CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS FRANCISCA ERIKA GIRÃO DO NASCIMENTO FELIPE IAGO FERREIRA FAÇANHA

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Transcrição:

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS FRANCISCA ERIKA GIRÃO DO NASCIMENTO FELIPE IAGO FERREIRA FAÇANHA RELAÇÃO ENTRE DOR NO JOELHO E ESTABILIDADE DE QUADRIL EM PRATICANTES DE VOLEIBOL AMADOR EM UM TIME NA CIDADE DE PORTO VELHO-RO. Porto Velho 2017

FRANCISCA ERIKA GIRÃO DO NASCIMENTO FELIPE IAGO FERREIRA FAÇANHA RELAÇÃO ENTRE DOR NO JOELHO E ESTABILIDADE DE QUADRIL EM PRATICANTES DE VOLEIBOL AMADOR EM UM TIME NA CIDADE DE PORTO VELHO-RO. Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Lucas para obtenção do titulo de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof.º Especialista Paul Abbott Fonsêca Véras Porto Velho 2017

RELAÇÃO ENTRE DOR NO JOELHO E ESTABILIDADE DE QUADRIL EM PRATICANTES DE VOLEIBOL AMADOR EM UM TIME NA CIDADE DE PORTO VELHO-RO. Artigo apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário São Lucas como requisito de aprovação para obtensão do Título de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof.º Especialista Paul Abbott Fonsêca Véras Data: / / Resultado: BANCA EXAMINADORA Titulação e Nome Nome da instituição Titulação e Nome Nome da instituição Titulação e Nome Nome da instituição

RELAÇÃO ENTRE DOR NO JOELHO E ESTABILIDADE DE QUADRIL EM PRATICANTES DE VOLEIBOL AMADOR EM UM TIME NA CIDADE DE PORTO VELHO-RO. Francisca Erika Girão Do Nascimento ¹ Felipe Iago Ferreira Façanha ² Resumo: Introdução: O voleibol é um esporte que envolve muitos movimentos durante sua prática e com isso exige muito de cada articulação, ocorrendo sobrecargas, com isso o joelho se torna uma articulação bastante propensa a sofrer dor e disfunção, se fazendo necessário métodos de avaliação que identifiquem a possibilidades de lesões e melhora no rendimento dos atletas. Objetivos: Comparar a correlação da prevalência de dor no joelho e instabilidade de quadril em praticantes de voleibol amador. Método: Participaram do presente estudo 10 participantes, com faixa etária de 18 a 40 anos de idade do sexo feminino. Foi aplicado o questionário Lysholm Knee Scoring Scale para identificar presença de dor e disfunções nos joelhos e o teste de ponte com extensão unilateral do joelho para identificar instabilidade de quadril. Resultados: Observa-se que quando analisada a relação de Dor no Joelho e Teste de estabilidade pelvica 75% das voluntarias se queixaram de dor e apresentaram instabilidade pelvica simultneamente. Enquanto apenas 25% das voluntarias apresentaram dor e não apresentaram instabilidade pélvica. Conclusão: De acordo com o estudo foi possível observar que existe correlação entre instabilidade de quadril e dor no joelho em praticantes de voleibol do sexo feminino. No entanto, se fazem necessários estudos científicos com números maiores de amostra para evidenciar melhor esses resultados. Palavras chaves: Dor joelho, instabilidade, Quadril. Summary: Introduction : Volleyball is a sport that involves many movements during your practice and that takes a lot out of each joint, the knee, becomes a quite prone to suffer pain and dysfunction, making necessary assessment methods identifying the possibilities of injury and improves the performance of the athletes. Objectives: to compare the correlation of the prevalence of knee pain and hip instability in amateur volleyball players. Method: participated in this study 10 participants range from 18 to 40 year old female. Was applied the questionnaire Lysholm's Scale to identify Scoring presence Knee Pain and knee disorders and the Bridge test with unilateral knee extension

to identify hip instability. Results : It is observed that when analyzed the relationship of "knee pain" and "pelvica stability test" 75% of volunteer complained of pain and presented pelvica simultneamente instability. While only 25% of volunteer presented pain and showed no pelvic instability. Conclusion: according to the study it was possible to observe that there is correlation between instability of hip and knee pain in female volleyball players. However, required scientific studies with larger numbers of sample to show better results. Key words: Knee Pain, instability, hip Artigo Apresentado ao Curso de Graduação em Fisioterapia do Centro de Ensino Faculdade São Lucas 2017, como pré-requisito para conclusão do curso, sob orientação da professor Especialista Paul Abbott Fonsêca Véras. E-mail: paulveras@hotmail.com ¹ Graduanda do Curso de Fisioterapia do Centro de Ensino Faculdade São Lucas. E-mail: Nascimento.erika1993@gmail.com ² Graduando do Curso de Fisioterapia do Centro de Ensino Faculdade São Lucas. E-mail: facanhapvh@gmail.com

INTRODUÇÃO O voleibol é um esporte com práticas bem definidas em sua ação, sendo que fundamentos realizados, como bloqueio e cortadas, podem ser avaliados quanto ao número de ações, durante a partida. Assim, a habilidade de saltar verticalmente, no voleibol, está relacionada com a performance da resistência muscular localizada, uma vez que os movimentos de saltos verticais são realizados em todo instante durante uma partida. (GALDI, et al; 2001) O joelho é uma articulação programada para gerar mobilidade e estabilidade; ela ergue e rebaixa o membro inferior de forma funcional, executando o levantar e o abaixar do corpo, assim com como movimentar o pé nas mais diversas superfícies. Em companhia do quadril e tornozelo, o joelho tolera o corpo em bipedestaçao, o que a torna a articulação funcional primordial em atividades de caminhar, subir e desce escadas e sentar. (KISNER, 2005) O fisioterapeuta dever ter conhecimento especifico, ter uma gama de informações sobre o diagnóstico, visto que uma boa e minuciosa avaliação é base para o desenvolvimento das intervenções corretas. (CASTRO; 2012) Diante disso fica evidenciado que a avaliação física e funcional são as maneiras mais eficazes na tarefa de prever e reduzir o número de lesões. Implantar métodos de avaliação objetiva e levar até o clube e ao próprio atleta a importância de tal, faz com que se obtenham resultados satisfatórios no sentido de reduzir os números de lesões e consequentemente gastos com as mesmas, de forma que o atleta consiga render o que é esperado dele, buscando a permanência em quadra praticando seu esporte e diminuindo os períodos de afastamento por lesões. (MOREIRA, et al; 2013) A ativação de uma musculatura ou até mesmo uma diminuição de força em uma articulação proximal pode gerar alterações importantes e tendência a lesões em pontos articulares distais. (JORGE, et al; 2016) Desequilíbrio de força e ativação de grupos musculares, tais como: abdutores, rotadores internos e extensores de quadril levam a alterações no membro inferior como um todo, com auge na rotação medial e adução de quadril. Um aumento da estabilidade e controle neuromuscular da agrupação de lombar, pelve e quadril diminui consideravelmente o risco de lesões na articulação do joelho, especialmente mulheres. (ALMEIDA, 2013)

O questionário Lysholm é formado por oito questões, com escolhas de resposta fechadas, onde seu resultado final demonstra de forma ordinal e nominal, onde excelente corresponde ao score de 95 a 100 pontos; Bom 84 a 94; Regular de 65 a 83 e Ruim forem equivalente ou menor a 64. (PECCIN; 2006) A avaliação da estabilidade pélvica pode ser realizada no plano transverso através do teste de ponte com extensão unilateral do joelho. Na realização do teste, o atleta deve estar em decúbito dorsal, com as mãos posicionadas atrás da cabeça, com seus joelhos e quadril fletidos, sendo que a amplitude desta flexão é definida pelo próprio atleta, e as plantas dos pés precisam estar apoiadas e próximas a maca. O atleta é orientado a levantar a pelve da maca e executar a extensão de um dos joelhos, posicionando seu membro inferior erguido na mesma altura da coxa de seu membro contralateral, visando que seu tronco, quadril e membro inferior elevado, fiquem posicionado em uma linha reta. Antes de se iniciar o teste, o atleta realiza o movimento primeiramente com intuito de reconhece-lo. Durante o teste, o posicionamento é mantido por 10 segundos e realizado três vezes em cada membro inferior revezando entre um membro e outro. (ANDRADE, et Al, 2014) Na realização do teste no que tange a posicionamento do examinador, encontram-se posicionados atrás da cabeça do paciente, com seu campo de visão alinhado na altura da pelve do examinado, o examinador apenas qualifica o teste, portanto não realiza a instrução, nem posicionamento do examinado. O propósito da avaliação é o de analisar a preservação do alinhamento apropriado da pelve, logo após perceber se as espinhas ilíacas anteros-superiores estão no posicionamento em reta paralela a maca dentro do plano transverso. (ANDRADE, et al, 2012) Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a correlação da prevalência de dor no joelho e instabilidade de quadril em praticantes de voleibol amador. MATERIAIS E MÉTODOS Foram recrutados treze atletas, onde apenas dez participaram seguindo as etapas do trabalho. Três atletas foram excluídas pois responderam apenas o questionário e não participaram do teste de estabilidade do quadril. A faixa etária foi de 18 a 40 anos, sexo feminino, do time de voleibol amador do Clube Ferroviário. Primeiramente as atletas receberam um esclarecimento verbal explicando a finalidade da pesquisa, logo após assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do Centro Universitário São Lucas,

sob o parecer CAAE 75663617.3.0000.0013. Na sequência aconteceu a aplicação do questionário Lysholm Knee Scoring Scale que avalia queixas de disfunções no joelho, composto de oito questões objetivas. Com a intenção de verificar a presença de dor, utilizou-se o item 5 do questionário que versa sobre a presença deste sintoma. Para avaliar a estabilidade de quadril, foi utilizado o teste de ponte com extensão unilateral de joelho, que consiste na realização deste movimento bilateralmente. O teste é considerado positivo para instabilidade quando acontece desalinhamento da pelve, durante os 10 segundos que a atleta tenta sustentar-se na posição de ponte. As atletas foram posicionadas em decúbito dorsal, com quadril e joelhos flexionados, sendo que a amplitude dessa flexão foi determinada pela própria atleta, assim realizando com o maior conforto o teste. Durante a realização do teste a posição foi mantida por dez segundos, sendo repetidas três vezes em cada membro. As orientações para executar o teste, foram dadas pelo comando de voz do fisioterapeuta que se encontrava atrás do paciente com seus olhos alinhados com a pelve do mesmo. A avaliação das atletas ocorreu no próprio local de treino do time ferroviário. RESULTADOS No presente estudo, foram avaliados 13 voluntários, onde 3 foram excluídos por motivo de não seguirem as etapas propostas no trabalho. Sendo elegíveis para o estudo apenas 10 voluntários. Aplicou-se o questionário Lysholm Knee Scoring Scale que avalia queixas de disfunções no joelho, com a intenção de verificar o item 5 do questionário que relata a presença de dor no joelho entre os entrevistados. Fica evidenciado de acordo com o estudo que 80% relataram dor, enquanto 20% não relataram dor. Figura 1 Fonte da Pesquisa

No teste que avalia o alinhamento pélvico no plano transverso teste estabilidade de quadril observou-se que 70% apresentaram instabilidade pélvica e apenas 30% se manteve estável. Figura 2 Fonte da Pesquisa Observa-se que quando analisada a relação de Dor no Joelho e Teste de estabilidade pelvica 75% das voluntarias se queixaram de dor e apresentaram instabilidade pelvica simultneamente. Enquanto apenas 25% das voluntarias apresentaram dor e não apresentaram instabilidade pélvica. Figura 3 Fonte da Pesquisa

DISCUSSÃO O presente estudo procurou, através de coleta de dados, apontar qual relação entre dor no joelho e estabilidade de quadril em praticantes de voleibol amador em um time na cidade de Porto Velho-RO. De acordo com a International Association for the Study of Pain (IASP), dor é uma impressão ou experiência emocional não agradável, relacionada a um dano tecidual, real ou potencial. A dor pode ser aguda com duração inferior a 30 dias ou crônica com duração superior a 30 dias, sendo classificada de acordo com seu mecanismo fisiopatológico, em três tipos: dor de predomínio nociceptivo, dor de predomínio neuropático e dor mista. Inexistem dados disponíveis no Brasil sobre a prevalência de dor. Dados de estudos norteamericanos concluem que 31% da população têm dor, acarretando incapacidade total ou parcial em 75% dos casos. (PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS, DOR CRÔNICA, PORTARIA; SAS/MS Nº 1083, DE 02 DE OUTUBRO DE 2012). Geralmente, um terço dos pacientes que procuram um auxílio médico ambulatorial apresenta problema musculoesquelético de dor no joelho. Boa parte desses é composta por indivíduos que realizam atividade física. Dados de estudo mostram que 54% dos atletas apresentaram alguma dor no joelho durante o ano. (Menezes, 2012) Para se avaliar a dor, não existem exames laboratoriais ou até mesmo teste objetivo depende na maioria das vezes de um relato pessoal do paciente (subjetivo). Podendo estabelecer algumas relações entre inflamação, dor e estado psicológico. (PAIVA, EDUARDO et al, 2006) As disfunções musculoesqueléticas do joelho apresentam consequências variadas para a perca da função e a qualidade de vida do indivíduo. Para traduzir, legitimar e constatar as disfunções utiliza-se as propriedades de medida do questionário específico para sintomas do joelho "Lysholm Knee Scoring Scale" para a língua portuguesa. (PECCIN, MARIA et al, 2006) A demanda especifica do voleibol atuam sobre a articulação do joelho e estar relacionada com a grande incidência de lesões nesta articulação. Alguns autores citam que as disfunções musculoesqueléticas são grandes fatores de queda no rendimento dos atletas

dentro de quadra, onde causa um grande grau de afastamento no esporte. (BITTENCOURT, NATALIA et al, 2005.) Considerando que em uma disfunção musculoesquelética ocorre uma interação entre segmentos proximais e distais da cadeia cinética, o joelho e uma articulação que sofre influencia de outras articulações e tornando mais suscetível a maior índice de lesão. (FREITAS, 2005) Do ponto de vista funcional, a escala de Lysholm representa uma das escalas funcionais mais utilizadas a nível internacional e foi descrita pela primeira vez em 1982. Esta escala foi posteriormente modificada em 1985 e é utilizada com sucesso há mais de 25 anos. (SALGADO, 2014) Devido à insuficiência da utilização de instrumentos característicos que meçam a sintomatologia e capacidade funcional, foi de grande interesse e ajuda a utilização do "Lysholm Knee Scoring Scale", um dos questionários mais usado como método de avaliação que visam os sintomas do joelho na área da Fisioterapia desportiva e traumatológica. (PECCIN, MARIA et al, 2006) A opção pelo questionário Lysholm modificado foi por ser um dos métodos avaliativos junto com os protocolos baseados, sendo o mais usado na literatura e o único validado no Brasil. O sistema de Lysholm é um sistema de avaliação que abrange três critérios funcionais e cinco subjetivos. Tendo, 50% do total do escore são baseados nos sintomas de dor e instabilidade. (ALBUQUERQUE, RODRIGO et al, 2011) O questionário Lysholm e formado por oito questões, com escolhas de resposta fechadas, onde seu resultado final demonstra se de forma ordinal e nominal, onde excelente corresponde ao score de 95 a 100 pontos; Bom 84 a 94; Regular de 65 a 83 e Ruim forem equivalente ou menor a 64. (PECCIN; 2006) A avaliação do alinhamento pélvico no plano transverso colabora para a compreensão da extensão dessas diferentes demandas decorrentes a estabilidade pélvica. A estabilização pélvica é realizada no plano transverso através do teste de ponte com extensão unilateral do joelho. Na realização do teste, o atleta deve está em decúbito dorsal, com seus joelhos e quadril fletidos, sendo que a amplitude desta flexão é definida pelo próprio atleta, Onde o atleta é orientado a levantar a pelve e executar a extensão de um dos joelhos, posicionando seu membro inferior erguido na mesma altura da coxa de seu membro contralateral, visando que seu tronco, quadril e membro inferior elevado, fiquem posicionados em uma linha reta. Antes de se iniciar o teste, o atleta realiza o movimento primeiramente com intuito de reconhecer o teste. Durante o teste, o posicionamento é

mantido por 10 segundos e realizado três vezes em cada membro inferior revezando entre um membro e outro. (ANDRADE, et el; 2014) Na realização do teste no que tange a posicionamento do examinador, encontram-se posicionados atrás da cabeça do paciente, com seu campo de visão alinhado na altura da pelve do examinado, o examinador apenas qualifica o teste. O proposito da avaliação é de analisar a preservação do alinhamento apropriado da pelve, logo após perceber se as espinhas ilíacas anteros-superiores estão no posicionamento em reta paralela ao campo de visão do examinador, dentro do plano transverso. (ANDRADE, et al; 2012). Do ponto de vista de estudos científicos, indicam que alterações nos movimentos do membro inferior correlacionam a um déficit do controle muscular da articulação do quadril. (MONTEIRO, 2014) A alta prevalência de lesões nessa articulação parece estar associada com as ações sobre o sistema musculoesquelético produzido pelo esporte. Por exemplo, aproximadamente 63% das lesões no joelho ocorrem durante o movimento de impulsão e aterrissagem do salto vertical no voleibol. Sendo assim necessário aumentar número de estudos cientifico sobre os mecanismos envolvidos nestas lesões. Para que avaliações sejam preventivas e assim desenvolvidas de maneira eficiente. Um dos indicadores que podem contribuir para as lesões na articulação do joelho é a incapacidade do atleta em manter um bom alinhamento dinâmico entre as partes corporais dos membros inferiores (MMII) nos planos frontal e transverso durante a prática esportiva, correlacionando a influência que o quadril gera sobre o joelho. (BITTENCOURT, 2010) Recentemente, estudos pressupõem que uma disfunção musculoesquelética da articulação do quadril em mulheres, acometeria as articulações do membro inferior influenciado diretamente pela falta de capacidade que o quadril tem de sustentar sua musculatura e controlar o movimento cinemático adequado. (BALDON ET AL, 2011) Os movimentos de salto verticais são constantes no voleibol, causam um déficit entre a musculatura flexora e extensora do joelho, diminuindo a capacidade de promover força e estabilidade articular, o que desencadeia forças a mais sobre as estruturas musculotendíneas em torno desta articulação. (ALENCAR, ET AL, 2014) Movimentos anormais da pelve e do tronco podem influenciar os movimentos do joelho. Durante a realização das tarefas dinâmica o excesso de movimentos do quadril no plano frontal e sagital pode contribuir em ajustes compensatórios quando a fraqueza muscular do quadril, ocasionando falta de estabilidade pélvica. Estudos evidenciam que

melhorando o desempenho muscular do quadril resulta em um alinhamento mais ideal da pelve durante atividades que por sua vez, irão proteja a articulação do joelho. (POWERS, 2010) A pelve é considerada a estrutura principal no alinhamento corporal. Qualquer mudança da sua posição neutra provocara movimentos compensatórios em várias articulações, sendo que essas compensações irão colaborar para síndromes de uso excessivo e sintomas de dor, especialmente no joelho. (TEIXEIRA, 2006) CONCLUSÃO O equilíbrio musculoesquelético é frequente em todas as atividades do dia a dia, principalmente quando se trata de atletas, onde é recrutada uma demanda maior de ações seja no treino ou em jogos, competições. Conclui - se que atletas com perfil de instabilidade de quadril, tende apresentar maior chance de dor e disfunção no joelho, assim, se faz jus a importância de uma avaliação musculoesquelética pré e pós temporadas a fim de precaver lesões e aumentar o rendimento do atleta em quadra. Porem, por se tratar de uma analise de estudo, com quantidade pequena de participantes, se abre um campo para pesquisa com numero maiores de participantes no sentido de ratificar a relação entre disfunções de quadril e joelho.

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