PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA E SEU IMPACTO NA GESTÃO DOS BENEFÍCIOS João Baptista Opitz Junior Doutor e Mestre pela USP/SP Especialista em Medicina do Trabalho, Medicina Legal e Perícia Médica
MEDICINA PERÍCIA MÉDICA DIREITO
PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA Possibilidade de estabelecimento do nexo causal com base em presunção através do NTEP Reabilitações mal feitas ou sem efetividade Negativa de benefícios para trabalhadores com ausência ou diminuição de sua capacidade laborativa
PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA MAL FEITA NÃO AFETA SOMENTE O TRABALHADOR, MAS TAMBÉM A EMPRESA. TODA A SOCIEDADE SOFRE COM BENEFÍCIOS NEGADOS DE FORMA INDEVIDA, CARACTERIZAÇÃO DO NEXO CAUSAL SEM FUNDAMENTO TÉCNICO E REABILITAÇÃO REALIZADA DE FORMA INADEQUADA.
PROBLEMAS NA GESTÃO PREVIDENCIÁRIAS DE BENEFICIOS PELAS EMPRESAS 1. CARACTERIZAÇÃO DO NTEP 2. REABILITAÇÃO 3. DESCONHECIMENTO TECNICO JURIDICO SOBRE AS ESPECIFICIDADES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO 4. FALTA DE COMUNICAÇÃO ENTRE OS SETORES DA EMPRESA ENVOLVIDOS NESTA QUESTÃO
CONTESTAÇÃO DO NTEP Muitas empresas desconhecem a possibilidade de contestar a aplicação do NTEP pelo INSS Não acompanham a concessão do beneficio pelo INSS Ainda entendem que se foi para o INSS não é mais problema da empresa Não possuem documentos de Saúde e Segurança no Trabalho Não contestam o NTEP com base em critérios técnicos
REABILITAÇÃO Falta de estrutura do INSS para realizar; Desconhecimento das atividades efetivamente exercidas para realizar a reabilitação Demora no encaminhamento para reabilitação Quanto mais tempo afastado mais difícil é a reabilitação
DESCONHECIMENTO TECNICO JURIDICO SOBRE AS ESPECIFICIDADES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Algumas empresas acham que o Direito do Trabalho é igual ao Direito Previdenciário, não procurando profissionais especializados, deixando para o profissional com formação em Direito do Trabalho atuar na gestão de afastados Apesar de um acarretar em consequências e implicações no outro, Direito do Trabalho não é igual ao Direito Previdenciário
FALTA DE COMUNICAÇÃO ENTRE OS SETORES DA EMPRESA ENVOLVIDOS NESTA QUESTÃO As informações necessárias a gestão dos afastados estão espalhadas pela empresa em diferentes setores: Saúde e Segurança no Trabalho, Recursos Humanos, Jurídico, etc. Estes setores geralmente não falam a mesma língua e não atuam harmonicamente
CONSEQUÊNCIAS Aumento de custos para o empregador alíquotas maiores de SAT/RAT de acordo com o FAP. Trabalhador muitas vezes sem receber de ninguém, desamparado socialmente
CAUSAS 1. Modelo de Perícia Médica adotado pelo INSS; 2. Ausência de exigência do nexo técnico individual cada caso é único e deve ser analisado sob esta perspectiva 3. Ausência de vistoria nos locais de trabalho para o estabelecimento de nexo causal e para realização de reabilitação.
PROPOSTAS 1. Revisão do modelo atual Perícia Médica adotado pelo INSS, que já se mostrou falido; 2. Exigência legal de vistoria no local de trabalho para estabelecimento de nexo causal e processo de reabilitação, com formação de equipes especializadas nesta atividade; 3. Ausência de vistoria nos locais de trabalho para o estabelecimento de nexo causal e para realização de reabilitação.
NO CENÁRIO ATUAL, RESTA AS EMPRESAS: 1. Realizar gestão eficiente de seus afastados, acompanhando a concessão de benefícios, altas e demais decisões do INSS; 2. Maior interlocução entre os diversos setores da empresa envolvidos em tal problema; 3. Contratação de profissionais especializados e familiarizados com o Direito Previdenciário; 4. Cumprimento das Normas de Saúde e Segurança no Trabalho com gestão da documentação referente a isto; 5. Participação ativa nos processos de reabilitação do INSS; 6. Identificação de falhas na empresa que geram os afastamentos em razão de incapacidade laborativa.
A EMPRESA TEM QUE ESQUECER A IDÉIA DE QUE QUANDO O TRABALHADOR É AFASTADO PARA O INSS NÃO É PROBLEMA MAIS SEU. SIM, É PROBLEMA DA EMPRESA E MUITAS VEZES QUEM VAI PAGAR A CONTA SERÁ ELA.
Obrigado! JBOPITZ@TERRA.COM.BR PERICIAS@INSTITUTOPAULISTA.ORG