jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 19 de dezembro, 2016 A atividade econômica segue fraca, em linha com a nossa expectativa de recuperação apenas gradual Assim como retratado em nossos relatórios ao longo do ano, nos aproximamos do início de 2017 com um cenário ainda bastante desafiador para a economia brasileira. Tal avaliação é reforçada pelos dados de atividade divulgados nos últimos dias, que retratam o ambiente para o comércio e o setor de serviços no início do quarto trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a receita real do setor de serviços apresentou queda de 2,4% na comparação entre setembro e outubro, descontados os efeitos sazonais. O contraste com o faturamento de 2015 também é desanimador na medida em que aponta para uma contração real de 7,6% entre o início do quarto trimestre de 2015 e o mesmo período de 2016. Ainda que existam setores que apresentaram uma queda menos intensa, como os serviços administrativos, não é possível dizer que haverá uma recuperação célere do setor de serviços como um todo em breve. O comércio em geral também tem sido negativamente afetado pela recessão em curso. No mês de outubro acompanhamos uma queda marginal de 0,8% (a nona consecutiva) na série sazonalmente ajustada do conceito restrito, que exclui as vendas de veículos e construção. Na abertura mensal identificamos os segmentos de supermercados e combustíveis como principais contribuições negativas, com resultados positivos para o componente de vestuário e papelaria. O mesmo não pode ser dito quando realizamos uma comparação anual, caso em que todos os segmentos apresentam retrações superiores a 6%. O varejo ampliado também caiu no mês (-0,4% na comparação mensal, dessazonalizada), com quedas associadas tanto aos materiais de construção quanto de veículos (retração mensal de 4% e 0,3%, respectivamente). Em uma visão consolidada da atividade, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) sugere que a economia brasileira contraiu 0,48% entre setembro e outubro. Na comparação anual, o IBC-Br contraiu 5,3%, aprofundando a queda de 3,4% vista no mês anterior. Em geral, esse conjunto de informações mostra que, a despeito da recuperação dos índices de confiança vista no segundo e no terceiro trimestres, o cenário para a atividade ainda é pouco inspirador. Pelo nosso ponto de vista, dificilmente ocorrerá uma melhora consistente de tais indicadores antes do segundo semestre de 2017. Indicadores Mensais de Atividade Sazonalmente Ajustado (Índice 2011 = 100) 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 out-16 98,7 93,6 89,0 80,9 IBC-Br (PIB Mensal BCB) PMC (Comércio IBGE) Fonte: IBGE e Itaú Asset Management Elaboração: Itaú Asset Management. Dados até outubro de 2016. PIM (Indústria IBGE) PMS (Serviços IBGE) 1
A PEC de Teto de Gastos foi aprovada, conforme esperado pelo mercado. Senado Federal aprova a PEC de Teto dos Gastos Nesta semana o plenário do Senado Federal aprovou em segundo turno a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 55, que institui o Novo Regime Fiscal. Nesse modelo, haverá um teto para os gastos a partir de 2017, que se estenderá por até 20 anos e limitará o crescimento das despesas do governo federal à inflação acumulada no ano anterior. Cabe ressaltar que a Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2017 já havia sido enviada para o Congresso Nacional contemplando um aumento dos gastos condizentes com o disposto pela PEC e que sua aprovação já era esperada pelo mercado de uma maneira geral. Em nosso entendimento, será importante avaliar, ao longo dos próximos meses, o progresso obtido em outra importante medida do ajuste fiscal, a Reforma da Previdência. Isso porque, levando em consideração o perfil demográfico brasileiro e a tendência dos gastos com a previdência social básica, não será possível cumprir o teto de gastos com o passar do tempo na ausência de reformas. A proposta enviada para o Congresso é abrangente e busca mitigar alguns dos principais problemas do sistema vigente, tais como a idade efetiva de aposentadoria baixa e o acúmulo de benefícios. A PEC que foi enviada pelo governo na semana passada já foi discutida na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, de modo que a Comissão Especial deverá ser instituída no início de 2017. Em nossa visão, a tramitação não será tão célere quanto a da PEC de Teto dos Gastos. Caso a proposta sofra alterações profundas ao longo de sua tramitação, os riscos para o cenário fiscal de médio prazo poderão se elevar. 2
15-dez 29-dez 12-jan 26-jan 9-fev 23-fev 8-mar 22-mar 5-abr 19-abr 3-mai 17-mai 31-mai 14-jun 28-jun 12-jul 26-jul 9-ago 23-ago 6-set 20-set 4-out 18-out 1-nov 15-nov 29-nov 13-dez 16-dez O dólar subiu 0,23% na semana em relação ao real, fechando a sexta-feira a R$ 3,39. A moeda americana fortaleceu-se em âmbito global: 1,2% contra as moedas mais sensíveis às cotações de commodities e 1,3% contra as moedas das economias avançadas. Para o movimento tivemos o inesperado tom mais conservador do Federal Reserve (FED) sobre o cenário para a taxa de juros nos EUA. Os membros do seu Comitê de Política Monetária cortaram as projeções para a taxa de desemprego em 2017, reconheceram riscos fiscais e introduziram mais aumentos dos juros nas projeções para 2017, 2018 e 2019. O ingresso de recursos estrangeiros determinou um desempenho relativo melhor para o real. Cotação do Dólar 4,3 4,1 3,9 3,7 3,5 3,3 3,1 2,9 2,7 2,5 3,39 R$/US$ Variação do Dólar dentro das últimas 4 semanas 0,96% 1,84% Semana 16/dez Semana 02/dez -2,78% 0,23% Semana 09/dez Semana 25/nov Fonte: BACEN. Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: 16 de dezembro de 2016 0,33 1,17 0,06 0,77 3,38 2,27 0,77 * Renminbi : Moeda oficial da China. Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: 16 de dezembro de 2016. 3
ago-18 ago-20 ago-22 ago-24 ago-30 mai-35 ago-40 mai-45 ago-50 jan-17 jan-18 jan-21 jan-23 jan-25 Curva de juros nominais (% ao ano) A curva de juros apresentou movimentações distintas a depender dos prazos de negociação. 14,00% 13,00% A parte curta da curva mostrou estabilidade, precificando quedas da taxa Selic em 0,50 pontos percentuais (p.p.) a cada Comitê de Política Monetária (Copom) a partir de janeiro. 12,00% 11,00% A parte intermediária recuou 0,15 p.p. no caso do DI Jan18 (para 11,72% a.a.) e 0,11 p.p. no caso do DI Jan19 (para 11,36% a.a.). Dado o cenário melhor para o balanço de riscos da inflação, reforçado nessa semana pelos números adversos da atividade econômica no início do 4º trimestre, o mercado considera maior espaço para cortes da taxa Selic. Por fim, as taxas mais longas subiram. A indicação do DI Jan21 passou de 11,77% para 11,85% a.a. em uma semana. Predominou a influência externa, com a sinalização do FED de que os juros possam subir três vezes em 2017. O rendimento das treasuries nos EUA subiu 0,13 p.p. na semana (para 2,59% a.a.). Fonte: BM&FBovespa. Elaboração Itaú Asset Management Data-base: 16 de dezembro de 2016 Curva de juros reais (% ao ano) 6,80 6,60 6,40 6,20 6,00 5,80 5,60 5,40 16/12/2016 09/12/2016 02/12/2016 25/11/2016 18/11/2016 16/12/2016 09/12/2016 02/12/2016 25/11/2016 18/11/2016 Fonte: BM&FBovespa. Elaboração Itaú Asset Management Data-base: 16 de dezembro de 2016 Informação Confidencial Política Corporativa de Segurança da Informação 4
15-dez 12-jan 9-fev 8-mar 5-abr 3-mai 31-mai 28-jun 26-jul 23-ago 20-set 18-out 15-nov 13-dez 16-dez 15-dez 12-jan 9-fev 8-mar 5-abr 3-mai 31-mai 28-jun 26-jul 23-ago 20-set 18-out 15-nov 13-dez 16-dez Ibovespa (em pontos) 75.000 65.000 55.000 45.000 35.000 Ibovespa Fonte: BM&F Bovespa. Elaboração: Itaú Asset Management. Data-base: 16 de dezembro de 2016. 58.389 A semana foi negativa para o mercado acionário brasileiro, com queda acumulada de 3,5% do Ibovespa, até o nível de 58.389 pontos. O mercado preocupou-se com a possibilidade de aumento mais rápido dos juros nos EUA e realização dos fortes ganhos recentes do minério de ferro. Além disso, monitora o ambiente político para a aprovação das reformas fiscais. Nos EUA, o índice S&P500 ficou praticamente estável (-0,1%). S&P500 (em pontos) 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2.258 S&P500 Fonte: Bloomberg. Elaboração: Itaú Asset Management. Data-base: 16 de dezembro de 2016. Informação Confidencial Política Corporativa de Segurança da Informação 5
Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: 16 de dezembro de 2016. 6
segunda terça quarta quinta sexta mi 19 dezembro 20 dezembro 21 dezembro 22 dezembro 23 dezembro sem definição IPC FIPE- Semanal Saldo em Conta Corrente IBGE IPCA-15 FGV IPC-S Coleta de Impostos Brasil Balança Comercial Semanal Criação de Empregos Formais Investimento Estrangeiro Direto Dívida Federal Total FGV Confiança do Consumidor Dados de Crédito / Coleta de Imposto por arrecadação MBA-Solicitações de Empréstimos Hipotecários PIB Anualizado Vendas de Casas Novas EUA Vendas de Casas Seguro-Desemprego Pedidos de Bens Duráveis Renda e Consumo Pessoal Europa Clima de Negócios IFO (GE) IPP (GE) IPP (FR) Vendas no Varejo (IT) PIB (FR) (UK) Saldo em Conta Corrente (IT) Confiança do Consumidor (UK) Pedidos Industriais (IT) Gastos do Consumidor (FR) Confiança do Consumidor (GE) China e Japão Vendas de Departamento Nationwide (JN) Compra de Títulos e Ações Estrangeiras (JN) Compra de Títulos e Ações do Japão por Estrangeiros (JN) Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management Data base: 16 de dezembro de 2016. 7
Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção da carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 LTN e NTN-F com prazo < 1 ano IRFM 1+ LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano IMA B5 NTN-B com prazo < 5 anos IMA B5+ NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBovespa / Elaboração: Itaú Asset Management A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. A Itaú Asset Management é o segmento do Itaú Unibanco especializado em gestão de recursos de clientes. As informações contidas nesta publicação foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura e refletem uma interpretação do Itaú Unibanco, podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. Esta publicação possui caráter meramente informativo e não reflete oferta ou recomendação de investimento de nenhum produto específico. Para análise de produtos específicos oferecidos pelo Itaú Unibanco, consulte seu representante comercial/gestor ou banker para maior detalhamento e informações completas acerca de suas peculiaridades e riscos. O Itaú Unibanco não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações após às 17h30 min da 6ª feira. Leia o prospecto, o formulário de informações complementares, lâmina de informações essenciais e o regulamento antes de investir. Para obter mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3631-2939. Consultas, sugestões, reclamações, críticas, elogios e denúncias, utilize o SAC: 0800 728 0728, todos os dias, 24 horas, ou o canal Fale Conosco (www.itau.com.br). Se necessário contate a Ouvidoria Corporativa Itaú: 0800 570 0011 (em dias úteis das 9h às 18h) ou Caixa Postal 67.600, CEP 03162-971. Deficientes auditivos ou de fala, todos os dias, 24 horas, 0800 722 1722. 8