Curso Técnico Segurança do Trabalho. Módulo 1 Legislação
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1 Curso Técnico Segurança do Trabalho Medicina do Trabalho Medicina do Trabalho Módulo 1 Legislação
2 PCMSO Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. (7.1.1) (..) as informações geradas no PCMSO devem ser tratadas no coletivo, ou seja, com uma abordagem dos grupos homogêneos em relação aos riscos detectados na análise do ambiente de trabalho. Para verificar se há locais de trabalho, setores, atividades, funções, horários, ou grupo de trabalhadores, com mais agravos à saúde do que outros.
3 PCMSO Compete ao empregador: (7.3.1) a) garantir a elaboração e efetiva implantação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) custear todos os procedimentos relacionados ao PCMSO e, quando solicitado pela inspeção do trabalho, comprovar a execução da despesa; c) indicar, dentre os médicos do SESMT da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. Compete ao médico coordenador: (7.3.2) a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1, ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados
4 PCMSO Grau de Risco nº Empregados 1 Até 25 2 Até 25 3 Até 10 4 Até 10 Condiçõesde Indicação de Médico Coordenador do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional Ficam desobrigadasde indicar médico coordenador 1 > 25 e até 50 Podem ficar desabrigadas de indicar médico coordenadorem decorrência de 2 >25 e até 50 negociação coletiva 3 >10 e até 20 4 >10 e até 20 Podem ficar desabrigadas de indicar médico coordenadorem decorrência de negociação coletiva assistida por representante do MTb O médico do trabalho coordenador pode elaborar e ser responsável pelo PCMSO de várias empresas, filiais, unidades, frentes de trabalho, inclusive em várias Unidades da Federação. Por outro lado, o profissional encarregado pelos exames médicos e assina o ASO, deve estar registrado no CRM da Unidade da Federação em que atua.
5 PCMSO O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: (7.4.1) a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. Os exames médicos compreendem: (7.4.2) a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação, desde que o último exame ocupacional tenha sido realizado há mais de: ( ) (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4; - 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4. Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias (7.4.4) b) exames complementares, realizados de acordo com os termos especificados nesta NR, e seus anexos.
6 SESMT O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta NR. (4.2) O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá obedecer ao disposto no Quadro II desta NR, no tocante aos profissionais especializados. (4.3.4) O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os profissionais especializados previstos no Quadro II, anexo, sendo permitido aos demais engenheiros e médicos exercerem Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, desde que habilitados e registrados conforme estabelece a NR-27. (4.3.3) Portaria nº 262 de 29 Maio de 2008 (DOU de 30/05/2008 )
7 SESMT Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1 (um) mil empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. (4.2.1) Neste caso, os engenheiros de segurança do trabalho, os médicos do trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados. ( ) Para os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de enfermagem do trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de trabalho, conforme o Quadro II, anexo. ( ) As empresas que possuam mais de 50% (cinqüenta por cento) de seus empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR. (4.2.2)
8 SESMT A empresa poderá constituir SESMT centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a (cinco mil metros), dimensionando-o em função do total de empregados e do risco, de acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem (4.2.3) Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que, isoladamente, não se enquadrem no Quadro II,anexo, o cumprimento desta NR será feito através de SESMTscentralizados em cada estado, território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no estado, território ou Distrito Federal alcance os limites previstos no Quadro II, anexo, aplicado o disposto no subitem (4.2.5) Havendo, na empresa, estabelecimento(s) que se enquadre(m) no Quadro II, desta NR, e outro(s) que não se enquadre(m), a assistência a este(s) será feita pelos serviços especializados daquele(s), dimensionados conforme os subitens e e desde que localizados no mesmo Estado, Território ou Distrito Federal. (4.2.4) Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o dimensionamento do SESMT : estabelecimento com maior número de empregados + a média aritmética do número de empregados dos demais estabelecimentos. ( ) Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o dimensionamento do SESMT: o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos. ( )
9 SESMT O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo. (4.8) O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor. (4.9) As empresas de mesma atividade econômica, localizadas em um mesmo município, ou em municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se enquadrem no Quadro II, podem constituir SESMT comum, organizado pelo sindicato patronal correspondente ou pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (4.14.3) As empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo pólo industrial ou comercial podem constituir SESMT comum, organizado pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho das categorias envolvidas. (4.14.4)
10 Legislação Previdenciária (CAT) A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa. CAT Inicial -acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho CAT Reabertura -reinicio de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS CAT Comunicação Óbito -falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública prevista no subitem Todos os casos com diagnóstico firmado de doença profissional ou do trabalho devem ser objeto de emissão de CAT. A CAT deve estar acompanhada de relatório médico preenchido pelo médico do trabalho da empresa, médico assistente ou médico responsável pelo PCMSO, com descrição da atividade e posto de trabalho para fundamentar o nexo causal e o técnico.
11 Legislação Previdenciária (NTEP) O INSS, por intermédio de sua perícia médica, analisava o empregado acidentado ou adoecido mediante a relação entre o diagnóstico e a ocupação. Com o NTEP a relação se dá entre o CID e o CNAE da empresa. Assim, tem se presumido ocupacional o benefício por incapacidade em o atestado médico que apresenta um CID que tenha relação com o CNAE da empresa, segundo Lista B do Anexo II do Regulamento da Previdência Social. O empregador poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico (NTEP) mediante a demonstração de inexistência do correspondente nexo causal entre o trabalho e o agravo, requerimento este que poderá ser apresentado no prazo de 15 dias da data da entrega da GFIP que registre a movimentação do trabalhador. Ou, caso o empregador não tome conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, no prazo de 15 dias contados da data em que a empresa tomar ciência da decisão da perícia médica do INSS.
12 Legislação Previdenciária (Quadro Resumo) Benefícios Beneficiários Condiçõespara Concessão Data de Início Data de Cessação Valor Auxílio-Doença Acidente do Trabalho Afastamento do trabalho por incapacidade laborativa temporária por acidente do trabalho 16º dia de afastamento consecutivo para empregado Morte; cessão do auxílio-acidente ou aposentadoria; cessão da incapacidade; alta médica; volta ao trabalho; 91% do salário de benefício Aposentadoria por Invalidez Acidente do Trabalho Afastamentodo trabalho por invalidez acidentária No dia em que o auxílio-doença teria inicio; no dia seguinte à cessão do auxílio-doença Morte; cessão da invalidez; volta ao trabalho; 100% do salário de benefício Auxílio-Acidente Acidente do trabalho Redução da capacidade laborativa por lesão acidentária No dia seguinte a concessão do auxílio-doença; Cessãode aposentadoria; óbito; 50% do salário de benefício Pensão Dependentesdo acidentado ao trabalho Morte por acidente do trabalho Na data do óbito; na datada entrada do requerimento quando requerida após 30 dias do óbito; Morte do dependente; cessão da qualidade de dependente; 100% do salário de benefício
13 Definições - Acidentes Equiparam-se a acidentes: O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para sua recuperação; Nos períodos destinados à refeição ou ao descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho; O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; 1. ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 2. b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 3. ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 4. ato de pessoa privada do uso da razão; 5. desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
14 Definições - Acidentes Equiparam-se a acidentes: O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho: 1. na execução de ordem ou na realização de serviço pela empresa; 2. b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 3. c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhorar capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e 4. d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado; Não podem ser consideradas como doenças do trabalho: a doença degenerativa = diabetes; a inerente a grupo etário = o reumatismo; a que não produza incapacidade laborativa = a miopia; a doença endêmica, a exemplo da malária, adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado
Doenças ocupacionais (Lei 8.213, art. 20) 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o
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