PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Curso Superior em Ciências Contábeis Com Ênfase em Controladoria



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Transcrição:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Curso Superior em Ciências Contábeis Com Ênfase em Controladoria Danielle da Silva Gomes Lorena Lopes Campos Tamires Ferreira de Souza Victor Guilherme Lage Ferreira CPC 44- Demonstrações Combinadas Belo Horizonte 2014

Danielle da Silva Gomes Lorena Lopes Campos Tamires Ferreira de Souza Victor Guilherme Lage Ferreira CPC 44- Demonstrações Combinadas Trabalho Interdisciplinar apresentado aos professores do 4 período, do curso de Ciências Contábeis com ênfase em controladoria, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, para análise e socialização de suas propostas. Orientação: Guilherme Dabul, Vagner, Marcio e Belo Horizonte 2014

LISTA DE ILUSTRAÇÃO Figura 1 - Tipo de Demonstrações contábeis. Figura 2 - Demonstrativos contábeis Figura 3 - Balanço Patrimonial Figura 4 Eliminações nas DC Combinadas do Grupo Balbo. Figura 5 Tipos de Riscos das empresas que estão sob controle comum. Figura 6 - Relacionamento entre objetivos e componentes do gerenciamento de risco 12 14 15 34 35 36

LISTA DE SIGLAS COSO - Gerenciamento de Riscos Corporativos CPC Comitê dos Pronunciamentos Contábeis CPC Comitê Pronunciamento Contábeis DC Demonstrações Contábeis DFC Demonstração do Fluxo de Caixa DLPA Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados DMPL- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DOAR - Demonstração das origens e aplicações de Recursos DRE Demonstração do Resultado do Exercício DVA Demonstração do Valor Adicionado IASB - International Accounting Standards Board IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil OCPC Orientação técnica Comitê dos Pronunciamentos Contábeis S.A Sociedade por Ações US GAAP - Generally Accepted Accounting Principles (princípios contábeis aceitos no Estados Unidos)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 7 1.1 Objetivos... 8 1.1.1 Objetivos geral... 8 1.1.2 Objetivo especificos... 8 1.2 Justificativa... 8 1.3 Aspectos metodologicos... 9 2 CONTABILIDADE... 11 2.1 Demonstrações contábeis individuais... 12 2.1.1 Balanço Patrimonial... 14 2.1.2 Demonstração do resultado do exercício... 15 2.1.3 Demonstração dos lucros e prejuízos acumulados e Demonstração das mutações do patrimônio líquido... 16 2.1.4 Demonstração do valor adicionado... 16 2.1.5 Demonstração do fluxo de caixa... 17 2.1.6 Demonstração das Origens e aplicações dos Recursos... 18 2.1.7 Notas explicativas... 19 3 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO FORMA... 20 4 CPC 36- DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS... 22 4.1 Métodos de contabilização... 24 4.1.1 Método de custo... 24 4.1.2 Método de equivalência patrimonial... 24 5 CPC 44 DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS... 27 5.1 Holding... 29

ANALISE DOS DADOS... 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...... 40 ANEXOS..... 43

7 1 INTRODUÇÃO A contabilidade nos últimos anos no Brasil tem passado pela convergência na padronização das práticas contábeis, isso se deve ao desenvolvimento dos mercados de capitais e a necessidade de entrada de recursos estrangeiros no país. A partir disso desenvolvemos uma pesquisa sobre Demonstrações contábeis e sua utilização nas organizações, nosso ponto de partida é as Demonstrações Combinadas que é um novo instrumento na contabilidade, pois elas atendem aos grupos de controle comum, não dispensando a publicação das demais demonstrações. Nos capítulos teóricos fazemos uma síntese sobre Demonstrações individuais, Informações pro forma, Demonstrações consolidadas e Demonstrações Combinadas. Utilizando na análise demonstrativos contábeis para responder ao problema de pesquisa: Como se dá as diferenças das demonstrações contábeis Consolidadas, combinadas e individuais para atender as necessidades dos usuários? 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral Identificar como as demonstrações contábeis Individuais, consolidadas e combinadas se diferenciam e sua importância para os usuários da contabilidade. 1.1.2 Objetivos específicos geral: Foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos para se atingir o objetivo Identificar através de análise de dados as diferenças das Demonstrações Individuais e Demonstrações Consolidadas

8 Identificar as diferenças das demonstrações combinadas e individuais utilizando como recurso um balanço patrimonial combinado e individual publicado. Conceituar as demonstrações Combinadas e falar da utilização das informações proforma Fazer uma análise dos CPCs 26,36, e 44, sobre a elaboração e divulgação das mesmas. 1.2 Justificativa Com a adoção das normas internacionais de contabilidade, as empresas aumentaram os seus investimentos e possibilidade de novos negócios. Viabilizando a melhoria e transparência entre essas oportunidades o CPC Comitê de Pronunciamento Contábil, elaborou novos pronunciamentos com a finalidade de divulgar e orientar usuários da contabilidade em demonstrações que evidenciam a realidade financeira do grupo econômico e se diferenciam das demonstrações individuais. Tal pesquisa terá como foco o CPC 44 que se refere às Demonstrações Combinadas. O trabalho acadêmico (científico) tem por objetivo comparar e evidenciar as diferenças entre a demonstração financeira combinada e as demais demonstrações financeiras, como também as empresas que podem optar por adotar esta regra contábil. Será apresentado na pesquisa o objetivo e as características da demonstração combinada, como também o que este novo procedimento técnico pode agregar aos grupos de negócios e aos seus usuários no que refere-se ao mercado mundial. A pesquisa a ser desenvolvida tem grande importância aos seus colaboradores, pois possibilita aos integrantes adquirir conhecimento ao longo da pesquisa que contribui para o sua vida acadêmica e profissional. Outra importância é a oportunidade

9 que o trabalho acadêmico abre para que novos cientistas sejam descobertos e preencham lacunas sobre o assunto abordado. 1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA Este trabalho constitui-se em uma pesquisa exploratória, pois realiza descrições precisas da situação e de descobrir relações já existentes entre os elementos e componentes da mesma e tem por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e descobrir novas ideias. (CERVO E BERVIAN, 2002, p. 69). Procuramos explorar o pronunciamento técnico CPC 44- Demonstrações Combinadas utilizando pesquisas bibliográficas, de livros e endereços eletrônicos. Segundo Cervo e Bervian (2002), pode-se considerar uma pesquisa bibliográfica o que procura responder recolhendo informações válidas para justificar questões teóricas utilizando referencial publicado em documentos. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos é um estudo de caso, que conforme Vergara (2003, p.49) é considerado um estudo [...] circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Pode ou não ser realizado no campo. Essa pesquisa não se constitui em estudo de campo, mas sim um estudo dos demonstrativos contábeis, que possibilita mostrar as diferenças entre as demonstrações contábeis. O universo da pesquisa foi Pronunciamentos Técnico CPC 44- Demonstrações Combinadas. Para coleta de dados foi utilizada uma pesquisa documental. Que segundo Andrade (2004, p.29) fundamenta-se no levantamento de documentos, escritos ou não de primeira mão, isto é, que não se prestaram ainda, para o embasamento de uma pesquisa; portanto ainda não foram trabalhados, usando relatórios contábeis publicado em revistas, jornais e endereços eletrônicos. É uma análise qualitativa, que é utilizado por meio de coleta e transcrição e interpretação dos dados, ou seja, dedicada à

10 compreensão dos significados dos eventos, sem a necessidade de apoiar-se em informações estatísticas. (ARAÚJO; OLIVEIRA, 1997, p.67). Ao elaborar a pesquisa encontramos muitas limitações referente ao tema que nos foi proposto Demonstrações Combinadas, pois para esse tema não foi encontrado material que fundamentasse o trabalho, pois o CPC que incluía essas demonstrações na contabilidade foi aprovado em meados de 2013, e nenhum autor publicou sobre isso em livro. Não encontramos artigos validos sobre o assunto e somente o CPC que regulamenta essa demonstração..

11 2 CONTABILIDADE A mudança e o desenvolvimento dos mercados de capitais ocasionaram o crescimento de investimentos estrangeiros e à formação de blocos econômicos, que por sua vez trouxe mudanças necessárias de padronização as demonstrações contábeis no meio internacional para que o processo de comparação de informações entre as companhias seja visto com clareza. (PADOVEZE; BENEDICTO; LEITE, 2012, p.03). Para Marion (2012, p. 26) A contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para tomadas de decisões. E assim a contabilidade vem a cada dia evoluindo seu processo para atender melhor as empresas, otimizando suas atividades e auxiliando no processo gerencial. Nesse processo são utilizados demonstrativos contábeis que mostra a posição patrimonial e financeira da entidade, assim os usuários internos e externos podem tomar suas decisões baseados em relatórios fidedignos apresentado pela contabilidade. Na figura 1. Veremos o conjunto de Demonstrações Contábeis (DC), que são apresentadas para atender os usuários e a legislação.

12 Figura 1. Tipo de Demonstrações contábeis. Fonte: Prof. Dr(a). Tânia R. S. Relvas, 2014. 2.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS INDIVIDUAIS O principal objetivo da contabilidade é emitir informações relevantes e úteis aos diversos usuários para a tomada de decisões e gerenciamento das atividades empresariais. Sendo assim a contabilidade vem assumindo papel perante a sociedade de forma estruturada e obtendo um sistema de dados e informações, de natureza econômica e financeira. (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA. 2010). E como instrumento importante da contabilidade as demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. E tem como objetivo fornecer informações úteis na tomada de decisão e avaliação aos usuários. (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE E SANTOS, 2010). O objetivo da demonstração contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica, e também mostrar o resultado da atuação da administração na gestão da entidade e sua capacitação e prestação de contas dos

13 recursos que lhe foram confiados. (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE E SANTOS, 2010, p.36). As demonstrações contábeis devem ser apresentadas de acordo com o pronunciamento Técnico CPC 26 que diz que para satisfazer seu objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca de: a) Ativo; b) Passivos; c) Patrimônio Líquido d) Receitas e despesas (incluindo ganhos e perdas) e) Alteração no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles f) Fluxos de caixa Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, auxiliam aos usuários da contabilidade a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração. (COMITÊ PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS, CPC 26, 2014) De acordo com a Resolução CFC Nº 1374/11 (2011), no que se refere à utilização das informações: Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados grupos de usuários. As demonstrações contábeis são representadas pelos seguintes relatórios (quadro.1):

14 Figura 2. Demonstrativos contábeis Balanço Patrimonial Demonstrações do Resultado do Exercicio Demonstração de Lucros ou Prejuizos Acumulados Demonstração das Mutações do Patrimonio Liquido Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos Demonstração do Valor Adicionado Demonstração do Fluxo de Caixa Notas Explicativas BP DRE DLPA DMPL DOAR DVA DFC Fonte: Viceconti e Neves, 2010. 2.1.1 Balanço Patrimonial Tendo em vista que uma das finalidades da prática contábil é registrar e evidenciar o patrimônio de uma determinada entidade, é fundamental a estruturação de um balanço patrimonial, sendo este destinado a comprovar numa determinada data a posição econômica e financeira dessa entidade. Conforme o art., 178 da lei nº 6.404/76, no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e análise da situação financeira da companhia. (IUDÍCIBUS; MARTIN; GELBCKE; SANTOS, 2010, p. 2). Podemos ver que na (figura 2) o demonstrativo é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido, e tem a necessidade de se apresentar nessa ordem pois cada grupo representa uma posição da organização, demonstrando para os usuários uma ordem clara e de fácil entendimento para um melhor gerenciamento.

15 Figura 3. Balanço Patrimonial Fonte: Marion, 2012 2.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) A Demonstração do Resultado do Exercício é essencial para a feitura do Balanço Patrimonial. Na a elaboração da DRE, todas as contas do resultado serão zeradas, convertendo-as em um único valor, podendo obter ao final um lucro ou um prejuízo, que será agregada ao Balanço. Segundo Iudícibus, Martins, Gelbcke e Santos (2010), utilizando como exemplo a Lei nº 6404-76, explicam que: A Lei nº 6404-76 define o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, que deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo liquido do exercício, e por ações sem confundir-se com as contas de lucros acumulados, onde é feita a distribuição ou alocação do resultado. (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE; SANTOS, 2010, p. 04).

16 2.1.3 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido evidencia as transformações decorrentes do patrimônio líquido da empresa, nesse sentido Fabiano de Oliveira Dias (2014) ressalta [...] Sua finalidade principal é demonstrar os aumentos de capitais e a destinação dos lucros para facilitar a tomada de decisão. Em termos gerais, a integralização de capital, o resultado do exercício, ajustes de exercícios anteriores, dividendos ajuste de avaliação patrimonial, entre outros e em termos internos da entidade há incorporação de reservas ao capital, transferências de lucros acumulados para reservas ou vice-versa. A Demonstrações dos Lucros e Prejuízos Acumulados ressalta as modificações sucedidas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido, e tem em sua estrutura um dos objetivos da DMPL. Não há necessidade de elaborar as duas demonstrações, pois a DMPL possui em sua estrutura uma componente que expõe claramente os lucros e prejuízos acumulados. Se não houver necessidade para as entidades de uma demonstração mais fundada, necessita-se de apresentar a DLPA. 2.1.4 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) A Demonstração do Valor Adicionado informa como as riquezas de uma entidade são criadas e distribuídas. Em outras palavras, evidencia quanto de valor foi adicionado aos elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços e como foram repartidas as riquezas entre empregados, governo, acionistas, financiadores de capital e quanto ficará retido na empresa. Outra evidenciação importante, de José Carlos Marion (2010) sobre tal demonstração, consiste em:

17 A DVA é uma demonstração bastante útil, inclusive do ponto de vista macroeconômico, uma vez que, conceitualmente, o somatório dos valores adicionados (ou valores agregados) de um país representa, na verdade, seu Produto Interno Bruto (PIB). (MARION, p. 59). É obrigatória do Brasil para companhias abertas a partir da promulgação da lei 11.638//07, que incorporou alterações na lei 6.404/76. Deve ser elaborada e divulgada ao final de cada exercício. A estrutura da DVA é apresentada no anexo 4. 2.1.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) A DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa), passou a ser um relatório obrigatório para todas as entidades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Esta obrigatoriedade vigora desde 01/01/2008, conforme a lei 11.638/2007. A Demonstração do Fluxo de Caixa foi criada para melhorar a definição e mensuração de fluxo de recursos. Retrata quanto do caixa aumentou ou diminuiu de um período para outro, permitindo uma avaliação de alternativas de investimento e também uma avaliação da situação presente e futura do caixa da empresa. (DIAS, 2014). A DFC não demonstra somente as movimentações do caixa (compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis), mas também banco, Fluxo de caixa (são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa); aplicações financeiras com característica de liquidez imediata, que deve atender os seguintes requisitos: Aplicação de caixa: Deixa o valor aplicado e resgatando-o quando necessário para efetuar pagamentos; Conversibilidade Imediata: Aplicação disponível para resgate imediato, e Montante conhecido de caixa: Saber exatamente o montante a ser resgatado (Insignificante risco de mudança).

18 Seguindo as normas internacionais a elaboração da estrutura da DFC deve obter três seguimentos, que são (anexo 3): Atividades: o Operacionais: são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa. o Investimento: são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas. o Financiamento: são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros. o 2.1.6 Demonstração das origens e aplicações de Recursos (DOAR) A DOAR (Demonstrações das Origens e aplicações de Recursos) era obrigatória para todas as entidades abertas e fechadas, com patrimônio líquido superior à R$1.000.000,00 (um milhão de reais) pela lei nº 9.457/97. A DOAR indica todas movimentações e modificações financeiras de uma entidade. A partir de 01.01.2008, a DOAR foi substituída pela DFC, conforme a Lei 11.638/2007, sendo obrigatória a apresentação das demonstrações contábeis encerradas somente até 31.12.2007.

19 2.1.7 Notas explicativas As notas explicativas tem caráter descritivo, e tem a finalidade de fornecer informações claras dos relatórios contábeis realizados, para melhor entendimento das rotinas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado. No conteúdo dessas notas pode haver informações sobre o fundamento na qual as demonstrações financeiras e as práticas contábeis foram elaboradas, segundo Segundo Iudícibus, Martins, Gelbcke e Santos (2010, p. 06): Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações contábeis, descrição dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e das práticas contábeis adotadas, dos ajustes dos exercícios anteriores, reavaliações, ônus sobre ativos, detalhamentos das dívidas de longo prazo, do capital e dos investimentos relevantes em outras empresas, eventos subsequentes importantes após a data do balanço etc.

20 3 INFORMAÇOES FINANCEIRAS PRO FORMA As demonstrações financeiras pro forma podem ser descritas como sendo informações conjecturadas usadas para salientar como uma ou mais operações podem afetar demonstrações contábeis transcorridas, mostrando assim qualquer lançamento que tenha sofrido alguma alteração decorrente das atividades da entidade. A preparação da demonstração pro forma é recomendada quando a operação é uma aquisição ou uma alienação de um negócio significativo da empresa. (DORIA; DERISIO, 2008). Numa perspectiva mais abrangente, as demonstrações pro forma podem afetar o processo decisório de um investidor, já que ela mostra os rendimentos da empresa fora do balanço publicado. Composição Segundo o OCPC 06 (2014), as demonstrações pro forma só podem ser divulgadas através de efetivas circunstâncias, como aquisição de negócios relevantes, se os títulos de dividas ou ações forem usados para pagamento de negócios relevantes, se houver possibilidade ou efetivação da baixa de tais negócios, se a empresa anteriormente tiver sido parte de uma outra e houver significância em demonstrar que tal é uma entidade autônoma, dentre outros aspectos. Execução Cogitando então a finalidade das informações pro forma, as seguintes condutas são importantes para sua efetivação: As informações devem ter um balanço patrimonial próprio apenas se a transação não tiver sido efetivada, caso contrário não é necessário; devem conter demonstração do resultado; devem conter suas próprias notas explicativas e aplica-se a todas seguir o padrão das demonstrações históricas.

21 São atribuídas a tais informações as notas explicativas, havendo a descrição das operações realizadas, das instituições envolvidas, da fonte da demonstração histórica que conduziu a informação a ser executada, mostrar se os ajustes estão dentro das regras em que pode ser efetivado e se há alguma dúvida em relação à aquelas regras e o período em que serão apresentadas. Haverá compilação, elaboração e formatação do balanço patrimonial pro forma e do resultado pro forma considerando as demonstrações contábeis históricas as quais se refere. De acordo com a Orientação Técnica OCPC 06 (2014): Exemplos de ajustes que não são apropriados na elaboração de informações financeiras pro forma são: (i) receita financeira originada dos recursos de uma oferta ou venda de ativos; e (ii) efeitos de decisões da administração tomadas depois da combinação de negócios, incluindo desligamento de funcionários, fechamento de fábricas e outros gastos de reestruturação. A apresentação das pro forma deve ser executada de modo comparativo as demonstrações históricas quando houverem negócios a serem adquiridos ou já amanhado, e deve ser preparada e apresentada de acordo com as instruções contidas na Orientação Técnica OCPC 06 Apresentação das Informações Financeiras Pro Forma, levando em conta datas das demonstrações contábeis históricas (Anexo 5). Segundo pronunciamento técnico CPC 44 (2014), As informações financeiras pro forma não podem ser confundidas com as demonstrações combinadas, pois as informações financeiras pro forma objetivam demonstrar como as informações contábeis históricas teriam sido afetadas caso uma transação em particular tivesse sido concluída em um momento anterior (como, por exemplo, combinações de negócios), as demonstrações contábeis combinadas são elaboradas com o objetivo de apresentar as informações como se as diversas entidades que estão sob controle comum fossem apenas uma única entidade, conservando as operações históricas efetivamente ocorridas. Mas é permitido a elaboração e apresentação de informações pro forma a partir de demonstrações contábeis combinadas pro forma desde que atendam integralmente os preceitos da Orientação Técnica OCPC 06- Apresentação de Informações Financeiras Pro Forma.

22 4 CPC 36- DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS contábeis é: Para Padoveze e Clóvis Luis (2010, p.182) a Consolidação das demonstrações A metodologia contábil e financeira de somar os ativos e passivos e os resultados de todas as empresas de um grupo empresarial, reunindo as informações dentro de um único conjunto de demonstrações contábeis. Essas demonstrações contábeis são aplicadas quando a empresa principal faz parte de um grupo de empresas e tem sob seu controle uma ou mais empresas desse grupo. Nessa condição é muito mais importante a avaliação econômicofinanceira do grupo, de forma aglutinada, do que a avaliação da empresa feita de forma individual. A elaboração das demonstrações consolidadas é feita pela empresa controladora que de maneira macro gerencial demonstra a situação econômica e financeira do grupo de investimentos. A ideia de consolidar dá-se na união das informações econômicas entre a controladora e as suas controladas. O pronunciamento técnico responsável pela orientação na elaboração das demonstrações consolidadas é o CPC 36. A obrigatoriedade de consolidar e a normatização estão na lei 6.404/76 nos artigos 249 e 250, estendendo-se na lei 11.638/07 as empresas de grande porte mesmo que não sejam sociedades por ações. No artigo 249 a lei delega poder a CVM Comissão de valores mobiliários a emitir normas de caráter obrigatório para companhias de capital aberto. (PEREZ JUNIOR; MARTINS DE OLIVEIRA, p.93). De acordo com Kam citado por Padoveze, Benedicto e Leite (2012, p. 181): A justificativa para a consolidação é que os relatórios são mais significativos e a matriz e suas subsidiárias são vistas como uma única entidade. Ainda que as subsidiárias sejam empresas separadas legalmente, o fato é que a matriz exerce o controle sobre elas. É uma questão de substância econômica sobre a forma legal. A consolidação enquadra-se na nova realidade da contabilidade, que se abrangeu na sua forma de comunicação e que para os negócios transparece a situação econômica da empresa e facilita a interação entre as combinações de negócios sem alterar nenhuma informação que o grupo compõe.

23 Para melhor entendimento do CPC 36, os seguintes termos são utilizados, Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica. Controle de investida: um investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos por meio de seu poder sobre a investida. Tomador de decisões: entidade com direitos de tomada de decisões que seja principal ou agente de outras partes. Grupo econômico é a controladora e todas as suas controladas. Participação de não controlador é a parte do patrimônio líquido da controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à controladora. Controladora é uma entidade que controla uma ou mais controladas. Controlada é a entidade que é controlada por outra entidade. Poder são direitos existentes que dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes. Atividades relevantes: para os fins deste Pronunciamento, atividades relevantes são atividades da investida que afetam significativamente os retornos da investida. Direitos de proteção são direitos destinados a proteger o interesse da parte que os detém, sem dar a essa parte poder sobre a entidade à qual esses direitos se referem. Direitos de destituição são direitos de privar o tomador de decisões de sua autoridade de tomada de decisões. Para compreensão e elaboração da demonstração consolidada, o pronunciamento técnico CPC 36 esclarece as definições de demonstrações consolidadas, controle de investidas, tomador de decisões, grupo econômico, participação de não controlador, controladora, controlada, poder, atividades relevantes, direitos de proteção e direitos de destituição, para entendimento na interpretação e elaboração da demonstração.

24 4.1 MÉTODOS DE CONTABILIZAÇÃO 4.1.1 MÉTODO DE CUSTO De acordo com Iudícibus, Martins, Gelbcke Santos (2010, p.159), investimentos avaliados pelo método de custo são: Os investimentos em títulos patrimoniais de outras sociedades, quando classificados no subgrupo Ativo Não Circulante, desde que tais sociedades não sejam consideradas coligadas ou controladas (inclusive controladas em conjunto), ou ainda que tais sociedades não sejam do mesmo grupo ou estejam sob controle comum, ou quando dos investimentos para propriedades avaliados pelo valor justo. A contabilização é feita pelo método de custo quando o investimento é composto no ativo não circulante e quando a empresa não se enquadra as definições de coligada e controlada que são especificamente constituídas no método de equivalência patrimonial. 4.1.2 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL O método de equivalência patrimonial é orientado pelo Pronunciamento Técnico CPC 18 e tem como objetivo: Estabelecer a contabilização de investimentos em coligadas e em controladas e definir os requisitos para a aplicação do método de equivalência patrimonial quando da contabilização de investimentos em coligadas, em controladas e em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures). O objetivo que o método de equivalência patrimonial é de definir métodos de aplicações de modo que seus requisitos de aplicação para controladoras, controladas, coligadas e joint ventures, sejam contabilizados de acordo com a orientação do CPC 18.

25 Para Padoveze, Benedicto e Leite (2010, p.188), o próprio valor resultante do método de equivalência patrimonial entre empresas controladas e coligadas trazem em si a consolidação que é basicamente aplicada nas demonstrações de resultado ou nos grupos de investimentos do grupo patrimonial ativo não circulante. Algumas definições: O Pronunciamento Técnico CPC 18- Investimentos em coligada, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto, define os conceitos básicos gerais como: Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa. Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica. Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida. Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto. Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades

26 relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle. Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo. Investidor conjunto (joint venturer) é uma parte de um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse empreendimento. Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. Para compreensão da aplicação do método de equivalência patrimonial, o pronunciamento técnico esclarece as definições de Coligada, Método de equivalência patrimonial, Negócio em conjunto, Controle em conjunto, Empreendimento controlado em conjunto (joint venture), investidor conjunto (joint venturer) e Influência significativa, para identificação do tipo de investimento. A consolidação das demonstrações contábeis é feita pelo método de equivalência patrimonial por apresentar características específicas deste método, que estão descritas nas definições do CPC 18 e CPC 36.

27 5 CPC 44 - DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS Segundo o IBRACON (2013) as demonstrações combinadas representam um único conjunto de demonstrações contábeis de entidades que estão sob controle comum, conservando-se as operações históricas efetivamente ocorridas. O objetivo das demonstrações combinadas é apresentar as informações contábeis da investida e da investidora como se fossem apenas uma empresa, mas não formando assim uma só pessoa jurídica. Portanto para as demonstrações combinadas não existe uma controladora e sim um grupo de entidades com o controle (controle comum). Com a junção das informações sempre deverá ser informado de qual entidade se refere às demonstrações. Quando uma pessoa jurídica concentrar investimentos nas controladas, existem normas para a elaboração das demonstrações contábeis consolidadas. Já quando não há concentração de investimentos não se aplica a elaboração de demonstrações consolidadas e sim a preparação de demonstrações combinadas nos termos do pronunciamento técnico CPC 44, desde que possuam controle ou administração comum. (PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS CONTÁBEIS CPC 44, 2014) Segundo o CPC 26 (2014) controle comum se dá para diferentes entidades, diretas ou indiretamente que tem o direito de sócio que lhe garante: poder nas decisões sociais das entidades, de eleger ou destituir seus diretores; de administrar obtendo benefícios em suas atividades financeiras e operacionais. De acordo com o CPC 44 (2014) as demonstrações combinadas devem ser apresentadas quanto a necessidade dos conceitos técnicos aplicados para a consolidação. Elas representam a soma das demonstrações de cada entidade eliminando o saldo e transações entre elas e também os ajustes decorrentes de resultados que ainda não se realizou entre as entidades e as retificações das práticas contábeis.

28 Essas demonstrações devem conter todas as demonstrações contábeis exigidas pelo pronunciamento técnico 26 (2014) Apresentações das Demonstrações Contábeis, de forma comparativa : Balanço Patrimonial Demonstração do resultado Demonstração do resultado abrangente Demonstração das mutações do patrimônio líquido Demonstração do fluxo de caixa Demonstração do valor adicionado (quando aplicável). As demonstrações combinadas deverão ser apresentadas juntamente com notas explicativas no formato exigido pelos Pronunciamentos Técnicos, elas não excluem a necessidade das demais demonstrações contábeis individualmente e/ou consolidadas conforme exige o órgão regulado e/ou público solicitado pela legislação que aplica a cada demonstração. De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 44 (2014): (a) Breve descrição do contexto operacional de cada entidade combinada; (b) Os percentuais de participação, da entidade ou pessoas físicas que detém o controle e/ou administração sobre cada entidade incluída nas demonstrações combinadas (c) Justificativa do proposito da apresentação das demonstrações combinadas; (d) Divulgação de cada uma das entidades incluídas nas demonstrações combinadas, do valor total dos ativos, do patrimônio líquido, lucro (prejuízo) líquido e outros resultados abrangentes e total das eliminações, caso necessário; (e) Esclarecimento de que as demonstrações combinadas estão sendo apresentadas apenas para fornecimento de analises adicionais a terceiros e que não representam as demonstrações contábeis individuais ou consolidadas de uma pessoa jurídica e suas controladas; (f) Esclarecimento que as demonstrações combinadas não devem ser tomadas por base para fins de cálculo dos dividendos de impostos ou para quaisquer outros fins societários. As normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB não disciplinam a elaboração de demonstrações combinadas, mas não é vetado esta pratica uma vez que referenciam de forma genérica essas demonstrações. Já as práticas contábeis norte

29 americanas (USGAAP) preveem proposta semelhantes ao pronunciamento técnico CPC44. Segundo Relvas (2014), Quando as entidades economicamente unidas por estarem sob controle comum, a apresentação das demonstrações combinadas tem um significado mais representativo do que as Demonstrações individuais de cada entidade. 5.1 HOLDING O desenvolvimento da economia tem possibilitado ao mercado um crescimento relevante em relação aos grupos empresariais brasileiros. Principalmente aos ligados ao setor financeiro, no Brasil existem diversos grupos econômicos compostos por diversas empresas e explorando variados tipos de atividades (JUNIOR; OLIVEIRA.2010). Esta expansão e simultânea diversificação de atividades teve como consequência, entre outras, a criação de sociedades cujo principal (ou único) objetivo social é o de participar no capital de outras empresas são as chamadas de Holdings. (JUNIOR; OLIVEIRA.2010.P.228). O termo inglês Holding é derivado do verbo to hold, que significa, controlar, guardar, segurar, manter e conservar. Sendo assim compreende uma sociedade Holding como aquela que participa do capital de outras entidades, com um percentual relevante que dê para ser controlador das investidas. (JUNIOR; OLIVEIRA.2010). Uma empresa constituída com característica de uma holding por ter sua forma de sociedade por ações (S.A), ou por quotas de responsabilidade limitada e etc. As holdings são classificas de três formas (JUNIOR; OLIVEIRA.2010): 1. Holding Pura: Seu objetivo é ter apenas participações em outras organizações; 2. Holding Mista: Tem vários objetivos sociais, como a industrialização e comercialização de equipamentos pesados, prestação de serviços de assistência técnica e como participação no capital social de outras entidades;

30 3. Holding familiar: Muito conhecida e utilizada para resolver problemas de sucessão hereditária ou para afastar herdeiros inexperientes do comando e do gerenciamento das atividades da empresa (JUNIOR; OLIVEIRA.2010). Vantagens da constituição para uma holding Consolidação em uma única entidade do poder econômico, financeiro e político do grupo de empresas; A centralização do comando e gerenciamento do grupo de empresas; A centralização da administração ocorre geralmente nas atividades financeiras, onde a obtenção e aplicação e recursos financeiros são gerenciados como se fosse um caixa único onde aumenta o poder de negociação com os agentes externos e também as atividades operacionais onde tem seu comando centralizado em uma holding; Simplificação da estrutura administrativa e operacional e melhora nas técnicas de gestão. Pois elimina a necessidade de cada controlada ter sua própria equipe, como por exemplo a equipe administrativa pode ser utilizado da própria holding (JUNIOR; OLIVEIRA.2010). No tópico anterior demonstrações combinadas, vimos que é um conjunto de determinadas entidades em controle comum, quanto as holding o Pronunciamento Técnico CPC 44- Demonstrações combinadas (2014), determina quando é elaborado a DC combinadas se houver uma holding no grupo: (a) um grupo de entidades sob controle comum que ainda não tenha passado por processo de reestruturação societária, como é o caso da criação de uma holding pertencente, por exemplo, a uma pessoa física ou conjunto de pessoas físicas, referidas demonstrações combinadas devem ser referidas como Entidades do Grupo Econômico XXX, definindo essa identificação; (b) um grupo de entidades após processo de reestruturação societária, em que já tenha sido constituída uma holding, ou uma das entidades tenha passado a deter o controle societário de uma ou várias entidades, mas ainda reste outra ou restem outras entidades sob controle comum, referidas demonstrações

contábeis podem se referir às informações contábeis combinadas da Entidade YYY. (PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 44, 2014). 31

32 ANALISE DOS DADOS A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração das organizações a tomar decisões (MARION, 2012, p.25). Por esse motivo a contabilidade utiliza relatórios contábeis para mostrar desempenho da organização e apresentar aos usuários de forma clara e fidedigna informações que os auxiliem nas decisões. Na contabilidade temos vários tipos de demonstrações contábeis, entre elas temos as individuais, consolidadas, intermediarias, combinadas, informações pro forma e as separadas. A que cada organização vai utilizar depende do tipo de sociedade e como a entidade é controlada e esses relatórios são utilizados para atender usuários externos e internos. Nesse trabalho estamos utilizando as Demonstrações combinadas que são apresentadas pelo pronunciamento técnico CPC 44. Como exemplo de Demonstrações combinadas utilizamos relatórios publicados. Grupo Balbo é composto pelas empresas Usina São Francisco S/A, Usina Santo Antônio S/A e suas controladas foi apresentado suas demonstrações findo exercício 31 março de 2013 e 2012 pela KPMG auditores independentes. Para Relvas (2014) As DC combinadas não há uma entidade legal controladora, mas um grupo de entidade e/ ou atividades econômicas que estão sob controle comum. O grupo Balbo ou companhia combinada se denomina um grupo com participações de várias entidades sob controle comum. A apresentação das DC combinadas não substitui a necessidade de divulgação de DC individuais ou consolidadas para órgão reguladores e/ou para o público conforme exigido pela legislação aplicável. (Relvas,2014). Todas demonstrações deve seguir as normas exigidas pelo Pronunciamento técnico CPC 26- apresentação das demonstrações contábeis.

33 No Anexo 6 temos um balanço patrimonial combinado do grupo, neles tem a participação das organizações unificadas apresentada pelo grupo Balbo, Diferente das consolidadas que apresentação das Demonstrações é apresentado pela controladora a controladora deve apresentar as demonstrações contábeis consolidadas, nas quais os investimentos em controladas estão consolidados, de acordo com exigências do CPC 36. (IUDÍCIBUS, MARTINS, GELBCKE E SANTOS, 2010, p.650). E a controladora não pode excluir nenhuma controlada da demonstração, mesmo que suas atividades sejam diferentes. Para determinar que existe controle comum para elaboração das Demonstrações combinadas a empresa deve informar em suas notas explicativas a evidência de controle comum entre as empresas, vemos que nas notas explicativas do grupo Balbo diz que As companhias utilizaram a definição de controle do CPC 36-Demonstrações consolidadas quando da avaliação da existência de controle comum. Publicaram também as demonstrações individuais de cada entidade, no anexo 7 temos o Balanço Patrimonial individual da Usina São Francisco S/A, uma das empresa que possui controle comum no grupo. A diferença das duas publicações é que na demonstração individual, apresenta apenas o resultado da empresa no período, e nas combinadas mostra a combinação da movimentação entre o grupo, apresentando o resultado total do grupo, absorvendo prejuízo ou obtendo lucro em conjunto, as eliminações necessária para que seja mais clara e realista o resultado da companhia. E mostrando aos usuários a posição econômica, financeira e patrimonial do grupo auxiliando-os para uma tomada de decisão. Na figura 4 mostra um trecho das notas explicativas combinadas onde evidencia que houve as eliminações e quais foram, as eliminações das combinadas adotam o mesmo critério das consolidadas, já nas individuais não possuem eliminação pois não há lançamento duplicado, apenas o resultado da entidade.

34 Figura 4 Eliminações nas DC Combinadas do Grupo Balbo. Fonte: Grupo Balbo, 2014 E também cita que as empresas do grupo estão sujeitas a vários tipos de riscos, como vemos na figura 5. Riscos esses que devem ser gerenciados para que não cause problemas futuros.

35 Figura 5 Tipos de Riscos das empresas que estão sob controle comum. Fonte: Grupo Balbo, 2014 As organizações estão sujeitas a inúmeros riscos, e para gerenciar esses riscos é necessário um processo conduzido pela administração e aplicado estabelecendo estratégias que apresentem os riscos que são capazes de afetá-la e administra-los de modo compatível e possibilitar garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos. (COMMITTEE OF SPONSORING ORGANIZATIONS OF THE TREADWAY COMMISSION, 2014). Segundo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (2014), a administração estabelece os planos principais, seleciona as estratégias e determina o alinhamento dos objetivos nos níveis da entidade (respeitando a visão e missão da organização). Essa estrutura de gerenciamento de riscos corporativos é orientada a fim de atingir os objetivos das empresas, que são classificados em 4 categorias: Estratégicos: São as metas gerais;

36 Operações: Utilização do eficaz e eficiente dos recursos; Comunicação: Confiabilidade dos relatórios; Conformidade: Cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis. O cubo tridimensional em forma de cubo (figura 4) representa o relacionamento entre os objetivos que a empresa precisa alcançar e os componentes do gerenciamento de riscos corporativos que apresenta aquilo que é necessário para o seu alcance. Figura 6. Relacionamento entre objetivos e componentes do gerenciamento de risco Fonte: Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission, 2014

37 CONCLUSÃO A contabilidade está em constante mudança e cada vez ela vem tentando otimizar seu processo para que suas informações seja cada vez mais confiáveis, levando aos usuários informações relevantes sobre o seu negócio. Assim os Demonstrativos contábeis é um dos principais instrumento utilizado pela contabilidade para atingir seu objetivo. As demonstrações contábeis tem por objetivo fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, e também mostrar o resultado da atuação da administração na gestão da entidade e sua capacitação e prestação de contas dos recursos que lhe foram confiados. Dentre as demonstrações utilizamos as consolidadas, combinadas e individuais para análise comparativa. Todas demonstrações contábeis devem ser apresentadas de acordo com o pronunciamento Técnico CPC 26 e atender as definições das normas ditadas pelo Pronunciamento técnico contábil. Demonstrações Individuais, são aquelas apresentadas pelas empresas individualmente, mesmo que as empresas tenham participações controladas ou consolidadas, elas apresentam para atender o fisco e aos os usuários. As Informações pro forma é recomendada quando a operação é uma aquisição ou uma alienação de um negócio significativo da empresa, essas informações podem influenciar no processo decisório de um investidor, já que ela mostra os rendimentos da empresa fora do balanço publicado. Sua apresentação deve ser executada de modo comparativo das demonstrações históricas quando houverem negócios a serem adquiridos, e deve ser preparada de acordo com as instruções contidas na Orientação Técnica OCPC 06 Apresentação das Informações Financeiras Pro Forma, levando em conta datas das demonstrações contábeis históricas.

38 As Demonstrações Consolidadas deve seguir instruções do pronunciamento técnico CPC 36, sua elaboração e apresentação é feita pela empresa controladora que demonstra a situação econômica e financeira do grupo de investimentos. A ideia de consolidar dá-se na união das informações econômicas entre a controladora e as suas controladas. As Demonstrações Combinadas representam um único conjunto de demonstrações contábeis de entidades que estão sob controle comum, conservando-se as operações históricas efetivamente ocorridas. O objetivo das demonstrações combinadas é apresentar as informações contábeis da investida e da investidora como se fossem apenas uma empresa, mas não formando assim uma só pessoa jurídica. Portanto para as demonstrações combinadas não existe uma controladora e sim um grupo de entidades com o controle (controle comum). Assim procuramos responder a seguinte pergunta: Como se dá as diferenças das demonstrações contábeis Consolidadas, combinadas e individuais para atender as necessidades dos usuários? Para responder a pergunta foi utilizado o seguinte objetivo geral: Identificar como as demonstrações contábeis Individuais, consolidadas e combinadas se diferenciam e sua importância para os usuários da contabilidade. Para atingir o tema e responder a problemática foi feita uma análise utilizando um balanço patrimonial combinado e individuais do grupo Balbo, que é constituído das empresas Usina São Francisco S/A, Usina Santo Antônio S/A e suas controladas. E identificamos que as DC combinadas não há uma entidade legal controladora, mas um grupo de entidade que estão sob controle comum, O grupo Balbo utilizou as demonstrações combinadas, pois se denomina como empresa de controle comum, elas possuem o investimento mas não tem uma controladora e sim um controle em comum entre elas, mas tem a necessidade da publicação das D.C. combinadas e não consolidadas igual ocorre quando a empresa é controladora ou controlada, onde quem publica as demonstrações é a controladora unificando as demonstrações de todas controladas em uma só.

39 A apresentação das DC combinadas ou consolidadas não substitui a necessidade de divulgação da demonstrações individuais, pois é necessário para os usuários internos e externos identificar qual foi o resultado da empresa no período. E também para atender os órgãos reguladores e/ou para o público conforme exigido pela legislação aplicável. Todas as demonstrações deve seguir as normas exigidas pelo pronunciamento técnico CPC 26. As demonstrações individuais são as mais utilizadas pois ela atende a necessidade da empresa em saber o resultado do período, transparecendo o desempenho da administração da empresa individualmente, nas combinadas utilizam o relatório para a companhia unificando os demonstrativos das empresas, sendo publicado pelo grupo mostrando o desempenho de todo o grupo não excluindo nenhuma empresa, mesmo que essas não sejam do mesmo segmento. As consolidadas não é diferente, pois unifica os relatórios, divulgando apenas uma demonstração consolidada de todas as controladas e obrigatoriamente apresentadas pela controladora. E Identificamos que esses relatórios são de extrema importância para os usuários, pois eles transparecem o resultado das empresas, individualmente em controle comum ou controladas, permitindo que eles tomem decisões de caráter gerencial e econômicas.

40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMADO, Luiz Cervo; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia cientifica. 5 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002, p.65-69. ANDRADE. M.M. de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas.6 ed. São Paulo: Atlas,2004. p.29. APARECIDO CREPALDI, Silvio. Curso Básico de Contabilidade: Resumo da Teoria: Exercícios e questões com respostas. 3. ed. São Paulo: Atlas S/A, 2002. P.354. ARAÚJO, Aneide Oliveira; OLIVEIRA, Marcelle Colares. Tipo de pesquisa trabalho de Conclusão da disciplina Metodologia de pesquisa Aplicada a Contabilidade. Departamento e contabilidade da USP. São Paulo: USP, 1997, p.67. CMV Comissão de Valores Mobiliários. Disponível em: < http://www.cvm.gov.br /port/audi/ed0611snc.pdf>. Acesso em: 28 de março 2014. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC Nº 1.374/11. Disponível em: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/res_1374.doc>. Acesso em: 06 abr.2014. Comitê de pronunciamentos Contábeis: Orientação Técnica OCPC 06 Apresentações de Informações Financeiras Pro Forma. Disponível em: <http://static.cpc.mediagroup.com.br/documentos/144_ocpc_%2006_final_06052013.pdf > Acesso em 04 de abril de 2014. Comitê Pronunciamentos Contábeis. Seminário Profa. Dra. Tânia R. S. Relvas. Disponivel em: <http://www.cpc.org.br/seminario/includes/download/10/05_ Tania_Relvas_Dem_Combinadas.pdf> Acesso em: 05 de maio de 2014. Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. COSO Gerenciamento de Riscos Corporativos - Estrutura Integrada. Disponivel em:< http: //www.coso.org/documents/coso_erm_executivesummary_portuguese.pdf> Acesso em: 01 de Maio de 2014. CPC - Comitê dos pronunciamentos contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 44 Demonstração Combinada. Disponível em: < http://static.cpc.mediagroup.com.br /Documentos/437_CPC_44_final_06052013.pdf >. Acesso: 28 de março de 2014.

41 CPC - Comitê dos pronunciamentos contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 36 Demonstração Consolidada. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br /legislacao/cpc_36_(r3).pdf>. Acesso: 20 de 04 de 2014. CPC - Comitê dos pronunciamentos contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 18 Demonstração Consolidada. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br /legislacao/cpc_36_(r3).pdf>. Acesso: 20 de 04 de 2014. CPC - Comitê dos pronunciamentos contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 18 Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto, Disponível em: < http://static.cpc.mediagroup.com.br/documentos/ 63_CPC_ 18_(R2) _final.pdf>. Acesso: 19 de 04 de 2014. DIAS, Fabiano de Oliveira. Processo de análise das demonstrações contábeis em clubes sociais: um estudo de caso. Disponível em <http://tcc.bu.ufsc.br/contabeis295751.pdf>. Acesso em: 20 de abril de 2014. IBRACON- Instituto dos auditores independentes do Brasil. Disponível em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/portugues/detnoticia.php?cod=1324>. Acesso em: 28 de março 2014. IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Rubens Ernesto: SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades, São Paulo: Atlas, 2010, p. 2,4 e 33, 159 e 650. JUNIOR, José Hernandez Peres; Oliveira, Luís Martins. Contabilidade Avançada: Textos e teses com as respostas. 7 ed. Editora Atlas, 2010, São Paulo. p. 93, 228 e 229. GRUPO BALBO. Demonstrações Combinadas Grupo Balbo. Disponível em:<http://www.canaverde.com.br/consolidadas.pdf > Acesso em: 31 e março de 2014. MARION, José Carlos. Analise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 6. ed. São Paulo: Atlas S/A, 2010. p.289. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16 Ed. São Paulo: Atlas S/A, 2012. p.26.

42 PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manual de Contabilidade Internacional: IFRS US Gaap BR Gaap, Teoria e Prática, São Paulo: Cengage Learning, 2012, pgs. 181,182,188. PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manual de Contabilidade Internacional: IFRS US GAAP BR GAAP teoria e prática. Ed.Cengage learning. São Paulo/ 2012. p. 340, 341.PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: Contabilidade Introdutória e Intermediária. 7. ed. São Paulo: Atlas S/A, 2011. P.422. USINA SÃO FRANCISCO S/A. Demonstrações Individuais Usina São Francisco. Disponível em: <http://www.canaverde.com.br/ufra.pdf > Acesso em: 31 e março de 2014. VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade de Custos. 10 ed. São Paulo; Saraiva. 2010. p. 7.

43 Anexo 1- Demonstrativo do Resultado do Exercício Fonte: Marcelo Prímola, 2013.

44 Anexo 2- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Fonte: Marcelo Prímola, 2013.

45 Anexo 3- Demonstração do Fluxo de Caixa Fonte: Marcelo Prímola, 2013.

46 Anexo 4- Demonstração do Valor Adicionado Fonte: Marcelo Prímola, 2013