ESTILO E IDENTIDADE. Autores: TACIANA CORREIA PINTO VIEIRA DE ANDRADE E CARMEM LÚCIA DE OLIVEIRA MARINHO



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Transcrição:

ESTILO E IDENTIDADE Autores: TACIANA CORREIA PINTO VIEIRA DE ANDRADE E CARMEM LÚCIA DE OLIVEIRA MARINHO Introdução Por milhares de anos, foi possível concordar que a mais importante linguagem do homem era a verbal, transmitida através da fala e da escrita. Mas ao observamos que o homem primitivo não cobriu seu corpo apenas por proteção, pudemos perceber a importância do vestuário no desenvolvimento da nossa cultura e relações. Considerando a roupa, então, como diferencial cultural e também social, é possível afirmar que ela pode comunicar quem somos, o que fazemos, do que gostamos, entre outras coisas, refletindo muito sobre nós através da forma que nos vestimos (BRAGA apud AGUIAR, 2003). 1 Na atualidade, ao decidir o que queremos vestir, precisamos saber no mínimo quem somos e quem queremos ser, pois já temos a liberdade de construção de discursos autônomos em nossa aparência. Chegando a esta conclusão podemos analisar que, uma simples escolha no nosso guarda-roupa envolve questões profundas como a pergunta: quem sou eu?. A imagem em nós refletida expressa nossas idéias, emoções, personalidade, em resumo nossa identidade e, por conseguinte nosso estilo pessoal. A construção de um estilo próprio reflete a busca de autonomia e emancipação, onde nós nos tornamos escravos de nós mesmos. Por isso, é fundamental analisar a identidade como metamorfose, ou seja, algo que está em constante mudança, pois a moda, a cultura e a sociedade variam de acordo com os movimentos dos seres humanos. Concluindo assim, que a nossa identidade é construída ao longo de nossas vidas através de nossas experiências e escolhas, ou seja, algo que está em constante transformação. O nosso

estilo próprio, por (CIAMPA apud EMBACHER, 1999).conseguinte, é reflexo de todas essas transformações e preferências as quais passamos. Este artigo teve como objetivo principal analisar como a identidade pode influenciar no estilo pessoal das pessoas, e, mas especificamente, provar como a identidade determina as escolhas do individuo ao longo da sua vida e identificar como se dá a construção de um estilo pessoal. Referencial Teórico Identidade e as Escolhas do individuo ao longo da sua vida Ao falar sobre identidade, é importante analisar as suas várias definições. Para Sociologia, a identidade compartilha de várias idéias e ideais, elaborando assim, um conceito em que o individuo forma sua personalidade, mas também recebe influencias do meio onde realiza sua interação social. Já para Antropologia, a identidade consiste na soma de sinais, marcas e características, tanto positivas como negativas, que individualizam o individuo, sendo determinada pela delimitação da individualidade (EMBACHER, 1999). 2 Desde a antiguidade, o estudo da identidade despertava interesse, onde a valorização da vida individual e do mundo interno predominava. Já no feudalismo, devido a concepção cristã do homem e corporativismo feudal, houve um declínio na valorização da individualidade, onde predominava o teocentrismo, onde Deus era o centro de tudo. Já na época do movimento romântico, o egocentrismo teve seu apogeu, fornecendo assim condições para que se propagassem as produções teóricas sobre a identidade, inclusive no âmbito psicológico. Desde os anos oitenta, vivemos a era do individualismo, momento em que os homens enaltecem as suas subjetividades e exercícios autônomos nos vários âmbitos da sua vida (LAURENTI e BARROS, 2000). Nesta pesquisa iremos adotar a identidade como caráter de metamorfose, como afirma a psicologia social. De acordo com ela, a identidade é resultante das mudanças ocorridas

ao longo de nossas vidas, nossas características e escolhas, e da configuração onde o homem está inserido na sociedade. Neste caráter, as relações sociais do ser humano são importantíssimas, pois estas desempenham sempre personagens, como filho, aluno, irmão, entre outros, e uma coisa não exclui necessariamente a outra. Cada atividade tem seu papel, em diversas situações de nossas vidas, acrescentando elementos a nossa subjetividade, e a identidade-metamorfose é a articulação de todos esses personagens (EMBACHER, 1999). Para a psicanálise, a princípio, o sujeito só pode se definir a partir de sua relação com os pais. O sujeito é produto da relação de amor e identificação, onde a criança disputa o amor de um dos pais, buscando a identificação com o modelo que o outro representa. Passamos a ser alguém quando descobrimos o outro, porque, desta forma, adquirimos termos de comparação que permitem o destaque das características próprias de cada um. Algumas características de nossa identidade são imutáveis como o nome da pessoa, parentescos, nacionalidade e impressão digital. Já outras permitem que o indivíduo se perceba como sujeito único, e estas estão ligadas ás atividades da pessoa, á sua historia de vida, sonhos, fantasias e características de personalidade próprias e exclusivas. O termo identidade pode, então, ser utilizado para expressar de certa forma uma singularidade construída na relação com outros homens (EMBACHER, 1999; LAURENTI e BARROS, 2000). 3 Na sociedade moderna atual, a identidade social dos indivíduos não é limitada pelas tradições, parentescos ou localidade. Pelo contrário possibilita romper com conceitos e práticas pré-estabelecidas, incentivando os potenciais individuais e proporcionando ao indivíduo uma identidade alterável. Nesse sentindo o eu torna-se, cada vez mais, um projeto reflexivo de suas escolhas, o individuo passa a ser responsável pelo planejamento de sua vida que assume caráter de especial importância, pois cabe a ele escolher e decidir em que acreditar, e com um mundo cada vez mais constituído de informação, e não de modos preestabelecidos de comportamento, o indivíduo sente-se obrigado a viver realizando escolhas sucessivas que passam a compor a sua história de identidade (DIAS, 2005).

Ao entender que a identidade é a singularidade construída em relação aos outros homens, podemos claramente fazer uma co-relação com o estilo pessoal, pois ele também é a necessidade de se tornar único através de suas características pessoais, modo de pensar, viver e agir, por meio de um conjunto de dados característicos do seu visual. Concluindo assim que tanto a identidade, como o estilo pessoal está ligado com as escolhas que o individuo faz ao longo de sua vida, pois, são essas experiências que moldam tanto um quanto o outro (MARINHO, 2006). A construção de um estilo pessoal A imagem visual que as pessoas transmitem é chamada de comunicação não-verbal e esta diz muito sobre um individuo. Quando alguém é apresentado a uma nova pessoa, nos primeiros dez segundos, ela irá tirar diversas conclusões sem nem mesmo ter tido um contato mais profundo. Segundo o psicólogo americano Albert Mehrabian, que realizou estudos sobre a primeira impressão, a comunicação verbal é responsável pelo julgamento prévio das pessoas, e tal julgamento é baseado: 55% no visual-roupas, acessórios, cabelo, maquiagem, etc. 38% na postura, expressões faciais e corporais, tom de voz e gestual, e 7% no discurso (conteúdo). Isso vem a comprovar que, acreditamos mais no que vemos, do que no que ouvimos, constatando assim, a importância da construção e transmissão de uma imagem correta. (MEHRBIAN apud VAZ, 2007). 4 Exercício de auto-análise é o primeiro passo para se ter sucesso na imagem que as pessoas irão transmitir. Para isso, cada indivíduo necessitará fazer algumas perguntas a si mesmo, como: Quem sou eu? e O que desejo transmitir sobre mim?. Serão exatamente as respostas correlatas que facilitaram o entendimento sobre o seu estilo pessoal, que é a sua marca, como você se mostra ao mundo. Este estará refletido em suas roupas, acessórios, corte de cabelo, na maquiagem que você usa, e que deve, entre outras coisas, refletir sua personalidade e seus valores. O estilo pessoal será uma extensão de você mesma, assim, quando qualquer nova tendência surgir, você vai saber se ela é adequada ou não para seu corpo, ou como incorporá-la ao seu estilo (FRANCINI, 2002; VAZ, 2007).

Existem sete tipos diferentes de estilos e é muito difícil alguém ter somente um, isso só acontece com quem consegue ser bem definida e não varia muito no seu guarda-roupa. De acordo com Francini (2002), podemos dividir os estilos em duas categorias gerais: A) Os clássicos: esportivo, tradicional e elegante. B) Os não clássicos: sexy, feminino, criativo e dramático. Ela fala também, que cada um dos estilos se refere a tipos diferentes de roupas, mas está relacionado acima de tudo a uma maneira de pensar e de ser. Para começar a criar um estilo próprio, além de se auto-analisar é necessário conhecer cada um dos estilos, para assim escolher os que mais se identificam com a sua personalidade, biótipo e modo de vida, se sentindo mais confortável e confiante diante de suas escolhas. Seu estilo e sua imagem pessoal determinam as mensagens que você quer transmitir, o que influi diretamente na forma como os outros te respondem. Ela conta quem você é, e bem utilizada é uma linguagem poderosa que te ajuda a complementar as suas habilidades pessoais, profissionais e personalidade. Pois através dela você transmite sua identidade (FRANCINI, 2002; VAZ, 2007). 5 Metodologia O projeto é voltado para uma temática social e psicológica e o método escolhido foi a pesquisa bibliográfica. Onde artigos e livros foram utilizados para fornecer o seu embasamento teórico, que tem como objetivo um aprofundamento no estudo da problemática voltada para a identidade e o estilo pessoal. Considerações Finais Podemos assim analisar a vestimenta como um fator de diferenciação social, com o poder de comunicar também dados sobre a cultura da qual fazemos parte e das nossas individualidades. O que significa dizer que uma simples escolha no nosso guarda-roupa reflete muito quem somos e a que meio pertencemos, nossa maneira de pensar, nossos desejos e anseios, em resumo, nossa identidade, por consequência nosso estilo pessoal.

Quando analisamos a identidade, concluímos que ela é construída ao longo de nossas vidas, através de nossas experiências e escolhas, por isso, é importante analisá-la como metamorfose, ou seja, algo em constante transformação. Outra afirmação importante em relação a identidade humana é que ela é o conjunto de singularidades construídas a partir do relacionamento que mantemos com outros homens, ou seja, é por meio das relações, em suas diferenças e similitudes, que se concretizam as individualidades. Além disso, nos dias de hoje, também existe a necessidade de o indivíduo buscar ser único em meio aqueles com quem convive, pois como foi colocado, estamos vivendo a época do individualismo e esta característica exacerba este desejo por se diferenciar/destacar em meio a um contexto deveras massificado. É a partir das afirmativas expostas, que podemos fazer uma co-relação da identidade com o estilo pessoal, pois este último também é o reflexo de todas essas transformações e relações que ocorrem ao longo de uma vida, que moldam o sujeito e que irão nortear todas as suas preferências e, conseqüentemente, escolhas, neste caso com relação ao vestir. Sem esquecer que, fomentado pelo desejo de possuir um discurso autônomo, ele procurará construir uma aparência singular, toda ela a partir da sua subjetividade. 6 Por fim, constatamos que para começar a criar um estilo pessoal, precisamos analisar quem somos e conhecer cada um dos estilos, para assim saber o que mais se identifica com a personalidade, biótipo e modo de vida do indivíduo. Analisamos também que o estilo pessoal determina as mensagens que o individuo transmite aos outros e conseqüentemente como eles te respondem. Por isso, quando bem utilizado, pode ser uma linguagem poderosa para se comunicar bem, complementar habilidades pessoais e profissionais. Através dessa imagem refletida, é que ele irá transmitir ao mundo a sua identidade. Referências AGUIAR, Titta. Personal Stylist: Guia para consultores de imagem, São Paulo: Editora, SENAC, 2003.

BRAGA, João. Reflexões sobre a moda, volume IV,São Paulo: Editora Anhembi Morumbi,2006 DIAS, Rafaela Cyrino Peralva. Resenha Modernidade e Identidade. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-71822005000300013&script=sci_arttext> Acesso: 18/05/2009 EMBACHER, Airton. Moda e identidade: A construção de um estilo próprio, São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 1999. FRANCINI, Chistiana. Segredos de estilo: Um manual para você se vestir melhor e ficar sempre bem, São Paulo: Editora Alegro, 2002. LAURENTI, Carolina; BARROS, Nilza. Identidade: questões conceituais e contextuais. Revista de Psicologia Social e Institucional. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, v. 2, n.1, jun/2000. 7 MARINHO, Carmem Lúcia de Oliveira. A mulher contemporânea e a relação aparência, Estilo Pessoal e Moda. São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi, 2006. VAZ, Ana. Pequeno livro de estilo: guia para toda hora, São Paulo: Editora Verus, 2007.