TRAUMA RAQUIMEDULAR. Epidemiologia: Incidência : de 32 a 52 casos/m. Sexo : preferencialmente masculino. Faixa etária : entre 15 e 40 anos
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- João Gesser Borja
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1 TRAUMA RAQUIMEDULAR Dr Antonio Eulalio
2 TRAUMA RAQUIMEDULAR Epidemiologia: Incidência : de 32 a 52 casos/m Nº casos/ano : Sexo : preferencialmente masculino Faixa etária : entre 15 e 40 anos Custo : 300 milhões de dólares/ano
3 TRAUMA RAQUIMEDULAR CAUSAS PRINCIPAIS Acidentes Automobilísticos 45% Queda de Altura/ Mergulho 20% Acidentes Esportivos 15% Atos de Violência 15% Outros 5%
4 TRAUMA RAQUIMEDULAR Anatomia Medular
5 TRAUMA RAQUIMEDULAR Localização Anatômica 70% Cervical 20% Torácica 10% Lombar
6 ABORDAGEM NO LOCAL DO Diagnóstico de lesões e prevenção de lesões adicionais no transporte ACIDENTE Considerar a presença de lesão da coluna verte-bral e a manutenção da imobilização até definição diagnóstica
7 Transporte da Vítima Prancha longa (em bloco) Colar cervical + apoios laterais da cabeça Virar a prancha ou aspirar VAS se vômitos
8 CRITÉRIOS PARA UTILIZAÇÃO DO COLAR CERVICAL Glasgow < 14 (?) Lesão neurológica em vítima de trauma Vítima projetada ou encarcerada Atropelamento ou capotamento Queda > 3m Tentativa de enforcamento Acidente de submersão
9 TRAUMA RAQUIMEDULAR Desde que a coluna do doente esteja devidamente protegida, o exame vertebral e a exclusão de traumas à coluna podem ser postergados sem riscos, especialmente na presença de alguma instabilidade sistêmica ATLS
10 AVALIAÇÃO CLÍNICA Anamnese: dor na coluna perda de sensibilidade e/ou mobilidade em membros. perda de consciência secundária ao trauma Exame físico (ATLS ) respiração abdominal priapismo (sem estímulo sexual) sinal de lesão na face ou pescoço
11 AVALIAÇÃO CLÍNICA Exame neurológico : Perda de resposta aos estímulos doloroso abaixo da lesão Incapacidade de realizar movimentos voluntários voluntários nos membros Alterações no controle de esfíncteres Pesquisa do reflexo bulbo-cavernoso Choque neurogênico: queda de PA e bradicardia
12 CHOQUE MEDULAR REFLEXO BULBOCAVERNOSO: ausente Interrupção fisiológica Recupera-se em 24 a 48H Perda dos Reflexos Paralisia Flácida
13 Tabela ASIA(American Spinal Injury Association)
14 DERMÁTOMOS SENSITVOS CLASSIFICAÇÃO DA SENSIBILIDADE AUSENTE - 0 PONTOS FORMIGAMENTO 1 PONTO NORMAL- 2 PONTOS
15 AVALIAÇÃO DOS MIÓTOMOS CHAVES C 5 C 6 C 7 C 8 T 1 L 2 L 3 L 4 L 5 S 1
16 AVALIAÇÃO DOS MIÓTOMOS CHAVES CLASSIFICAÇÃO GRAU DE FORÇA ( 0 a 5 pontos ): GRAU 0- Sem tônus muscular GRAU 1- Tônus presente GRAU 2- Força motora não vence gravidade GRAU 3- Força motora vence gravidade, mas não resistência GRAU 4- Força motora vence resistência leve GRAU 5- Força motora normal
17 NÍVEL NEUROLÓGICO Nível da lesão neurológica Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que apresenta as funções sensitiva e motora completa em ambos os lados. Nível motor: Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que apresenta as função motora completa bilateral. Nível sensitivo : Refere-se ao segmento mais caudal da medula espinhal que apresenta sensibilidade normal.
18 CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO Completas perda sensitiva e motora completa abaixo do nível da lesão. Incompletas alguma função sensitiva ou motora preservada distalmente à lesão
19 CLASSIFICAÇÃO ASIA A Lesão Medular Completa B Incompleta,Sensibilidade Presente e Motor ausente C Incompleta, Sensibilidade e Motor Presente (não útil) D Incompleta, Sensibilidade e Motor Presente (útil) E - Neurológico Normal
20 TRAUMA RAQUIMEDULAR FISIOPATOLOGIA As lesões neurológicas que acompanham as fraturas podem ser : Primárias Secundárias
21 LESÕES PRIMÁRIAS Ocorrem no momento da lesão, por mecanismos de: contusão, compressão, estiramento e laceração Energia Cinética inicial Lesão neuronal e vascular imediata
22 LESÕES SECUNDÁRIAS Cascata Fisiológica Secundária : Hemorragia Inflamação Hidrólise de membranas Isquemia
23 TRAUMA RAQUIMEDULAR AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA
24 TRAUMA RAQUIMEDULAR AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA
25 TRAUMA RAQUIMEDULAR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
26 TRAUMA RAQUIMEDULAR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
27 TRATAMENTO (fase aguda) Saturação O 2 de 100% Manutenção da PA > 90 mm Hg Corticoterapia Redução e estabilização
28 Choque Neurogênico Interrupção traumática da eferência simpática Hipotensão com bradicardia Tônus vagal sem oposição
29 TRAUMA RAQUIMEDULAR CORTICOTERAPIA- NASCIS III Iniciado até 8 horas após o trauma. Se iniciado em até 3 horas, manter por 24 h, se além disto, manter por 48 h. METILPREDNISOLONA: 30 mg/kg na 1ª hora e 5,4 mg/kg/hora nas próximas 24 a 48 horas.
30 TRAUMA RAQUIMEDULAR CORTICOTERAPIA Contra-Indicações Gestantes Crianças abaixo dos 12 anos Ferimentos abertos
31 TRAUMA RAQUIMEDULAR SÍNDROMES MEDULARES
32 Síndromes Medulares Síndrome Medular Central Síndrome de Brown-Séquard Síndrome Medular Anterior Síndrome Medular Posterior Síndrome do Cone Medular Síndrome da Cauda Eqüina Síndrome Medular Mista
33 SÍNDROME MEDULAR CENTRAL Lesão mais comum Quadriparesia, pior nos MMSS Prognóstico bom em 50 a 60% Idoso com osteoartrose cervical
34 SÍNDROME DE BROWN-SÉQUARD (Hemissecção medular) Déficit motor e da propriocepção ipsilateral à lesão, e perda da sensibilidade térmica e dolorosa contra-lateral. Bom prognóstico.
35 SÍNDROME MEDULAR ANTERIOR Lesões por hiperflexão. Perda motora completa e perda da discriminação à dor e temperatura abaixo do nível de lesão. O prognóstico é bom se a recuperação for evidente e progressiva nas primeiras 24 horas.
36 SÍNDROME MEDULAR POSTERIOR Envolve as colunas dorsais, perda da sensibilidade vibratória e de propriocepção. Outras funções motoras e sensitivas estão normais. Lesão rara, geralmente associada a traumas em extensão.
37 SÍNDROME DO CONE MEDULAR Lesão do cone medular Arreflexia de bexiga, intestino e MMII Segmentos sacrais preservados Prognóstico variável
38 SÍNDROME DA CAUDA EQÜINA Lesão entre o cone medular e as raízes lombosacras Arreflexia da bexiga, intestino e MMII Anestesia em sela, arreflexia do bulbocavernoso
39 TRAUMA RAQUIMEDULAR ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR Tratamento Cirúrgico Intercorrências Clínicas Fisioterapia Cuidados de Enfermagem Apoio Psicológico
40 Intervenção Cirúrgica Precoce X Tardia A cirurgia precoce ( < 72 horas) -diminui incidência de complicações pulmonares - maior chance de recuperação neurológica? Todd J. A. Kim D. Timing of surgical stabilization after cervical and thoracic trauma J Neurosurg Spine 3: , 2005
41 TRAUMA RAQUIMEDULAR TRATAMENTO CIRÚRGICO Redução de fraturas e luxações Descompressão Medular Estabilização Mobilização precoce Cuidados de enfermagem Evita complicações respiratórias Reabilitação
42 TRAUMA RAQUIMEDULAR TRATAMENTO CLÍNICO Terapia com células-tronco Cavitação preenchida com células pluripotenciais Recuperação de padrão de condução nervosa
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TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM)
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