo faltando ao serviço, agredindo os próprios clientes ou seus colegas e superiores, entre outros.¹ Entre os desencadeadores do esgotamento profissional estão: a idade, estado civil, tempo de trabalho, sobrecarga de trabalho, conflitos interpessoais, falta de suporte social, de autonomia e de participação nas decisões.² Os sintomas vão aparecendo gradativamente entre eles, fadiga constante e progressiva, distúrbio do sono, cefaléias, falta de atenção, sentimento de impotência, baixa auto-estima, alterações gastrintestinais, impaciência e depressão.¹ Diante disso, a SB acomete principalmente os profissionais de saúde, uma vez que os mesmos envolvem-se emocionalmente e afetivamente com os seres humanos em sofrimento e acatam muitas responsabilidades em suas funções.¹ ; ² Devido ao alto índice de desconhecimento a cerca de tal patologia, este estudo buscou despertar a necessidade de entender o desenvolvimento da SB e os fatores desencadeantes, principalmente aos profissionais de saúde, ressaltando a importância dos programas de humanização, a melhoria nas condições de trabalho, criação de equipes multidisciplinares e a conscientização das limitações dos profissionais. Quanto à prevenção, há a necessidade de fazer com que os profissionais mudem sua rotina e sua forma de agir frente ao trabalho, devendo então praticar distrações extras laborais, exercícios físicos, esportes, relaxamento, tendo lazer, fazendo pequenos momentos de descanso (pausas) durante o trabalho e como último recurso para não abandonar a profissão, mudar de posto.

5 As empresas podem ainda colocar à disposição de seus funcionários, especialistas capazes de oferecer a ajuda necessária. Referências ¹AGUIAR, A. R. V. et al. Caracterização da Síndrome de Burnout: Uma revisão bibliográfica. In: 61 Congresso Brasileiro de Enfermagem: Transformaç ão social e sustentabilidade ambiental. Ceará, ²BARROS, D. S. et al. Médicos plantonistas de unidade de terapia intensiva: perfil sócio-demográfico, condições de trabalho e fatores associados à síndrome de burnout. Revista brasileira de terapia intensiva, São Paulo, v. 20, n. 3, set Disponível em: < S X &lng=pt&nrm=iso>.Acesso em 10 set ³MUROFUSE, N. T.; ABRANCHES, S. S.; NAPOLEAO, A. A. Reflexões sobre estresse e Burnout e a relação com a enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.13, n.2, abr Disponível em: < 9&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 10 set SOARES, H.L.R.; CUNHA, C. E. C. A síndrome do "burn-out": sofrimento psiquico nos profissionais de saúde. Rev. Dep. Psicol.,UFF, Niterói, v. 19, n. 2, Dec Disponível em:< S &lng=en&nrm=iso>.Acesso em 10 set