Internacionalização da Economia Brasileira

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1 ASPECTOS TÉCNICOS DO ACORDO BRASIL ARGENTINA DE PAGAMENTOS EM MOEDA LOCAL Internacionalização da Economia Brasileira Paulo Vieira da Cunha São Paulo, Agosto/2007 1

2 Agenda 1. Internacionalização da Economia Brasileira 2. Mudanças normativas: capitais internacionais e mercado de câmbio 2

3 1. Internacionalização da Economia Brasileira 3

4 Globalização e mudanças A economia brasileira passa por importantes mudanças estruturais Redução das barreiras comerciais Estabilidade macroeconômica Surto do crescimento da economia e comércio mundial Aumento do comércio internacional e do grau de abertura econômica Fortalecimento da economia Expansão do investimento brasileiro no exterior Expansão do investimento estrangeiro no país Maior densidade, diversidade e estabilidade de fluxos financeiros 4

5 Balança comercial brasileira Acumulado em 12 meses, média móvel 5 anos Dados acumulados em 12 meses Balança comercial/pib Exportações US$ bi Balança comercial (US$) % do PIB Importações Fonte: BCB. Dados Mensais 5

6 Abertura comercial da economia brasileira US$ bi Corrente de comércio/pib Corrente de comércio (US$) % do PIB Grau de abertura (% do PIB) 24% 21% 22% 22% 22% 21% 21% 17% 17% % 13% Corrente de comércio: soma de exportação e importação. Dados mensais acumulados em 12 meses, média móvel 5 anos. Grau de abertura comercial: razão entre corrente de comércio e o PIB. Dados mensais acumulados em 12 meses. Fonte: BCB. 6

7 Crescimento do comércio exterior brasileiro Índice de crescimento da exportação e importação 350 Índice de crescimento da exportação por fator agregado 420 Básicos 300 Exportações 340 Manufaturados Semi-manufaturados Importações Fonte: SECEX. Dados acumulados em 12 meses; 1994 = 100 7

8 Ciclos de importação Quantum de importação (FUNCEX) acumulado em 12 meses Quantum de importação (FUNCEX) acumulado em 60 meses % 20 2 % Mês/mês(-12) - Esquerda Mês/mês(-1) - Direita Mês/mês(-12) - Esquerda Mês/mês(-1) - Direita Fonte: FUNCEX. 8

9 Crescimento do comércio exterior brasileiro Índice FIRJAN de produção exportada; Taxa de crescimento da produtividade da indústria -- Média 3 anos ( ) Indústria de transform aç ão 80% Fum o 70% Têxtil Vestuário e acessórios Calçados e artigos de couro Madeira Celulose, papel e produtos de papel Refino de petróleo e álcool Borracha e plástic o Índice FIRJAN de produção exportada (%) 60% 50% 40% 30% 20% Crescimento da produtividade e das exportações Minerais não-m e tá licos 10% Produtos de m etal, excl. m áqs. e equiptos. Máquinas e equipa m entos 0% -10% -5% 0% 5% 10% Tax a de cre scim e nto da produtiv idade da indústria (quantum /NHP) Fonte: FIRJAN, FUNCEX 9

10 Coeficientes de importação e de exportação Coeficiente de exportação: valor exportado/valor da produção doméstica Coeficiente de importação: valor importado/valor da produção doméstica % Média móvel 3 anos Fonte: FUNCEX. Dados trimestrais 10

11 Investimento estrangeiro direto e capitais de risco US$ bi IED - entradas IED $32,3 IED - % do PIB 6 $45, ,8% PIB 2 1 $13,0 % do PIB US$ bi IED Outros Títulos Ações Total 111,0 32,3 78,7 50,1 28,6 17,5 11,2 Valores em / IED - saídas Dez Dez

12 Fluxos de capitais Resultado da Conta Capital Ativos: Reservas internacionais e Ativos no exterior Passivos: Dívidas (curto e médio prazo) e Investimentos /07 US$ 142,2 US$ bi Dados acumulados 60 meses Fonte: BCB. Dados mensais 12

13 Absorção doméstica: investimento e exportações Demanda interna (PIB - Exportações líquidas) Consumo final FBCF + Variação de Estoque Exportações líquidas 5,35 % 2 1 2, T 3T 4T 1T 3T 4T 1T Fonte: BCB. Dados trimestrais 13

14 Em síntese Processo de internacionalização da economia brasileira Mais comércio e investimentos externos Ampliação da eficiência e da competitividade geral Aperfeiçoamento da regulação do mercado de câmbio Simplificação e liberalização das operações Meta de redução dos custos de transação Melhoria nos Passivos e Ativos Internacionais do país Tendência de redução da Posição Internacional dos Investimentos Ampliação dos Ativos como % do PIB (maiores reservas internacionais e investimentos diretos brasileiros no exterior) Redução da participação dos Passivos e melhora em sua composição (menos dívida e mais investimentos, tanto diretos quanto em ações) 14

15 2. Mudanças normativas: capitais internacionais e mercado de câmbio 15

16 Capitais internacionais e mercado de câmbio: Crises internacionais e/ou instabilidade macro/política Mercados de taxas livres e futuantes Interrupção do fluxo de divisas Simplificação regras/procedimentos cambiais Fim do monópolio de câmbio Crise de balanço de pagamentos Eliminação dos repasses e coberturas Capitais: Registro Declaratório Eletrônico (RDE) Rígido controle cambial Monópolio de câmbio, limites, proibições e autorização prévia Regime de livre flutuação de taxas de câmbio (Jan/1999) Metas de inflação (Jul/1999) 16

17 Capitais internacionais e mercado de câmbio: Nova filosofia cambial Lei Fim da cobertura cambial Unificação dos mercados Flexibilização do regime de exportção Simplificação dos procedimentos para operações comerciais Fim das autorizações prévias do BCB Fim da multa de importação Registro do capital contaminado Todas operações permitidas, atendo aos princípios de Legalidade, Responsabilidade, Fundamentação econômica e Respaldo documental Resolução CMN 3412 Liberdade para pessoas físicas e jurídicas realizar aplicações no exterior no mercado de capitais e derivativos 17

18 O papel das instituições financeiras Passado Bancos foram usados como instrumentos de auxílio no controle dos fluxos de capitais Agentes de vinculação individualizada das operações de comércio internacional Financiamentos do comércio exterior Presente e Futuro Fim das vinculações de documentos de embarque Acompanhamento das operações no contexto das demais operações bancárias A continuidade do processo de simplificação permitirá que os bancos se concentrem em suas atividades fins, especialmente no financiamentos do comércio exterior 18

19 Conjuntura atual Cobertura cambial de exportação não tem mais a importância que teve no passado; de fato, do ponto de vista cambial não é mais necessária. Regime de livre flutuação da taxa de câmbio e sistema de metas de inflação são os pontos de sustentação da política cambial. Modificações na regulação dos capitais e do câmbio e em seus procedimentos operacionais: Simplificação e desburocratização Redução de custos de transação Meta a ser alcançada: eliminação de todos os entraves do mercado de câmbio, reduzindo possíveis interferências na formação da taxa de câmbio. 19

20 Perspectivas Expectativas para o futuro Continuidade do processo de simplificação e liberalização das operações cambiais Simplificação dos sistemas informatizados de câmbio e capitais internacionais Convertibilidade do real Objetivos Não dar tratamento diferenciado para as questões cambiais Fim dos entraves e redução dos custos de transação Princípios: legalidade, responsabilidade, respaldo documental e fundamentação econômica 20

21 Considerações finais Consolidação do processo de igualdade de tratamento entre a moeda estrangeira e a moeda nacional Exportações em reais Ordens de pagamento em reais SML 21

22 Obrigado! Paulo Vieira da Cunha 22