19/10/2010. Breve revisão anatômica. Síndromes medulares. Breve revisão anatômica. Breve revisão anatômica. Profa. Patrícia da Silva Sousa Carvalho
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1 Síndromes medulares Profa. Patrícia da Silva Sousa Carvalho UFMA 4º período Medula espinhal cervical Medula espinhal torácica Medula espinhal lombar 1
2 Substância cinzenta anteriores posteriores parte intermedia e laterais Substancia branca Feixes anterolaterales Feixes posteriores Medula espinhal sacral Vias descendentes Vias ascendentes Vias descendentes Fascículos piramidais Fascículos extrapiramidais direto cruzado Tecto-espinal Olivo-espinal Rubro-espinal Vestíbulo-espinal Vias ascendentes Fascículo Espino-talamico (termoalgesia) Fascículo Espino-reticulo-talamico (tacto protopatico) Fascículos Espino-cerebelosos de Flechsig y Gowers (sensibilidad profunda Inconsciente) 2
3 Sintomas e sinais VIAS SENSITIVAS SENSIBILIDADE TÁCTIL Localização exata de um toque leve Discriminação de dois pontos Sensibilidade pobremente localizada NOÇÃO DE POSIÇÃO SEGMENTAR SENSIBILIDADE VIBRATÓRIA SENSIBILIDADE DOLOROSA E TÉRMICA VIAS MOTORAS HIPOTROFIA e PARESIA MUSCULARES ALTERAÇÕES DOS REFLEXOS REFLEXOS ABDOMINAIS REFLEXOS PLANTARES TÔNUS PARESIA ETIOLOGIA DAS LESÕES MEDULARES Segundo Greve et al (2001), as patologias que acometem a medula espinhal podem ser classificadas, didaticamente, em: Traumáticas e Não Traumáticas: * Congênitas; * Degenerativas; * Tumorais; * Infecciosas; * Doenças Neurológicas e Sistêmicas; e * Doenças vasculares. Síndromes medulares Malformações da medula espinhal Meningoceles / mieloceles Mielodisplasias Disrafismo raquidiano Siringomielia Platibasia TRAUMÁTICAS / COMPRESIVAS Lesões intrinsecas da medula espinhal Trauma por arma de fogo Trauma por arma branca Trauma direto ou indireto Processos expansivos METABÓLICAS Mielopatia cervical progresiva Esclerose múltipla Mielite transversa aguda Doença do neurônio motor Paraplegia espástica familiar Ataxia de Friedreich Degeneração subaguda combinada Mielo patia actinica INFECIOSAS SIDA e medula espinhal Abscesso epidural raquiano Tabes dorsalis Paraparesia espástica tropical Mielites Meningoradiculit es VASCULARES Acidentes vasculares Hematomielia Hemoragia epidural ou subdural Malformação arterio venosa 3
4 Síndromes medulares específicas Síndrome secção medular Síndrome anterior Síndrome Brown-Sequard Síndrome centro-medular Síndrome Cauda Equina Síndrome Cone Medular SINDROME SECÇÃO MEDULAR AUSÊNCIA DA FUNÇÃO SENSITIVA OU MOTORA ABAIXO DO NIVEL DA LESÃO Evolução em 2 fases: 1) Fase de shock espinhal, com abolição da motilidade e da sensibilidade abaixo da lesão. Arreflexia total..retenção de urina e fezes. 2)Fase de automatismo medular, que aparece 3 ou 4 semanas depois do inicio. Reaparecem os reflexos osteotendinosos e os de defesa. Persiste a abolição total da motilidade e a sensibilidade abaixo da lesão Uma certa hipertonia Podem acontecer reações em massa um mesmo estimulo pode provocar um reflexo de triplice retirada, sudorese, e micção reflexa. 1. Anamnese - dor na coluna Avaliação Clínica - perda de sensibilidade e/ou mobilidade em mm - perda de consciência secundária ao trauma 2. Exame físico - respiração abdominal - priapismo (sem estímulo sexual) - sinal de lesão na face ou pescoço Avaliação Clínica 3. Exame neurológico - Perda de resposta aos estímulos dolorosos abaixo da lesão - Incapacidade de realizar movimentos voluntários nos membros - Alterações no controle de esfíncteres - Choque neurogênico: - queda de PA e bradicardia Importante Definir Clinicamente Classificação Nível da lesão neurológica Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que apresenta as funções sensitiva e motora normais em ambos os lados. Nível sensitivo Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que apresenta sensibilidade normal. Lesão medular completa quando existe ausência de sensibilidade e função motora nos segmentos sacrais baixos. Lesão medular incompleta quando é observada preservação parcial das funções motoras abaixo do nível da lesão 4
5 Classificação Neuroimagem Tetraplegia perda da função motora e sensitiva nos segmentos cervicais. Paraplegia perda da função motora e sensitiva nos segmentos torácicos, lombares ou sacrais. - Rx AP/ Perfil - Radiografia dinâmica contra-indicada em paciente com déficit neurológico ou inconsciente - Ressonância magnética auxilia o diagnóstico do TRM e sempre que possível leve ser utilizada na fase inicial do diagnóstico Deslocamento Atlanto-occipitaloccipital Espondilolistese Fratura Vertebral Fratura de Jefferson 5
6 Fragmento Impactado Compressão Medular Secção Medular Hérnia Discal Pós-Traumática SINDROME ANTERIOR ocorre preservação da propriocepção e perda da função motora e sensibilidade dolorosa. SINDROME POSTERIOR é uma lesão incompleta, onde observa-se perda dos movimentos voluntários e sensibilidade dolorosa, porém, com preservação de sensibilidade tátil e vibratória; ocorre perda da sensibilidade profunda 6
7 SINDROME CENTRAL DA MEDULA SINDROME BROWN-SEQUARD caracteriza-se por tetraparesia de predomínio distal de membros superiores e anestesia suspensa (predomínio dos membros superiores e tórax, podendo estar preservada nos membros inferiores) ocorre na hemisecção medular e ocasiona perda da função motora e proprioceptiva do lado da lesão e perda da sensibilidade a dor e a temperatura do lado oposto. SINDROME CAUDA EQUINA Sintomas da síndrome: * = Lado da lesão 1 = Perda total de todas sensações: paralisia flácida 2 = Paralisia espástica com perda das sensações vibratórias, discriminação tátil e propriocepção 3 = Perda da sensibilidade de dor, temperatura e pressão grosseira Lesão isolada dos nervos espinhais da cauda eqüina. A clinica depende da raiz atingida: - paresia de membros inferiores - arreflexia - distúrbio da sensibilidade - incontinência vesical e fecal SINDROME CONE MEDULAR caracteriza-se pela ausência de sensibilidade perineal, com perda de controle dos esfíncteres e alteração motora distal dos membros inferiores. LESÕES NÃO-TRAUMÁTICAS: Congênitas: estão associadas às falhas de desenvolvimento de estruturas medianas e são as causas mais freqüente das anomalias congênitas do sistema nervoso central. Dividem-se em abertas (Mielósquise, Meningocele e Mielomeningocele) e fechadas (Espessamento do Filum Terminale, Lipomeningocele, Diastematomielia, Cistos Dermóide, Epidermóide e Teratomas, Malformações de Chiari); 7
8 LESÕES NÃO-TRAUMÁTICAS: Degenerativas: acontece principalmente por espondilose cervical degenerativa; Infeções: infecções virais (poliomielite, herpes zóster, mielopatia espástica tropical), bacterianas (abscessos epidurais, tuberculose); Doenças Neurológicas e Sistêmicas: como esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica ou doenças reumáticas; LESÕES NÃO-TRAUMÁTICAS: Doenças Vasculares: acontecem por quadros isquêmicos da medula, geralmente pós-trauma. Tumorais: tumores como cordoma, osteossarcoma, tumores de células gigantes. Hemangioma, mieloma, metastáticos (pulmão, próstata e mama), linfoma, melanoma, meningioma, schwannoma, neurofibroma, carcinoma metastático, astrocitomas, ependinomas, gangliogliomas, carvernomas; ASIA American Spinal Injury Association A. Completo B. Incompleto: Função sensitiva preservada mas não motora C. Incompleto: A. Tem preservada a função motora parcialmente B. Os músculos abaixo da lesão tem força grau 3 D. Incompleto: Força muscular > grau 3 E. Função motora e sensitiva normal Inválidos são aqueles que de posse de todos os seus movimentos, mantém a vida paralítica dentro deles e só pensam em paralisar os demais. (Vinícius de Moraes) 8
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