Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA. Teoria Geral do Direito Constitucional

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Transcrição:

Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA Teoria Geral do Direito Constitucional 1

Direito Constitucional Temas: 2 1. Introdução 2. Regimes democráticos 3. Conceitos de Constituição 4. Supremacia constitucional 5. Estrutura da CF/88 6. Classificação das Constituições

Constitucional A Constituição: é a norma suprema de organização do Estado. 3

Constitucional A Constituição é o fundamento de validade de todas as normas jurídicas, inclusive das suas próprias normas porque tem o dever de preservar a soberania do Estado que a promulgou, não seria adequado pensar de forma diversa. O Direito Constitucional pertence ao ramo do Direito Público, pois o Direito Privado,é destinado a cuidar dos interesses particulares, subjetivos. 4

Constitucional I O Direito Constitucional está totalmente relacionado com a ideia de PODER. Artigo 1º, parágrafo único, da CF dispõe que: Todo poder emana do povo que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. 5

Constitucional I Embora haja momentos em que o povo transfira o exercício desse poder a alguém, e isso só é possível porque a própria Constituição assim determina, o detentor do poder continua sendo ele, povo. A essa delegação dá-se o nome de democracia indireta. 6

Constitucional I Regimes democráticos: a) democracia direta b) democracia representativa ou indireta c) democracia semidireta ou participativa 7

Constitucional a) democracia direta: aquela em que o povo exerce diretamente o poder que detém sem a necessidade de intermediários. Para tanto, valese de instrumentos previstos constitucionalmente, também chamados de mecanismos de democracia direta ou participativa, quais sejam: o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular das leis e a ação popular. 8

Constitucional b) democracia representativa ou indireta: o povo exerce seu poder por meio de representantes eleitos. Os governantes são eleitos para que exerçam o poder em seu nome. Atenção: o voto necessariamente deve ser direto (art. 60, 4º, da CF - cláusulas), mas o seu exercício é um exemplo de instrumento de democracia indireta ou representativa. 9

Constitucional I c) democracia semidireta ou participatica: é um sistema híbrido de democracia que contempla tanto a direta, como a indireta ou representativa. O cidadão participa diretamente e ainda tem possibilidade de controlar as atividades estatais. 10

Constitucional I O Brasil adotou um sistema misto ou híbrido de democracia, ou seja, a democracia semidireta ou participativa. Por quê? 11

Constitucional I Porque exerce tanto a democracia direta, por exemplo, quando se inicia um projeto de lei a partir de manifestação popular, quanto a democracia indireta, votando e exercendo o exercício do poder por meio de representantes eleitos. 12

Constitucional I Autocracia: poder por si próprio. Configura a forma de governo em que uma única pessoa detém o poder supremo. O detentor desse poder tem controle absoluto em todas os esferas de governo. 13

Constitucional I Conceitos de Constituição Uma Constituição pode ser conceituada de diferentes modos tendo por base seus diversos significados. Vejamos os conceitos dados por grandes doutrinadores: 14

Constitucional I 15 Concepção sociológica (Ferdinand Lassalle) os problemas constitucionais não são problemas de Direito, mas do poder; a verdadeira Constituição de um país somente tem por base os fatores reais e efetivos do poder que naquele país vigem e as constituições escritas não têm valor nem são duráveis a não ser que exprimam fielmente os fatores do poder que imperam na realidade social.

Constitucional I Portanto, somente terá valia a Constituição se efetivamente expressar a realidade social e o poder que a comanda. Os fatores reais de poder são identificados, no nosso país, por exemplo, nos movimentos dos semterra, nas corporações militares e outras forças que delimitam o conteúdo da Constituição. 16

Constitucional I O autor citado também mencionava que de nada serve o que se escreve numa folha de papel se não se ajusta à realidade, aos fatores reais de poder. 17

Constitucional I Concepção política (Carl Schmitt) Em oposição a Lassale, Carl Schmitt sempre defendeu o conceito de que a Constituição é a decisão política fundamental de um povo, visando sempre dois focos estruturais básicos organização do Estado e efetiva proteção dos Direitos fundamentais. 18

Constitucional I 19 Para esse autor há divisão clara entre Constituição e lei constitucional. Na primeira, encontraríamos as matérias constitucionais, ou seja, organização do Estado e garantia dos Direitos fundamentais, sempre com o objetivo de limitar a atuação do poder. Já as leis constitucionais seriam aqueles assuntos tratados na Constituição, mas que materialmente não tinham natureza de norma constitucional.

Constitucional 20 Na verdade, esses assuntos nem deveriam constar da Constituição. Na nossa atual Constituição, visualizamos um exemplo no artigo 242, 2º, que determina que o Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal. Esse dispositivo é uma norma apenas formalmente constitucional, pois está dentro da Constituição, mas não trata de matéria tipicamente constitucional.

Constitucional I As leis constitucionais, para Schmitt, como a mencionada no exemplo dado acima, formam o que se denomina Constituição formal, ou seja, apenas são consideradas normas constitucionais pelo fato de estarem alocadas na Constituição, por terem forma de Constituição. 21

Constitucional I A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 1º, trata da organização do Estado, enquanto o artigo 5º dispõe sobre os Direitos fundamentais. Se terminasse aqui, já seria suficiente para Schmitt denominá-la como uma verdadeira Constituição. 22

Constitucional I Concepção jurídica ou formal (Hans Kelsen e Konrad Hesse) Hans Kelsen pensava de modo diverso, mencionava que o fundamento de validade da Constituição era encontrado na dimensão jurídica e não sociológica ou política. 23

Constitucional I 24 Esse autor representava o ordenamento jurídico por meio de uma pirâmide, na qual a Constituição se encontrava no ápice e abaixo estavam todos os demais atos normativos. As leis ordinárias, complementares, delegadas e também as medidas provisórias, por terem como fundamento imediato de validade a Constituição, ficavam no segundo degrau da pirâmide.

Constitucional I Já os regulamentos, portarias, decretos, entre outros, por se fundamentarem primeiro na lei e depois na Constituição, localizavam-se no terceiro degrau da pirâmide. 25 Portanto, juridicamente, a Constituição localiza-se no mais elevado degrau da pirâmide e é exatamente em decorrência disso que é fundamentada sua normatividade.

Constitucional As normas infraconstitucionais (que são todas aquelas que se encontram nos degraus abaixo da Constituição) são submissas às regras determinadas pela Constituição e devem ser com ela compatíveis. A isso se deu o nome de relação de compatibilidade vertical. 26

Constitucional I Concepção culturalista 27 A Constituição engloba todas as regras fundamentais advindas da cultura histórica e também as emanadas pela vontade existencial da unidade política e regulamentadora da existência, estrutura e fins do Estado e do modo de exercício e limites do poder político (J. H. Meirelles Teixeira, Curso de Direito Constitucional, p. 77 e 78.)

Supremacia constitucional Relação de compatibilidade vertical Estrutura da CF/88 a) Preâmbulo b) Disposições Duráveis c) Disposições Transitórias d) Emendas Constitucionais

PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Disposições duráveis (art. 1º ao 250 da CF) Disposições Transitórias (art. 1º ao 114 do ADCT) Emendas Constitucionais: - Comuns: EC 1/92 a EC 99 de 14 de dezembro de 2017 - De revisão: ECR 1/94 a ECR 6/94

Classificação das Constituições Quanto à forma: a) Escrita b) Não escrita Quanto ao modo de elaboração: a) Dogmática b) Histórica

a) Rígida b) Semirrígida c) Flexível d) Superrígida 6.3. Quanto à origem: a) Outorgada b) Promulgada c) Cesarista (embora imposta, são subtmetidas a referendo popular) 6.4. Quanto ao processo de mudança:

Quanto à extensão: a) Concisas b) Prolixas Quanto ao conteúdo: a)material b)formal

Fenômenos Constitucionais: 1. Recepção 2. Desconstitucionalização 3. Mutação constitucional 4. Vacatio constitucionis

Poder Constituinte 1. Poder constituinte originário 2. Poder constituinte derivado Se divide em: a) Derivado DECORRENTE b) Derivado REFORMADOR c) Derivado REVISOR

a) Derivado DECORRENTE (art. 11 do ADCT e 25 da CF) Art. 11 do ADCT. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta. Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual.

Art. 25 da CF. Os Estados organizam-se e regemse pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. Art. 32 da CF. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

b) Derivado REFORMADOR (art. 60 da CF). Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerandose aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.

5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. c) Derivado REVISOR (art. 3º do ADCT) Art. 3º do ADCT. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.

9. Eficácia jurídica das normas constitucionais 9.1. Normas constitucionais de eficácia PLENA Exemplos: arts. 1º, 2º, 13, 18, 1º, todos da CF/88 9.2. Normas constitucionais de eficácia CONTIDA. Exemplo: art. 5º, XIII, CF. 9.3. Normas constitucionais de eficácia LIMITADA. Exemplos: arts. 88 e 102, 1º, CF etc.