2º Seminário Nacional GSO de SST Agroindústria Sucroenergético
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- Ângelo Cipriano Bergler
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1 2º Seminário Nacional GSO de SST Agroindústria Sucroenergético
2 REALIZAÇÃO
3 PARCEIROS
4 Uma Breve Apresentação da Empresa
5 PALESTRA FAP/NTEP A importância do FAP e do NTEP no dia-a-dia das empresas Eduardo ELIAS oferecimento Contribuição: Dr. Luis Augusto de BRUIN
6 O Que É? FAP É o Fator Acidentário de Prevenção que afere o desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, relativamente aos acidentes de trabalho ocorridos num determinado período. O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,000), aplicado sobre a alíquota RAT (Riscos Ambientais do Trabalho). RAT Representa a contribuição da empresa, prevista no inciso II do artigo 22 da Lei 8212/91, e consiste em percentual que mede o risco da atividade econômica, com base no qual é cobrada a contribuição para financiar os benefícios previdenciários decorrentes do grau de incidência de incapacidade laborativa (GIIL-RAT).
7 Como funcionava? A mesma alíquota do SAT (Seguro de Acidente do Trabalho) era utilizada para todas as empresas, o que gerava insatisfação às que de fato investiam em Saúde no Trabalho, pois criava uma concorrência desleal com aquelas que nada investiam em SST. Muitas empresas, insatisfeitas com sua carga tributária, chegaram a ingressar com ações contra a Previdência para revisão da alíquota do SAT.
8 Como funcionava? Lei nº de 08/05/2003, artigo 10 (antiga MP nº 83 de 12/02/2002) - Alíquota do SAT (1%, 2% ou 3%) - Reduzida (até 50%) - Aumentada (até 100%) - Desempenho Empresa x Desempenho Atividade Econômica - Frequencia / Gravidade / Custo (CAT) - Metodologia aprovada pelo CNPS
9 Como funcionava? FAP RESOLUÇÃO Nº DO CNPS - Através da Resolução nº 1.236, de 28/04/2004, o Conselho Nacional de Previdência Social aprovou a Metodologia para Avaliação e Controle dos Acidentes do Trabalho. Foram definidos três indicadores: Índice de Frequencia; Índice de Gravidade; Índice de Custo.
10 Como funcionava? FAP Fator Acidentário Previdenciário que varia de 0,5 a 2,0. O Código Internacional de Doenças CID - foi instituído como novo Parâmetro: Imune à sonegação; Não declaratório; Independe do desejo/poder do empregador; Intrinsecamente relacionado à capacidade laboral. A CAT foi descartada como única base de dados.
11 Coletivo x Individual - Anteriormente, o SAT dependia do desempenho coletivo das empresas. - Com a instituição do FAP, a empresa deve implementar uma gestão adequada dos riscos existentes em seu ambiente de trabalho pois seu desempenho individual determinará o cálculo do FAP.
12 Coletivo x Individual
13 Coletivo x Individual
14 Coletivo x Individual
15 Coletivo x Individual
16 Novos Estudos Após mais de um ano de estudos para aperfeiçoamento do cálculo do FAP, o CNPS emite a Resolução MPS/CNPS nº 1.308, de 27/05/2009 e nº 1.309, de 24/06/2009, aperfeiçoando a metodologia para potencializar a acurácia do método para o cálculo do FAP. A forma de cálculo foi revista e atualizada conforme Resolução de 31 de maio de 2010.
17 Índice de Frequencia - Indica a incidência de acidentabilidade em cada empresa, sendo sensível ao número de acidentes que ocorrem. São computadas as ocorrências acidentárias registradas por meio de CAT e os benefícios das espécies B91 (auxílio-doença acidentário) e B93 (pensão por morte acidentária) sem registro de CAT, estabelecidos por nexo técnico. Os casos de concessão de B92 (aposentadoria por invalidez acidentária) e B94 sem a precedência de um B91 (auxílio-doença acidentário) e sem a existência de CAT serão contabilizados como registros de acidentes ou doenças do trabalho.
18 Índice de Gravidade - Indica a gravidade das ocorrências acidentárias em cada empresa, sendo sensível à duração do benefício. São computados todos os casos de afastamento acidentário por mais de 15 dias, de invalidez e morte acidentárias, de auxíliodoença acidentário e de auxílio-acidente. - São atribuídos pesos diferentes para cada tipo de afastamento: Para morte, o peso é 0,50; Para invalidez, é 0,30; Para auxílio-doença e auxílio-acidente é 0,10.
19 Índice de Gravidade
20 Índice de Custo - Representa o custo dos benefícios por afastamento cobertos pela Previdência, sendo sensível ao valor que cada acidente custou para os cofres públicos. - No caso de auxílio-doença, o custo é calculado pelo tempo de afastamento, em meses e fração de mês do trabalhador. - Nos casos de invalidez, parcial ou total, e morte, os custos são calculados segundo projeção de expectativa de sobrevida a partir da tábua completa de mortalidade do IBG, para toda a população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.
21 FAP por Empresa - Após os cálculos dos índices de frequencia, gravidade e custo, são atribuídos os percentuais de ordem para as empresas por setor, para cada um desses índices. - Desse modo a empresa com menor índice de frequencia de acidentes e doenças recebe o menor percentual, e as de maiores índices, o maior. - Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados dos dois anos imediatamente anteriores ao ano de processamento. - Excepcionalmente, o primeiro processamento do FAP utilizou os dados de abril de 2007 a dezembro de Para as empresas constituídas após janeiro de 2007, o FAP será calculado no ano seguinte ao que completar dois anos de constituição.
22 Taxa de Rotatividade Não será concedida a bonificação do FAP para as empresas cuja taxa média de rotatividade for superior a 75%. Tal providência visa evitar que as empresas que mantenham por mais tempo os seus trabalhadores sejam prejudicadas por assumirem toda a acidentabilidade.
23 FAP RESOLUÇÃO DE 31/05/ Para 2011 mantém-se o desconto de 25% para as empresas com aumento da alíquota de contribuição, desde que não tenham registros de óbito ou invalidez permanente. - Quando a empresa não apresentar no período base de cálculo do FAP registros de acidentes ou doenças do trabalho, constatado através da não emissão da CAT ou pagamento de beneficio previdenciário acidentário, o seu FAP será igual a 0,5. - Nos casos de fiscalização do INSS, constatando-se a sonegação de informações sobre acidentes ou doenças através da não emissão de CAT, o FAP será igual a 2,0.
24 FAP RESOLUÇÃO DE 31/05/ Caso a empresa não declare o seu CNAE de forma correta, receberá o seu FAP igual a 1,0. - Se no ano seguinte persistir no erro, terá FAP 1,5. - Cometendo o erro pela 2ª vez consecutiva, seu FAP será 2,0.
25 FAP por Empresa - Para que a empresa demonstre bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho e consequentemente reduza seu FAP, é interessante não somente investir na prevenção, mas também monitorar o empregado afastado, pois a cada dia o coeficiente de gravidade (duração do benefício) é incrementado. - Dessa forma, as empresas inteligentes não investirão somente na prevenção de doenças no ambiente de trabalho, mas também na promoção da saúde, inclusive nos acidentes domésticos, pois certamente refletirão na elaboração das futuras relações evidenciando vínculo entre a doença e o labor.
26 O Que É? NTEP Nexo Técnico Epidemiológico Foi criado por meio da resolução CNPS nº Com o advento da Lei de 26 de dezembro de 2006, regulamentada pelo Decreto 6.042, de 12 de fevereiro de 2007, as empresas terão que provar, doravante, que um acidente ou doença de seu empregado não está relacionado com a natureza de sua função. É a chamada inversão do ônus da prova.
27
28 NTEP - A partir de então, o benefício acidentário previdenciário será concedido por presunção epidemiológica, o que implica no cruzamento da patologia com o CNAE Código Nacional de Atividade Econômica. Assim, o Nexo é presumido (relativamente) e resultado da associação entre doença e a classe econômica (CNAE) das empresas. - A lista apresentada no Decreto é resultado da compilação de quatro anos relacionando doenças com benefícios e atividade econômica. - A Previdência utiliza o Banco de Dados do CNIS Cadastro Nacional de Informações Sociais, que contém as causas médicas em forma de CID Código Internacional de Doenças para todos os afastamentos de um CNPJ e são confrontadas estatisticamente (e não epidemiologicamente como quer fazer acreditar a Previdência Social) com a população em geral.
29 NTEP - Assim, com o advento do NTEP ocorreu a inversão da prova no tocante à comprovação do nexo entre a doença e o trabalho. Anteriormente cabia ao trabalhador demonstrar tal nexo; atualmente o nexo é presumido (relativamente) e a empresa é que tem por incumbência demonstrar a inexistência do nexo. - Demonstrada a inexistência do nexo pela empresa, não cabe a esta o depósito do FGTS enquanto perdurar o afastamento do trabalhador, bem como fica desobrigada a empresa de manter o contrato de trabalho do segurado pelo prazo de 12 meses, após a cessação do benefício da Previdência, nos termos do artigo 118 da Lei nº 8.213/91.
30 NTEP - Considerando que cumpre à empresa comprovar a inexistência do nexo, é de suma importância enviar à Perícia Médica da Previdência, todas as informações e/ou provas produzidas pela empresa. - Por óbvio que o empregado também produzirá provas, ainda que verbais, durante a Perícia Médica da Previdência. - Assim a empresa não pode se furtar de apresentar todas as evidências que lhe forem importantes.
31 NTEP - Tais provas são representadas pelos exames médicos, os quais bem realizados serão comprovações robustecidas; ao contrário, exames mal feitos somente redundarão em prejuízo à própria empresa. - É no Exame Médico Admissional que a empresa tem a oportunidade de produzir provas sobre eventual patologia do trabalhador. Abrir mão de tal direito é comprar um passivo que pode ser bastante oneroso à empresa. - O exame médico periódico trará um diagnóstico precoce e, em última análise, a possibilidade de reversão ou estabilização de um quadro de saúde que num futuro breve se transformaria em uma verdadeira bola de neve.
32 NTEP O NTEP considera a doença como unicausal, atribuindo ao trabalho toda a responsabilidade por seu surgimento. - Um exemplo clássico é a PAIR, cuja relação com o trabalho se dá somente no caso da exposição ocupacional desencadear ou agravar a doença. - A PAIR pode ocorrer também pela perda oriunda da exposição experimentada nos meios sociais, como estádios de futebol, show, boates, aviões, pelo envelhecimento natural do aparelho auditivo, por trauma acústico, ou seja, de exposição aguda a tiro, explosão, etc, por doença congênita, adquirida durante a gravidez ou ainda outras doenças como diabetes melitus e rubéola.
33 NTEP Uma vez caracterizado o NTEP pelo Perito Médico da Previdência, cabe à empresa, no prazo máximo de 15 dias, contestar a decisão. Para contestar, a empresa poderá se utilizar, desde que elaborados com visão de defesa empresarial, os seguintes documentos: - Relatório Anual de PCMSO para demonstrar a baixa ou não incidência de doença no ambiente de trabalho; - PPRA para demonstrar a inexistência de exposição acima dos limites de tolerância; - Análise ergonômica para demonstrar a inexistência ou baixa intensidade do risco ergonômico; - Histórico detalhado do trabalhador, realizado a partir dos exames admissional e periódicos; - Levantamento bibliográfico ou ainda outras provas produzidas ao longo do período de trabalho do segurado.
34 NTEP - A produção de tais provas deverá se iniciar no Exame Médico Admissional, quando a empresa tem a oportunidade de detectar precocemente qualquer doença já existente no trabalhador ou mesmo a propensão de adquirí-la. Exames complementares requisitados pela Medicina do Trabalho não devem ser vetados pela empresa, sob o pretexto de economia. Esta é a típica economia burra que custa caro à empresa. - Além do Exame Médico Admissional, os exames médicos periódicos poderão servir como prova de descaracterização do nexo causal, demonstrando que ao longo dos anos o trabalhador não apresentava qualquer sintoma de doença ou agravamento de doença já existente na admissão.
35 NTEP - Os exames médicos, juntamente com o prontuário médico do trabalhador, podem ser provas contundentes na exclusão do nexo, tal como a anamnese onde o médico do trabalho pode conseguir informações valiosas sobre o trabalhador, a exemplo de atividades extra laborais (lavar roupa para fora ou fazer tricô), esportes praticados (futebol, tênis ou halterofilismo), hobbies (tocas instrumentos e frequentar danceterias), uso de medicamentos (anticoncepcionais, etc), uso de álcool, drogas, etc. Enfim, todas as intercorrências médicas devem ser lançadas no prontuário, com vistas a produzir provas no futuro.
36 NTEP
37 NTEP Demonstrando que a empresa não possui qualquer autuação pelo Ministério do Trabalho, da Previdência Social e as Saúde, fica caracterizada sua idoneidade na condução das questões de Segurança e Saúde no Trabalho, ou pelo menos, que esta cumpre as legislações aplicáveis, não sendo, em tese, responsável por doenças apresentadas por seus trabalhadores.
38 NTEP
39 NTEP Quando a Perícia Médica do INSS constatar desrespeito às normas de segurança e saúde do trabalhador, fraude ou simulação na emissão de documentos de interesse da Previdência Social por parte do empregador ou de seus prepostos, deverá produzir relatório circunstanciado da ocorrência e encaminhá-lo, juntamente com as evidências e demais meios de prova colhidos, à Procuradoria Federal Especializada INSS para conhecimento e providências pertinentes, inclusive, quando cabíveis, representações ao Ministério Público e/ou a outros órgãos da Administração Pública encarregados da fiscalização ou controle da atividade.
40 NTEP Comparativo do número de Acidentes do Trabalho antes e depois do NTEP Nexo Técnico Epidemiológico : acidentes : acidentes AUMENTO DE 28%
41 NTEP Os benefícios previdenciários acidentários B91, após a implantação do NTEP Nexo Técnico Epidemiológico, explodiram: : (antes do Nexo) : (após o Nexo) AUMENTO DE 150%
42 NTEP
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45 O e seus parceiros agradecem a todos os participantes desta Palestra e lembra que a performance de hoje é um produto do aprendizado do passado. A performance de amanhã é um produto do aprendizado de hoje." -- Bob Guns
46 2º Seminário Nacional GSO de SST Agroindústria Sucroenergético
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