Conceitos Iniciais. O paradigma de formação. Da história ao sócio-psicológico e desenvolvimento 13/2/2017

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Transcrição:

Faculdade Polis das Artes Graduação em Pedagogia Da história ao sócio-psicológico e desenvolvimento Conceitos Iniciais Prof. Tiago S. de Oliveira psicoptiago@gmail.com O paradigma de formação quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado Paulo Freire Pedagogia da autonomia Fatores que desencadeiam a construção de significados idade 1.1 Afetividade 1.2 Observação e imitação 1.3 Experiência direta 1.4 Transmissão unidirecional 1.5 Comunicação interativa (contraste e/ou diálogo) Ação Docente Educação compreende o conjunto dos processos, influências, estruturas e ações que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais, visando a formação do ser humano. A educação é, assim, uma prática humana, uma prática social, que modifica os seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à nossa existência humana individual e grupal. (LIBÂNEO, 2001, p. 160) Tridimensionalidade O agir humano se efetiva numa tríplice dimensão decorrente de serem três as referências da visada e das relações que o homem busca estabelecer com elas. Um primeiro ângulo é a existência prática, na qual o sujeito se dirige à natureza física, seu primeiro ambiente natural, e estabelece uma relação de troca e apropriações fundamental para sua sobrevivência. Por fazer parte da natureza, impõe-se um permanente intercâmbio com esta para repor elementos físicos de seu organismo. (SEVERINO, 2001, p. 47) 1

Dimensões Trabalho (Marx) Num segundo ângulo, o agir humano refere-se a seu semelhante. A esfera social é outro ambiente com o qual precisa continuamente interagir para sobreviver como membro do grupo. Num terceiro ângulo, a ação humana relaciona-se com outro ambiente, igualmente imprescindível, formado pelas referências da sua subjetividade: a cultura simbólica, universo no qual também se desdobra sua existência. (SEVERINO, 2001, p. 47) Vida prática Subjetividade Esfera Social Natureza Entorno Eu Semelhante Self Significação (Freud) Tridimensionalidade (Severino, 2001) Sociedade Política (Nietzsche) Transações do Eu A Condição humana Somos, simultaneamente, a totalidade de nós mesmos e as partes desse todo orgânico, que nos constitui. Somos unidade e multiplicidade de personagens e desempenhamos diferentes papéis ao longo da vida, mesmo quando não o sabemos. A consciência não elimina a incerteza, tampouco minimiza o risco ou a dúvida, mas ao contrário, dá luz ao erro e à ilusão, que são intrínsecos à condição humana, e oportunidade criativa ao exercício de talentos até então não imaginados. (PETRAGLIA, 2008, p. 57) Ação Docente É o processo por meio do qual um membro da espécie humana, desprovido dos instintos e das capacidades que lhe permitiriam sobreviver rapidamente sozinho se apropria, graças à mediação dos adultos, de um patrimônio humano de saberes, práticas, formas subjetivas, obras. Essa apropriação lhe permite se tornar, ao mesmo tempo e no mesmo movimento, um ser humano, membro de uma sociedade e de uma comunidade, e um indivíduo singular, absolutamente original. A educação é, assim, um triplo processo de humanização, de socialização e de singularização. Esse triplo processo é possível apenas mediante a apropriação de um patrimônio humano. Isso quer dizer que a educação é cultura, em três sentidos que não podem ser dissociados. (CHARLOT, 2000 Apud LIBÂNEO, 2005,p. 23) Tradicional O ensino como transmissão cultural visa transmitir os conhecimentos disciplinares que constituem a cultura centra-se mais nos conteúdos (disciplinares) do que nas habilidades/interesses dos alunos modo de ensino: arbitrário, memorialístico, fragmentário Ambientalistas O ensino como treinamento de habilidades visa treinar habilidades e capacidades formais das mais simples às mais complexas centra-se no desenvolvimento de capacidades vinculadas ao conteúdo e ao contexto em que serão aplicadas, como membro de uma comunidade modo de ensino: eficientista 2

Naturalista Interacionista O ensino como fomento do desenvolvimento natural visa o desenvolvimento natural, espontâneo do aluno centra-se nos meios, recursos que facilitem o desenvolvimento do aluno mas governado por suas próprias regras modo de ensino: espontaneísta O ensino como produção de mudanças conceituais visa a transformação do aluno mais do que o conhecimento que ele possa acumular. centra-se no pensamento, na capacidade e no interesse do aluno e não das disciplinas. modo de ensino: instigativo, provocador, mobilizadorde esquemas que o aluno já tem. O papel do professor e do aluno Ensino Tradicional Ativo Passivo Ambientalistas Passivo Passivo Naturalistas Passivo Ativo Construtivismo Interacionistas Ativo Ativo Do taylorismo à conduta do projeto (MEIRIEU, 2002, p. 238-9) Do behaviorismo ao construtivismo (MEIRIEU, 2002, p. 239-42) O indivíduo é formado para tarefas específicas passíveis de reprodução A aprendizagem é realizada por um controle do comportamento (condicionamento ou programação) O sujeito aprende inserindo-se em uma atividade coletiva que dá sentido ao que se aprende A aprendizagem realiza-se quando um sujeito na situação efetua operações mentais 3

13/2/2017 Do controle dos desempenhos à avaliação das competências (MEIRIEU, 2002, p. 242-4) Construtivismo é uma posição teórica baseada no argumento que o conhecimento é construído pelos indivíduos e culturas. A avaliação é constituída pela comparação entre uma tarefa exigida e a tarefa produzida pelo sujeito A avaliação consiste em circunscrever indicadores que permitam inferir a estabilização de uma habilidade mental estabilizada e transferível A adoção de um novo esquema írá, se necessário, requerer a organização do conhecimento prévio em uma nova estrutura conceitual. O processo de construção consiste de um movimento para outro, através de um período de conflito induzido por uma anomalia. A estrutura conceitual resultante da aplicação de um esquema a uma experiência não pode ser afirmada como correta ou incorreta. É apenas uma estrutura alternativa. A experiência é mediada por esquemas que são estruturados pelas características psicológicas e vivências do indivíduos, e por normas e valores de cultura. 4

Em princípio, não existe um final para este processo de construção do conhecimento. Não é possível um conhecimento absoluto. Todo conhecimento é ligado e se modifica com o contexto. Viver é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender a viver É que é viver mesmo. Guimarães Rosa Princípios da aprendizagem (Lave; Wenger, 1991): A aprendizagem é inerente à natureza humana A aprendizagem é fundamentalmente a capacidade de negociar novos significados A aprendizagem cria estruturas emergentes A aprendizagem está intimamente ligada à experiência e é fundamentalmente social A aprendizagem transforma as nossas identidades A aprendizagem constrói trajetórias de participação A aprendizagem é uma questão de engajamento A aprendizagem é uma questão de imaginação A aprendizagem envolve um efeito recíproco entre o local e o global (...) o papel do educador progressista é desafiar a curiosidade ingênua do educando para, com ele, partejar a criticidade. É assim que a prática educativa se afirma como desocultadora de verdades escondidas. (FREIRE, 1995, p. 79) Referêcias Bibliográficas FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho D água, 1995. GIMENO SACRISTÁN, José; PÉREZ GÓMEZ, Ángel. Ignacio. Compreender e transformar o ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1991. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Educar, Curitiba, n. 17, p. 153-176. 2001. Editora da UFPR. LIBÂNEO, José Carlos; SANTOS, Akiko (org.). Educação na era do conhecimento em rede e trasdisciplinaridade. Campinas: Alínea, 2005 MASETTO, Marcos Tarciso. Aulas vivas: tese e prática de Livre Docência. 2 ed. São Paulo: MG Editores Associados, 1992.. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus, 2003. MEIRIEU, Phillipe. A pedagogia entre o dizer e o fazer: a coragem de começar. Porto Alegre: Artmed, 2002. MOROSINI, Marília Costa (Org.). do Ensino Superior: identidade, docência e formação. 2 ed. ampl. Brasília: Plano, 2001. PACHANE, Graziela Giusti. A importância da formação pedagógica do professor universitário: a experiência da UNICAMP. Campinas, UNICAMP, Tese (Doutorado), 2003. PETRAGLIA, Izabel. Educação complexa para uma nova política de civilização. Educ. rev., Curitiba, n. 32, 2008. PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no Ensino Superior. Vol. 1, São Paulo: Cortez, 2002. SEVERINO, Antônio Joaquim. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d água, 2001. 5