AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO DO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO NÍVEL MÉDIO DA CIDADE DE ARACAJU SE.



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No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova.

Transcrição:

AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO DO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO NÍVEL MÉDIO DA CIDADE DE ARACAJU SE. Maria Augusta Rocha Porto (UFS) O mundo atual, faz com que todo cidadão tenha necessidade de se atualizar diante de diversas áreas. Na vida profissional, para que essa atitude venha se concretizar, o cidadão possa obter um longo processo de educação escolar, a fim de adquirir conhecimentos variados desde os princípios básicos da matemática, sua língua materna, até as ciências geografia, história e outros idiomas. A preocupação com a língua estrangeira inglês, vista hoje em dia, como uma língua universal, Rivers (1975), fez com que esta pesquisa fosse efetuada em escolas públicas, uma vez que os alunos da rede pública são totalmente dependentes do ensino do idioma inglês e que os professores também sofrem com a grande carência de assistência técnica, isto é, falta de recursos didáticos. O idioma inglês é muito mais útil do que uma simples disciplina escolar, por ser utilizada no atual mundo globalizado, isto é, em anúncios, em música, no computador etc, e desta forma a motivação e auto confiança tanto do aluno como do professor, podem aumentar diante da situação da educação na capital de Sergipe. As escolas escolhidas para a pesquisa, funcionam nos turnos matutino, vespertino e noturno daí, os dados obtidos possuírem a mesma abrangência quanto aos diversos turnos. O estudo baseou-se em critérios exploratórios e descritivos, com o uso de questionários, tanto para o professor como para o aluno. Com o conhecimento dos problemas básicos das escolas, os questionários dos alunos e professores apresentaram quesitos distintos, sendo que o do aluno contou com 35 questões e do professor, com 29 questões, direcionadas entretanto para o objetivo central do estudo.

Os estudos foram feitos no 1.º ano e 2.º ano do ensino médio. Participaram da pesquisa todos os professores de Inglês das escolas em pauta, considerando os três turnos de trabalho. O critério da escolha do número de alunos baseou-se no próprio professor, ou seja, de cada professor foram avaliadas duas turmas para cada turno de ensino e de cada turma os questionários foram respondidos por 5 alunos escolhidos aleatoriamente, sendo aplicados de forma anônima, porém na presença do pesquisador responsável pela presente dissertação. A pesquisa envolveu 12 professores e um total de 215 alunos das escolas estudadas, cujos questionários previamente elaborados foram aplicados no 2.º semestre do ano letivo de 2001. ANÁLISE DOS RESULTADOS Em resumo as três escolas tem trabalhado mais com os seus alunos a exploração de texto x compreensão seguindo pelo trabalho individual. As aulas expositivas são menos adotadas e os trabalho individuais suplantam os trabalhos em grupo. Por sua vez os debates obtiveram na grande totalidade a mesma nota da escola estabelecida. Observa-se portanto que o ensino, ora praticado pelos 1.º e 2.º anos do nível médio está mais voltado para os métodos tradicionais onde prevalece a leitura e gramática ficando a comunicação oral em segundo plano. A tendência verificada deve-se inclusive a ausência do uso de recursos tecnológicos à exemplo de gravador; VCR, etc. Em resumo, a média geral das três escolas refletiram a tendência de cada escola individualmente ou seja, estando em primeiro lugar a compressão escrita e em ordem decrescente as compreensões de leitura, oral e auditiva. Isso reforça os resultados obtidos em outras tabelas onde foram enfatizados métodos de ensino. Fazendo-se uma analogia, fica confirmada a tendência de que aquele aluno que recebe aulas com mais intensidade na compreensão de texto, desenvolveu com mais facilidade à compreensão escrita.

O pouco uso das aulas expositivas e dos debates como métodos de ensino, conduzem o aluno a uma carência nas habilidades oral e auditiva. Observa-se que no Colégio Atheneu Sergipense a grande maioria dos alunos atribuía a qualidade do curso de inglês como apenas razoável e que quando somando ao percentual relativo ao nível Fraco os valores ultrapassam a meia. A diferença encontrada entre o 1.º ano e o 2.º ano está em geral vinculada ao crescimento do nível de exigência dos próprios alunos assim como ao grau de compreensão dos referidos alunos. A falta do livro didático afeta a utilização dos os métodos de ensino, por inexistência de apoio escolar na área de material e falta de livros teóricos didáticos aos professores. No Colégio Estadual Atheneu Sergipense foi detectado sobre aquisição de novos materiais didáticos em inglês. Os professores não têm tanto hábito de adquirirem compêndios e revistas, eles estão bem informados quanto aos novos lançamentos de música e até de materiais VCR fitas e K7, mas não utilizam essas novas modalidades de ensino na escola por motivos diversos. Os procedimentos metodológicos deverão ser sempre os mesmos não havendo novidades em relação à técnicas de ensino e aplicação de material autêntico, bem como diversificação nas aulas quanto a utilização de músicas (atuais) jogos para competição entre sexos divergentes ou quem sabe mais mantendo sempre o filtro afetivo baixo que segundo Krashen, promove um maior índice de aprendizagem. Na segunda escola, Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, percebe-se que os professores mantiveram uma média estável da não aquisição de material didático, desde a revista, fitas VCR, fitas K7 e CD; apenas, os compêndios eles têm o hábito de adquiri-los, mesmo assim, via editora. Como se vê os professores estão enraigados aos procedimentos do L.D. apenas, sem diversificar os procedimentos metodológicos de suas aulas, conforme já foram detectados através das outras perguntas do questionário.

O livro didático é um dos itens mais importantes a ser obtido pelos professores, mas é necessário que o professor leia todos as suas instruções metodológicas nos quais os autores e seus editores fazem, para depois adaptá-los às realidades da sua escola e dos seus alunos. Os professores devem também fazer outros tipos de leitura como revistas (Veja, Isto é, e outras em L2) que abordam temas variados como educação e trazê-los à sala de aula a fim de modificar o seu tipo de recurso didático bem como mostrar a ascendência do idioma inglês no mercado de trabalho em todos os setores. Durante o ensino da disciplina, que habilidades lingüísticas vem sendo trabalhada? Através dos dados obtidos nos questionários dos alunos sobre as habilidades lingüísticas que vêm sendo trabalhadas em classe, observa-se que os professores ao iniciarem suas aulas, mantêm o mesmo procedimento metodológico, eles escrevem o texto no quadro e fazem logo as perguntas de interpretação do texto por último eles lêm o texto. No entanto, sabe-se que a abordagem do texto baseada na literatura utilizada, deve ser explorado com predições do título e sub títulos, além de chamar a atenção pelas palavras cognatas existentes e interpretação de toda linguagem não-linear, isto é, observação dos desenhos, divisão de texto bem como gráficos para ajudá-los a enfocar uma compreensão melhor, todo este procedimento ajuda ao aluno a entender e se sentir mais motivado. Como pode-se observar os mesmos procedimentos que os professores do Colégio Atheneu Sergipense têm esses professores também possuem, com a diferença das duas últimas habilidades mesmo assim, entende-se perfeitamente devido a interação que existe entre as habilidades oral e auditiva e/ou vice versa que segundo Rivers (1975) quem fala, fala para outro ouvir e vice versa havendo assim o processo de comunicação língua é fala não escrita. Torna-se evidente a importância da obtenção do material didático (livro) para diminuir esse desgaste do professor a fim de ele poder explorar melhor os textos em sala de aula sobre as habilidades lingüísticas, aproveitando mais as poucas horas de estudo que são designadas para as escolas.

A língua estrangeira moderna, nas escolas brasileiras, desde as primeiras décadas do século XIX, tem-se apresentado como uma matéria (disciplina) de natureza suplementar ou optativa. Mesmo assim, a sua história no currículo escolar mostra-se de forma desarticulada pela falta de planejamento e objetividade. Para RIVERS (1975) o ensino de línguas modernas adotou muitas das características tradicionais do ensino de idiomas clássicos. O século XX exige muito do currículo da escola secundária. O rápido desenvolvimento de novos ramos de conhecimento e o esmagador e sempre crescente volume de informações nas áreas de estudo já estabelecidas, pede uma diversificação de conhecimentos fundamentais no nível secundário; todavia, o número de horas do período escolar permanece constante. Para RIVERS (1975), o currículo deve ser continuamente revisto à luz das necessidades presentes e futuras. O ensino de inglês nas escolas regulares foi, ao longo de sua história, perdendo seu espaço nas grades curriculares. Segundo LEFFA (1994), a redução de horas dedicadas ao ensino de LE iniciou-se no Império e continuou ao longo da História. Segundo análise dos PCNs existem três fatores importantes na aprendizagem de uma língua estrangeira, no contexto escolar: fatores relativos à história, às comunidades locais, e à tradição. O estudo de uma língua estrangeira, como o de muitas outras disciplinas básicas, representa ao mesmo tempo uma experiência progressiva e a aquisição progressiva de uma habilidade. O progresso feito na língua, quando ensinada adequadamente, terá um valor positivo, constituindo os alicerces sobre os quais o futuro progresso poderá se assentar. O estudo de uma língua estrangeira, ensinada com perícia e em condições adequadas, proporciona uma experiência nova, ampliando progressivamente o horizonte do aluno mediante sua participação num novo meio de comunicação e um novo contexto cultural, soando-se progressivamente sua sensação agradável de realização. (RIVERS, 1975) Uma conscientização da importância do inglês no mundo imediatamente fora da sala de aula pode aumentar a motivação dos alunos. O

inglês apresenta uma utilização real: abre o acesso a outras áreas. Vale a pena, portanto, estudá-lo com muita seriedade. Por ser tão amplamente usado como língua internacional, cada vez mais os pais desejam que seus filhos aprendam inglês. E os alunos, por sua vez, vêm o inglês como a língua dos computadores dos negócios e da comunicação internacional. Como o domínio deste idioma está se tornando cada vez mais necessário para o sucesso na vida adulta, torna-se cada vez mais importante que seus alunos tenham êxito nas suas habilidades. (HOLDEN, 2001) Segundo RIVERS (1975), a ordem preconizada para a aprendizagem das habilidades lingüísticas é ouvir, falar, ler e escrever; cada qual é ensinada em seqüência e praticada até um nível adiantado. Já para LEFFA (1988), não existe ordem de preferência na apresentação das quatro habilidades lingüísticas nem restrições maiores quanto ao uso da língua materna. Em cursos gerais as quatro habilidades são apresentadas de modo integrado, mas dependendo dos objetivos, pode haver concentração em uma só. O desenvolvimento do vocabulário passivo é defendido. O uso da língua materna é permitido, principalmente no início do curso ou quando se deseja criar um contexto para o uso e aprendizagem da L2. O que constitui um determinado método nem sempre está muito claro e a palavra método vem sendo usada por diversos autores com significados diferentes. Segundo TOTIS (1991), embora sejam muitas as incertezas, o fato é que a teoria do ensino de uma língua desde o final do século passado vem sempre se referindo ao ensino, principalmente em termos de métodos de ensino. Um método é, portanto, um conjunto de procedimentos de ensino e aprendizagem sintonizados com um determinado currículo e, ao mesmo tempo, direcionados por uma abordagem ou modelo teórico. Técnica é um termo mais restrito, significando um simples procedimento sistemático em sala de aula, visando uma determinada prática e cumprindo um objetivo específico. Por exemplo, jogos, trabalho em duplas, exercícios orais ou escritos são técnicas ou recursos destinadas a colocar em prática um método. (TOTIS, 1991)

Verifica-se que métodos diferentes podem compartilhar as mesmas técnicas. Embora algumas técnicas tenham se desenvolvido independentemente, muitas das mais importantes originaram-se de determinados métodos. A elaboração do Método com base numa oposição sistemática ao Método da Gramática e Tradução não deixou de cometer alguns excessos. È o caso da interdição absoluta da tradução para a língua materna nos primeiros anos de estudo, até mesmo como recurso de explicação, o que acabou por concentrar toda atenção do processo ensino-aprendizagem na figura do professor, visto que era ele quem detinha o conhecimento lingüísticos. (CESTARO, 1997) Segundo LEFFA (1988), a ênfase está na língua oral, mas a escrita pode ser introduzida já nas primeiras aulas. O uso de diálogos situacionais (Exemplo: no banco, fazendo compras, etc.) e pequenos trechos de leitura são o ponto de partida para exercícios orais (compreensão auditiva, conversação livre, pronúncia) e exercícios escritos (preferencialmente respostas a questionários). A integração das quatro habilidades (na seqüência de ouvir, falar, ler e escrever) é usada pela primeira vez no ensino de línguas no século XX. A gramática, e mesmo os aspectos culturais da L2, são ensinados indutivamente, isto é, o aluno é primeiro exposto aos fatos da língua para mais tarde chegar a sua sistematização. O exercício oral deve preceder o exercício escrito. Segundo LEFFA (1988), a técnica da repetição é usada para o aprendizado automático da língua. O uso de diálogos sobre assuntos da vida diária tem por objetivo tornar viva a língua usada na sala de aula. O ditado é abolido como exercício. A compreensão era testada através de perguntas sobre o conteúdo do material de leitura, não por tradução. No intuito de permitir aos alunos uma melhor apreciação das diferenças culturais, freqüentemente presentes nas leituras, os trabalhos de sala de aula eram inspirados no cenário do país de origem da língua e nas formas de vida e costumes do povo. Para RIVERS (1975), o método de leitura aumentava a capacidade de ler dos melhores alunos, mas era um obstáculo para aqueles que tinham dificuldades

de leitura em sua própria língua. O método também despertava interesse pelos falantes da língua estrangeira e curiosidade sobre seu modo de vida. Para HUBBARD et. al (1983) os alunos devem inevitavelmente aprender a gramática da língua em algum estágio. Não podendo abandonar os princípios e os procedimentos do ensino do método gramatical, tem-se que aplicar os exercícios estruturais e organizar os itens lingüísticos para uma categoria adequada. Ao analisar-se as metodologias de ensino citadas, verifica-se que todas privilegiam o estudo da língua. Ora vista como um conjunto de palavras de vocabulário, ora de estruturas gramaticais, de noções ou funções. Algumas metodologias, além do estudo da língua, levam em conta a psicologia da aprendizagem: o processo e/ou as condições de aprendizagem. No método comunicativo o professor tem múltiplos papéis, mas não é visto como autoridade. No que diz respeito ao aluno, verifica-se que nas metodologias analisadas ele passa de um papel passivo a um mais ativo, com tendência a desenvolver uma independência e uma certa autonomia face à aprendizagem. Enfim o ensino da língua estrangeira não deve se prender a métodos de forma isolada e sim a uma conjugação de métodos, que alguns autores denominam de ecletismo. Para RIVERS (1975), os ecléticos procuram absorver as melhores técnicas de todos os métodos de ensino de línguas estrangeiras mais conhecidos e aplicam-nas nas salas de aula, na medida em que são mais condizentes com seus propósitos. O verdadeiro eclético, procura estabelecer o desenvolvimento equilibrado das quatro habilidades em todos os estágios, ao mesmo tempo que mantem a ênfase na apresentação oral. Ele adapta seu método aos objetivos variáveis do dia e aos diversos tipos de alunos que passam por suas aulas, criando aos poucos um método condizente com a sua personalidade de professor. Segundo HOLDEN et ROGERS (2001), o livro didático é o principal material didático, os cuidados, experiências e tipos metodológicos devem ser previamente analisados e se adequar à idade, ritmos de aprendizagem e ilustrações adequadas num contexto real com o seu interesse de aprendizagem. O livro didático tem sido, tradicionalmente, o principal mediador no ensino promovido pela instituição-escola. Ele costuma ser, quase que

exclusivamente, a principal fonte de material didático utilizado por professores nas escolas da rede oficial de ensino para transmissão de conhecimento. Embora alvo de críticas diversas, não se pode deixar de encará-lo como um paradigma que sustenta a transmissão do saber via escola. (CORACINI, 2002) Citado por SOUZA (1999), o livro didático no Brasil é muito importante porque, em muitas regiões, ele é a única informação que o aluno e o professor têm. (Folha de São Paulo, 25.06.96 Cad. 3, p. 4). O livro didático exerce mais influência sobre os professores do que qualquer outro material. Claro que há alguns professores que lecionam sem recorrer a um livro didático mas esses profissionais são raros. É também questionável se esses profissionais ministram aulas melhores. Um livro didático moderno é o resultado de muita cooperação e experiência profissional de autores, editores, ilustradores, entre outros profissionais. É o resultado de um alto grau de pesquisa conduzida em sala de aula e de discussões com outros professores, que testam partes do material em suas aulas e tecem comentários para melhorá-lo, enquanto o livro didático está sendo escrito. Parece-nos imprudente que o professor não opte pelo auxilio do livro didático em suas práticas de ensino; o mais aconselhável é procurar um livro didático adequado à sua situação de aulas. Segundo SOUZA (1999), é fundamental melhorar a qualidade do livro didático no Brasil. Um passo está sendo dado nesse sentido ao produzirse um catálogo com os títulos recomendados, a partir de sua análise por especialistas da área com experiência docente, apoiados em critérios cuidadosamente elaborados. Entende HUBBARD et. al (1983), que muitos livros textos estão estruturalmente categorizados, isto é, a estrutura lexical, léxico e itens fonológicos são organizados de tal forma que podem ajudar os alunos a aprender mais eficientemente. Portanto a pesquisa sobre os procedimentos metodológicos dos professores e atuação dos discentes comprovam um novo resgate do idioma com maior qualidade do material didático, conseqüentemente melhorando a qualidade docente a vista deste novo século que exige maior capacidade profissional a todos esses cidadãos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs. Brasília, Ed. do Brasil, 1999. CESTARO, Selma Olas Martins. Universidade Fed. Rio Grande do Norte/USP. http/www.hottops.com.br/videtuto/sema/httn CORACINI, Maria José R. Faria., Interpretação, Autoria e Legitimação: língua materna e língua estrangeira. 1.ª edição, Campinas, SP: Pontes, 1999. HUBBARD P. et al., A teaching Course for TEEL. Oxford, Oxford University Pres. 1983. HOLDEN, Susan; Rogers, Mickey. O ensino da língua inglesa. 1.ª ed. São Paulo, Special Book Service, 2001. LEFFA, Vilson J. Metodologia do Ensino de Línguas (UFRGS) in Bohn et Vandresen. Tópicos de língüística Aplicada: o ensino de línguas estrangeira, 1988. LEFFA, Vilson J. Autonomy in language learning. Porto Alegre, Editora da UFRGS, 1994. RIVERS, Wilga Marie. A Metodologia do Ensino de Línguas Estrangeiras. Tradução de Hermínia S. Marchi. São Paulo, Pioneira 1975. SOUZA, Maria Beatriz Dias et MEDEIROS Regina Lúcia R. de., Motivating Pearners: Using songs in the Classroom. TÓTIS, Verônica Pakrauskas. Língua inglesa: leitura, São Paulo, Editora Cortez, 1991.