DOENÇAS CARDIOLÓGICAS E RISCOS ADICIONAIS PARA O TRABALHO. Julizar Dantas

Documentos relacionados
HIPERTENSÃO ARTERIAL: QUANDO INCAPACITA? Julizar Dantas

X FÓRUM PRESENÇA ANAMT 2011 SEMINÁRIO ANAMT/ABMT 2011 Rio de Janeiro, 12 a 14 de novembro de 2011

ESTRESSE. Julizar Dantas

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

ESTRESSE E RISCO CARDIOVASCULAR

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10

E APÓS UM INFARTO DO CORAÇÃO, O QUE FAZER? Reabilitação Cardiovascular

Hipertensão Arterial e a Prevenção Quaternária

Atividade Física e Cardiopatia

QUALIDADE DE VIDA. Julizar Dantas

41 ANOS DE EXISTÊNCIA. 942 Médicos Cooperados 71 mil clientes. 1ª Sede Praça Carlos de Campos

COLESTEROL ALTO. Por isso que, mesmo pessoas que se alimentam bem, podem ter colesterol alto.

APLICABILIDADE DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO RESPIRATÓRIO: revisão integrativa

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

Programação Preliminar do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia

Avaliação pré participação em exercícios. Prof. Dra. Bruna Oneda

aca Tratamento Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

XXIV Congresso Nacional do DERC. Goiânia-GO, de 21 a 23 de setembro de 2017

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

Recomendações de Atividade Física para crianças e adolescentes

GESTÃO DAS DOENÇAS RELACIONADAS AO ENVELHECIMENTO. Julizar Dantas

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA. Dr. José Maria Peixoto

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício

Utilização de diretrizes clínicas e resultados na atenção básica b

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO AMIMT ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE LABORATIVA

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS

Avaliação pré participação em exercícios. Prof. Dra. Bruna Oneda

CDI na miocardiopatia não isquémica

LINHA DE CUIDADO EM CARDIOLOGIA PNEUMOLOGIA E DOENÇAS METABÓLICAS

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA

Uso do AAS na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares

BENEFIT e CHAGASICS TRIAL

Estudo de polimorfismos genéticos em pacientes com insuficiência cardíaca. Palavras chave: insuficiência cardíaca, gene ECA, polimorfismo D/I

XXV JORNADA DE CARDIOLOGIA DA SBC- REGIONAL FSA SEXTA, 04/08/2017

Viviana das Graças Ribeiro Lobo 1 Dirley Moreira dos Santos 2

RCG 376. prevendo o desfecho

APRESENTAÇÃO DE POSTERS DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h)

Impacto prognóstico da Insuficiência Mitral isquémica no EAM sem suprast

MÉTODOS DE IMAGEM NA IC COMO E QUANDO UTILIZAR?

CORONARY ARTERY DISEASE EDUCATION QUESTIONNAIRE CADE-Q VERSÃO EM PORTUGUÊS (PORTUGAL)

Prevenção Secundária da Doença Renal Crônica Modelo Público

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo COMISSÃO DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - CCEX COMISSÃO DE ENSINO INSTITUTO DO CORAÇÃO

INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA D E RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS

PLANO DE AULA. Prática Clínica Supervisionada

Hipertensão Arterial. Educação em saúde. Profa Telma L. Souza

XIX CONGRESSO NACIONAL DO DERC PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

Resultados do Programa BPC Pesquisador Principal BPC Brasil Fábio P. Taniguchi

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP

XVI Congresso de Cardiologia. de Mato Grosso do Sul

Quinta-Feira

EPIDEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTUDO POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS - MS

Caso Clínico 1. C.M., 36 anos, masculino, IMC: 59,5 kg/m 2 Ex-tabagista. Portador de HAS, DM e dislipidemia Dor torácica típica: ECG na urgência IAM

PLANO DE AULA. 1 3 Tarantino, A.F.Doenças Pulmonares, 4ª ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997

1a Circular. Cardiologia do exercício e as grandes síndromes clínicas

BOOK DE COMERCIALIZAÇÃO

Como Avaliar o Teste Ergométrico Para a Prática de Exercício. Profa. Dra. Cláudia L. M. Forjaz Escola de Educação Física e Esporte

PECULIARIDADES DA HIPERTENSÃO NA MULHER CELSO AMODEO

A Saúde do Trabalhador da Indústria da Construção Civil. José Carlos Dias Carneiro

COMPARAÇÃO DO TC6 EM PORTADORES DE MARCA PASSO CARDÍACO ANTES E APÓS UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS

Avaliação/Fluxo Inicial Doença Cardiovascular e Diabetes na Atenção Básica

SISTEMA CARDIOVASCULAR

Faculdade Maurício de Nassau. Disciplina: Farmacologia

O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS NA FASE PRÉ-TRANSPLANTE

Sem conflitos de interesse

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

69º Congresso Brasileiro de Cardiologia Brasília - DF. Avaliação Especiais DEPARTAMENTO DE CARDIOGERIATRIA 13:30 16:30

GRUPO COPPA: ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR NO PATOLOGIAS ASSOCIADAS BRIGITTE OLICHON LUMENA MOTTA REGINA BOSIO

II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste. Dr. Maurício Milani

Projeto BPC: Conceitos Gerais. Sabrina Bernardez Pereira, MD, MSc, PhD

TÍTULO: CONSCIENTIZAÇÃO E EDUCAÇÃO SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL À POPULAÇÃO FREQUENTADORA DA ASSOCIAÇÃO DA TERCEIRA IDADE DE AVANHANDAVA

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Síndrome Metabólica. Wilson Marques da Rosa Filho. (Tratamento pela Acupuntura e Homeopatia)

QUINTA-FEIRA - 1º DE OUTUBRO

I SIMPÓSIO GOIANO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Da Célula ao Transplante

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Lato Sensu em Fisioterapia em Terapia Intensiva REVISÃO: TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS

A função sistólica ventricular direita e a função diastólica ventricular esquerda como preditores de mortalidade na hipertensão arterial pulmonar

BENEFÍCIOS E CUIDADOS NO TREINAMENTO FÍSICO PARA PESSOAS COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Cassio Nobre - Personal trainner e Consultori

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea

PALAVRAS-CHAVE Escore de Framingham. Atenção Básica. Cuidado. PET- Saúde.

A Doença Cardiovascular e a Evidência da Consulta de Enfermagem

Síndrome Coronariana Aguda

Diretriz Assistencial. Ataque Isquêmico Transitório

1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica

CREF13/BA MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE ATIVIDADES FÍSICAS

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CORONARIANA DOS SERVIDORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Dra Eliane Guimarães Área de Gestão de Saúde PROGRAMA PARA VIVER MELHOR

Hipoalbuminemia mais um marcador de mau prognóstico nas Síndromes Coronárias Agudas?

Indicadores de Doença Cardiovascular no Estado do Rio de Janeiro com Relevo para a Insuficiência Cardíaca

Doença Arterial Coronária: O Valor do Tratamento Clínico na Era da Maturidade da ICP

XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril ú ç

Transcrição:

DOENÇAS CARDIOLÓGICAS E RISCOS ADICIONAIS PARA O TRABALHO Julizar Dantas

30a. JORNADA DA AMIMT Belo Horizonte, 27 de outubro de 2016 www.mao.org.br DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE Declaro não ter conflito de interesses. Currículo Lattes no site CNPQ (Plataforma Lattes) http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=k4434590a5 Julizar Dantas

AVANÇOS TECNOLÓGICOS REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA MODELOS DE GESTÃO ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ATIVIDADE DE TRABALHO Física Psíquica Carga de trabalho Cognitiva SEDENTARISMO SÍNDROME METABÓLICA ESTRESSE DANTAS, J. Trabalho e Coração Saudáveis. Aspectos psicossociais. Impactos na promoção da saúde. Belo Horizonte: Ergo, 2007.

ESTUDO DA MORTALIDADE EM BOMBEIROS NOS EUA: 1994-2004 DCV: 45% das 1.144 mortes ocorridas em ação. Doença coronariana: 449 (39%) mortes: Resposta ao alarme 13,4%; Combate a incêndio 32,1%; Retorno à base após um alarme 17,4%; Treinamento físico 12,5%; Resposta a outras emergências 9,4%; Realização de atividades não-emergenciais 15,4%. KALES, S.N. et al. Emergency Duties and Deaths from Heart Disease among Firefighters in the United States. New England Journal of Medicine, v.356, n.12, p.1207-1215, 2007.

REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL COM DOWNSIZING E MORTALIDADE CARDIOVASCULAR Estudo prospectivo (7,5 anos) em 22.430 empregados públicos 2 RR 1,5 1 0,5 0 Dimensão da downsizing Nenhuma Média Grande VAHTERA, J. et al. Organizational downsizing, sickness absence and mortality: the 10-town prospective cohort study. British Medical Journal, London, v.328, p.555 7, 2004.

* Stress was defined as feeling irritable, filled with anxiety, or as having sleeping difficulties as a result of conditions at work or at home.

Chronic work stress was associated with coronary heart disease and this association was stronger among participants aged under 50 (RR 1.68, 95% CI 1.17 2.42). Stress at work can lead to CHD through direct activation of neuroendocrine stress pathways and indirectly through health behaviours.

Ameaça Hipotálamo THDOC CRH ACTH Hipófise Suprarrenal Córtex Medula Aldosterona - Cortisol Adrenalina - Noradrenalina THDOC tetrahydrodeoxycorticosterone - CRH - corticotropin-releasing hormone (CRH) Sarkar J., Wakefield S., Mackenzie G., Moss S. J., Maguire J. (2011). Neurosteroidogenesis is required for the physiological response to stress: role of neurosteroid-sensitive GABAA receptors. J. Neurosci. 31, 18198 18210. doi: 10.1523/JNEUROSCI.2560-11.2011.

FATORES DE RISCO IDADE SEXO MASCULINO HEREDITARIEDADE DISLIPIDEMIAS ESTRESSE VIDA SEDENTÁRIA FUMO HIPERTENSÃO ARTERIAL DOENÇA CARDIOVASCULAR DIETA ATEROGÊNICA INFLAMAÇÃO DIABETES OUTROS OBESIDADE HOMOCISTEÍNA

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR PRÉ-EVENTO Informações indispensáveis: Idade Colesterol total/hdl/ldl Tabagismo Sexo Pressão Arterial Diabetes mellitus Exames: Colesterol Fracionado Glicemia D I A B ET ESCORE DE FRAMINGHAM (ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO) E S BAIXO <10% MÉDIO 10 20% ALTO > 20%

RISCO CARDIOVASCULAR (ESCORE DE FRAMINGHAM) PETROBRAS/REGAP - 01/01 a 31/12/2008 0,6% 17,1% Alto Médio Baixo 82,3%

Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_hipertensao_arterial.pdf Acesso em 24 out. 2016.

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PÓS-EVENTO CARDIOVASCULAR RISCO CRÍTICO GRAVE RISCO ALTO Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013. Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3

FERRAMENTAS PARA A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA) CLASSE I: pacientes portadores de doença cardíaca sem limitação da atividade física. CLASSE II: pacientes portadores de doenças cardíacas com leve limitação da atividade física. CLASSE III: pacientes portadores de doença cardíaca com nítida limitação da atividade física. CLASSE IV: pacientes portadores de doença cardíaca que os impossibilita de qualquer atividade física. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. II Diretriz Brasileira de Cardiopatia grave. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.87, n 2, 2006. Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3

ECODOPPLERCARDIOGRAMA (Fração de Ejeção VE FEVE) FEVE 59% FEVE: > 35 < 59% FEVE: 25 35% FEVE < 25% LIMITAÇÃO FUNCIONAL NORMAL LEVE MODERADA GRAVE CRÍTICA Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

ECODOPPLERCARDIOGRAMA A fração de ejeção (FEVE) permite diferenciar os tipos de insuficiência cardíaca, sistólica e diastólica, propiciando informações e parâmetros necessários para a decisão terapêutica e o prognóstico (Bocchi et al, 2009). No Brasil, constatou-se boa correlação entre a classe funcional (NYHA), o VO2 máximo e a FEVE em pacientes com cardiomiopatia chagásica (Mady et al, 2005).

TESTE ERGOMÉTRICO OU ERGOESPIROMETRIA V02 máx. > 5 METs (> 17,5 ml/kg/min.) Isquemia e/ou V02 máx. 5 METs ( 17,5 ml/kg/min.) V02 máx. < 10 ml/kg/min. LIMITAÇÃO FUNCIONAL LEVE MODERADA GRAVE CRÍTICA Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

CAPACIDADE AERÓBICA A presença de VO2 máx. < 17,5 ml/kg/min ou 5 METs (incapacidade para andar rápido por mais de 30 minutos) é um fator de mau prognóstico em portadores de DAC. Myers J et al. Exercise capacity and referred for exercise testing. N Engl J Med 2002; 346(11):793-801.

TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS 600 m 450 < 600 m 300 < 450 m < 300 m LIMITAÇÃO FUNCIONAL LEVE MODERADA GRAVE CRÍTICA Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS A distância caminhada menor que 520 metros identificou os pacientes com maior probabilidade de óbito. Rubim, VSM; Drumond Neto C; Romeo JLM; Montera MW. Valor Prognóstico do Teste de Caminhada de Seis Minutos na Insuficiência Cardíaca. Arq Bras Cardiol 2006; 86(2):120-125.

BNP <100 pg/ml NT-proBNP < 400 pg/ml BNP ou NT-proBNP BNP 100-400 pg/ml NT-proBNP 400-2.000pg/mL BNP > 400 pg/ml NT-proBNP >2.000 pg/ml LIMITAÇÃO FUNCIONAL LEVE MODERADA GRAVE CRÍTICA Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

BNP (NT-proBNP) Para pacientes em classe funcional III ou IV, os valores de NT-proBNP identificados como preditores de mortalidade são sempre superiores a 1.000 pg/ml. Valores acima 6.000 pg/ml são um forte indicador de necessidade de avaliação para a possibilidade de transplante cardíaco. Pereira-Barretto AC; Oliveira Junior MT; Strunz CC, Del Carlo CH; Scipioni AR; Ramires JAF. O Nível Sérico de NT-proBNP é um Preditor Prognóstico em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Avançada. Arq Bras Cardiol 2006; 87(2):174-177.

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PÓS-EVENTO CARDIOVASCULAR ALTO* GRAVE CRÍTICO CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA) Classes I e II Classe III Classe IV ECODOPPLERCARDIOGRAMA (fração de ejeção VE FEVE) FEVE > 35% FEVE: 25-35% FEVE < 25% BNP <100 NT-pro BNP < 400 V0 2 máx. > 17,5 ml/kg/min. (5 METs) BNP ou NT-proBNP (pg/ml) BNP 100-400 NT-pro BNP 400-2.000 TESTE ERGOMÉTRICO ou ERGOESPIROMETRIA Isquemia e V0 2 máx. 17,5 ml/kg/min. (5 METs) TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS BNP > 400 NT-pro BNP > 2.000 V0 2 máx. < 10 ml/kg/min. > 450 m 300 450 m < 300 m Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

RISCO CARDIOVASCULAR NA HIPERTENSÃO ARTERIAL E CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3

Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_hipertensao_arterial.pdf Acesso em 24 out. 2016.

Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_hipertensao_arterial.pdf Acesso em 24 out. 2016.

Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_hipertensao _ARTERIAL.pdf Acesso em 24 out. 2016.

DCEI PREVENÇÃO SECUNDÁRIA Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/medica/arquivos/suplementorelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.

DCEI PREVENÇÃO PRIMÁRIA Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/medica/arquivos/suplementorelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.

DCEI DIREÇÃO VEICULAR Alguma flexibilidade deve ser permitida ao portador de DCEI, mas os riscos associados à recorrência de arritmia, interferências e disfunções não devem jamais ser negligenciados, sendo menores em portadores de marcapassos convencionais e maiores naqueles com ressincronizadores e CDI (D). Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/medica/arquivos/suplementorelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.

DCEI DIREÇÃO VEICULAR Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/medica/arquivos/suplementorelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.

DCEI DIREÇÃO VEICULAR Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/medica/arquivos/suplementorelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.

DCEI DIREÇÃO VEICULAR Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/medica/arquivos/suplementorelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.

DCEI DIREÇÃO VEICULAR Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/medica/arquivos/suplementorelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.

DCEI FONTES DE INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA Equipamentos cirúrgicos (eletrocautério); Ressonância nuclear magnética; Litotripsia extracorpórea; Fisioterapia (estimuladores elétricos, diatermia); Motores industriais; Torres de transmissão, transformadores e estação de distribuição de energia elétrica Radares; Grandes alto-falantes; Portas magnéticas de bancos e de aeroportos.

Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI) FUNÇÃO INTERFERÊNCIA RECOMENDAÇÃO Operadores de torres de transmissão, transformadores e estação de distribuição de energia elétrica Operadores de radar Técnico de eletrônica Mecânico automóveis Cabeleireiro Dentista Soldador Outros Potência Distância da fonte Tempo de exposição Tipo de DCEI Cardiologista Eletrofisiologista Médico do Trabalho Martinelli Filho M, Zimerman LI, Lorga AM, Vasconcelos JPM, Rassi A Jr. Guidelines for Implantable Eletronic cardiac Devices of the Brasilian Society of Cardiology. Arq Bras Cardiol 2007;89(6): e210-e238.

RISCO CARDIOVASCULAR E CONDUTAS ADMINISTRATIVAS

APTIDÃO PARA O TRABALHO O trabalhador classificado no grau de risco alto, classe funcional I, apresentando teste ergométrico sem alterações isquêmicas, capacidade aeróbica e FEVE normais está apto para a maioria das funções, incluindo a exigência de esforço físico. Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

APTIDÃO PARA O TRABALHO O trabalhador classificado no grau de risco alto, classe funcional II, sem alterações isquêmicas, capacidade aeróbica > 5 METs e FEVE 36 a 50% está apto para funções que não exijam esforço físico intenso. Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

INCAPACIDADE TEMPORÁRIA Hipertensão arterial, estágio 2 (PAS 160 < 180 ou PAD 100 < 110 mmhg) associada a 3 fatores de risco, LOA, SM ou DM, representa incapacidade temporária para atividades críticas (Ex.: espaço confinado; temperaturas extremas; mergulho; trabalho com atividade física vigorosa...). Dantas, J. Incapacidade laborativa nas doenças cardiovasculares. Disponível em: http://www.trabalhoecoracaosaudaveis.com.br Acesso em 02 out. 2016.

INCAPACIDADE TEMPORÁRIA Hipertensão arterial, estágio 3 (PAS 180 ou PAD 110 mmhg), urgências e emergências hipertensivas devem ser tratadas imediatamente e são condições incapacitantes temporárias para o trabalho. Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

INCAPACIDADE DE DURAÇÃO INDEFINIDA E ENCAMINHAMENTO À PERÍCIA DO INSS Condições clínicas associadas à hipertensão arterial: doença cerebrovascular; cardiopatia grave; nefropatia grave; retinopatia (hemorragias, exsudato e papiledema); doença arterial periférica significativa; outras. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51

INCAPACIDADE DE DURAÇÃO INDEFINIDA E ENCAMINHAMENTO À PERÍCIA DO INSS O trabalhador classificado no grau de risco grave indica inaptidão para a maioria das funções. FEVE: 25-35% VO2 máximo < V0 2 máx. 17,5 ml/kg/min. (5 METs) Teste de caminhada de seis minutos: 300 450 m Classe funcional III (NYHA) Eventualmente, o trabalhador (NYHA III, evoluindo estável) pode exercer atividades administrativas, após avaliação cardiológica com relatório favorável e concordância do trabalhador, desde que a carga de trabalho de natureza física e psíquica sejam compatíveis com a sua capacidade funcional. Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

INCAPACIDADE DE DURAÇÃO INDEFINIDA E ENCAMINHAMENTO À PERÍCIA DO INSS O trabalhador classificado no grau de risco crítico está inapto para todas as funções. FEVE < 25% VO2 máximo < 10 ml/kg/min Teste de caminhada de seis minutos < 300 m; Classe funcional III/IV (NYHA) persistente. Bacal F, Souza-Neto JD, Fiorelli AI, Mejia J, Marcondes-Braga FG, Mangini S, et al.ii Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco. Arq Bras Cardiol 2009; 94(1 supl.1):e16-e73. Dantas, J.. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do trabalho. 3 a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.

Promover a saúde inclui a construção de ambientes organizacionais e estilo de vida adaptados às necessidades de ser humano, saudável e produtivo! Obrigado! julizar@cardiol.br