Desenvolvimento às Avessas. Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ

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Transcrição:

Desenvolvimento às Avessas Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ 1

Sumário 1. Hipótese central 2. Fundamentos analíticos 3. Transformações estruturais fragilizantes 4. Fraco desempenho 5. Síntese 2

3

1. Hipótese central Brasil: Desenvolvimento às avessas começa no governo FHC consolida-se no governo Lula continua no governo Dilma 4

Crítica contundente grandes transformações Sader e Garcia, 2010 reversão de tendências estruturais Mercadante, 2006 predominância desenvolvimentista Barbosa e Dias, 2010 5

Implicação principal Desenvolvimento às avessas => erros estratégicos (longo prazo) comprometem estruturalmente o desenvolvimento do país 6

2. Fundamentos analíticos A. Trindade fundamental B. Modelo Liberal Periférico C. Desenvolvimento às avessas 7

A. Trindade Fundamental 8

9

10

11

B. Modelo Liberal Periférico liberalização, privatização e desregulação vulnerabilidade externa estrutural dominação: capital financeiro + agronegócio, mineração, empreiteiras 12

Brasil e mundo - Índice de liberalização econômica do Brasil e do mundo - Fraser Institute: 1970-2010 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 FHC Lula 4,50 4,00 3,50 3,00 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Brasil Média mundial Mediana mundial 13

C. Desenvolvimento às avessas Dimensões econômica social ética institucional política 14

Dimensão econômica Desenvolvimento às avessas transformações estruturais fragilizantes fraco desempenho crescente vulnerabilidade externa estrutural ausência de mudanças estruturantes 15

Outras dimensões Desenvolvimento às avessas invertebramento da sociedade deterioração do ethos degradação das instituições sistema político corrupto e clientelista 16

3. Transformações estruturais fragilizantes A. desindustrialização B. dessubstituição de importações C. reprimarização das exportações D. dependência tecnológica E. desnacionalização F. competitividade internacional - perda G. vulnerabilidade externa estrutural H. concentração de capital I. dominação financeira Foco: 2003-10 17

A. Desindustrialização 18

Gráfico 3.8 Industrialização brasileira, indicadores (média geométrica 4 anos): 1900-2011 300 600 250 500 200 400 150 300 100 200 50 100 0 1900 1904 1908 1912 1916 1920 1924 1928 1932 1936 1940 1944 1948 1952 1956 1960 1964 1968 1972 1976 1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 0 Relação entre o PIB da indústria de transformação e o PIB da agropecuária (%) - média geométrica 4 anos Indústria de transformação - PIB per capita (índice 1949 = 100) - média geométrica 4 anos 19

Gráfico 3.10 Razão entre o PIB da indústria de transformação do Brasil e o PIB da indústria de transformação do mundo (média geométrica 4 anos): 1970-2010 2,7 2,5 2,3 2,1 1,9 1,7 1,5 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 Mundo Mundo excl. China 20

Gráfico 3.11 Razão entre o PIB da indústria de transformação do Brasil e o PIB da indústria de transformação dos países em desenvolvimento (média geométrica 4 anos): 1970-2010 22,0 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 Países em desenvolvimento Países em desenvolvimento excl. China 21

22

B. Dessubstituição de importações tarifa média aplicada 2002 = 10,9% 2010 = 9,2% contribuição das importações para o crescimento do PIB cada vez mais negativa 23

24

Coeficiente de penetração das importações (importações / consumo aparente) 2002 = 11,0% 2010 = 16,4% 25

26

C. Reprimarização das exportações produtos manufaturados forte tendência de queda 2002 = 56,8% 2010 = 45,6% produtos básicos aumento da participação 2002 = 25,5% 2010 = 38,5% 27

26% 39% 28

29

30

31

D. Dependência tecnológica desindustrialização dessubstituição de importações reprimarização da economia 32

duplicou 33

34

35

E. Desnacionalização 36

37

Participação das empresas estrangeiras (vendas 497 maiores) 2002 = 47,8% 2010 = 48,5% 38

39

60,0 Participação % das vendas das 50 maiores empresas nas vendas das 500 maiores segundo a origem: 2003 e 2010 (média móvel 2 anos) 50,0 44,1 48,4 40,0 30,0 20,0 11,0 12,1 15,8 16,0 17,3 20,3 10,0 0,0 Privado nacional Estatal Estrangeiro Total 2003 2010 40

Passado recente: IED foco no setor primário 41

Top 30 (2010): 19 empresas estrangeiras 42

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F. Competitividade internacional - perda 44

45

Perda de competitividade da ind. transformação coef. exportação / coef. importação 46

47

Manufaturados - Competitividade internacional do Brasil no mundo segundo a intensidade fatorial dos produtos: 2002, 2006 e 2010 (participação % dos produtos brasileiros nas importações totais, média móvel 2 anos) 1,80 1,60 1,65 1,47 1,40 1,32 1,20 1,00 0,80 0,88 1,06 0,80 0,98 0,87 0,66 0,66 0,84 0,74 0,60 0,47 0,51 0,50 0,40 0,20 0,00 Prods. intensivos em mãode-obra e recursos naturais Prods. com baixa intensidade de mão-deobra qualificada e tecnologia Prods. com intensidade alta em mão-de-obra qualificada e tecnologia Prods. com intensidade média em mão-de-obra qualificada e tecnologia Prods. Manufaturados total 2002 2006 2010 48

Manufaturados - Competitividade internacional do Brasil nos países desenvolvidos segundo a intensidade fatorial dos produtos: 2002, 2006 e 2010 (participação % dos produtos brasileiros nas importações totais, média móvel 2 anos) 1,40 1,28 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,81 0,90 0,54 1,00 0,84 0,55 0,46 0,41 0,43 0,37 0,40 0,54 0,61 0,45 0,20 0,00 Prods. intensivos em mãode-obra e recursos naturais Prods. com baixa intensidade de mão-deobra qualificada e tecnologia Prods. com intensidade alta em mão-de-obra qualificada e tecnologia Prods. com intensidade média em mão-de-obra qualificada e tecnologia Prods. Manufaturados total 2002 2006 2010 49

G. Vulnerabilidade externa estrutural Brasil vendido em mais de US$ 600 bilhões 50

51

H. Concentração de capital 60,0 Concentração de capital - vendas 500 maiores empresas : 2003 e 2010 (%, média móvel 2 anos) 50,0 44,5 44,1 48,4 40,0 30,0 24,4 32,9 29,8 36,2 39,7 40,3 31,6 32,0 20,0 18,3 16,2 20,5 15,5 13,9 10,0 0,0 CR-5 CR-10 CR-20 CR-30 CR-40 CR-50 Petrobrás + BR + Vale / 500 maiores Petrobrás + BR + Vale / 50 maiores 2003 2010 52

Núcleo central 60,0 Participação % das vendas das 50 maiores empresas nas vendas das 500 maiores segundo a origem: 2003 e 2010 (média móvel 2 anos) 50,0 44,1 48,4 40,0 30,0 20,0 11,0 12,1 15,8 16,0 17,3 20,3 10,0 0,0 Privado nacional Estatal Estrangeiro Total 2003 2010 53

Concentração no sistema financeiro Concentração no sistema financeiro brasileiro - ativos totais: 2003 e 2010 (%, média móvel 2 anos) 100,0 90,0 80,0 75,7 85,1 90,4 87,6 75,6 84,3 79,6 70,0 67,9 60,0 58,0 59,9 50,0 47,3 40,0 30,0 30,8 20,0 10,0 0,0 CR-5 CR-10 CR-20 CR-5 CR-10 CR-20 Total Total, exceto BNDES, CEF e BB 2003 2010 54

55

I. Política econômica e dominação financeira Taxa de rentabilidade, 500 maiores empresas e 50 maiores bancos: 2002-10 (média móvel 4 anos) (Lucro líquido/patrimônio líquido, %) 25,0 20,0 16,3 17,2 18,7 19,2 18,2 17,9 15,0 13,5 13,9 15,1 11,8 11,7 10,9 10,4 10,1 10,0 9,1 7,5 6,2 5,0 2,7 0,0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Bancos Empresas 56

Acumulação e concentração de capital 2,00 Relação entre os ativos totais dos 50 maiores bancos e das 500 maiores empresas: 2003-10 (média móvel 2 anos) 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 1,02 1,01 1,03 1,13 1,26 1,40 1,60 1,75 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 57

2º maior custo da dívida pública 58

59

Evidência empírica: síntese Nacional-desenvolvimentismo Industrialização Substituição de importações Melhora do padrão de comércio Avanço do sistema nacional de inovações Maior controle nacional do aparelho produtivo Ganhos de competitividade internacional Redução da vulnerabilidade externa estrutural Desconcentração de capital Subordinação da política monetária à política de desenvolvimento Nacional-desenvolvimentismo às Avessas Desindustrialização Dessubstituição de importações Reprimarização Maior dependência tecnológica Desnacionalização Perda de competitividade internacional Crescente vulnerabilidade externa estrutural Maior concentração de capital Dominação financeira 60

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Maior vulnerabilidade externa estrutural Esfera Comercial Erro estratégico Desindustrialização Dessubstituição de importações Reprimarização Tecnológica Produtiva Financeira Perda de competitividade internacional Maior dependência tecnológica Desnacionalização Maior concentração de capital Crescente vulnerabilidade externa estrutural Dominação financeira 62

Perspectivas: Questão central erros estratégicos comprometem estruturalmente o desenvolvimento do país 63

4. Fraco desempenho A. fases da história econômica brasileira B. mandatos presidenciais C. comparações internacionais 64

A. Fases da história econômica brasileira 1. sistema colonial (1500-1822) 2. economia agroexportadora-escravista (1822-89) 3. expansão cafeeira e primórdios da industrialização (1889-1930) 4. desenvolvimentismo, substituição de importações e industrialização (1930-79) 5. crise, instabilidade e transição (1980-94) 6. Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) 65

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Histórica econômica do país: fases melhor fase: Era Desenvolvimentista (1930-79) pior fase: Crise, instabilidade e transição (1980-94) MLP:segunda pior fase da história econômica do país (1995 em diante) 67

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PIB, variação média anual (%): 1850-2010 7,0 6,5 6,0 5,0 4,5 4,7 4,0 3,0 3,5 3,2 2,0 2,0 1,9 1,0 0,0 Economia República Velha (1889- agroexportadoraescravista 1930) (1850-1889) Era Desenvolvimentista (1931-79) Crise, instabilidade e transição (1980-94) Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) Média Mediana 69

70

Hiato de crescimento, variação média anual (%): 1850-2010 2,0 1,7 1,5 1,0 0,5 0,5 0,4 0,0-0,5 Economia República Velha (1889- agroexportadoraescravista (1850-1889) 1930) -0,2 Era Desenvolvimentista (1931-79) Crise, instabilidade e transição (1980-94) 0,0 Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) Média Mediana -1,0-1,0-1,0-1,5 71

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Investimento, variação média anual (%): 1850-2010 10,0 8,0 8,0 8,4 6,0 4,0 4,1 4,4 2,0 1,2 2,1 0,0-2,0 Economia agroexportadoraescravista (1850-1889) República Velha (1889-1930) Era Desenvolvimentista (1931-79) Crise, instabilidade e transição (1980-94) -1,3 Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) Média Mediana 73

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Inflação, variação média anual (%): 1850-2010 100,0 90,0 488,1 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 37,2 30,0 22,0 20,0 10,0 2,0 4,0 12,5 11,5 0,0 Economia agroexportadoraescravista (1850-1889) República Velha (1889-1930) Era Desenvolvimentista (1931-79) Crise, instabilidade e transição (1980-94) Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) Média Mediana 75

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Dívida pública interna / PIB, média anual (%): 1850-2010 40,0 37,7 35,0 30,0 25,0 20,0 20,2 15,0 13,0 10,0 8,1 7,7 10,2 5,0 5,0 0,0 Economia agroexportadoraescravista (1850-1889) República Velha (1889-1930) Era Desenvolvimentista (1931-79) Crise, instabilidade e transição (1980-94) Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) Média Mediana 77

78

Dívida externa / exportação, média anual (%): 1850-2010 400,0 377,0 350,0 300,0 270,3 250,0 235,0 212,5 213,0 200,0 184,3 150,0 100,0 61,5 50,0 0,0 Economia agroexportadoraescravista (1850-1889) República Velha (1889-1930) Era Desenvolvimentista (1931-79) Crise, instabilidade e transição (1980-94) Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) Média Mediana 79

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Índice de desempenho macroeconômico: 1850-2010 70,0 60,0 62,0 59,7 63,4 56,0 60,0 50,0 44,0 40,0 39,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Economia agroexportadoraescravista (1850-1889) República Velha (1889-1930) Era Desenvolvimentista (1931-79) Crise, instabilidade e transição (1980-94) Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante) Média Mediana MLP: 2º pior 81

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4 Comparações internacionais: 2003-14 Variação do Produto Interno Bruto real, Brasil e Mundo (média simples e mediana) (%): 2003-2014 Diferenças 3 2 1 0-1 -1,0-0,8 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Média 2003-14 -2-3 -4-5 Menor do que a média mundial: 10 anos Menor do que a mediana mundial: 7 anos Brasil - Mundo (média simples) Brasil - Mundo (mediana) 87

5. Síntese Modelo Liberal Periférico erros estratégicos comprometem estruturalmente o desenvolvimento do país Desenvolvimento às Avessas 88

Desenvolvimento às avessas começa no governo FHC consolida-se no governo Lula continua no governo Dilma 89

Crítica contundente Ausência total grandes transformações reversão de tendências estruturais predominância desenvolvimentista Fraco desempenho 90

Implicação principal Desenvolvimento às avessas => erros estratégicos (longo prazo) comprometem estruturalmente o desenvolvimento do país 91

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Obrigado http://www.ie.ufrj.br/hpp/mostra.php?idprof=77 reinaldogoncalves1@gmail.com 93