Maria Auxiliadora de Abreu Macêdo (Dora Abreu) (1) (1)

Documentos relacionados
I COBESA 15 de Julho de 2010 Sessão Técnica 26 PAP001913

O Processo de Elaboração Participativa do Termo de Referência (TR) do Plano Estadual de Saneamento Básico (PESB/BA)

Estabelece orientações relativas à Política de Saneamento Básico e ao conteúdo mínimo dos Planos de Saneamento Básico.

LEI nº 587 de 30 de julho de 2018

IV Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe 22 a 25 de março. Pacto das Águas. Antonio Martins da Costa

Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia

PROGRAMA NACIONAL DE SANEAMENTO RURAL. CÂMARA TEMÁTICA Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES

AMPLIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DE LINHAS DE PESQUISA VOLTADOS A PROTEÇÃO E PESQUISA SOBRE BIODIVERSIDADE

MANUAL ORIENTADOR DA REVISÃO DAS PRIORIDADES DO PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS PARA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Apresentação. Objetivo Geral

A efetividade do Controle social nas Políticas de Saneamento. Eliene Otaviano da Rocha

PROJETO DE LEI Nº 468/2015

ESTATUTO DA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DO SISTEMA NACIONAL DE AUDITORIA DO SUS- SNA

Teresina Participativa: Agora também é com você. Jhamille Almeida Secretária Executiva de Planejamento Urbano

Eng. Civil Marcos Túlio de Melo Presidente do Confea

Estado do Rio Grande do Norte PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕES Gabinete do Prefeito

ASSESSORIA PARLAMENTAR - ASP

INTRODUÇÃO. Apresentação

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA NACIONAL DE ARTICULAÇÃO SOCIAL

COMUNICAÇÃO TÉCNICA Nº Plano de gestão integrada de resíduos sólidos da Baixada Santista. Cláudia Echevenguá Teixeira.

Fórum Permanente UFRJ Acessível e Inclusiva

(Publicada no D.O.U de 26/02/2013)

AVALIAÇÃO INICIAL DO PPA : A EXPERIÊNCIA DA BAHIA

Câmara de Gestão Pública (CGP) e. Novos Desafios para os Gestores Públicos na Atualidade FADERGS

TERMO DE REFERÊNCIA. 1. Justificativa :

A CONASQ e o Processo de Negociação Intergovernamental para Elaboração da Convenção de Minamata

Síntese do Projeto Pedagógico Curso: Gestão Ambiental (Tecnológico) Campus Centro I Presidente Vargas

PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE ALAGOAS PRIMEIRA OFICINA DO PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL E DIVULGAÇÃO

EDITAL PARA ELEIÇÃO DA COORDENAÇÃO DO FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO LUÍS

ESTADO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE PIÇARRA

PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA DE HABITAÇÃO E SANEAMENTO AMBIENTAL

POLÍTICA DE REGULAÇÃO DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política de Regulação das Empresas Eletrobras

Projeto Governança Metropolitana no Brasil ARRANJO DE GOVERNANÇA METROPOLITANA E PDUI NA RM DE PORTO ALEGRE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PLANO DE COLETA SELETIVA DEAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NO ICED

Av. Princesa Isabel, Fone (51) CEP Porto Alegre - RS - Brasil.

REGIMENTO INTERNO FÓRUM DE APRENDIZAGEM DO MUNICÍPO DE MARINGÁ

INSTITUI A POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMA QUE ESPECIFICA.

APLs como Estratégia de Desenvolvimento

A POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PERS/BA) LEI Nº /2014 E A LOGÍSTICA REVERSA

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE SÃO LUÍS SEMINÁRIO DE LANÇAMENTO

I SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO. 1º de outubro de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Gabinete do Reitor GR Sistema de Arquivo SIARQ/UFRJ Divisão de Gestão Documental e da Informação DGDI

ATO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: RC - Resolução do CONSAD. Resolução n. 62, de 17 de março de 2015.

Povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais

Política de. Gestão Estratégica

A responsabilidade socioambiental é uma preocupação global, fundamental para a qualidade de vida das futuras gerações.

Estruturação do Núcleo Estadual de APL s no Distrito Federal

unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

Conselhos e Conferências Nacionais

Programa EESC Sustentável

1. Esta Política Institucional de Comunicação e Marketing do Sicoob:

Os desafios para a implantação do Plano Nacional de Saneamento.

FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. A FEEES e o Movimento Espírita do Estado do Espírito Santo

Recursos Hídricos. A interação do saneamento com as bacias hidrográficas e os impactos nos rios urbanos

I A POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA BAHIA (LEI Nº /14) COMPARADA À POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LEI Nº 12.

Da sociedade civil eleito para a Conferência Estadual: Eurico de Freitas Neto Gordo Neto (titular) Salvador (Metropolitana de Salvador)

Prefeitura Municipal de Valente-BA. A Prefeitura Municipal de Valente, Estado Da Bahia, Visando a Transparência dos Seus Atos Vem PUBLICAR.

PODER EXECUTIVO DECRETO Nº DE 15 DE ABRIL DE 2013.

Faço saber que a Câmara aprova e eu sanciono a seguinte Lei: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

PRODUTO 01 PLANO DE TRABALHO

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA POLÍTICA AMBIENTAL

SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Diretoria Executiva Gestão Eudes de Freitas Aquino Presidente. Orestes Barrozo Medeiros Pullin Vice-Presidente

Projeto de Fortalecimento de Capacidades para o DHL CNM/PNUD TERMO DE REFERÊNCIA (Nº )

Organismos de Bacias: Representatividade e Poder de Decisão

Atenção: - a palavra-chave de tem menos de 4 letras, por isso não foi destacada. LEI Nº 2767, DE 18 DE MAIO DE 2012.

Regimento Interno da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura

Sumário. 1. Política de Sustentabilidade da Rede D Or São Luiz Objetivos Abrangência Diretrizes...2

Teresópolis, 12 de junho de 2019.

UNICEF BRASIL Edital de Seleção de Consultor: RH/2014/018

Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO BRASIL

Documento: Iniciativas, Ações e Atividades do Plano Estratégico Data:

Nº Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Baixada Santista PRGIRS/BS.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS PROJETO PNUD BRA/07/019 TERMO DE REFERÊNCIA EDITAL 010/2012

Art. 3º ( ) I planejar, executar e avaliar atividades de ensino e pesquisa nas áreas pertinentes à gestão pública;

Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

GRUPO DE TRABALHO EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Kharen Teixeira (coord.) Uberlândia, 29/04/15

P.P.R.A. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Processo de planejamento participativo do Plano Diretor Aspectos metodológicos

Política Nacional de Segurança Pública - PNaSP

As Leis /2007, /2005 e /2008 e a Universalização

(publicada no Minas Gerais em 20 de fevereiro de 2002)

Curso Capacitação de Prefeitos Construção do Projeto de Governo. (Roteiro Mesa 2)

Gestão Pública Democrática

Ações do Estado de São Paulo na PERS

Capítulo I DA FINALIDADE

Autores: Angelo José Rodrigues Lima Salvador 06 de julho de 2016

Vice-Presidência Legislativa

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Vida Tratada Com Respeito

APRESENTAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO Cooperativa de Segundo Grau de Comercialização de Materiais Recicláveis da Cidade de São Paulo.

Objetivos Estratégicos Perspectiva: Competência. Ampliar a disponibilidade de competências necessárias à atuação do SNF

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

LEI N.º 8.996, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1999.

ENFERMAGEM PROMOÇÃO DA SAÚDE. Aula 6. Profª. Tatiane da Silva Campos

A ATRICON ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MEMBROS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DO BRASIL, no uso de suas atribuições Estatutárias,

Transcrição:

I COBESA 13 de julho de 2010 Sessão Técnica 12 PAP001847 FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA À POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA Maria Auxiliadora de Abreu Macêdo (Dora Abreu) (1) (1) Mestre em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais; Especialista em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais; Especialista em Química Analítica Ambiental. Maria Valéria Gaspar de Queiroz Ferreira (2) (2) Doutora em Administração/Gestão Ambiental de Empresas, Inovação Tecnológica e Tecnologias Limpas; Mestre em Poluição e Controle Ambiental; Especialista em Educação Ambiental;Especialista em Gestão e Conservação de Recursos Hídricos. SEDUR Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia. Superintendência de Saneamento Diretoria de Resíduos Sólidos e Saneamento Rural

FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA À POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA OBJETIVO Apresentar uma proposta metodológica que possa fortalecer a participação social na elaboração de políticas públicas, com especial enfoque na Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) do Estado da Bahia.

FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA À POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA JUSTIFICATIVAS A elaboração de políticas públicas pelo poder público deve essencialmente buscar o bem comum, prevendo os mecanismos necessários para que os diversos movimentos grupos e entidades sociais possam defender os seus interesses, assim como apresentar propostas e discutir aspectos relevantes a serem considerados nas prioridades governamentais. Embora o Brasil já venha adotando estratégias e criando instrumentos com foco na participação e controle social, tais como as criações de Conselhos e a realização sistemática de audiências e/ou consultas públicas direcionadas para os diversos processos decisórios governamentais, nem sempre os resultados obtidos são efetivos, uma vez que a participação social não ocorre de forma objetiva e/ou focada em objetivos claros.

FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA À POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA JUSTIFICATIVAS O processo de definição de Políticas Públicas envolve disputas e interesses particulares que podem ocorrer, tanto nos espaços governamentais, como nos espaços de participação social, as quais precisam ser neutralizadas. Isto caracteriza particularmente o processo de definição das Políticas de Resíduos Sólidos. Após 21 anos de tramitação no Congresso, o projeto de lei substitutivo PLS 354/89 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi definitivamente aprovado no dia 07/07/2010 pelo Senado.

Lei Federal de 11.445/07 POLÍTICA FEDERAL DE SANEAMENTO (Regulamentada pelo Decreto Nº 7.217, de 21 de junho de 2010) Lei Estadual 11.172/08 POLÍTICA ESTADUAL DE SANEAMENTO Para os efeitos destas Leis, considera-se saneamento básico o conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais relacionados com : abastb men o empresa á uaa baiana de águas e saneamento s.a o a e n empresa baiana de águas e saneamento s.a drenagem urbana Prefeitura limpeza urbana Prefeitura

CAPÍTULO II - DAS DIRETRIZES E PRINCÍPIOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE SANEAMENTO BÁSICO PRINCÍPIO DO CONTROLE SOCIAL A ser exercido através de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico. - Conselhos; - Câmaras Técnicas, Grupos de Trabalho (GTs); - Comissões Especiais; - Sistemas de Informações; -Consultas e Audiências Públicas; - Ente outros.

INSTÂNCIAS DE PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO NO ESTADO DA BAHIA SISTEMA ESTADUAL DE SANEAMENTO BÁSICO I - Órgão Superior - Conselho Estadual das Cidades CONCIDADES, com funções deliberativa, consultiva e fiscalizadora da Política Estadual de Saneamento Básico; II - Órgão Coordenador - Secretaria de Desenvolvimento Urbano - SEDUR, com competência para formular, coordenar e implementar a Política Estadual de Saneamento Básico, bem como monitorar e avaliar a execução de suas ações; III - Órgãos Executores - os órgãos ou entidades do Poder Executivo Estadual responsáveis pela execução das ações relativas à Política Estadual de Saneamento Básico. (Capítulo III - Art. 10 da Política Estadual de Saneamento)

INSTÂNCIAS, ATORES E INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NOS PROCESSOS DECISÓRIOS DO SANEAMENTO BÁSICO NO ESTADO DA BAHIA Órgão Superior - Conselho Estadual das Cidades CONCIDADES, Funções deliberativa, consultiva e fiscalizadora da Política Estadual de Saneamento Básico CÂMARA TÉCNICA DE SANEAMENTO COMISSÕES E GRUPOS DE TRABALHOS (GTs) CRIADOS COM OBJETIVOS ESPECÍFICOS

GT PERSÓLIDOS Criado, através da Resolução Nº 009/2009 do Conselho Estadual das Cidades da Bahia (CONCIDADES), o Grupo de Trabalho GT Persólidos tem os seguintes objetivos: - acompanhar a SEDUR no processo de leitura da realidade urbana e das localidades rurais dos municípios, referente à gestão de resíduos sólidos, tendo como base os Territórios de Identidade; - participar ativamente da discussão pública para a elaboração da Política Estadual de Resíduos Sólidos; - identificar e envolver atores públicos ou privados que, direta ou indiretamente, venham a sofrer os impactos pela implantação da Política Estadual de Resíduos Sólidos, estimulando a parceria, sinergia e complementaridade das ações, respeitando as especificidades de competência e a atuação dos órgãos governamentais; -contribuir para a formulação de proposições para a construção da referida política. Fazem parte deste GT, além dos membros da Câmara Técnica de Saneamento do CONCIDADES, outros participantes que representam diversas organizações sociais, assim como algumas Secretarias e Órgãos do Estado.

A CONDUÇÃO DO PROCESSO DE DISCUSSÃO E ELABORAÇÃO DA POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA Desde 2009 o GT Persólidos vem discutindo e buscando construir uma minuta preliminar da Política Estadual de Resíduos Sólidos, cuja versão atual deverá será ajustada a partir das contribuições oriundas de um PROCESSO DE CONSULTA PÚBLICA junto a diversas representatividades sociais municipais. Assim, no âmbito das reuniões do GT Persólidos já são discutidas estratégias e instrumentos direcionados para a realização destas consultas públicas, de forma que estas possam potencializar a PARTICIPAÇÃO SOCIAL, visto que experiências anteriores, desta natureza, evidenciaram baixa efetividade desta participação.

????? POSSÍVEIS RAZÕES PARA A BAIXA EFETIVIDADE DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NOS ESPAÇOS CRIADOS PARA ESTA FINALIDADE: Falta de entendimento do próprio processo que vem sendo alvo da participação social, por parte dos atores sociais envolvidos; Aplicação de estratégias e metodologias ineficientes, incapazes de facilitar este entendimento e/ou otimizar os resultados esperados; Utilização de consultores externos que não estão devidamente sintonizados com o processo em curso; Baixo poder de comunicação/mobilização por parte dos municípios, de forma a garantir representatividade municipal efetiva; Perfil do participantes; Entre outras.

PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA À POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA ETAPA 1: Formalização de um Grupo de Trabalho (GT) constituído de diversas representatividades sociais com os seguintes objetivos: -realizar pesquisa sobre a temática, analisando e compilando informações referentes a outras políticas similares; -Criar um espaço de estudo e capacitação, promovendo palestras, oficinas, no âmbito das reuniões, visando a própria capacitação dos integrantes do GT; - promover discussões com enfoque nos objetivos, princípios e diretrizes da Política a ser instituída; - elaborar uma proposta de minuta para a Política em questão, baseando-se nas ações acima citadas; - promover encontros e debates junto à profissionais da área de direito, visando receber orientações e comentários sobre a política proposta.

PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA À POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA ETAPA 2: Criar mecanismos para garantir a publicidade e transparência do processo de elaboração da Política proposta, a exemplo da criação de um site, o qual deverá ser destinado para a inserção de atas e minutas preliminares da Política proposta, além de outros informes.

PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA À POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA ETAPA 3: Discutir a metodologia a ser adotada nas consultas públicas, elaborando-se, com a participação dos integrantes do GT, o Manual de Consultas Públicas. MANUAL DAS CONSULTAS PÙBLICAS Este Manual deve conter todo o conteúdo a ser transmitido aos participantes, em uma sessão prévia, junto a estes, de forma a prepará-los para estas consultas, orientando e elucidando suas dúvidas, com vistas à otimização do tempo e ao alcance de resultados efetivos. Consultas públicas deverão reservar pelo menos um turno para a realização destas sessões orientadoras, que se caracterização como uma capacitação prévia dos participantes sobre o processo de discussões que será desenvolvido. Utilização de linguagem e os recursos compatíveis com o perfil do público-alvo, considerando que neste estão inseridas pessoas com baixo nível de escolaridade.

PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA Á POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA ETAPA 4: Disseminar e garantir que esta metodologia seja internalizada pelo GT, visto que seus integrantes deverão atuar como facilitadores desta consultas. ETAPA 5: Realizar as consultas públicas, criando preliminarmente estratégias de mobilização e articulação, de maneira a garantir uma efetiva participação da sociedade. Posteriormente, os resultados obtidos nestas consultas devem ser compilados e incorporados na Minuta da Política, já discutida e revisada pelo GT.

PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA Á POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA ETAPA 6: Receber parecer técnico e jurídico sobre a minuta resultante das contribuições das Consultas Públicas, de forma a ajustá-la, com o respaldo de especialistas e consultores experientes na temática. Realizar uma sessão para a apresentação e discussão deste parecer junto ao GT. ETAPA 7: Submeter a minuta, produto da etapa anterior, a novas consultas públicas, utilizando o site do GT, mencionado anteriormente, de maneira a ampliar o máximo possível a participação social. Paralelamente, com ajuda de grupos que atuam no setor acadêmico, submeter a minuta à análise por grupos de alunos, os quais deverão gerar um relatório de análise crítica, como atividade curricular. ETAPA 8; Incorporar, com ajuda de consultoria especializada, todas as contribuições recebidas, gerando o documento final que deverá ser enviado para Assembléia Legislativa.

FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: PROPOSTA METODOLÓGICA APLICADA Á POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DA BAHIA CONCLUSÕES O processo de elaboração de políticas públicas deve essencialmente buscar o bem comum, prevendo e criando mecanismos para garantir efetivamente a participação social, de maneira a identificar e legitimar as demandas sociais locais. Embora estes mecanismos já existam, verifica-se que a participação social, promovida através destes, não garante resultados efetivos. A metodologia proposta permitirá contribuir com a minimização deste tipo de ocorrência, em especial durante a elaboração da PERS, a qual caracteriza-se como um documento norteador para a adoção de iniciativas capazes de solucionar um dos mais graves problemas do saneamento básico do Estado da Bahia: a gestão deficiente dos resíduos sólidos urbanos.

OBRIGADA PELA ATENÇÃO! O espaço está aberto para perguntas. DORA ABREU Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - SEDUR Av. Tancredo Neves no, 450, Edf. Suarez Trade Caminho das Árvores Salvador Bahia CEP: 41820-020-Brasil Tel: +55(71)31165752 e-mail:dorabreu@hotmail.com