SOBRE MÃOS: DA MÃOZADA À TERAPIA



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Transcrição:

1 SOBRE MÃOS: DA MÃOZADA À TERAPIA Paulo Borges RESUMO A apresentação deste artigo refere-se à parte teórica do pôster homônimo e destina-se a ilustrar uma reflexão a respeito das mãos presentes no trabalho clinico da vegetoterapia e na construção sócio-cultural de signos e expressões representados pelas mesmas. Ao situar a importância das mãos do terapeuta e as do sujeito em terapia apontaremos a mão como enunciador de sentidos pelo qual são expressos complementos não verbais e expressões inconscientes mobiliados através dos actings sobre os segmentos das couraças neuromusculares cervical e toraxico. Em contrapartida cotidiana, indicaremos alguns gestos que expressam valores e verdades e emoções não verbais. Por fim, toda a ilustração verbal e escrita visa apontar expressões não verbais que o corpo socialmente construído revela tanto na rua (cotidiano) quanto na clinica, onde são trabalhados durante o processo terapêutico da vegetoterapia. Palavras-chave: Segmento de couraça cervical e toraxica, vegeto-terapia e cotidiano. As mãos revelam emoções e isto é observável por qualquer pessoa, tendo as, ou não. Mágicos, ilusionistas, artistas plásticos, músicos ou médicos. E também aqueles que fazem daquelas, pedidos roubos: mendigos e ladrões. A utilização das luvas pelos mágicos, por exemplo, enfatizam e realçam as mãos chamando a atenção do respeitável publico para as minúcias da comunicação visual em movimento. Os mímicos expressam emoções, narrativas e personagens através de um trabalho corporal onde as mãos recebem um destaque primário. Além do rosto, inevitavelmente. Contudo, não é só de criação vivem as mãos. Os que se sentem culpados ou sujos negam-nas ou as escondem. Até mesmo elas, as mãos, agem involuntariamente em momentos de susto, nojo ou alegria, revelando à pessoa sentidos ou reações que aumentam a carga de expressividade e consciência de seus desejos e reações. Gestos obscenos, de paz, de sinalização ou de intensidade são construídos em todas as sociedades e podem variar de região para região de um mesmo país. Como o legal, o não o sim, a raiva com punho fechados ilustram alguns exemplos.

2 A atenção diária fora e dentro da clinica sobre esta parte do corpo, que é o objeto deste artigo, pode trazer à consciência ainda mais atitudes caracteriais do cliente/cidadão inserido na trama social diária. De acordo com Navarro (1996), a vegetoterapia se utiliza dos actings para possibilitar a mobilização das emoções retidas no corpo com a finalidade de permitir que o fluxo plasmático se expresse livremente pelo corpo e que com estes movimentos (por vezes involuntários) o paciente acesse e reviva as emoções e lembranças que foram armazenadas no seu corpo durante toda a sua vida. Desde os tempos uterinos, primeira infância e ao longo de sua vida adulta podendo ser registrado no corpo e na mente traumas vividos no dia-adia (NAVARRO,1996). Os actings se constituem em atuações em forma de movimentos ou pressões sobre determinada parte do corpo (os segmentos de couraças) que, durante o andamento do processo terapêutico de acordo com uma metodologia adequada e especifica, mobilizará o corpo do cliente em direção à uma autoregulação biológica. Em outras palavras, os actings servem para a mobilização dos sete segmentos de couraças em sentido céfalo-caldal. O que possibilita reestabelecer o funcionamento expressivo do corpo humano de forma mais legitima com a condição de desenvolvimento de cada ser humano (VOLPI, 2003). O homem necessitou e ainda necessita das mãos durante sua evolução para construir instrumentos de defesa, caça, construção de lares, de valores, de cultura, leis normas e durante muitos séculos, a mão foi utilizada como alvo de punição tanto ao arrancá-las dos ladrões quanto ao punir as crianças nos internatos e escolas como palmatória. Quanto à vegetoterapia, as mãos do terapeuta são bastante utilizadas. Não por haver toques por parte do terapeuta ao cliente, mas sim, quando o toque se fizer necessário, é importante que seja de forma branda, leve e atenciosa. Tanto na massagem diagnóstica quanto nos actings trabalhados para o segmento ocular, o terapeuta faz uso das mãos para realizar as conchas nos ouvidos do cliente, por exemplo.

3 Haverá, durante o processo terapêutico, outros toques no corpo do paciente a fim de sentir as tensões musculares, a flacidez e a temperatura do corpo ou para mobilizar a musculatura do rosto ou do diafragma. As mãos fazem parte do segmento cervical, entretanto tem profundas relações com o segmento torácico por tratar-se da ambivalência. As mãos representam entrega, recusa, afirmação ou afastamento, por isso elas se apresentam tão fortemente também nos trabalhos com o tórax, como veremos adiante (NAVARRO, 1996). Durante o trabalho sobre o segmento cervical, como em qualquer outro, é bastante comum que o paciente sinta um formigamento, que desce e se espalha pelo corpo. Esta sensação é bastante natural e tem sua origem na percepção do movimento expressivo plasmático (REICH, 1989). Utiliza-se o termo expressivo por que o paciente sente a descarga e a movimentação de uma fixação energética fluindo pelo seu corpo em busca de uma exteriorização. No livro Analise do Caráter (1989), Reich afirma que emoção significa mover para fora. Este movimento corresponde ao movimento plasmático que passa pelo corpo e pede por expressão. Movimento que é sempre acompanhado por alguma sensação e emoção que se revelam no corpo pela contração de uma região do corpo, que encena legitimamente, uma defesa caracterial. Esta reação de medo involuntário se dá através de espasmos musculares, ou seu oposto: através da entrega do corpo a expressão fluida dos movimentos corporais. No nosso caso, trabalhando o segmento cervical e toraxico, as mãos expressarão as reações emocionais por meio de contração, relaxamento, sudorese ou tantas outras expressões relevantes para um trabalho terapêutico. Estalos, dores, ou fluidez de movimentos são frequentes e também revelados nos momentos de prazer e de trabalho manual como ilustrado no inicio do texto: cirurgiões, músicos e artistas. De volto ao setting clinico, as mãos são necessárias também, para o acting do quarto segmento, o toraxico. No acting de afirmação do eu, quando o

4 paciente bate no próprio peito dizendo eu, eu, eu é a mão que é levada ao tórax em afirmação. Segundo Navarro (1996), é bastante interessante termos em vista que a direção que a mão realiza para tocar o peito é onde se localiza a glândula do timo que dá ao corpo, ao ser humano a condição de unicidade, de individualidade. Desta maneira, a forma como o cliente gesticula ao trazer sua mão ao peito, pendendo mais para um lado ou outro, se é centralizada, se o toque é brusco ou não, revelam traços caracteriais do sujeito, ou indícios de como esta pessoa esta vivendo um momento de sua vida. Por fim, a literatura reichiana e sua pratica clinica, em grupos ou individual, não deve ser nunca desassociada do corpo do cotidiano, do conhecimento da maneira como o cliente vive e se relaciona em todos os espaços pelos quais permeia suas relações. O corpo em terapia reluz o corpo que é e se faz inteiro/fragmentado atravessado pelas representações da cultura onde é inserido. As praticas culturais como trabalho e lazer, em instituições domiciliares e públicas são regidas por linguagens e símbolos particulares a cada uma e que são armazenados na constituição individual e coletiva. Desta forma o corpo se apresenta como um grande armazenador de expressões, sentimentos e conhecimentos oficiais como a língua portuguesa e extra-oficial como: as gírias e sinais que vêm se transformando ao longo das relações entre os homens. Esta breve reflexão a respeito das mãos deve ser entendida como uma primeira e introdutória expressão escrita a respeito do corpo e suas relações diárias e clinicas. Ilustrações que podem elucidar as expressões dos indivíduos transparecendo as diversas formas de ser no cotidiano e atenciosamente trabalhados na clinica da vegetoterapia. REFERÊNCIAS NAVARRO, F. Metodologia da Vegeto-Terapia Caracteroanaliica: sistemática, semiótica,semântica. São Paulo: Summus, 1996 REICH, W. A análise do Carater. São Paulo: Brasiliense, 1989

5 VOLPI, J. H.; VOLPI, S. M.: Reich: Da vegetoterapia à descoberta da energia orgone. Curitiba: Centro Reichiano, 2003. AUTOR Paulo Borges/PR - Psicólogo formado pelo UFPR(2009), Cursando a especialização em Psicoterapia Corporal pelo Centro Reichiano. E-mail: pauloborgespe@gmail.com