Fundação Universidade Regional de Blumenau Centro de Ciências Exatas e Naturais Departamento de Sistemas e Computação Curso Sistemas de Informação



Documentos relacionados
Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

SAM GERENCIAMENTO DE ATIVOS DE SOFTWARE

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Empreendedorismo de Negócios com Informática

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Sistemas de Informação I

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a

Figura 1 - Processo de transformação de dados em informação. Fonte: (STAIR e REYNOLDS, 2008, p. 6, adaptado).

Existem três categorias básicas de processos empresariais:


GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA


Escolha os melhores caminhos para sua empresa

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

SISTEMAS DE GESTÃO - ERP

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS.

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto?

Vantagens Competitivas (de Michael Porter)

estão de Pessoas e Inovação

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft.

PARTE III Introdução à Consultoria Empresarial

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA QUÍMICA

CRM. Customer Relationship Management

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

EMPREENDEDORISMO BIBLIOGRAFIA CORPORATIVO

Código de Ética do IBCO

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade.

IDÉIAS SOBRE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS. Prof. Eduardo H. S. Oliveira

O que é Administração

O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Núcleo de Pós Graduação Pitágoras. Sistema de Informação de Marketing: ferramenta de construção da vantagem competitiva em organizações 03/09/2008

Administração de CPD Chief Information Office

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Perfil. Nossa estratégia de crescimento reside na excelência operacional, na inovação, no desenvolvimento do produto e no foco no cliente.

w w w. y e l l o w s c i r e. p t

Teoria Geral de Sistemas. Késsia R. C. Marchi

Sistemas de Informação Gerencial

Planejamento Estratégico

Situação mercadológica hoje: Era de concorrência e competição dentro de ambiente globalizado.

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog:

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial.

Fulano de Tal. Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 FINXS

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Suporte de alto nível, equipe atualizada e a qualidade dos equipamentos HP.

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS

Projeto Você pede, eu registro.

CONSULTORIA MUDAR NEM SEMPRE É FÁCIL, MAS AS VEZES É NECESSÁRIO

Governança de TI. NÃO É apenas siglas como ITIL ou COBIT ou SOX... NÃO É apenas implantação de melhores práticas em TI, especialmente em serviços

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação?

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING

Proposta para Formataça o de Franquia

Sistemas ERP. Profa. Reane Franco Goulart

ERP. Enterprise Resource Planning. Planejamento de recursos empresariais

Governança AMIGA. Para baixar o modelo de como fazer PDTI:

Gestão Estratégica de Marketing

Profissionais de Alta Performance

MECANISMOS PARA GOVERNANÇA DE T.I. IMPLEMENTAÇÃO DA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

Prof. JUBRAN. Aula 1 - Conceitos Básicos de Sistemas de Informação

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

3. Estratégia e Planejamento

Tendências em Gestão de Pessoas

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR


Transcrição:

Fundação Universidade Regional de Blumenau Centro de Ciências Exatas e Naturais Departamento de Sistemas e Computação Curso Sistemas de Informação Inteligência Competitiva Chave para o Desenvolvimento Empresarial Jean Ricardo Otto Paulo Luiz Fachini Artigo desenvolvido sob orientação do Professor Paulo Luna, como requisito da disciplina Sistemas de Informação I do Curso de Sistemas de Informação

Inteligência Competitiva Chave Para o Desenvolvimento Empresarial Jean Ricardo Otto Paulo Luiz Fachini RESUMO A Inteligência Competitiva é um processo de identificação das informações referentes á situação do mercado e do ambiente interno e externo da empresa que a afeta. Visa determinar os padrões que fazem com que estas informações sejam utilizadas de forma a contribuir com as estratégias da organização. Esta prática é necessária, já que o ambiente globalizado e os avanços tecnológicos estão provocando mudanças constantes no ambiente competitivo, e este ambiente de incerteza dificulta a tomada de decisões organizacionais. Neste artigo relatam-se os diversos conceitos, aplicações e objetivos da Inteligência Competitiva para que seja possível aplicá-la da melhor forma possível, com fundamentos teóricos e com ferramentas tecnológicas que otimiza o seu desempenho. Com base nestes fundamentos foi elaborada uma filosofia de Sistema de Informação para Inteligência Competitiva (SIIC) que consiste em aplicar todos os seus conceitos na organização. PALAVRAS CHAVE Inteligência Competitiva, Sistemas de Informação, Tecnologia da Informação, Gestão do Conhecimento.

1. Introdução Uma vantagem competitiva é alcançada pela organização através de uma boa estratégia competitiva, que segundo Porter (1947) é à busca de uma posição competitiva favorável em uma indústria, e visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência da industria. Acompanhar a velocidade das mudanças no mercado competitivo e globalizado se torna cada vez mais um fator crítico de sucesso e de grande importância estratégica para as empresas se manterem ativas e competitivas. Hoje a competitividade de uma empresa é determinada pela qualidade de seus recursos, pelo conhecimento que é capaz de produzir e pela capacidade de aplicar a ciência, tecnologia e conhecimento na produção de bens e serviços cada vez mais eficientes, e é nesta etapa que a Gestão do Conhecimento e a Inteligência Competitiva criam o diferencial para que isto seja possível. Definitivamente, a forma da empresa se comportar perante as grandes oscilações do mercado e os concorrentes que se multiplicam e ficam mais competitivos deve ser revista. Não é possível neste mercado evolutivo e mais exigente a cada dia que uma empresa consiga vantagens competitivas sem que tenha sistemas de informação adequados e eficazes para se adequar à velocidade com que as mudanças ocorrem, exigindo que as informações sejam praticamente em real time. As empresas que procuram serem competitivas não estão mais buscando somente controles de custos ou analises financeiras, mas processos que mostrem a ela de forma rápida e eficaz, informações sobre o mercado, seus concorrentes e de si própria, para poderem ter uma visão segura e estratégica do mercado em que atua. Esta prática é necessária, já que o ambiente globalizado e os avanços tecnológicos estão provocando mudanças constantes no ambiente competitivo, e este ambiente de incerteza dificulta a tomada de decisões organizacionais. Essa economia direcionada e baseada na informação e no conhecimento gerou a necessidade dos mercados obterem sistemas de avaliação e distribuição das informações coorporativas que se comportem de modo que simplifiquem e agilizem a sua transferência. Com isso a empresa detém e usa a informação de maneira estratégica para melhorar a sua qualidade e competitividade, e criando uma gestão de inovação tecnológica, instrumentos para tomada de decisões e ainda agregam valor á função da

informação pelo fato de que com ela é possível obter ações empresariais seguras e concretas, baseando-se nas informações e conhecimentos que são coletados, e em seguida convertidos em conhecimento aplicável aos objetivos organizacionais e disponibilizado para os setores onde podem ser altamente aproveitados. As informações devem ser coletadas e repassadas a quem realmente são necessárias, mas criando uma consciência de que todos os membros da organização devem entendê-la de forma integral para que possam agir de forma a pensar em todos os outros processos envolvidos, gerando assim uma integração e racionalização do trabalho, que é muito favorável há melhora do gerenciamento empresarial. Os dados de uma organização são fontes de vantagem competitiva. Sabemos que todas as organizações possuem dados internos e até externos, então poderíamos naturalmente pensar que todas elas possuem competitividade, mas de nada valem estes dados se não forem transformados em informação e conhecimento, para em seguida se tornarem Inteligência Competitiva através de sistemas próprios para a sua geração e de uma equipe capacitada para aplicá-la da melhor forma em relação á organização, se esta transformação não ocorrer, não passaram de dados sem relações entre si e sem utilidade.

2. Sistemas de Informação A informação constitui uma chave essencial para que se possa dominar os processos e fenômenos organizacionais. A transição para a economia da informação é total, não somente porque abrange o fator econômico, mas ao mesmo tempo o domino estratégico, tecnológico e político. Um Sistema de Informação é um conjunto de informações, recursos humanos, tecnologia da informação e práticas de trabalho que permitem a coleta, o armazenamento, processamento, recuperação e disseminação da informação que apóia tanto os processos operacionais e gerenciais, quanto os de tomada de decisões das organizações. O objetivo central do Sistema de Informação é melhorar tanto o desempenho organizacional quanto o fator humano dentro da organização, isto é realizado através da melhora nos processos e tarefas que são realizados pelas pessoas e do cumprimento de suas necessidades em relação ao recebimento de informações. Isto então provoca um melhor desempenho da organização e o seu seguinte crescimento. Os Sistemas de Informação das organizações se diferenciam entre si em diversos fatores, pois não se tem um projeto padrão para todas as empresas. Talvez o que se consegue é adotar uma filosofia ou metodologia de implantação e gerenciamento parecidos, mas não é possível aplicá-lo de uma forma padrão pelo fato de cada empresa possuir um cenário, agentes, estratégias e objetivos específicos que fazem com que o Sistema de Informação seja modelado de acordo com suas necessidades. A administração neste novo cenário de competitividade requer um apoio de informações que consigam otimizar o seu processo. A partir desta constatação percebese a necessidade da implantação de um Sistema de Informação que atenda a esta exigência. Mas para que o Sistema de Informação possa ser eficiente neste contexto é necessário que os profissionais que utilizam este sistema incorporem os seus objetivos a sua filosofia de trabalho e aceite facilmente as suas informações e utilidades, pois são elas que formam o Capital Intelectual da organização, e de nada valem os dados e informações armazenados e não utilizados. Este Sistema de Informação deve ser de certo modo flexível para que seja útil e compreenda a quase ou todos os setores e necessidades da organização, de fácil uso e adaptação ás necessidades organizacionais, deve produzir informações responsáveis e

confiáveis que sejam úteis aos diversos setores, com um custo equivalente aos benefícios que irá produzir e ter o objetivo dos Sistemas de Informação muito bem elaborado, que é o de transmitir a informação com qualidade e rapidez, criando uma comunicação eficiente e de qualidade. Mas existem modalidades de Sistemas de Informação mais especializados, são capazes de identificar e transformar a informação em oportunidades e estratégias que otimizam a agilidade das tomadas de decisão em um menor espaço de tempo e com mais precisão. Estes sistemas se denominam Sistemas de Informação de Inteligência Competitiva.

3. Definindo Inteligência Competitiva Inteligência Competitiva é um processo de análise e repasse das informações do ambiente interno e externo para toda a organização, utilizando um processo sistemático que converte dados e informações em conhecimento estratégico. Não visa verificar somente as condições do mercado ou do seu concorrente, mas sim avaliar o desempenho dos seus concorrentes dentro deste ambiente e conseguir informações que consigam fazer com que a sua empresa supere-os mesmo que as condições de mercado estejam igualitárias. Essas vantagens competitivas são conquistadas através da Inteligência Competitiva relacionada com o uso de tecnologias que consigam analisar e prover as informações para a empresa. Segundo Prescott e Miller (2002) tem sua origem ligada ás estratégias militares, e mais tarde aplicada em empresas para que conseguissem um melhor desempenho em suas estratégias e competitividade nos negócios. Quando este processo sistemático de coleta, tratamento, análise e disseminação da informação sobre atividades dos concorrentes, tecnologias e tendências gerais dos negócios começou a ser adotado pelas empresas no inicio dos anos 80, elas criaram uma resposta ás novas exigências do mercado e da concorrência. Baseando-se em pesquisas realizadas podemos afirmar que hoje as iniciativas para implantação da Inteligência Competitiva no Brasil se concentram nas empresas que já tem um potencial elevado e querem aumentar sua representatividade no mercado e adquirir maior estabilidade para ficar a frente em sua área de atuação. Mockler (1992) mostra que os passos a serem seguidos para a coleta de informações são as seguintes: Identificar seus competidores; Determinar o que você precisa saber sobre os competidores (dados e análises que ilustrariam melhor como estas companhias estão trabalhando); Identificar as fontes especificas destas informações; Organizar os recursos da corporação e elaborar uma estratégia para obtenção das informações de que você necessita e para as quais você não tem acesso regular;

Juntar todas as informações, avaliar os dados e a performance potencial dos seus competidores e comparar com as previsões que a sua equipe esta fazendo para a empresa; Monitorar as ações dos seus competidores e comunicar continuamente essas informações a toda a empresa de maneira que a gestão e gerencia possam alterar as suas, concomitantemente. Figura 1 Partindo da idéia de que processo neste caso pode ser considerado a união da coleta, organização e transformação do material em foco, vimos nesta figura o caminho para a conquista da IC. Com este conjunto de dados, informações, e conhecimento se tornando cada vez mais importantes, eles geram um fator de competitividade em diferentes tipos de organizações. A transição de simples empresa para uma que valoriza o conhecimento, e com ele consegue conquistar esses diferenciais não é suave, mas gera grandes oportunidades, tudo dependendo de como a empresa realiza esta tarefa e também da mudança cultural dos seus profissionais. Esta transição tem de ser voltada para a geração do conhecimento e sua disseminação, assim consegue-se preservá-lo e aumentá-lo. Muitas informações essenciais para o sucesso ou manutenção da competitividade de qualquer organização ficam com pessoas que não conseguem utilizá-la de forma á contribuir para sua melhoria. Os profissionais devem ter disponíveis informações que as façam reagir adequadamente ás diversas situações.

O objetivo central de um Sistema de Informação para Inteligência Competitiva é transformar a organização em um grupo pensante, que esta continuamente buscando e explorando tendências, rastreando oportunidades e determinando melhores objetivos. A conseqüência deste melhor comportamento organizacional é o inevitável crescimento e expansão dos negócios e padrões da organização. Esta geração e disponibilização do conhecimento para toda a organização não se restringem somente a obter lucros, mas de criar uma nova concepção organizacional, onde se atribui poder aos funcionários, persegue-se a união de todas as equipes para que se consiga o objetivo comum: qualidade, produtividade e ótimos resultados de vendas. Pois o setor de vendas não consegue vender se os produtos não estiverem com qualidade ou com o preço ajustado ao seu mercado, o mesmo acontece com o setor de desenvolvimento e produção, ele não consegue produzir com qualidade e rotatividade se não tiver recursos ou materiais necessários. Muitos dizem que o sucesso de uma organização também esta relacionada com sorte e no mercado em que esta inserida, mas citando Robbins, Anthony: Engraçado, costumam dizer que tenho sorte. Só eu sei quanto mais me preparo mais sorte eu tenho, isso também se aplica com uma organização, pois quanto mais ela gera conhecimento e informação, mais facilmente se prepara para reconhecer o seu potencial, suas deficiências e determinar de forma segura o seu futuro. Ao definir o processo de Inteligência Competitiva a organização planta a semente para a estruturação de uma organização que visa obter um diferencial com as informações que meramente seriam ignoradas, conseqüentemente tendo uma perda significativa em seu negócio.

4. Gestão do Conhecimento Segundo Bukowitz e Williams (2002), a Gestão do Conhecimento é o processo pelo qual a organização gera riqueza, a partir do seu conhecimento ou capital intelectual. Este processo para uma empresa consiste em deixar de ser uma simples fornecedora de bens e serviços para se tornar uma organização que gera informação e conhecimento através da articulação, compartilhamento e transferência do seu conhecimento já existente e o que for futuramente adquirido. Com isso ela então passa a se tornar dominadora de um rico leque de informações para que possa agir de modo mais eficaz na resolução de problemas, criação de novos bens e serviços e mais segura na sua tomada de decisões perante o cenário competitivo em que se encontra. Desenvolver esta teoria na organização se torna um ponto essencial, já que o conhecimento eficaz e aplicável se torna o meio de se concorrer, ou até mesmo sobreviver no mundo dos negócios. O desafio da Gestão do Conhecimento é proporcionar a organização maneiras de compartilhar, atualizar, processar e aplicar o conhecimento que é gerado pela organização, tanto internamente quanto externamente a organização para que ele possa ser utilizado de forma a garantir vantagens nos processos do negocio. A avaliação dos resultados para verificação dos reais benefícios da gestão do conhecimento na empresa será somente possível determinar no seu estágio intermediário, pois os resultados somente aparecem depois que os seus processos geram conhecimento através dos dados coletados e posteriormente transmitidos a toda organização ou da parte que precisá-la. Antes do inicio da era da informação o fator determinante nas empresas era o capital financeiro e os aspectos ligados á contabilidade, mas este jogo de interesses virou a partir do momento em que o ser humano passou a se tornar o fator determinante para que todos os processos da organização fossem realizados da forma mais eficiente e da maneira que provocassem uma melhora na sua administração e gerenciamento. Isto causa um comportamento humano dentro da organização baseado na filosofia da cultura informacional, aumentando o capital intelectual da organização e gerando um espírito de união para o bem de toda organização. Não se pode mais pensar em uma organização nos dias atuais que somente se preocupe em ter em seu quadro de funcionários profissionais com excelentes currículos e grande conhecimento individual, a empresa

que se adapta a um modelo de gestão do conhecimento precisa de profissionais que consigam transmitir o conhecimento que possui em prol do bem estar de toda a organização e não somente para que consiga realizar o seu processo individualmente. Muitas organizações estão se beneficiando e já se beneficiaram com a utilização da gestão do conhecimento, isto causa uma reestruturação crescente no modo em que a organização administra o seu conhecimento e as suas informações com o objetivo de usá-lo para obtenção de vantagens competitivas, grandes organizações já desenvolvem e estruturam centrais para gerência de suas informações. A gestão do conhecimento tem a finalidade de realizar a captação do conhecimento que envolve as rotinas e práticas dentro da organização, com o objetivo de criar métodos para que este conhecimento seja unido, expandido e transferido de forma a aumentar o capital intelectual organizacional. A cada dia a sociedade da informação esta descobrindo que para que as informações sejam utilizadas de forma eficiente e prática, são necessários processos e métodos a fim de transformá-las em conhecimento aplicável a determinada situação ou realidade. Este conhecimento é sem duvida o fator determinante para as empresas conseguirem se manter competitivas no atual e futuro mercado, que com certeza só tem a exigir mais preparo das organizações e a busca crescente pelo conhecimento. Esta exigência pelo aumento do capital intelectual organizacional, se deve ao fato das informações crescerem em ordem geométrica, em outras palavras: conhecimento gera cada vez mais conhecimento. Mas este conhecimento precisa ser administrado de forma que gere oportunidades, e não esteja relativamente ligado somente a sua posse. Um plano concreto de transferência de conhecimento não só torna a empresa mais eficiente, como pode abrir oportunidades e oferecer um melhor espaço no ambiente competitivo do mercado. Este processo de transferência da informação organizacional e a sua utilização para melhoria dos produtos ou serviços não esta somente sendo necessária ás empresas que tem a informação como produto, mas sim pode ser utilizada para redução de custos significativos nos seus processos. O conhecimento já se tornou a estrutura básica para todo e qualquer negócio que pretende ou quer continuar dando certo. A figura 3 apresenta uma estrutura dos dados para Gestão do Conhecimento.

GESTÃO DO CONHECIMENTO DADOS Nível Estratégica DADOS Nível Gerencial DADOS Nível Operacional Figura 4 - Estrutura dos dados para a Gestão do Conhecimento

5. Tecnologia da Informação Dando continuidade, veremos que a Inteligência Competitiva reúne tanto os aspectos humanos quanto tecnológicos, também temos que entender os diversos fatores que envolvem a Tecnologia da Informação, por isso iremos detalhar como as ferramentas tecnológicas são indispensáveis ao Sistema de Informação para Inteligência Competitiva. A Tecnologia da informação é um fator que faz a diferença para o sucesso ou fracasso de um sistema de Inteligência Competitiva, principalmente nas grandes empresas, onde as bases de dados são mais expressivas e a análise dos dados é feita com a coleta das informações de diversos sistemas, unidades e recursos heterogêneos. Tendo assim que estarem disponíveis ferramentas que consigam integrar todas as informações da organização, independente da maneira que é gerada ou pelo seu formato. O beneficio ao processo de Inteligência Competitiva é evidente em quase todas as suas fases. Ela se torna tão indispensável por ser o meio pelo qual a organização tem a capacidade de armazenamento e extração das informações e de manter disponíveis de modo mais eficiente às informações e o conhecimento que a organização necessita para sustentar o processo de Inteligência Competitiva. A Tecnologia da Informação com isso também se torna uma vantagem competitiva se a organização criar inovações tecnológicas que não estarão disponíveis aos concorrentes, e assim criar produtos ou serviços melhores ou mesmo somente á utilizando para o processo informacional da organização, já que existem diversas que possuem estruturas internas que necessitam de informações extremamente numerosas e criteriosas. Conceituada por diversos autores como sendo os recursos, tanto tecnológicos como computacionais que priorizam e geram informação e o seu uso adequado, começou a ser implantada com o principal objetivo de criar vantagens perante os modelos de processos que estavam sendo utilizados pelas empresas. Com o deslocamento das empresas para o lado do capital intelectual, as informações passaram a se tornar um bem da organização que deve ser tratado e trabalhado de forma livre e aberta, para que possa se tornar útil a qualquer função ou atividade. Segundo CRUZ (1998), a Tecnologia da Informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade

para tratar dados e ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada ao produto, quer esteja aplicada no processo. Muitas dúvidas e questionamentos começaram a surgir a partir desta mudança, tanto no comportamento das empresas quanto dos profissionais que se utilizavam desta tecnologia, a Tecnologia da Informação evoluiu de uma simples orientação de suporte administrativa, para se tornar um ponto de referência para ser avaliado pela empresa no que diz respeito a seus aspectos estratégicos e na viabilidade de criar novas estratégias organizacionais. Nas primeiras implantações desta tecnologia, ela era vista apenas como sendo um aspecto a não ser ignorado pela empresa, pelo fato de poder se tornar um modismo e começar a emplacar como um fator de competitividade, com isso as empresas ainda não estavam adequadas a gerenciar o seu uso adequado, contribuindo assim para a visão errada e incrédula dos reais resultados que os vários processos desta tecnologia pode oferecer a organização. Alguns fatores deficientes das empresas eram as inúmeras falhas no processo de avaliação de como a TI pode contribuir para o fator competitivo da empresa e insuficiência de experiência no gerenciamento de sistemas de informação. A TI envolve basicamente os setores que estão relacionados no diagrama abaixo. Gestão Organizacional Desenvolvimento de Sistemas Tecnologia Infra-Estrutura e Processos Organizacionais Principais setores da TI Analisando a estrutura organizacional e os diversos processos de uma organização, não é simples obter sucesso com a utilização da Tecnologia da Informação e de uma gestão baseada em informações, pois com estes sistemas deficientes, é necessária uma reorganização para que sejam possíveis as adequações previstas no projeto anteriormente definido e um realinhamento e revisão dos processos organizacionais. A organização precisa estar preparada para uma complexa e continua atualização de seus processos, caso contrário perderá de forma dispendiosa

oportunidades de melhoria e fatores que poderiam ser muito bem aproveitados para a empresa se manter competitiva no mercado. A tecnologia de informação utilizada de forma eficiente fornece realmente as informações que a organização precisa e quer saber, como por exemplo: onde ela pode chegar, como chegar e o que ele precisa saber para conquistar este conhecimento, para isto a informação deve se tornar democrática para todos os níveis da organização, também devem ser coletadas informações dos concorrentes, isto quer dizer, trabalhar com informações internas e externas. Montar a estrutura para a aplicação da Tecnologia da Informação em uma empresa deve estar relacionada aos objetivos dos seus negócios, devem ser mostrados os critérios que influem na decisão de como integrá-la com os objetivos dos negócios, esta é a grande oportunidade de conseguir fatores competitivos com sua aplicação, não simplesmente aplicando, mas sim a integrando-a com os processos da empresa. O planejamento do desenvolvimento de sistemas deve obedecer a uma ordem previamente definida para que a sua implantação seja obtida de forma organizada e seguindo as diversas etapas. Segundo Foina (2001), deve se obedecer a seguinte ordem: Especificação e entendimento do problema; Modelo de dados; Modelo de processos; Projeto do sistema; Programação; Teste de integração; Implantação piloto; Implantação definitiva; Sendo o hardware, dispositivos e periféricos parte indispensável aos sistemas que sustentam a Tecnologia da Informação devem ser mencionados e relatados, segundo Rezende (2001) os componentes que são fundamentais a Tecnologia da Informação são os seguintes: Hardware, seus dispositivos e periféricos; Software e seus recursos; Sistemas de telecomunicações; Gestão de dados e informações;

CRM BI WEBSALLES Importância em relação a TI ERP TRANSACIONAL SUPORTE TECNOLOGIA INFRA ESTRUTURA TELECOMUNICAÇÕES E REDES Segundo o mesmo autor também se torna necessário além de analisar os custos, benefícios e viabilidade da implantação da TI prestar atenção nos seguintes aspectos: Respeitar a legislação vigente, evitando a pirataria; Estabelecer um plano de contingência para atender a eventuais deficiências de funcionamento; Focar a competitividade empresarial e não a tecnologia propriamente dita; Elaborar um plano de gestão da mudança decorrente da introdução da tecnologia no contexto organizacional; Partindo do pressuposto de que a TI se torna um instrumento que disponibiliza as ferramentas necessárias para o alcance do principal objetivo da organização, que é o de conseguir tratar e transformar talvez o seu principal recurso a informação - em diversos fatores diferenciais e vantagens competitivas perante o mercado podemos avaliá-la como sendo um processo indispensável para a estratégia da gestão organizacional da empresa e também para a modificação de diversas áreas deficientes das organizações, criando assim uma organização consciente do seu poder intelectual e competitivo. Com a informação no local certo e com o profissional correto, a organização consegue de forma mais eficaz criar soluções para os seus problemas, tomar decisões de forma mais segura, aperfeiçoar o seu modelo de gestão, obtendo assim uma redução de custos e uma melhora significativa na sua produtividade, mantendo-se firme e competitiva no mercado. As mudanças na organização com a implantação da Tecnologia da Informação podem ser vistas em todos os seus setores, mas o grande diferencial se vista de forma integral, é o grande aumento na velocidade da transferência de informação e conhecimento, aumentando assim o seu fluxo, e conseqüentemente gerando um ciclo

que gera a todo o momento novas informações e conhecimento que de alguma forma é exigida cada vez mais rápida pelo mercado competitivo, não esquecendo que este fluxo cada vez maior de dados deve ser analisado e repassado de forma ágil e moderna a todos os setores pertinentes da empresa. As profundas adaptações e mudanças ocorridas, principalmente na fase inicial de implantação alteram profundamente os aspectos organizacionais, entre eles, as relações interpessoais e os hábitos dos profissionais, e o ambiente organizacional de uma forma geral, criando uma cultura, tanto pessoal, quanto organizacional voltada para os fatores tecnológicos e competitivos que o mercado dos negócios exige. Com a informação no local certo e com o profissional correto, a organização consegue de forma mais eficaz criar soluções para os seus problemas, tomar decisões de forma mais segura, aperfeiçoar o seu modelo de gestão, obtendo assim uma redução de custos e uma melhora significativa na sua produtividade, mantendo-se firme e competitiva no mercado. Analisando o mercado competitivo atual, podemos constatar que a Tecnologia da Informação esta em constante expansão, e cada vez se torna um fator determinante para a adequação das empresas a este mercado, e uma grande oportunidade de crescimento para profissionais que estão ligados a sistemas de informação, inteligência competitiva e gestão da informação, quanto para empresas que pretendem melhorar a sua posição no mercado.

6 Metodologia Sistema de Informação para Inteligência Competitiva No texto a seguir será apresentada a Metodologia Sistema de Informação para Inteligência Competitiva (SIIC), que se baseia na conquista da otimização dos processos para geração de maior qualidade e versatilidade no ambiente interno da organização com a análise das informações que a empresa gera e recebe, transformando-a em base para melhorias imediatas ou futuras. Utilizando a Metodologia SIIC pretende-se gerar um grande impacto nas estratégias e planos coorporativos para o sucesso da organização. Isto irá beneficiar a organização de forma geral, aumentando os lucros e melhorando a sua imagem perante o mercado, os funcionários e executivos por estarem tendo acesso a informações constantes sobre o funcionamento da organização e do mercado que ela esta inserida e também será beneficiado todo grupo ou pessoa que utilizá-lo de forma a obter informações precisas e otimizadas. É um processo que reúne e transforma todos os dados gerando informações que proporcionem e dêem apoio aos processos operacionais, administrativos, gerenciais ou estratégicos que são realizados para a manutenção correta da organização. Esta metodologia pode ser utilizada por todos os profissionais da organização, já que o objetivo é conseguir analisar e compartilhar o maior número de informações possível, logicamente que estas informações poderão ser acessadas por categorias de usuários, fazendo com que as informações sejam distribuídas com as respectivas exigências e necessidades da função que o profissional ocupa.

6.1 - Preparação para utilização da Metodologia SIIC O grande desafio de uma organização quando volta suas forças para a implantação de um Sistema de Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento fica em fornecer o preparo e o suporte necessário para que todos os processos envolvidos sejam realizados de forma eficaz. A informação que é gerada e adquirida deve ser aplicada nos seus processos decisórios, para que as alternativas encontradas neste processo sejam utilizadas de forma a criar novas idéias e formas de melhoria nas tarefas que determinam o sucesso da organização. Para ser bem desenvolvida, implementada e administrada esta metodologia deve ser bem elaborada, formulando todas as situações e problemas que possam vir a ocorrer, ser transmitida para a organização de forma que todos á entendam e consigam adaptarse a este novo cenário. Sem este envolvimento de todo o grupo da organização não será possível aplicar todas as fases desta metodologia de forma a conseguir o melhor desempenho possível. O principal problema para o sucesso desta metodologia é identificado quando analisamos a dificuldade de se gerenciar todos os dados que são obtidos de processos e profissionais distintos, pois estes podem ou não ser padronizados, e também necessitam ser gerenciados com uma rotatividade elevada para que se consiga uma eficiência maior nesta etapa.

6.2 - Fases da Metodologia SIIC Abaixo estão descritas as fases desta metodologia de forma superficial para um projeto de Inteligência Competitiva. FASE 1 - PREPARAÇÃO ETAPA 1 - Definição dos Objetivos Desenvolve-se a base dos resultados esperados com o planejamento que será proposto. Considera os recursos, visando primordialmente aumentar a produtividade e a qualidade nas diversas funções. ETAPA 2 - Planejamento Nesta etapa são definidos os grupos de trabalho, os processos, ações e metodologias utilizadas. Considerando-se os objetivos dividi-se o trabalho em tarefas e se coordena as tarefas para o alcance de um ou mais objetivos. ETAPA 3 - Definição dos Usuários São estabelecidos usuários para cada unidade, alocando todas as pessoas necessárias para a sua implantação. FASE 2 MAPEAMENTO DAS INFORMAÇÕES ETAPA 1 -Reconhecimento das fontes e fluxos de Dados e Informações Identificação das necessidades de informações, seu monitoramento e busca de novos meios de aquisição ou conquista. FASE 3 COLETA DOS DADOS ETAPA 1 - Coleta em nível Operacional

Busca-se obter dados referentes á despesas operacionais, base de custos, qualidade, produtividade, dados técnicos e tudo que deve se saber para o potencial de melhoria. ETAPA 2 - Coleta em nível Gerencial Desta área precisa-se de dados econômicos, vendas, faturamento, levantamentos contábeis sobre determinadas operações, recursos humanos entre outros. ETAPA 3 - Coleta em nível Estratégico Busca análises financeiras, demonstrativos contábeis, resumos da base de negócios, análises de indicadores, visão de mercado, resultados econômicos, etc. ETAPA 4 - Coleta em Ambiente Externo Todas as informações que possam ser obtidas de forma legal, sem nenhuma forma de espionagem organizacional entram nesta etapa, já que muitas informações do mercado e dos concorrentes devem e podem ser relacionadas com as informações internas da organização para que se consiga elaborar melhores planejamentos. ETAPA 5 - Coleta em nível de Conhecimento Os casos que já ocorreram na organização também podem ser armazenados para auxiliar em situações futuras que precisam de alternativas iguais ou semelhantes. O conhecimento explicito e implícito dos profissionais se torna uma ferramenta interessante quando utilizados em Raciocínio Baseado em Casos (RBC). FASE 4 ARMAZENAMENTO DOS DADOS ETAPA 1 - Definição dos modos de armazenamento e recuperação Determina-se o organograma da base de dados, conforme o tipo de dados nele armazenados e da pessoa que poderá consultá-lo.

ETAPA 2 - Definição das características de cada base de dados Cada usuário terá uma base de dados que contém as características para sua função e o controle de acesso a suas informações especificas. ETAPA 3 - Definição dos critérios de acesso Este ponto deve ser muito bem analisado para que os profissionais tenham as informações que necessitam e que estejam de acordo com sua função. ETAPA 4 Definição do Conhecimento Deve ser implementada uma forma de cada profissional armazenar e buscar o conhecimento que é aplicável á sua função e necessidade. FASE 5 ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES ETAPA 1 - Geração de conhecimento O fator mais importante de que se necessita, logo que sem conhecimento também não se pode distribuí-lo e utilizá-lo. ETAPA 2 - Tendências Com os dados adquiridos pode-se realizar pesquisas a fim de obter tendências e perspectivas para melhorar os processos seguintes. ETAPA 3 - Análise de indicadores Os indicadores de desempenho demonstram de forma numérica o que realmente esta sendo atingido e possibilitam analisar as diversas formas de novas ações serem realizadas com sucesso, dando assim uma consistência muito elevada ao que está ou quer ser executado. ETAPA 4 - Brain Storms Permite a liberdade para exposição de idéias, para que se consiga talvez combinações entre elas e aprimoramentos interessantes.

FASE 6 AVALIAÇÃO DOS FATORES CRITÍCOS DE SUCESSO ETAPA 1 - Geração de idéias Estimulação para geração de idéias para ampliação das possibilidades de sucesso e criação. ETAPA 2 - Visão dos resultados Fator muito importante para que se possa avaliar á real eficiência dos processos implantados e assim decidir dar continuidade a estas ações ou realizar modificações. ETAPA 3 - Memória Organizacional Gerenciar e manter o conhecimento de seus colaboradores e profissionais para e o conhecimento que é gerado diariamente para que se possa realizar uma gestão sobre este conhecimento á fim de não deteriorar-se e não ser mais utilizado. FASE 7 IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA ETAPA 1 - Suporte na distribuição das informações È feita para a total compreensão do conhecimento obtido de forma a auxiliar a aplicar da melhor maneira as informações que estão sendo repassadas e também para realizar uma avaliação do repasse destas informações, observando se estão sendo eficazes e obtendo melhorias para serem completas e aumentando o seu potencial de eficiência. ETAPA 2 - Distribuição em nível Estratégico Informações que evidenciam de forma geral a situação da organização, precisam de informações que mostrem de forma ampla e abrangente os resultados que foram obtidos. ETAPA 3 - Distribuição em nível Gerencial

È feita através de dados sumarizados, feedback do que esta acontecendo no nível operacional e estratégico ETAPA 4 - Distribuição em nível Operacional Informações sobre unidades de processos, onde estes dados são detalhados e evidenciados de forma a mostrar todas as características e resultados dos processos envolvidos neste nível. Com a implementação finalizada, já se pode perceber uma melhor conjuntura da organização. O sistema demonstra e adapta todas as informações e fatos que contribuem para uma melhor inteligência organizacional, possibilitando a organização a reagir as diversas circunstâncias futuras.

8. Conclusão A organização que obtiver sucesso na filtragem e transferência deste conjunto de informações para a consolidação do processo de Inteligência Competitiva, terá dado um passo muito grande para a obtenção do sucesso. E através do gerenciamento destes recursos informacionais pode se subsidiar várias atividades para a melhoria contínua do negócio da organização. O papel destes processos é fundamental para o aumento da produtividade e da qualidade da organização. A realização destes processos e adaptação aos conceitos da organização traz benefícios não apenas ao fator competitivo, mas a organização acaba recebendo uma boa imagem no mercado e perante os consumidores. Em um mercado onde a lei da competição predomina, é muito importante que existam fontes de conhecimento e informação eficientes, já que eles são o caminho para a melhoria contínua de todas as organizações. O futuro de qualquer empresa está relacionado ao seu comprometimento para adquirir essas vantagens competitivas perante os concorrentes, conseguindo ofertar os melhores produtos e ou serviços aos clientes, criando assim um diferencial que irá lhe trazer valores, mantendo e aumentando assim a atratividade da empresa.

8. Referências Bibliográficas LAURINDO, Fernando José Barbin. Tecnologia da informação: eficácia nas organizações. São Paulo: Futura, 2002. 247p. ZABOT, João Batista M, SILVA, Luiz C. Mello da. Gestão do conhecimento: aprendizagem e tecnologia construindo a inteligência coletiva. São Paulo: Atlas, 2002. 142p. REZENDE, Denis Alcides, ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 311p. CRUZ, Tadeu. Sistemas de informações gerenciais: tecnologia da informação e a empresa do Século XXI. São Paulo: Atlas, 1998. 231p. FOINA, Paulo Rogério. Tecnologia de informação: planejamento e gestão. São Paulo: Atlas, 2001. 190p. VANTI, Adolfo Alberto. Gestão da tecnologia empresarial e da informação: conceitos e estudos de caso. São Paulo: Internet, 2001. xi, 194p. TEIXEIRA FILHO, Jayme. Gerenciando conhecimento: como a empresa pode usar a memoria organizacional e a inteligência competitiva no desenvolvimento dos negócios. Rio de Janeiro: Ed. SENAC, 2000. 191p. STAIR, Ralph M, REYNOLDS, George W. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, c2002. xxii, 496p. LAUDON, Kenneth C, LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação com Internet. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, c1999. xv, 389p. PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 11.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998. xix, 512p. PRADO, Darci. Gerencia de projetos em tecnologia da informacao. Belo Horizonte : EDG, 1999. 40p. CRUZ, Tadeu. Sistemas de informações gerenciais : tecnologias da informação e a empresa do Século XXI. 2.ed. São Paulo : Atlas, 2000. 249p. MORAIS, Ednalva Fernandes C. de. Inteligencia competitiva : estrategias para pequenas empresas. Brasilia, D.F : CDT, 1999. 59p.

PROBST, Gilbert, ROMHARDT, Kai, RAUB, Steffen, et al.. Gestão do conhecimento : os elementos construtivos do sucesso. Porto Alegre : Bookman, 2002. 286p. KLEIN, David A. A gestão estratégica do capital intelectual : recursos para a economia baseada em conhecimento. Rio de Janeiro : Qualitymark, 1998. 360p. ZABOT, João Batista M, SILVA, Luiz C. Mello da. Gestão do conhecimento : aprendizagem e tecnologia construindo a inteligência coletiva. São Paulo : Atlas, 2002. 142p. MOCKLER, Robert J. Strategic intelligence systems: competitive intelligence systems to support strategic management decision making. SAM Advanced Management Journal,[s. l.] p.4-9, winter 1992. BUKOWITZ, Wendi R, WILLIAMS, Ruth L. Manual de gestão do conhecimento : ferramentas e técnicas que criam valor para a empresa. São Paulo : Bookman, 2002. 399p. PRESCOTT, J; MILLER, S. Inteligência Competitiva na prática. Rio de Janeiro: Campus, 2002.