PORTOS E LOGÍSTICA (/NOTICIAS/PORTOS-E-LOGISTICA) Domingo, 01 Outubro :11

Documentos relacionados
VLI e a Logística Integrada

,8% ,7% ,4% ,7% ,4%

Complexo portuário de São Luís

VLI bate recorde de carregamento nos Terminais Integradores de Palmeirante e Porto Nacional

Logística do agronegócio de Mato Grosso EPE

Agronegócio em Mato Grosso. Abril 2013

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO OPORTUNIDADES E DESAFIOS ABAG MARÇO DE 2011

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO ALAVANCA DO DESENVOLVIMENTO OPORTUNIDADES E DESAFIOS

Crescimento de Produção Soja (Safra 15/16 a 24/25) 27,8 milhões/ton 31,2 milhões/ton 46,2 milhões/ton

CCN - Infraestrutura existente, gargalos operacionais, demandas não atendidas e ações de curto prazo.

Logística Vale Bienal dos Negócios da Agricultura 21/08/2009

Ocupação Sustentável do Território Nacional pela Ferrovia Associada ao Agronegócio

Um novo modelo para explorar o potencial Logístico brasileiro

ATUALIDADES E PERSPECTIVAS DOS PORTOS DO ARCO NORTE

PRIORIZAÇÃO DE OBRAS PARA O AGRONEGÍCIO Aumentar a participação dos portos do Arco Norte

Relações Brasil - China: oportunidades de negócios para o setor agropecuário

CLIPPING DE NOTÍCIAS

Reunião com Investidores e Analistas APIMEC 1T08

Novos terminais vão reduzir custos das exportações de grãos do Centro-Oeste

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO ALAVANCA DO DESENVOLVIMENTO OPORTUNIDADES E DESAFIOS A BARREIRA LOGÍSTICA

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

CLIPPING DE NOTÍCIAS

Almanaque Aprosoja. Estratégias de Redução de Custos Logísticos de Exportação. Março

Nesta Edição. José Gabriel da Mapito Agronegócios.

Modelo de Negócios Objetivo

TERMINAL PORTUÁRIO DE ALCÂNTARA TERMINAL DE USO PRIVADO (TUP) BAÍA DE SÃO MARCOS - MA

PORTOS E LOGÍSTICA (/NOTICIAS/PORTOS-E-LOGISTICA) Quarta, 15 Março :39

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

PORTOS E LOGÍSTICA (/NOTICIAS/PORTOS-E-LOGISTICA) Segunda, 24 Julho :58

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Mineração e Agronegócio:

Exportações de carne suína brasileira crescem no primeiro semestre de 2019

PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Setembro/2011

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

12º Congresso Brasileiro do Agronegócio Infraestrutura e Logística Painel 3 As oportunidades e as dificuldades para o aumento da oferta

Perspec8vas para a agropecuária brasileira para os próximos cinco anos

Exportações de carne suína crescem no primeiro semestre e preço do suíno sobe no mercado interno

Agronegócio e o Plano Nacional de Exportações

A inserção do jovem no campo: Novos desafios e novos incentivos.

RELATÓRIO DE RESULTADOS 3T18

APRESENTAÇÃO VALE LOGÍSTICA - Ferrovias

Pesquisa e Desenvolvimento

Visão de longo prazo e adequação ambiental para o setor agropecuário

A Importância do Arco Norte na Competitividade da Exportação Agropecuária

Brasília, 27 de julho de Nota: Projeções de longo prazo para a agricultura

Cresce a movimentação de grãos no Centro- Norte

RUMO ALL Resultados 3T15

AVANÇOS E DESAFIOS AO SETOR PORTUÁRIO BRASILEIRO. DANIEL MACIEL Secretário de Infraestrutura Portuária

REUNIÃO COM INVESTIDORES APIMEC 2º TRIMESTRE DE 2009

PORTOS E LOGÍSTICA (/NOTICIAS/PORTOS-E-LOGISTICA) Quarta, 15 Março :46

Reunião com Investidores. Apimec 4T08 e 2008

REUNIÃO COM INVESTIDORES APIMEC 4T11

O ESCOAMENTO DA SOJA NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL E O PORTO DE ITAQUI (MA)

PORTO DO ITAQUI

Porto Multimodal de São Luís. Seminário Caminhos da Engenharia Brasileira Atividade Portuária

As atuais condições da infraestrutura de transporte e logística do Brasil

Parceiros Comerciais do RS no período de. janeiro a abril de 2016.

RUMO ALL Resultados 2T15

Resumo de vendas realizadas pelo Produtor por Safra, Origem e Destino

REUNIÃO COM INVESTIDORES. APIMEC 2T11 e 1S11

O MAPA e o agronegócio brasileiro. José Gerardo Fontelles Secretário Executivo

Complexo Portuário de São Francisco do Sul

Perspectivas. Dezembro de 2006

PERSPECTIVAS PARA O AGRONEGÓCIO

ETH Bioenergia S.A. A Logística do Etanol Perspectiva dos Produtores. 20/Set/07

Seminário Internacional em Logística Agroindustrial

REUNIÃO COM INVESTIDORES. APIMEC 3T13 e 9M13

EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR PARA A ÍNDIA CAEM 18% EM MARÇO

MILHO: A EXPANSÃO DO BRASIL NO MERCADO GLOBAL E O ABASTECIMENTO DOMÉSTICO. Carlos Cogo 5 DE MARÇO DE 2018

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO. PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Janeiro/2018

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO ALAVANCA DO DESENVOLVIMENTO OPORTUNIDADES E DESAFIOS A BARREIRA LOGÍSTICA - ABDE -

ROTEIRO. 1 Contextualização. 2 Estatísticas Portuárias. 3 Movimentação nos Portos Públicos

Andamento das principais obras Agosto/2009

Parceiros Comerciais do RS no período de

Comparação do mês de março de 2018 com abril de 2018.

MATOPIBA: expansão agrícola no cerrado

Parceiros Comerciais do RS no período de

8º Encontro de Logística e Transportes - FIESP

com US$ 165 milhões, com aumento 12% no faturamento e 24% no volume.

Coordenação Geral Glauco Carvalho Alziro Vasconcelos Carneiro. ano 3 Nº20 09/Fevereiro/2010

Coordenação Geral Glauco Carvalho Alziro Vasconcelos Carneiro. ano 3 Nº19 07/Janeiro/2010

Paraná contraria tendência nacional e aumenta exportações em 2016

Coordenação Geral Glauco Carvalho Alziro Vasconcelos Carneiro. ano 2 Nº18 03/Dezembro/2009

Movimentação ferroviária de contêineres deve crescer 20% ao ano

Gargalos logísticos e perspectivas

Coordenação Geral Glauco Carvalho Alziro Vasconcelos Carneiro. ano 3 Nº21 10/Março/2010

Exportações no período acumulado de

Parceiros Comerciais do RS no período de

Prof. Dr. Hito Braga de Moraes

Parceiros Comerciais do RS no período de

A Vale. Milhares de empregados da Vale participam. de mais de 500 comunidades ao redor do mundo. intensamente do dia-a-dia

Parceiros Comerciais do RS no período de

6º Seminário Internacional em Logística Agroindustrial ASPECTOS AMBIENTAIS NO PLANEJAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS LOGÍSTICOS

Parceiros Comerciais do RS no período de. Comparação do mês de fevereiro de 2017

Transcrição:

PORTOS E LOGÍSTICA (/NOTICIAS/PORTOS-E-LOGISTICA) Domingo, 01 Outubro 2017 18:11 Saída de grãos pelo norte cresce, mas não vence aumento de demanda (/noticias/portos-elogistica/40776-saida-degraos-pelo-norte-crescemas-nao-vence-aumentode-demanda) Mesmo com novos portos e recordes sucessivos de embarque na região mais ao norte do país, o Brasil pode levar até 20 anos para atender à demanda por terminais de exportação, afirma o consultor Luiz Antonio Fayet.

Em 2014, o deficit de capacidade de embarque foi de 64 milhões de toneladas: 800 mil navios graneleiros carregados, o equivalente ao volume de soja que o Brasil já mandou para fora de janeiro a agosto deste ano. A estrutura cresceu desde então, mas zerar o gargalo passado já não é suficiente. A demanda por grãos cresce de 3 milhões a 5 milhões por ano, quantidade que precisa ser incluída nas projeções. Nos cálculos da Embrapa, se forem concluídas até 2025 as oito obras prioritárias para otimizar a saída de grãos, haverá um deficit de capacidade de embarque de cerca de 15 milhões de toneladas na região norte, que inclui os portos de Itacoatiara/Manaus (MA), Santarém e Belém/Barcarena (PA), Santana (AP) e São Luís (MA). O problema só não é maior, diz ele, porque aumentar a capacidade de exportação dos portos é mais fácil que otimizar o escoamento das zonas produtoras até lá. "Para o porto, se há demanda, o retorno é garantido e o investimento é muito mais fácil", afirma o analista da Embrapa Gustavo Spadotti. Em São Luís, onde desemboca o corredor ferroviário de 1.300 km operado pela VLI, a companhia tem duas opreações, o TPSL (Terminal Portuário São Luís), na área privada da Vale, e um berço (área em que o navio atraca) na área pública do Tegram. O sistema precisa ficar todo conectado para que possa aproveitar imediatamente novas oportunidades de demanda, diz o diretor de novos negócios, Fabiano Lorenzi. RECORDES Em 2016, foram 3 milhões de toneladas de grãos embarcadas. Neste ano, antes do final da safra, a ferrovia já despejou em Itaqui 3,8 milhões de toneladas de soja e 550 mil toneladas de milho, cuja safra está só começando. A VLI, formada em 2014 por Vale (30%), Mitsui (20%), FI-FGTS (16%) e Brookfield (20%), consegue embarcar em seus terminais entre 4,5 milhões e 5 milhões toneladas de grãos por mês -o equivalente a 16 navios cheios.

No Tegram como um todo, o embarque de grãos já bateu 5 milhões de toneladas em junho, relata Ted Lago, presidente da Emap, empresa pública maranhense que administra o porto de Itaqui. O ano deve fechar com recorde de 7 milhões e a capacidade do terminal deve dobrar para 14 milhões de toneladas em 2019, quando estiver concluída a fase 2. Em 2021, um novo acesso ferroviário deverá receber 20 milhões de toneladas, com novos terminais para celulose, fertilizantes e para o embarque de contêineres. DO PORTO PARA DENTRO O movimento acontece também de fora para dentro do país. De São Luís as mesmas ferrovias e estradas que trazem soja levam combustível para sete Estados do Nordeste e do Centro Oeste. Os planos são aproveitar as rotas de volta com fertilizantes, impulsionados pela expansão da área plantada. Os balanços da Emap registram lucros anuais de R$ 43 milhões em 2016. Neste ano, no acumulado até agosto, a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi 43%, um dado que mostra alta capacidade de investimento com recursos próprios. A estratégia da empresa pública é aproveitar os recursos trazidos pela exportação de grãos para sofisticar a cadeia de produção de alimentos no Maranhão, atraindo frigoríficos, abatedouros e indústrias de alimentos. Segundo Ted Lago, o objetivo é desenvolver o Estado como grande produtor de proteína. "Se fôssemos olhar só para o retorno do acionista, provavelmente não investiríamos em um terminal refrigerado para contêineres. Mas para uma empresa pública isso faz sentido." O fluxo de milho e soja (que alimentam os animais) e a estrutura do porto já atraíram para o Estado produtores de frango, suínos e lácteos, como os grupos Piracanjuba, Frango Americano, Notaro (Frango Natto), Ceará Alimentos e Agronor.

O próximo passo será a produção de camarão, segundo o secretário de Agricultura, Márcio Honaiser. O Estado, que tem 70% de sua costa propícia à criação do crustáceo, vai receber um projeto do grupo Bomar que usa menos animais por área, o que leva a menos doenças, custo mais baixo e produtos mais competitivos. Segundo Honaiser, o porto de Itaqui deve começar a exportar carne processada vindo de Goiás e Tocantins, o que pode servir de estímulo para a bovinocultura e a indústria de carne também em território maranhense. NO CAMINHO DA NORTE-SUL O Estado tem o segundo rebanho nordestino, mas os bois são apenas criados no Maranhão e depois enviados para o Pará para a engorda. A meta é verticalizar: criar, engordar, abater e industrializar. E exportar por Itaqui. Mais difícil deve ser desenvolver a cadeia de fruticultura, um dos calcanhares de Aquiles do Maranhão. Na visita a São Luís, a Folha ouviu de uma dezena de pessoas, de taxistas a executivos, a frustração com o fato de que o Estado "importa" vegetais de vizinhos muito mais secos, como o Rio Grande no Norte. Regularização fundiária e recuperação da infraestrutura, porém, ainda devem atrasar o dia em que o Maranhão vai colher as próprias frutas que plantar, segundo o secretário da Agricultura. Mas o presidente da Emap já faz cálculos para esse dia. "A carga mais valiosa que embarca em Itaqui hoje o cobre: a tonelada custa US$ 4.700. Sabe quanto custa uma tonelada de castanha de caju? US$ 5.000", diz Ted Lago, imaginando o dia em que embarcará contêineres do produto. Fonte: Folha SP

blog comments powered by DISQUS(https://disqus.com) back to top