Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia Aplicada -
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- Isabel Neto Lameira
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1 FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia Aplicada - Apresentações Discentes Prof. Gerardo Cristino
2 Em Foco... Objetivos das apresentações discentes durante o módulo Sistema Nervoso (S1M6) Metodologia das apresentações Advertências e dicas Exemplo de apresentação Síndrome de Brown-Séquard
3 Objetivos Revisar o tema de Neuroanatomia apresentado Demonstrar aplicabilidade prática do conhecimento adquirido, enfatizando a importância da neuroanatomia para a prática médica Estimular o aprendizado teórico com demonstrações de situações reais Incentivar a participação do aluno, estimulando o raciocínio clínico com a devida correlação topográfica
4 Metodologia TEMPO: 30 minutos RECURSOS: projeção de diapositivos ASSUNTO: segundo cronograma do módulo, relacionado ao tema abordado em aula teórica principal no mesmo dia
5 Metodologia CASO CLÍNICO Descrição objetiva de um caso clínico com os sinais e sintomas neurológicos mais relevantes TERMINOLOGIA E CONCEITOS Explicação dos termos clínicos empregados na descrição do caso Noções elementares de semiologia neurológica (p. ex., como saber se existe plegia; alterações da sensibilidade etc.) REVISAO DA NEUROANATOMIA Revisão dos aspectos anatômicos necessários à compreensão da fisiopatogenia do distúrbio abordado CORRELAÇÃO ANATOMOCLÍNICA Definição básica do distúrbio neurológico abordado Fisiopatogenia do distúrbio e comparação com anatomia e funcionamento normal (tabela de correlação anatomoclínica) Ilustração do caso apresentado (esquemas; tabelas; imagens radiológicas etc.)
6 Advertências Evitar redundância com a aula teórica principal Realize uma revisão rápida e objetiva do tema, apenas com os aspectos essenciais à compreensão do caso Evitar aspectos clínicos complexos Limite-se a considerações neurológicas básicas relacionadas ao caso, explorando apenas as manifestações clássicas Evitar aspectos aprofundados da propedêutica complementar e terapêutica Evite detalhes laboratoriais e radiológicos, além de terapêutica pormenorizada Utilize imagens e ilustrações que se relacionem de forma bastante evidente com as noções anatômicas abordadas
7 FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Considerações Anatomoclínicas - Síndrome de Brown-Séquard - Modelo de Apresentação Prof. Gerardo Cristino
8 Relato do Caso Paciente D.A.B., 23 anos, sexo masculino, procedente de Fortaleza, vítima de acidente automobilístico, foi admitido na SCMS cerca de 1 hora após o acidente com quadro de diminuição da força muscular na perna direita, associada a alterações da sensibilidade na perna esquerda.
9 Relato do Caso Exame Neurológico Membro inferior direito Paralisia do membro Presença do sinal de Babinski Sensibilidade térmica e dolorosa preservada Membro inferior esquerdo Perda da sensibilidade térmica (provas calóricas) e dolorosa (estímulos álgicos), com nível sensitivo em L1 Força muscular preservada
10 Terminologia e Conceitos Paralisia (plegia): ausência de força muscular para executar movimento Paralisia flácida associada a hiporreflexia e hipotonia Paralisia espástica associada a hiperreflexia e hipertonia Sinal de Babinski: extensão do hálux ao estímulo superficial na borda plantar (a resposta normal seria a flexão dos dedos) Nível sensitivo: segmento mais caudal da medula espinhal que apresenta sensibilidade normal Pesquisa do reflexo cutâneo-plantar
11 Síndrome de Brown-Séquard Conjunto de sinais e sintomas resultante de uma hemissecção da medula espinhal. Os sinais e sintomas mais característicos resultam da interrupção dos principais tractos que percorrem a metade da medula que foi atingida. Charles Brown-Séquard ( )
12 A forma mais simples de organização das vias sensoriais ascendentes (à esquerda) e das vias motoras descendentes (à direita), mostrando os neurônios que as formam
13 Síndrome de Brown-Séquard BULBO (decussação das pirâmides) MEDULA (hemisseccionada) Interrupção dos tratos que não decussam na medula sintomas do mesmo lado da lesão Interrupção dos tratos que decussam na medula sintomas do lado oposto ao da lesão
14 Correlação Anatomoclínica Síndrome de Brown-Séquard Alteração (sinais/sintomas) Paralisia espástica, com sinal da Babinski ipsilateral (sd I neurônio motor) Base Anatomofuncional Estrutura Tracto corticoespinhal (piramidal) Função Motricidade voluntária Abolição da sensibilidade profunda (posição e movimento) e do tato epicrítico ipsilateral Anestesia/hipoestesia térmico-dolorosa contralateral Alteração do tato protopático contralateral Fascículos grácil e cuneiforme Tracto espinotalâmico lateral Tracto espinotalâmico anterior Propriocepção consciente (sens. cinético-postural) e tato epicrítico (discriminativo) Sensibilidade térmica e dolorosa Tato protopático (grosseiro)
15 Vias piramidais
16 Correlação Anatomoclínica Síndrome de Brown-Séquard Alteração (sinais/sintomas) Paralisia espástica, com sinal da Babinski ipsilateral (sd I neurônio motor) Base Anatomofuncional Estrutura Tracto corticoespinhal (piramidal) Função Motricidade voluntária Abolição da sensibilidade profunda (posição e movimento) e do tato epicrítico ipsilateral Anestesia/hipoestesia térmico-dolorosa contralateral Alteração do tato protopático contralateral Fascículos grácil e cuneiforme Tracto espinotalâmico lateral Tracto espinotalâmico anterior Propriocepção consciente (sens. cinético-postural) e tato epicrítico (discriminativo) Sensibilidade térmica e dolorosa Tato protopático (grosseiro)
17 Vias proprioceptivas conscientes
18 Correlação Anatomoclínica Síndrome de Brown-Séquard Alteração (sinais/sintomas) Paralisia espástica, com sinal da Babinski ipsilateral (sd I neurônio motor) Base Anatomofuncional Estrutura Tracto corticoespinhal (piramidal) Função Motricidade voluntária Abolição da sensibilidade profunda (posição e movimento) e do tato epicrítico ipsilateral Anestesia/hipoestesia térmico-dolorosa contralateral Alteração do tato protopático contralateral Fascículos grácil e cuneiforme Tracto espinotalâmico lateral Tracto espinotalâmico anterior Propriocepção consciente (sens. cinético-postural) e tato epicrítico (discriminativo) Sensibilidade térmica e dolorosa Tato protopático (grosseiro)
19 Tratos espinotalâmicos
20 Correlação Anatomoclínica Síndrome de Brown-Séquard Alteração (sinais/sintomas) Paralisia espástica, com sinal da Babinski ipsilateral (sd I neurônio motor) Base Anatomofuncional Estrutura Tracto corticoespinhal (piramidal) Função Motricidade voluntária Abolição da sensibilidade profunda (posição e movimento) e do tato epicrítico ipsilateral Anestesia/hipoestesia térmico-dolorosa contralateral Alteração do tato protopático contralateral Fascículos grácil e cuneiforme Tracto espinotalâmico lateral Tracto espinotalâmico anterior Propriocepção consciente (sens. cinético-postural) e tato epicrítico (discriminativo) Sensibilidade térmica e dolorosa Tato protopático (grosseiro)
21 Tratos espinotalâmicos
22 Síndromes medulares
23
24 Grácil ETL ETA Brown-Séquard (lesão à esquerda)
25 Lesão neste lado Perda total de todas as sensações paralisia hipotônica Perda da discriminação tátil, das sensações vibratória e proprioceptiva paralisia espástica Perda das sensações de dor e de temperatura, comprometimento da sensibilidade tátil Síndrome de Brown-Séquard, com lesão medular no nível do décimo segmento direito
26 Nível L1 Inervação segmentar da pele (dermátomos)
27 Topografia Vertebromedular Palpando-se as apófises espinhosas: Processo espinhoso C2 a T10 Adiciona-se 2 ao número do processo espinhoso para se obter o número do segmento medular. Ex: PE T2 = SM T4 T11 a T12 = 5 segmentos medulares lombares L1 = 5 segmentos medulares sacrais
28 Nível L1 Relação das raízes nervosas com as vértebras
29 Causas Tumores medulares Trauma penetrante Hérnias de disco Causas infecciosas/inflamatórias (meningite, tuberculose, sífilis etc.) Isquemia ou Hemorragia
30 Radiografia simples
31 Tomografia Computadorizada
32 Ressonância Magnética
33
Síndrome de Brown-Séquard
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