Educação Inclusiva APRESENTAÇÃO DE APOIO. 3 Encontro. Pós-graduação em A Moderna Educação: metodologias, tendências e foco no aluno

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1 APRESENTAÇÃO DE APOIO Educação Inclusiva 3 Encontro Pós-graduação em A Moderna Educação: metodologias, tendências e foco no aluno

2 Educação Inclusiva: pressupostos éticos, epistemológicos e pedagógicos Profa. Gabriela Dal Forno Martins NEPAPI (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Aprendizagem e Processos Inclusivos)

3 Tópicos da aula De que escola estamos falando? Quais são os princípios fundamentais que orientam a atuação da escola tendo em vista o paradigma da Educação Inclusiva? Que tipo de pedagogia(s) podem satisfazer esses princípios? Como uma concepção de aprendizagem ancorada na Teoria da Subjetividade pode contribuir nos processos inclusivos?

4 1. De que escola estamos falando?

5 Para que mesmo serve a escola? Para que mesmo serve a escola?

6 Pergunta complexa, que pode ser respondida de diferentes formas, de acordo com diferentes perspectivas entrelaçadas: Histórica Filosófica Pedagógica Política/ Ideológica

7 Duas linhas de pensamento:...uma que cuida da questão do desenvolvimento do educando, procura constituir o programa de ensino em função da psicologia real do aluno (Barros, 1971, p. 137), e outra que postula que a educação comum como a base da república e como um instrumento que viabiliza a eliminação das desigualdades. (Dias, 2006, p.16)

8 2. Quais são os princípios fundamentais que orientam a atuação da escola tendo em vista o paradigma da Educação Inclusiva?

9 A Educação Inclusiva como novo paradigma educacional Em que ponto do caminho esse ideário se perdeu para que se instaurasse no século XXI um novo paradigma que, na verdade, é o retorno do principio ético da educação moderna? (Dias, 2006, p.16) Reconhecimento da educação como um direito Inclusão como um movimento/processo ético (já que só existe porque se reconhece a exclusão) Diversidade como um valor educativo essencial para a transformação da escola (alunos com deficiência forçam sistema a romper com paradigmas tradicionais) (Dias, 2006; Rozek, 2010, Sànchez, 2005)

10 3. Que tipo de pedagogia(s) podem satisfazer esses princípios?

11 IGUALDADE Modelo diretivo Epistemologia Ambientalista Modelo relacional Epistemologia Interacionista Modelo não-diretivo Epistemologia Inatista Becker (2008) EQUIDADE (acessibilidade)

12 Admitindo-se que a aprendizagem escolar consiste [...] em um processo de construção de significados e de atribuição de sentidos cuja responsabilidade principal corresponde ao aluno, e admitindo-se, como se faz habitualmente, de uma perspectiva teórica (a concepção construtivista do ensino e da aprendizagem), que ninguém pode substituir o aluno nessa tarefa, então a influência educacional deve ser entendida como a ajuda prestada à atividade construtiva do aluno, e a influência educacional eficaz, como um ajuste constante e sustentado de ajuda às vicissitudes do processo de construção que o aluno realiza (Coll, 1994, p.13).

13 O fato de afirmar que todo o nosso conhecimento e toda nossa compreensão do mundo é intermediada pelo outro não quer dizer que o outro é que nos ponha isso, mas sim que nós, junto com o outro, construímos esse conhecimento (Carvalho, 2013).

14 4. Como uma concepção de aprendizagem ancorada na Teoria da Subjetividade pode contribuir nos processos inclusivos?

15 ...é difícil sustentar a ideia de que um tipo particular de deficiência, associada às limitações específicas de uma modalidade de operação ou registro sensorial, seja responsável por alguma característica geral da personalidade, ou pelo curso singular que toma o desenvolvimento psicológico da pessoa com deficiência (González Rey, 2011).

16 Prof. Fernando González Rey Professor titular e pesquisador do Centro Universitário de Brasília, bem como professor visitante do Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade de Brasília, onde coordena o grupo de pesquisa A subjetividade na saúde e na educação. Sentidos subjetivos são uma produção simbólica emocional, que se dá, de forma processual, nas relações e ações. São singulares, embora se constituam dentro de contextos (subjetividade social). TEORIA DA SUBJETIVIDADE...sistema de sentidos subjetivos que aparecem organizados em múltiplas configurações particulares (2002)

17 Um novo olhar sobre o aprender do sujeito com deficiência Concepções predominantes na literatura nacional (MARTINS; ROZEK, s/data): - viés individual/biológico/patologizante - viés tecnicista Nenhuma deficiência sensorial representa uma barreira infranqueável para o desenvolvimento psíquico -> foco são as produções subjetivas que estão além da deficiência. Deficiência em si não representa uma configuração subjetiva, mas é gerada como configuração subjetiva na tensão entre os processos de vida social das pessoas e suas produções nesses processos.

18 Qual o papel da escola? Desenvolver espaços sociais que permitam o engajamento dos escolares com deficiência em relações de simetria com colegas PARTICIPAÇÃO = (IMMS et al., 2016) AEE Contextos de produção das funções psíquicas, que são formações de sentido subjetivo (mais do que funções cognitivas isoladas) ENSINO ORIENTADO PARA O DESENVOLVIMENTO PESSOAL DOS SUJEITOS (muito mais do que somente assimilação de conteúdos como mal interpretado a partir do conceito de internalização de Vygotsky) Aprendizagem como produção subjetiva

19 Mediação É a própria relação, cuja QUALIDADE importa Afetividade (vínculo) Intencionalidade Forma de organização das oportunidades de aprendizagem

20 Referências BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. In: KARKOTLI, Gilson (Org.). Metodologia: construção de uma proposta científica. Curitiba, Camões, p , DIAS, S. Educação e inclusão: projeto moral ou ético. Educação e Subjetividade, Faculdade de Educação da PUCSP, Ano 1, n.02, p.17-42, GONZÁLEZ REY, Fernando. Os aspectos subjetivos no desenvolvimento de crianças com necessidades especiais: além dos limites concretos do defeito. In: MARTÍNEZ, Albertina Mitjáns; TACCA, MCVR. Possibilidades de aprendizagem: ações pedagógicas para alunos com dificuldade e deficiência. Campinas: Alínea, IMMS, Christine et al. Participation, both a means and na end: a conceptual analysis of processes and outcomes in childhood disability.developmental Medicine & Child Neurology. v.59. sep p Disponível em: < Acesso em: 9 jun ROZEK, M. Subjetividade, formação e educação especial: histórias de vida de professoras p. Tese (Doutorado em Educação) UFRGS, Porto Alegre. SÁNCHEZ, P. A Educação Inclusiva: Um meio de construir escolas para todos no Século XXI. Inclusão: Revista da Educação Especial, Ano I, n.1, p

21 Pós-graduação em A Moderna Educação: metodologias, tendências e foco no aluno