SÍNDROMES NEUROLÓGICAS. Sarah Gomes Diógenes



Documentos relacionados
Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia Aplicada -

Doença do Neurônio Motor

Síndromes Neurológicos

SÍNDROMES MEDULARES. Profa Dra Cláudia Ferreira da Rosa Sobreira

O Monstro Neurológico... Síndromes Neurológicos. Afasias. Afasias. Afasias 17/08/15. Neurologia - FEPAR. Os 4 Passos do Diagnóstico Neurológico

Síndromes Neurológicas

Universidade Católica de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas e Saúde Curso de Fisioterapia Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Neurologia

FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL. Ataxias. Acd. Flora Paz. w w w. s c n s. c o m.

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO NEUROLOGISTA

VIAS EFERENTES (DESCENDENTES)

Estrutura e Função da Medula Espinhal

NEUROLOGIA. Profa Vanessa C Costa da Silva

Semiologia neurológica básica Exame neurológico do paciente clínico. Prof. Ivan da Costa Barros

EstudoDirigido Exercícios de Fixação Doenças Vasculares TCE Hipertensão Intracraniana Hidrocefalia Meningite

FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL. AVC Isquêmico. Acd. Gabrielle Holanda. w w w. s c n s. c o m.

Síndromes Neurológicos

O CÓRTEX MOTOR CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO

Sistema Nervoso Considerações Anatomoclínicas sobre a Medula e o Tronco Encefálico Prof. Gerardo Cristino

Sistema Piramidal. Prof. Gerardo Cristino. Aula disponível em:

SISTEMA NERVOSO. Juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a:

Organização do sistema nervoso

19/10/2010. Breve revisão anatômica. Síndromes medulares. Breve revisão anatômica. Breve revisão anatômica. Profa. Patrícia da Silva Sousa Carvalho

Estrutura e Função do Cerebelo

Prof. Laila Bekai 7ª série - Ciências

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO

SISTEMA NERVOSO MOTOR

6º par craneano - nervo abducens

Sistema Nervoso. Função: ajustar o organismo animal ao ambiente.

Sistema Nervoso. Aula Programada Biologia. Tema: Sistema Nervoso

Reunião de casos clínicos

CLASSES DE MOVIMENTOS

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Curso de Férias Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

CONTROLE DA MOTRICIDADE SOMÁTICA

Divisão anatômica 15/09/2014. Sistema Nervoso. Sistema Nervoso Função. Sistema Nervoso Estrutura. Cérebro Cerebelo Tronco encefálico ENCÉFALO

SISTEMA NERVOSO. Professora: Daniela Carrogi Vianna

Neurofobia. O Exame Neurológico. O Monstro Neurológico... 17/08/15. Neurophobia, the Fear of Neurology Among Medical Students

CATEGORIA DISPOSITIVO / Faixa Etária L CID MONOBLOCO O C. Idade mínima: 16 a O. Idade máxima: 50 a M O Ç Ã O ACIMA 90 KG

Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta.

Hipertensão intracraniana Hidrocefalia

Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi

Meningites são processos agudos que comprometem as leptomeninges (pia-aracnóide), ocasionando reação inflamatória do espaço subaracnóide e das

SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Humberto Bia Lima Forte

SISTEMA NERVOSO 2014


Sistema neuro-hormonal

Plano de Aula Medula espinal Diagnóstico topográfico

TRAUMA RAQUIMEDULAR. Epidemiologia: Incidência : de 32 a 52 casos/m. Sexo : preferencialmente masculino. Faixa etária : entre 15 e 40 anos

Projeto Medicina. Dr. Onésimo Duarte Ribeiro Júnior Professor Assistente da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC

5/13/2010. Conjunto de sinais e sintomas específicos previsíveis, que resulta de uma determinada lesão do SNC, SNP ou músculos esqueléticos;

Sistema Nervoso. Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) Cérebro. Cerebelo. Encéfalo. Mesencéfalo Ponte Bulbo Medula

MISCELÂNIA FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

DISTÚRBIOS DE CONSCIÊNCIA. Alunas: Natalie Rios Reginara Souza Sara Felipe Tatiane Costa Thamy Marques

MEDULA ESPINHAL FUNÇÃO. Prof. João M. Bernardes. A medula desempenha duas funções principais:

TUMORES CEREBRAIS. Maria da Conceição Muniz Ribeiro

CONDUÇÃO da INFORMAÇÃO na MEDULA

Semiologia Neurológica. Katia Lin, M.D., Ph.D. UFSC

Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil/RJ

07/03/2018. Tronco Encefálico. M.Sc. Profª Viviane Marques. Profª Viviane Marques. Profª Viviane Marques. Telencéfalo. Diencéfalo

Sistema Límbico. Prof. Gerardo Cristino. Aula disponível em:

Estrutura Funcional do Sistema Nervoso. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Resolução CNRM Nº 17/2004, de 20 de Dezembro de 2004

Fraqueza Muscular. Sarah Pontes de Barros Leal

Estrutura e Função dos Nervos Periféricos

Sensibilidade 1. Organização geral, receptores, padrões de inervação Vias ascendentes e córtex somatossensorial. Luiza da Silva Lopes

Raciocínio Diagnóstico em Neurologia

Sistema nervoso Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico

Dr. Sidney Sredni- Grupo Vale sem Dor

CEREBELO PROFª. RESPONSÁVEL: NORMA M. S. FRANCO ORGANIZADOR: ANDRÉ R MENDONÇA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO

PROVA ESPECÍFICA Cargo 42. No 3º mês de vida, a criança mantém a cabeça contra a gravidade na postura prono por várias razões, EXCETO:

OS GÂNGLIOS DA BASE FUNÇÕES DOS GÂNGLIOS DA BASE

Sistema Nervoso. Corpo celular constituída pela membrana, organelas e núcleo celular.

TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM)

SISTEMA NERVOSO 2 Profº Moisés Araújo

Fisiologia do Sistema Nervoso. 1. Sistema Nervoso Sensorial 2. Sistema Nervoso Motor 3. Sistema Nervoso Autônomo 4.

Sistema Nervoso Organização Geral

Clínica Neurofuncional

Esclerose Lateral Amiotrófica ELA

TRATOS ASCENDENTES E DESCENDENTES DA MEDULA ESPINAL

Mapeamento do córtex motor

FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL. Disfunção Erétil. Acd. Francisco Caubi. w w w. s c n s. c o m.

RESPOSTA RÁPIDA 365/2014 Doença de Parkinson Exelon Pacth

Síndrome de Brown-Séquard

Introdução ao Sistema Nervoso - O Encéfalo

O sistema nervoso esta dividido em duas partes:

Universidade Federal do Espírito Santo Centro Biomédico Curso de Psicologia. Reflexos Medulares. Elio waichert

Noções básicas do Exame Neurológico

Lembramos, no entanto, que a Deficiência Física, não está contemplada na sua totalidade, existindo outros CIDs não listados e que sofrerão análise.

Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico

Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi

PROVAS NEUROMUSCULARES

Prefeitura da Estãncia de Atibaia

Fisiologia do Sistema Nervoso

Ficha de Identificação do Paciente (Apenas para uso interno. Esta informação não é para ser incluída no CRF)

Valéria Neves Kroeff Mayer 1

Os motoneurônios inferiores estão localizados somente na medula espinhal?

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição)

Transcrição:

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Sarah Gomes Diógenes

DEFINIÇÃO SINDROMES NEUROLÓGICAS Conjunto de sinais e sintomas com causa em comum Todas as partes relacionadas ao aparelho neurológico

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Síndrome do Primeiro Neurônio Motor Síndrome do Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

REVISANDO A ANATOMIA

REVISANDO A ANATOMIA VIA MOTORA (Descendente) Primeiro Neurônio Motor Córtex Motor Giro pré central (homúnculo de Penfield) Coroa Radiada Capsula Interna Região Anterior do Tronco Encefálico Cruzamento na decussação das piramides Funículo lateral da medula espinhal

REVISANDO A ANATOMIA

REVISANDO A ANATOMIA

REVISANDO A ANATOMIA

REVISANDO A ANATOMIA VIAS MOTORAS Segundo Neurônio Motor Sinapse do Primeiro com o Segundo Neurônio Motor no Corno Anterior da Medula Axônio se dirige ao músculo esquelético Sinapse com o músculo esquelético na placa motora por meio do transmissor acetilcolina Movimento

REVISANDO A ANATOMIA

REVISANDO A ANATOMIA VIA SENSITIVA (Ascendente) Sensibilidade Termoálgica (Feixe Espinotalâmico lateral) Primeiro neurônio sensitivo Sinapse com o Segundo NS na parte posterior da medula Axônios do 2NS se cruzam no H medular Sobem no funículo lateral medular formando o feixe espinotalâmico lateral Passa pela porção dorsolateral da ponte Junta-se com o leminisco medial, formando o espinhal Direciona-se ao tálamo, onde encontra-se o 3NS Cortex pós-central (sensitivo)

REVISANDO A ANATOMIA VIA SENSITIVA Sensibilidade tato protoprático e pressão (Feixe Espinotalâmico anterior) Primeiro neurônio sensitivo Sinapse com o Segundo NS na parte posterior da medula Axônios do 2NS se cruzam no H medular Sobem no funículo anterior medular formando o feixe espinotalâmico anterior Passa pela porção dorsolateral da ponte Junta-se com o leminisco medial, formando o espinhal Direciona-se ao tálamo, onde encontra-se o 3NS Cortex pós-central (sensitivo)

REVISANDO A ANATOMA VIA SENSITIVA Sensibilidade Vibratório-proprioceptivo e Sensibilidade epicrítica (Fascículos Grácil e Cuneiforme) 1NS até o ganglio espinhal sem cruzar sobe pelo cordão posterior da medula Sinapse com neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme da região dorsomedial do bulbo Axônio do 2NS cruzará para o lado oposto O feixe bulbotalâmico subirá pelo menisco medial do tronco encefálico Junção do lemnisco medial com o feixe espinotalâmico formando o lemnisco espinha. Tálamo ( neurônio talâmico é o 3NS ) Córtex Pós-central (sensorial)

REVISANDO A ANATOMIA

REVISANDO A ANATOMIA

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Síndrome do Primeiro Neurônio Motor Síndrome do Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

SINDROME PIRAMIDAL Danos no feixe piramidal Primeiro neurônio motor Os primeiros neurônios motores responsáveis pelos movimentos de uma determinada musculatura têm origem em uma mesmo região do córtex motor Cruzamento das fibras Lesão acima da decussação das piramides Lesão abaixo da decussação das piramides Lesão na decussão das piramides

SINDROME PIRAMIDAL CARACTERÍSTICAS Fraqueza muscular Paresia ou Plegia Trofia Muscular Hipotrofia Reflexos Em lesões agudas hiporeflexia/arreflexia no Início que evolui para hiperreflexia. Em lesões insidiosas hiperreflexia Tônus Em lesões agudas hipotonia no inicío que Evolui para hipertonia Em lesões incidiosas hipertonia espástica Hipertonia Muscular ( aumento da rigidez muscular) Espástica: Sinal do canivete. Ex: síndromes piramidais. Plástica: Roda denteada. Ex: Síndromes extrapiramidais

SINDROME PIRAMIDAL CARACTERÍSTICAS Sinal de Babinsk Presente, caracterizando uma hiper-reflexia tendinosa. Reflexos Cutaneo-abdominais e Cremasterianos Ausentes Clônus Presença de contrações musculares repetidas após estiramento do tendão de aquiles ou patelar

SINDROME PIRAMIDAL CAUSAS Agudas Acidente Vascular Encefálico Trauma Subagudas ou Insidiosas Esclerose Múltipla Esclerose Lateral Amiotrófica Processo Expansivos Tumores Abcessos bacterianos TB Neurotoxoplasmose

REVISANDO SINDROME PIRAMIDAL Músculo Hipotrofia Força Paresia Ou Plegia Tônus Hipertonia Reflexos Sensitivo Marcha Hiperreflexia Inalterado Ceifante

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Primeiro Neurônio Motor Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

SINDROME DO SEGUNDO NEURONIO MOTOR O paciente não consegue mandar ordens ao músculo porque o neurônio que efetua essa ordem está morto. Arcos Reflexos também não funcionam Localização Corpo celular: No Corno Anterior da Medula Axônio: Sai da medula e vai até o músculo onde ocorre a sinapse A tentativa frustrada da musculatura se contrair leva a MIOFASCICULAÇÕES

SINDROME DO SEGUNDO NEURONIO MOTOR CARACTERISTICAS Fraqueza muscular Paresia ou Plegia Trofia Muscular Atrofia ( mais que na síndrome piramidal ) Reflexos Hiporreflexia ou Arreflexia Tônus Hipotonia muscular

SINDROME DO SEGUNDO NEURONIO MOTOR CAUSAS Neuropatia Motora Multifocal Esclerose Lateral Amiotrófica

SINDROME DO SEGUNDO NEURONIO REVISANDO MOTOR Músculo Atrofia Força Paresia Ou Plegia Tônus Hipotonia Reflexos Sensitivo Marcha Hipo ou Arreflexia Inalterado Escavante

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Primeiro Neurônio Motor Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

SINDROMES MEDULARES Síndrome da secção medular Lesão completa da medula Perda total da motricidade e sensibilidadedo dermátomo afetado para baixo Sintomas: Tetra /Paraplegia Anestesia Arreflexia Perda da função neurológica sacral Causas Trauma Mielite Transversa

SINDROMES MEDULARES Síndrome de Brown-Sequard ( Hemissecção Medular ) Acomete uma metade da medula

SINDROMES MEDULARES Sintomas da Síndrome de Brown-Sequard Síndrome piramidal ipsilateral abaixo da lesão Perda do tato discriminativo, propriocepção e sensibilidade vibratória ipsilateral abaixo da lesão Perda da sensibilidade termoálgica, tato grosseiro e sensibilidade barestésica contralateral abaixo da lesão

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Primeiro Neurônio Motor Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

Neuropatia Periférica Segundo Neurônio motor lesado + alterações sensitivas -Fraqueza -Parestesia -Atrofia Muscular -Hipoestesia -Hiporreflexia -Anestesia -Miofasciculações -Disestesia

NEUROPATIA PERIFÉRICA CLASSIFICAÇÃO Polineuropatia Bilateral Simétrico Simultaneo Geralmente início distal Ex: Síndrome de Guillan-Barré, Polineuropatia diabética Mononeuropatia Lesão de um único nervo periférico Sequelas: mão em garra, mão em pêndulo Ex: Hanseníase

NEUROPATIA PERIFÉRICA CLASSIFICAÇÃO Mononeuropatia Mononeuroparia Múltipla Múltiplos nervos acometidos assimetricamente Ex: Vasculites (Poliangeíte microscópica, Granulomatose de Wegener), diabetes e hanseníase

CAUSAS NEUROPATIA PERIFÉRICA N E U R O P A T I A S utricional ndócrino rêmica eumatológico ncológico orfiria miloidose rauma nfecciosa lcool indrome Guillian-Barré

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Primeiro Neurônio Motor Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

SINDROME DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA PIC > 15mmHg PIC normal: 5 15 mmhg Crânio não é expansível A sintomatologia é mais exarcerbada nos casos de instalação aguda pois não permite a adaptação cerebral ao volume

CAUSAS SINDROME DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA Lesões expansivas Hemorragia Abcesso Tumor Neurotoxoplasmose Meningoencefalites e encefalites Encefalopatias Metabólicas Insuficiência hepática Hiponatremia Hidrocefalia Hiperbárica Trombose do seio sagital superior Pseudotumor cerebral

SINDROME DA HIPERTENSÃO SINTOMATOLOGIA INTRACRANIANA Tríade Clássica Cefaléia + Vômitos em jato + Edema de papila Cefaléia: compressão de vasos Vômitos em jato: deslocamento ou torção do tronco cerebral Edema de papila: compressão da veia central de retina pelo liquor no espaço subaracnoide Paralisia do VI par craniano: seu estiramento devido a pressão no tronco encefálico Alteração da personalidade e do nível de consciência Hipertensão arterial + bradicardia + irregularidade do ritmo respiratório : devido a falha na perfusão no cérebro Convulsões: irritação do córtex

SINDROME DA HIPERTENSÃO Consequência da HIC INTRACRANIANA Diminuição da pressão de perfusão cerebral ( coma, Cheyne- Strokes ). A PPC normal é igual ou maior que 70mmHg. PPC = PAM - PIC Complicações Herniação cerebral Compressão de algumas estruturas

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Primeiro Neurônio Motor Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

SINDROMES CEREBELARES

SINDROMES CEREBELARES Cerebelo é formado por 2 Hemisférios cerebelares + Vermis ( central) Responsável pelo tônus muscular, coordenação, equilíbrio e aprendizagem motora ipsilateral Controla o tronco e a marcha

SINDROMES CEREBELARES SINTOMATOLOGIA Tremor de intenção Cessa no repouso Disdiadococinesia Incapacidade de realizar movimentos alternados Nistagmo Vertical ou horizontal Disartria cerebelar Fala escandida Hiperreflexia tendinosa Dismetria Nauseas, vertigem e vômitos Ligação do cerebelo com o sistema vestibular Hipotonia muscular

SINDROMES CEREBELARES CAUSAS AVE cerebelar Neoplasias cerebelares Abcessos cerebelares Esclerose múltipla Etilistas crônicos ( 1% )

SINDROMES CEREBELARES REVISANDO Músculo Força Tônus Reflexos Coordenação Sensitivo Marcha Tremor Intencional Preservada Hipotonia Normal ou Pendular Disdiadococinesia Inalterado Atáxica/Ebriosa

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Primeiro Neurônio Motor Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

SINDROME EXTRAPIRAMIDAL O sistema extra piramidal é constituído por: Cortex pré-motor ganglios da alguns núcleos do + + frontal base tronco cerebral (substância negra) Esse sistema é responsável por: Modulação do movimento Ajuste fino do movimento Automatização do movimento

SINDROME EXTRAPIRAMIDAL O paciente pode apresentar: Exacerbação dos movimentos Distúrbios hipercinéticos Coreia Distonia Hemibalismo Lentificação dos movimentos Disturbios hipocinéticos Parkinson Bradicinesia Rigidez hipertonia plática Tremor de repouso Instabilidade postural (cair para frente em busca de seu centro de gravidade)

SINDROME EXTRAPIRAMIDAL CAUSAS Doença de Parkinson ( 75% ) Drogas ( ex: nerolépticos ) Doença cerebrovascular Doença de Wilson

SINDROME EXTRAPIRAMIDAL REVISANDO Músculo Tremor/Bradicinesia Força Preservada Tônus Hipetonia plástica Reflexos Sensitivo Marcha Inalterados Inalterado Parkinsoniana

SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Primeiro Neurônio Motor Segundo Neurônio Motor Síndromes Medulares Neuropatia Periférica Síndrome da hipertensão intracraniana Síndrome Cerebelar Síndrome Extrapiramidal Síndromes Demenciais

DEFINIÇÃO SÍNDROMES DEMENCIAIS Caracterizada por perda de função cerebrais cognitivas (funções importantes no aprendizado e na realização de tarefas, como a memória, linguagem, gnosia (reconhecimento), praxia (destreza), raciocínio, calculos, julgamento, personalidade). OBS¹: Somente a perda de memória não dá o diagnóstico OBS²: Não depende da alteração do nível de consciência ALGUMAS CAUSAS Doença de Alzheimer ( 50%) Demência vascular Hipotireoidismo (reversível) Neurosífilis (revesível)

CASO 1 Paciente refere fraqueza muscular, câimbras musculares e miofasciculações, referindo também hipoestesia chegando até a uma anestesia. Músculo encontra-se atrófico. NEUROPATIA PERIFÉRICA

CASO 2 Paciente refere tremor de repouso, com hipertonia plástica apresentando uma lentificação dos movimentos ( distúrbios hipocinéticos. SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL

CASO 3 Paciente refere fraqueza muscular, hipotrofia muscular, hiper-reflexia, reflexo cutâneo plantar em extensão, espasticidade e presença de clônus. SÍNDROME PIRAMIDAL

CASO 4 Paciente refere fraqueza muscular na região lombar e perna direita, assim como perda de propriocepção e vibração também na região lombar e perna direita. Contudo, paciente refere perda de dor, temperatura na perda esquerda e na região lombar esquerda. SÍNDROME DE BROWN-SEQUARD

CASO 5 Paciente apresenta cefaléias, vômitos em jato, hipertensão arterial, bradicardia, ritmo respiratório irregular, edema de papila e apresentou episódios de convulsão. SÍNDROME DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

CASO 6 Paciente apresenta hipotrofia ou atrofia muscular, fraqueza, hiporreflexia, miofasciculações e câimbras. SÍNDROME DO SEGUNDO NEURÔNIO MOTOR

CASO 7 Paciente apresenta ataxia, tremor de intenção, dismetria, vertigem, náuseas e vômitos, nistagmo vertical ou horizontal, fala escandida e movimentos descompostos SÍNDROME CEREBELAR

REFERÊNCIAS MED 2012 vol.2 A.V.E. e Síndromes Neurológicas MEDCURSO 2011 Neurologia Machado, A. Neuroanatomia Funcional Segunda Edição Editora Atheneu Campbell, W.W. DeJong O Exame Neurológico Sexta Edição Editora Guanabara Koogan

OBRIGADA