DANÇA FOLCLÓRICA NO CONTEXTO ESCOLAR



Documentos relacionados
PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO

ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir seus objetivos necessita

PLANTANDO NOVAS SEMENTES NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Área de conhecimento: Economia Doméstica Eixo Temático: Administração, Habitação e Relações Humanas;

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

FUNK CONSCIENTIZA. VAI 1 - música

PROJETO TERRA CHÃO - DANÇA E ARTE

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

SEMEART: A DANÇA EXPRESSIVA E EDUCATIVA PARA A COMUNIDADE JATAIENSE UFG/CAJ

PROJETO CONVIVÊNCIA E VALORES

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Projeto: Música na Escola. O amor é a melhor música na partitura da vida e sem ele, você é um eterno desafinado.

II MOSTRA CULTURAL E CIENTÍFICA: LÉO KOHLER 50 ANOS CONSTRUINDO HISTÓRIA

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual


REFLEXÕES PEDAGÓGICAS SOBRE A DANÇA NO ENSINO MÉDIO

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

35 anos. Raça Cia de Dança. Venha fazer parte da nossa história!

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

ANEXO III DESCRIÇÕES DE CARGOS MAGISTÉRIO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

BRINCAR E APRENDER: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO. Projeto do. CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz

Projeto Girassol de Ideias Fábio Pereira da Silva Valéria Cristiani de Oliveira Vivian da Silva Francini

PROJETO interação FAMÍLIA x ESCOLA: UMA relação necessária

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

Núcleo de Educação Infantil Solarium

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

Atividades Pedagógicas. Abril2014

COLÉGIO VICENTINO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Rua Rui Barbosa, 1324, Toledo PR Fone:

Projeto. Supervisão. Escolar. Adriana Bührer Taques Strassacapa Margarete Zornita

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO SILMARA SILVEIRA ANDRADE

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Curso de Engenharia de Produção NORMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Prefeitura Municipal de Brusque. Escola de Ensino Fundamental Padre Luiz Gonzaga Steiner Disciplina: Educação Física Professor: Tiago da Silva Mafra

Um currículo de alto nível

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

Projeto de banda de fanfarra o SALVADOR

OFICINAS CORPORAIS, JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS - UMA INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO

Prefeitura Municipal de Santos

RELATÓRIOS DAS OFICINAS: CUIDANDO DO CUIDADOR: CPPT CUNIÃ. Facilitadoras: Liliane Lott Pires e Maria Inês Castanha de Queiroz

CURSO DE GESTÃO EM COOPERATIVISMO: Aproximando educação popular e tecnologias

ESCOLA ESPECIAL RENASCER- APAE PROFESSORA: JULIANA ULIANA DA SILVA

ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO RÁDIO ESCOLA

PROJETO CORAL ZARAH TRINDADE TEMA: MÚSICA E INCLUSÃO: DIVERSIDADE QUE CANTA E ENCANTA.

Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE GESTÃO, ARTICULAÇAO E PROJETOS EDUCACIONAIS

A divulgação desta apresentação por Cd-Rom e no Web site do programa Educação do Instituto do Banco Mundial e feita com a autorização do autor.

Vigilância Alimentar Nutricional. Colocar aqui a página inicial do curso. Curso de. Vigilância. Alimentar. Nutricional

COLÉGIO VICENTINO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Rua Rui Barbosa, 1324, Toledo PR Fone:

Com-Vida. Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida

Ensino Técnico Integrado ao Médio FORMAÇÃO PROFISSIONAL. Plano de Trabalho Docente 2014

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

Projeto Ludoteca do Turismo: atuação em escolas de Pelotas

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

Educação Física: Mais do que um espaço de desenvolvimento físico, um espaço de possibilidade dialógica.

A AÇÃO COMUNITÁRIA NO PROJOVEM. Síntese da proposta de Ação Comunitária de seus desafios 2007

Você já pensou em como realizar os seus sonhos?

CURSO REDES DE COMPUTADORES ALANA CAMILA ARICLÉCIO DOMINGOS EUDES JUNIOR HILDERLENE GOMES

A Educação Musical em atividades interdisciplinares: um relato de experiência em uma oficina 1

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Quem faz a diferença? E.E.E.I. Olímpio Catão Sala 10 - Sessão 1

Período Ampliado, muito mais educação para seu filho e tranquilidade para você

COLÉGIO ESTADUAL SÃO VICENTE DE PAULO Ensino Fundamental, Médio e Normal PROJETO RÁDIO VOZES

BRITO, Jéssika Pereira Universidade Estadual da Paraíba

CONHECER E NEGOCIAR COM CLIENTES: uma experiência de gincana das cores

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

REALIZAÇÃO DE TRABALHOS INTERDISCIPLINARES GRUPOS DE LEITURA SUPERVISIONADA (GRULES)

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DA TURMA DE 9º ANO DA ESCOLA RAIMUNDO PEREIRA DO NASCIMENTO

EDUCAÇÃO FÍSICA E CULTURA POPULAR ATRAVÉS DA DANÇA

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve:

Bacharelado em Humanidades

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

O lazer, a educação e o Programa Segundo Tempo. Victor Melo, Angela Brêtas, Monica Monteiro

Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas

CLUBE DE MÚSICA Agrupamento Vertical de Escolas de Briteiros Ano Letivo 2014/2015

Mídia e Tecnologia: experiência do jornal escolar no Projeto Mais Educação na Escola Marechal Rondon em Santa Maria/RS 1

Coordenadoras: Enalva de Santana Santos e Márcia Soares Ramos Alves

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

CEP: BARRA DO CHAPÉU - SP

OFICINA DE FOTOGRAFIA - PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO Colégio Estadual Waldemar de Paula Cavalcante

WEB-RÁDIO MÓDULO 2: RÁDIO

RESOLUÇÃO UnC-CONSUN 031/2013 (PARECER Nº 031/2013 CONSUN)

Atividades Extraclasse

PROJETO BRINCOS, CANTIGAS E OUTRAS BRINCADEIRAS CANTADAS

COLÉGIO VICENTINO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Rua Rui Barbosa, 1324, Toledo PR Fone:

Sugestões de como trabalhar (ensinar) a turma toda Cinara Rizzi Cecchin Uma das primeiras certezas que o professor deve ter é que as crianças sempre

Objetivos gerais e conteúdos da educação infantil

ESCOLA DE ARTES SOM LIVRE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

MATERNAL I OBJETIVOS GERAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Transcrição:

DANÇA FOLCLÓRICA NO CONTEXTO ESCOLAR JUSTIFICATIVA Num país onde a diversidade cultural tem na dança uma de suas expressões mais significativas, constituindo um amplo leque de possibilidades de aprendizagem, não se concebe a não inclusão da dança folclórica como fator de fundamental importância nas escolas brasileiras. Desta forma a dança na escola pode contribuir para a melhoria da aprendizagem do educando, visto que trabalha a percepção do próprio corpo, elemento indispensável à aquisição das habilidades: leitura e escrita, ela possibilita ao educando a ampliação da sua capacidade de interação social fazendo-o conhecer e respeitar a diversidade. Para Ferreira (2005), o desafio e uma provocação, uma chamada para pensarmos a dança enquanto agente formador, transformador e de resgate cultural, visto que as danças, principalmente folclóricas, estão desaparecendo do Contexto Escolar. Assim esse resgate da cultura se evidencia através da necessidade da busca por uma cidadania, esta por sua representada pela cultura de um povo, da sua cultura corporal e suas representações sociais. A intenção da presente proposta é a de que o educando transcendam a visão da dança pela dança, que o mesmo sinta-se como parte integrante deste contexto, reconhecendo na dança folclórica um caminho para tornar-se um agente transformador de sua cultura agregando valores culturais apreendidos ao longo do seu cotidiano escolar e de seu dia-a-dia. PÚBLICO ALVO Alunos do ensino fundamental, com idade entre 13 e 14 anos (7ª e 8ª série) e alunos do ensino médio com idade entre 15 e 16 anos ( 1º, 2ºe 3º anos), totalizando o número de 52 vagas para alunos que participam do grupo como bailarinos. OBJETIVO GERAL Contribuir para o resgate da cultura brasileira como forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de construção da cidadania, além de promover uma maior interação social e fazê-lo participar do processo ensino aprendizagem, ou seja, a

difusão de saberes oriundos da cultura popular brasileira através da prática da dança folclórica no âmbito escolar. OBJETIVO ESPECÍFICO Oferecer a dança folclórica na escola como suporte da comunicação e da expressão corporal; Desenvolver contínuas experiências, fazendo uso de pesquisas históricas ( origens, características, coreografias, fidelidade a história que se conta, música, etc), evoluindo para temas de dança formalizada; Analisar a importância da utilização do folclore e da cultura popular na educação como forma de valorização da identidade cultural brasileira; Oferecer os valores educativos das danças e festas folclóricas como propostas pedagógicas para auxiliar professores no processo ensino-aprendizagem; Possibilitar à comunidade escolar o questionamento sobre cultura popular e identidade, através do reconhecimento de nossa diversidade. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA As aulas são convites ao saber, seja ele social cultural ou popular. Nelas podemos encontrar todas as pistas para conhecermos de melhor forma nossos alunos, e através delas fazemos nossas investigações com relação aos saberes que podemos aplicar e desenvolver junto a eles, de forma geral ela nos dá liberdade e autonomia para a construção de novos conhecimentos, sejam eles de qualquer âmbito. Para BARRETO (2005) as aulas fazem nascer os primeiros relacionamentos do sujeito com ele próprio, com outras pessoas e com grupos, com objetos e com tudo o que se encontra ao seu redor. Sem perder de vista todas as experiências que ele próprio traz do seu dia-a-dia, todas as práticas corporais que ele desenvolveu junto ao seu cotidiano. Pois é durante as aulas que tudo se inicia, se propaga, é possível perceber e ampliar as possibilidades expressivas do educando que dança e que quer aprender a dançar, é nela que se apresentam as oportunidades de se aprender a manipular a atenção, a intenção, a decisão e a progressão dos movimentos, como BARRETO (2005) explica, para a partir daí criarmos maiores e melhores possibilidades de expressão do educando.

Pode-se dizer que a dança entre as atividades físicas, segundo NANNI (1995), é das que mais acentuadamente concorre para o aperfeiçoamento integral do ser humano e vale, pois, ressaltar aspectos importantes no que se refere ao desenvolvimento de cada individuo: melhora das funções circulatórias, respiratórias, digestivas, aperfeiçoa o sistema muscular e nervoso, proporciona o crescimento normal e saúde; permite a manifestação de fenômenos da dinâmica em grupo, sobretudo na dança em conjunto, por ser um trabalho em equipe;possibilita a apreensão e a vivência de diversos aspectos das culturas das diversas regiões do Brasil; evoca e estimula a auto-estima; etc. A dança é uma oportunidade para entendermos os jovens, um desafio para transpormos esse abismo entre as gerações, uma chance de melhorarmos nosso relacionamento com eles e corrigirmos essas expressões e descontentamentos tão alardeados em relação as suas atitudes. Ela precisa preocupar-se com a formação ética, a adaptação social, a organização do trabalho, o tratamento da informação e com o desenvolvimento psicomotor do educando, competências essas que são primordiais no cotidiano humano. Segundo FERREIRA (2005) quer dizer que o professor, precisa mais do que ensinar a dançar, precisa conhecer muito bem a sua forma de repassar o conteúdo no saber fazer, saber ser e saber conviver, e acima de tudo preocupar-se com a qualidade desses saberes (liberdade e autonomia, distribuição social do saber, o trabalho coletivo, as transformações e mudanças, a construção do conhecimento, a interação e a cooperação, a prática, etc), ele precisa estar sempre na busca de alternativas significantes que possam promover experiências diversificadas, pois, este serão sempre os instrumentos que farão da dança um conteúdo realmente educacional. Esses valores devem ser sempre considerados, pois a dança é uma forma criativa de fazermos, mantermos e diversificarmos nosso contato com o educando, pois a forma como conduzimos essas atividades contam ao próprio a forma como conduziremos nosso relacionamento com eles, desenvolvermos a prática da dança escolar como meio de repassarmos responsabilidades, criarmos lideranças positivas, incutirmos a visão de que todos podem de alguma forma contribuir no processo educacional é o maior valor que a dança enquanto conteúdo escolar pode oferecer ao educando, pois ele precisa acreditar que

através da cultura, do conhecimento e do envolvimento em todas as atividades escolares, o seu crescimento pessoal será valorizado, estimado e potencializado. Através da elaboração de novos conhecimentos e diferentes estratégias pedagógicas e educacionais, através de trocas, construção e reconstrução de outros conhecimentos, da socialização, da motivação, reconhecimento da identidade cultural de cada um, possibilitando por fim o exercício da cidadania. Valorizar a dança folclórica como meio de expressão natural e espontânea do corpo, integrando o ritmo e a música, é uma linguagem pela qual se comunicam idéias não expressas verbalmente. Ela é um baile cerimonial ou recreativo, com passos simples e repetitivos executados por membros de uma comunidade com laços culturais comuns, resultantes de um longo convívio (transmitidos de geração em geração), e troca de experiências. Não requerem a presença de público, funciona como fator de integração celebrando eventos de relevo ou como simples manifestações de vitalidade e regozijo. Por participarem integralmente da vida comunitária, as danças folclóricas estão geralmente associadas a ocasiões: plantio, colheita, pastoreio, pesca, tecelagem, nascimento, matrimônio, guerra, funeral. Carências e necessidades podem motivar as danças. Elas podem ser religiosas ou profanas, embora quase todas as danças ritualísticas possuam elementos sociais. Danças que antigamente eram realizadas por motivos cerimoniais, hoje são dançadas como fins recreativos, de caráter profano.muitas danças estão intimamente relacionadas com formas musicais, particularmente com o ritmo e com o tempo do compasso. Ainda que nem todas as danças folclóricas exijam acompanhamento musical, a música é quase sempre de extrema relevância. CRONOGRAMA DIAS ATIVIDADE DA GRUPO HORÁRIO REALIZADA CONTEÚDO/OBJETIVO SEMANA Aulas práticas de formação

coreográfica, ritmo, 16h00min exercício para Desenvolvimento de danças Segunda às contagem de tempo folclóricas abrangendo o quarta e Grupo 17h30min musical, espaçocorporal maior número possível de quintafeira. Juvenil e espaço estados do Brasil; temporal, apresentação teórica da região do país a ser trabalhada coreograficamente; Aulas práticas de formação Terça, e Grupo Infantil 14h00min às quinta 15h30min feira. horas ou 10h00min às 11h30min coreográfica, ritmo, Desenvolvimento de danças exercício para folclóricas abrangendo o contagem de tempo maior número possível de musical, espaçocorporal estados do Brasil; e espaço temporal, apresentação teórica da região do país a ser trabalhada coreograficamente; OBS: O GRUPO INFANTIL tem flexibilidade de horário em função de termos alunos que estudam nos dois períodos, usamos horários e dias alternados para que todos possam participar das aulas/ensaios; METODOLOGIA Proporcionar momentos de ensaios da dança, como coreografia elaborada e sistematizada, oferecendo a possibilidade de discussão e conhecimento da mesma, valorizando os primeiros movimentos, dinâmicas, gestos, formas, ritmos, sons, enfim a composição de todos esses elementos que constroem uma coreografia.

A dança por sua forma lúdica e não-competitiva deve ser um agente formador e transformador, possibilitando uma real oportunidade de humanização, diversificação e democratização. Deve contribuir para a saúde, enriquecer a sociabilidade e pode refletir os diversos aspectos culturais dos povos. Deve ser abordada como expressão corporal, reconhecendo possibilidades culturais e sociais em seus mais variados aspectos. Será desenvolvida, portanto obedecendo a parâmetros expressivos e criativos que o educando possa oferecer, em contrapartida nos momentos práticos dessa manifestação. O objetivo é claramente difundir os conhecimentos da dança folclórica, obedecendo a suas raízes regionais, e evidentemente aproveitar esses momentos de encontros práticos para possibilitar o desenvolvimento de lideranças, organização, cooperação, o aumento da autoestima de todos e por em prática o verdadeiro sentido do pertencimento e do compartilhamento, dos conceitos difundidos pela dança folclórica. A elaboração e organização da coreografia, selecionando formas, combinando movimentos, articulando as dinâmicas, construindo as ações e os relacionamentos, incorporando sons e ritmos, proporcionando o auto-conhecimento; estimulando vivências da cultura corporal na escola; incentivando a expressividade dos indivíduos. Valorizar os conteúdos da sensibilização da dança como: Conteúdos do cotidiano: o despertar do educando para as ações, os movimentos e as danças que realiza em seu cotidiano; Fruição estética: o desfrutar e o lançar-se ao prazer, tomar contato com obras de arte, não apenas da dança; Apreciação estética: estimar, prezar, admirar, julgar e avaliar os trabalhos de dança via apresentações, vídeos e espetáculos. Não deixar de estimular os conhecimentos relacionados aos conteúdos próprios da dança, como: Técnicas de expressão da dança: improvisação, composição coreográfica, consciência, percepção e expressão corporal, exercícios técnicos de dança e repertório (folclóricas, populares de roda e outras); Conteúdos coreológicos:

Corpo, fatores de movimento, espaço, dinâmicas, ações, relacionamentos, som e ritmo; Por fim, a valorização de liderança e coordenação do grupo ao educando que prossiga na participação das atividades, para o passo seguinte de desenvolvimento do projeto como: Conhecimento coreográfico absoluto; Capacidade de organização; Estimulo a liderança; Oportunidade de coordenar grupos mais novos no processo de monitoria acompanhada; A formação da cidadania; A continuidade da iniciação do dançarino. E de forma a finalizar as possibilidades metodológicas, proporcionar ao educando o auto-conhecimento e conhecimento do outro, bem como a expressão e a comunicação, através de diálogos verbais e corporais; estimular as vivências da cultura corporal, incentivando a expressividade; proporcionar relacionamentos estéticos com outras pessoas e com o mundo, promovidos pelo fazer artístico; sensibilizar as pessoas, contribuindo para que elas tenham uma educação estética, estimulando relações mais equilibradas e harmoniosas ante o mundo, desenvolvendo a apreciação e a fruição da dança como um todo. RECURSOS Rádio, CD, TV, DVD e fitas de vídeo. OBS: Após o desenvolvimento coreográfico e de conhecimento geral as atividades são realizadas com som acústico ( voz, violão e viola), desenvolvido pelos próprios alunos do colégio; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Débora. Dança: sentidos e possibilidades na escola. 2ªed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.NANNI, Dionísia. Dança Educação Princípios, Métodos e Técnicas. Rio de Janeiro Editora Sprint, 1995. FERREIRA, Vanja. Dança escolar: um novo ritmo para a educação física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais. Curitiba, 2006. ANAIS, 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Projeto de Dança e Ritmo Sarandeiros: interface de saberes. UFMG, Belo Horizonte, 2004. PINTO, Inami Custódio. Fandango do Paraná. UFPR, Curitiba, 1992. BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal da Dança. Coleção Educação Física Escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico, crítica-social, V.1. Editora Ícone, São Paulo, 2000. ARTAXO, Inês. MONTEIRO, Gizele de Assis. Ritmo e movimento. Guarulhos, SP: Phorte Editora, 2000.