ANAIS DA VII JORNADA CIENTÍFICA DA FAZU 20 a 24 de outubro de 2008 ARTIGOS CIENTÍFICOS COMPUTAÇÃO SUMÁRIO



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Transcrição:

ARTIGOS CIENTÍFICOS COMPUTAÇÃO SUMÁRIO AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PESQUISADORES... 2

AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PESQUISADORES SILVA, M.M Margareth Maciel Silva Pedagogia e Especialista em Educação a Distância. Professora de História da Educação e Organização e Funcionamento do Sistema de Ensino da Escola Estadual Professora Corina de Oliveira. E-mail:margmacie@hotmail.com. RESUMO Este artigo tem por objetivo relatar e analisar experiências com as Novas Tecnologias no curso Normal de Nível Médio na Escola Estadual Professora Corina de Oliveira. A discussão do tema proposto envolve a análise do uso da internet como recurso de pesquisa por meio de mediação pedagógica do professor, transformando-se em orientador e não ditador de normas e regras para trabalhos acadêmicos. Busca também encontrar caminhos para a superação da banalização dos trabalhos copiados na internet sem reflexão e conclusões elaboradas pelos alunos. A experiência aconteceu através do Projeto Professor Pesquisador realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Uberaba que cedeu um de seus laboratórios de informática. As pesquisas contaram com roteiros e critérios de busca, seleção e análise críticas dos conteúdos encontrados na internet. Através da mediação pedagógica orientamos os alunos a selecionar as informações relevantes, verificar a veracidade, interpretar, relacionar e o tema pesquisado. Solicitamos a visita ao Blog Professor Pesquisador onde poderiam encontrar as orientações para as pesquisas. Solicitamos também o envio de e-mails de avaliação de cada encontro, trabalhos anexados por e-mail aos professores, a elaboração um relatório final emitido conclusões. No final do terceiro bimestre recebemos e avaliamos os trabalhos produzidos e notamos claramente a mudança na qualidade das pesquisas. O laboratório da escola foi reativado, outros professores aderiram o projeto e solicitaram novas pesquisas a professora de Informática. Palavras-chave: Formação de professores, Novas Tecnologias, mediação pedagógica. INTRODUÇÃO Os avanços das Novas Tecnologias da Comunicação e Informação impactaram todas as áreas do conhecimento, transformando a sociedade do século XXI. No campo educacional, novos paradigmas, novos conceitos, reflexões no processo de ensino e de aprendizagem evidenciam grandes desafios na educação e na formação de professores. Os espaços escolares adaptaram-se as transformações do mundo tecnológico. As novas diretrizes da educação brasileira indicam esforços nesse sentido e o MEC considerando esta nova realidade criou programas que incentivaram a modernização das escolas públicas e universidades. Assim as Tecnologias Educacionais foram integradas em 2

diversos cursos de formação de professores em nível superior. No entanto, a LDB Nº. 9.394/1996 no artigo 39 (redação alterada pela Lei Nº. 11.741/08) normatiza a educação profissional integrada às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. O maior problema é que em muitas escolas os computadores ficam durante a maior parte do tempo desligados e os laboratórios de informática só abrem para limpeza e manutenção. O Projeto Professor Pesquisador procurou atender esta exigência da lei, incorporando os computadores e a internet ao cotidiano escolar na formação de professores, preparando alunos do Curso de Normal Nível Médio da Escola Estadual Professora Corina de Oliveira, no uso das Novas Tecnologias, especificamente para o acesso a internet. Por que a internet? Ela possibilita o uso de texto, sons, imagens e vídeo para a transmissão de conhecimentos. Permite que conhecimentos gerados em qualquer parte do mundo sejam acessíveis a todos. Permite que alunos e professores consultem especialistas em diversas áreas. Incentiva a colaboração entre diferentes centros e culturas para a formação de conhecimento ou o trabalho na resolução de problemas comuns. Museus podem ser visitados, bibliotecas virtuais, há uma infinidade de livros inteiros disponíveis na Internet, artigos, revistas, documentários, vídeos, todos estes recursos podem ser utilizados como fonte de pesquisa e de conhecimento. Na verdade a questão de permitir ou não o aluno fazer a pesquisa na Internet depende apenas de uma orientação acerca do procedimento que será adotado para se aceitar tal pesquisa. A mediação pedagógica busca abrir caminhos para a concretização dos objetivos propostos, cooperar para que o aprendiz use as novas tecnologias para sua aprendizagem e não seja dominado ou distraído pelos recursos tecnológicos disponíveis. MATERIAL E MÉTODO Iniciamos o projeto com atividades interdisciplinares de História da Educação e Informática realizadas em sala de aula (Pré-laboratório) e no Laboratório de Informática da Escola Municipal Frei Eugênio e posteriormente no pequeno Laboratório de nossa escola. Através dessa parceria democratizamos o acesso às informações disponíveis na internet, propiciando situações de busca e investigação, despertando a criticidade para selecionar as informações pertinentes, refletindo sobre os fatos históricos estudados relacionando com a atualidade. O primeiro momento em sala de aula apresentamos o Projeto Professor Pesquisador, o conteúdo de História da Educação (Educação Jesuítica) e de Informática (Mecanismo de pesquisa na internet e formatação de trabalhos acadêmicos). No Laboratório de Informática a pesquisa foi direcionada por meio de um roteiro disponível no Blog Professor Pesquisador. Critérios foram inseridos no projeto em conseqüência dos trabalhos anteriormente recebidos que eram apenas cópias da internet, muitos sem formatação básica de textos. Apropriamos dos recursos da internet como: sites de busca, sites de universidades, bibliotecas virtuais, Blog para roteiro de aula, e-mail que relataram as experiências no Laboratório de Informática. Os e-mails foram instrumentos de avaliação do Projeto e interação com a Linguagem digital, envolvendo os alunos no processo avaliativo. Nas aulas de Informática assumimos a postura de mediador pedagógico, um facilitador, incentivador da aprendizagem, orientando o aluno a navegar nos hipertextos com vários links, interpretar as informações, levantar hipóteses, comparar informações, analisar a veracidade dos textos disponibilizados no ciberespaço. A esse respeito SANTOS (2003) declara que Com a emergência da sociedade em rede, novos espaços digitais e virtuais de aprendizagem vêm se estabelecendo a partir do acesso e do uso criativo das novas 3

tecnologias da comunicação e da informação. Novas relações com o saber vêm se instituindo em um processo híbrido entre humanos e a máquina. O ciberespaço é formado por um grande hipertexto com vários links que conectam o sujeito ao universo da mixagem e da multimídia, permitindo o acesso à informação materializada por uma multiplicidade de linguagens e suportes. Trabalhamos também a formatação dos textos, orientando a elaboração de trabalhos acadêmicos e exigindo a bibliografia, conclusão do trabalho realizado e um relatório final narrando às experiências e as modificações ocorridas. Na última etapa, nas aulas de História da Educação realizamos o momento denominado de Pós-laboratório em que discutimos a veracidade dos fatos coletados nos sites, questionamos as fontes de pesquisa, as divergências de opiniões quanto ao assunto pesquisado: Educação Jesuítica no Brasil e as influências na Educação Brasileira. Procuramos desenvolver o senso crítico dos alunos quanto às informações coletadas, de modo que perceberam diferenças de ponto de vista e diferenças provenientes de informações contraditórias. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os alunos demonstraram mais interesse pela pesquisa, houve disposição em rever a maneira de realizar as pesquisas solicitadas nas aulas de História da Educação. Alguns alunos participaram das atividades propostas, interagindo com desenvoltura diante do computador. Outros necessitaram de intervenção direcionada dos professores, manifestaram sentimentos de frustração diante do computador, preferindo dar oportunidade aos colegas que dominavam o processo de pesquisa na internet. Nos encontros posteriores, organizamos grupos de pesquisa heterogêneos, (alunos com domínio de informática colaboravam com colegas inexperientes). Através da mediação pedagógica orientamos os alunos a fim de selecionar as informações relevantes, verificar a veracidade, interpretar, relacionar e contextualizar o tema pesquisado. Analisando os e-mails e as discussões na aula do pós-laboratório atentamos para a superação de algumas dificuldades e barreiras emocionais que geram a tecnofobia (medo da tecnologia). Uma aluna escreveu um depoimento agradecendo a oportunidade de realizar um trabalho usando o computador e a internet, visto que muitos professores têm exigido trabalhos digitados segundo as normas acadêmicas e não sabia como fazêlos. Atualmente, nos intervalos as alunas freqüentam o laboratório de informática da escola. Outra professora aderiu ao projeto solicitando pesquisas de diversos assuntos em estudo. No final do terceiro bimestre recebemos e avaliamos os trabalhos produzidos através do Projeto Professor Pesquisador e notamos claramente a mudança na qualidade das pesquisas e apresentação dos trabalhos. CONCLUSÃO Sabemos que as Novas Tecnologias da Comunicação e da Informação trouxeram novas possibilidades à educação, exigindo uma nova postura do educador. Vivenciar experiências com tecnologias promove mudanças e provoca alterações no trabalho docente, uma nova configuração do processo didático e metodológico tradicionalmente usado em nossas escolas. Provocamos mudanças na rotina do curso e na forma de pesquisas e elaboração dos trabalhos. Cabe a nós convencer toda a equipe e capacitá-la para que saibam incorporar e utilizar as novas tecnologias no processo de ensino e de 4

aprendizagem. Continuamos sensibilizar a direção da escola quanto à necessidade de ampliar o laboratório de informática e novos investimentos em tecnologias. Sabemos que não basta ter laboratórios de Informática bem equipados, mas, sim, oferecer o preparo adequado, com pressupostos técnicos, além de uma vasta experiência que auxiliem os futuros educadores a relacionarem as Novas Tecnologias ao processo de planejamento de suas aulas para a Educação Infantil. Para dar continuidade ao projeto, na Semana Pedagógica em Novembro realizaremos oficinas com a equipe de Tecnologia Educacional da Prefeitura Municipal de Uberaba, capacitando os alunos para atuar nas CEMEIS da rede municipal de Uberaba. O desafio maior é despertar no futuro professor um espírito de pesquisador e investigador conectado aos meios tecnológicos e apto para lidar com as linguagens digitais de seu tempo. REFERÊNCIAS ALMEIDA. M.E. Proinfo: Informática e Formação de Professores. Volume 1 e 2. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2000. ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educação a Distância. São Paulo: Futura 2003. ARANHA, M. L. A. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 3ª edição. São Paulo:Moderna 2006. LEOPOLDO, L.P. (Org). Novas Tecnologias na educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002. MORAN, J. M.; MASETTO, M.T.; BEHRENS, M. A. Novas Tecnologias e mediação pedagógica. 6ª Edição, Campinas, SP: Papirus, 2000. 5