Nutrir em Harmonia Alimentação Infantil carlafernandes.eu
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Alimentação Infantil *Dicas práticas para o dia-a-dia Cada família tem uma cultura alimentar que é única. Única porque é marcada pelos seus propósitos, ritmos e valores. Cada família escolhe a forma como se alimenta de acordo com gostos, saúde e influências culturais. O importante é que nesta diversidade de parâmetros que influenciam o que comemos se encontre um equilíbrio saudável que seja funcional com todos os que vivem no seio familiar, de forma harmoniosa e fluida. Importa o que comemos e como comemos. Com isto, quero dizer, que certamente nos nutrimos melhor quando nos alimentamos num ambiente de harmonia.
Conetar Comer é conectar e é uma excelente forma de conectarmos com os nossos filhos, com a nossa família. Quando se esteve um dia inteiro sem eles, existem alguns pontos a reflectir, para que nos possam auxiliar em algumas resistências que ocorrem à hora das refeições: * Como foi o dia do meu filho? *O que comeu ao longo do dia? * Divertiu-se? * Que tempo de descanso teve? * Há quanto tempo comeu? Estas perguntas que faz a si mesmo, à criança e aos seus cuidadores (escola, avós, babysitters ), vão auxiliá-lo no conhecimento da forma como esse dia foi vivido e como ele se sente. A partir deste ponto, o laço estreita-se e pode perceber do que a criança precisa. A forma como nos alimentamos pode representar o nosso estado de emoção. Como criar conexão com a criança na hora da refeição ou ainda antes da refeição? Tenha presente que a refeição deve ser um momento calmo, de alegria e bem-estar e que a criança está naturalmente ainda a aprender todo o ritual da família para esses momentos. * Crie empatia e afecto com a sua criança. - Ouça-a sem julgar para que a criança se sinta segura para expressar as suas emoções de forma honesta e assertiva. - Esteja presente na vida da criança. - Conecte antes de corrigir. Criar empatia ajuda a abrir o espaço emocional para o ouvir e o entendimento, já que a criança não se sente julgada.
Alimentar Existem alguns pontos que devemos considerar quando alimentamos os nossos filhos: + Individualidade. Cada criança é única e não devemos comparar com outros. + Crescimento. Durante o desenvolvimento, as crianças passam por fases em que comem mais e outras em que comem menos. Apenas temos de estar atentos ao tempo que dura e como ela se sente, com mais ou menos energia, a dormir melhor ou pior + Oferecer alimento várias vezes ao dia. Apesar de termos criados horários em torno dos nossos empregos, cada um de nós tem um ritmo individual para as suas necessidades vitais. Perceba se o seu filho come melhor a determinadas horas. + Se queremos que comam alimentos saudáveis, devemos ser o exemplo. Devemos fornecer alimentos saudáveis a todas as refeições. + Manter refeições calmas, em harmonia sem que a criança se sinta reprimida ou com pressão de ter de comer tudo o que está no prato. Deixar que ela respeite o seu tempo e o seu corpo. Aqui ajuda perceber quanto tempo a criança comeu antes daquela? E o que comeu? Se comeu pouco tempo antes da refeição, que estamos a fazer, naturalmente não irá ter o mesmo apetite. Não obrigue o seu filho a comer. + Gostos próprios. Em algumas fases do seu crescimento, existem crianças que não apreciam alimentos misturados, papas/purés e, na minha opinião, podemos facilitar o processo oferecendo alimentos separados, para que facilmente identifiquem os alimentos e apresentar os alimentos nas formas que apreciam. No entanto, podemos ir proporcionando o mesmo alimento confeccionado de diferentes formas e várias vezes. Alguns preferem o alimentos cru em vez de cozinhados (exemplo, cenouras. Saber quais os alimentos mais gosta. Sabe quais são os alimentos preferidos do seu filho? E os seus?
Motivar Motivar para envolver as crianças no que entendemos ser o melhor para elas. + Oferecer os mesmos alimentos cozinhados de diferentes formas. + Apresentar os mesmos alimentos várias vezes ao longo do tempo/crescimento. + Incentivar a provar o alimento. Sabes que devemos provar o mesmo alimento pelo menos 20 vezes antes de saber se gostamos ou não? + Motivação positiva: alimentação/saúde Sabes que é importante cuidares-te para teres mais energia e disposição para brincar, para crescer + Envolver as crianças na cozinha. Adopte formas de confecção simples e chame as crianças para a ajudar. Lavar e cortar legumes costumam ser actividades que podem ser feitas a partir dos 3 anos. Cada criança terá o seu desenvolvimento e os pais saberão avaliar as suas capacidades e adequar uma ou outra actividade. Barrar um pão, barrar umas maçãs, preparar um iogurte + Reserve um momento da semana para levar as crianças às compras, deixe que sejam elas a escolher, por exemplo, 2 frutas e 2 legumes. + A criança aprende a comer explorando e explora os alimentos de muitas formas. + Contar histórias pacificadoras que criem harmonia e conexão com a criança. Liberte-se e deixe que a criança escolha os alimentos que quer comer, dentro da oferta saudável que propõe, e coma com as mãos. + Desenvolver a curiosidade das crianças com os alimentos tornando-as activas na sua confecção e aquisição: Ela sabe que os pais comem com talheres e irá modelar a seu tempo, está apenas a explorar e a aprender.
Atividade Nos tempos que correm em que há pouco tempo para apenas estar sem olhar para o relógio, devemos reaprender a tomar atenção na fome e saciedade. Assim, sugiro enquanto pai/mãe que aproveite as refeições em família, as mais calmas, aquelas em que sabe que não tem de correr para ir fazer qualquer outra tarefa, para sentar, inspirar e expirar várias vezes (conscientemente) e sentir como se sente. Tem fome? Como sabe que tem fome? Já está saciada? Como se sente quando está saciada? Faça este exercício com o seu filho. Partilhe comigo a sua experiência. Envie para: nutricaofeminina@carlafernandes.eu