DIREITO TRIBUTÁRIO Parte I. Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr.



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Transcrição:

DIREITO TRIBUTÁRIO Parte I Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1

Objetivos. Apresentar os principais conceitos de Direito Tributário. Apresentar as principais características dos tributos instituídos no Brasil. Discutir e Analisar os principais tributos do Brasil 2

Conteúdo programático. O Sistema Tributário Nacional. Princípios Constitucionais Tributários. Limitações ao Poder de Tributar. Competência Tributária. Repartição das Receitas Tributárias. Obrigação Tributária. Imunidade Tributária. Tributo. Administração Tributária. Tributos Administrados pela Receita Federal do Brasil. Outros Tributos no Brasil. A Carga Tributária Brasileira Dez Anos em Retrospectiva. Preços de Transferências 3

Fontes do Direito Tributário/STN conjunto de normas hierarquicamente organizadas versando sobre matéria tributária. composto pelos tributos instituídos no Brasil e pelos princípios e normas que os regulam regulado: Constituição Federal - artigos 145 a 162 4

O STN apóia-se: na discriminação de rendas, ou seja, na repartição das rendas tributárias entre os entes públicos, cujas competências são delimitadas e apropriadamente refletidas em suas legislações tributárias específicas Exemplos: Federal (rateio); Estadual e Municipal 5

Função dos Tributos satisfazer aquelas necessidades coletivas que não podem ser atendidas pelo setor privado (Atividades de Estado) 6

Formas de financiamento do Estado: via emissão de moedas, por meio do endividamento ou pela geração de receitas próprias. 7

As receitas próprias subdividem-se em: receitas originárias receitas derivadas 8

Receitas originárias aquelas obtidas com a exploração do próprio patrimônio público, como por exemplo, a prestação de serviços, alienação de bens, exploração de monopólios estatais, etc.) e 9

Receitas Derivadas O Estado, no uso de sua soberania, explora o patrimônio particular para financiar suas atividades. Os tributos são a porção mais relevante das receitas derivadas. As outras são as penalidades (multas, juros de mora, etc.) e as reparações de guerra. 10

O Estado utiliza o sistema tributário como instrumento de redistribuição de riqueza de duas formas: via gastos sociais, e via tributação, cobrando mais impostos de quem tem mais capacidade contributiva e aliviando a carga dos mais pobres. 11

Finalidade da Tributação Existem três finalidades distintas para a tributação: 1. a fiscal, 2. a extrafiscal e 3. a parafiscal. 12

Finalidade fiscal O tributo é instrumento arrecadador de receitas para a manutenção geral do Estado. O produto da sua arrecadação não tem destino certo. 13

Com a finalidade fiscal geralmente observa-se a capacidade contributiva, de forma que o ônus da manutenção do Estado seja repartido igualitariamente entre todos. Para atingir tal intento surgem critérios para o dimensionamento da tributação, como a progressividade das alíquotas em razão da base de cálculo e a seletividade Exemplo: Imposto de Renda, IPI 14

Finalidade extrafiscal O efeito do tributo é financiar atividades específicas. Sua cobrança (ou isenção) deve estimular ou desestimular determinadas atividades Exemplos: Imposto de Importação, Imposto de Exportação 15

Finalidade parafiscal. Ocorre quando União, Estados, Distrito Federal ou Municípios delegam, mediante lei, sua capacidade tributária ativa a um ente paraestatal, de forma que este arrecade o tributo, fiscalize sua exigência e utilize-se dos recursos auferidos para a consecução de seus fins Exemplos: CRA, CRC, OAB, CREA 16

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS. São valores fundamentais, mandamentos básicos do sistema jurídico. Existem para dar direção à aplicação das normas. Os princípios não são excludentes entre si. 17

Os princípios podem ser regulamentados ou não. Há três funções para os princípios: 1. a fundamentadora, 2. a orientadora de interpretação e 3. a de fonte subsidiária 18

Função fundamentadora dá as bases da ordem jurídica, fazendo com que todas as relações jurídicas submetam-se a um sistema normativo. 19

Função orientadora de interpretação Indica que os princípios constitucionais serão sempre o ponto inicial para que o intérprete desempenhe o seu papel. 20

Fonte subsidiária Aplica-se quando houver lacunas nos textos legais. 21

Principais Princípios 22

Princípio da Capacidade Contributiva Este princípio integra o princípio da isonomia que consiste em tratar os desiguais de modo desigual, podendo assim o tributo ser cobrado de acordo com as possibilidades de cada um. Os que tiverem igual capacidade contributiva devem ser tratados igualmente e os que tiverem riquezas diferentes devem ser tratados desigualmente porque têm diferentes capacidades contributivas. 23

Preceitos: Os tributos devem ser graduados em função da renda de cada contribuinte: quem ganha mais deve pagar mais; Quanto maior for a base de cálculo de um tributo, maior deve ser a sua alíquota; A renda mínima consagrada à sobrevivência deve ser minimamente tributada ou, em última instância, deve ser livre de tributação. 24

Princípio da Legalidade O Princípio da Legalidade Estrita ou da Reserva Legal baseia-se no seguinte postulado Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. Inscrito no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal. 25

Este princípio exige que somente a lei exija ou aumente tributos, altere os prazos, promova parcelamentos, imponha obrigação acessória. 26

Princípio da Tipicidade Requer que a lei: seja minuciosa, taxativa, evitando o emprego da analogia ou da discricionariedade defina todos os elementos da obrigação tributária de modo que a Administração Tributária não ocupe, com seu poder de tributar, nenhuma eventual lacuna. 27

Princípio da Isonomia Proíbe a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios de instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. Inscrito no inciso II do artigo 150 da Constituição Federal 28

Princípio Irretroatividade da Lei As leis não retroagem e produzem efeitos apenas no futuro, exceto se eles agirem em benefício do contribuinte e de forma expressamente autorizada. 29

A Constituição Federal no artigo 150, inciso III, alínea a, veda à União, Estados, Distrito Federal e Municípios cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. 30

Princípio da Anterioridade Determina que a lei que cria ou aumenta tributo, ao entrar em vigor, tenha sua eficácia suspensa até o início do próximo exercício financeiro, quando incidirá e produzirá todos os seus efeitos no mundo jurídico. Previsto no artigo 150, inciso III, alínea b da Constituição Federal 31

Exceções: empréstimos compulsórios os impostos sobre importação; os impostos sobre exportação; os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); os impostos extraordinários na iminência ou no caso de guerra externa e os impostos sobre produtos industrializados (IPI). 32

Princípio da Noventena A partir da Emenda Constitucional nº 42 de 2003, a regra geral passou a ser que a lei que institui ou aumenta um tributo, além de precisar ser publicada no ano anterior ao de sua cobrança (anterioridade do exercício financeiro), deve aguardar um prazo mínimo de noventa dias, contados de sua publicação, para que possa produzir efeitos. 33

Exceções (exemplos): empréstimos compulsórios os impostos sobre importação; os impostos sobre exportação; os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); os impostos extraordinários na iminência ou no caso de guerra externa. 34

Princípio da Vedação de Efeitos Confiscatórios É vedado utilizar tributo com efeito de confisco. Ao tributar, o Estado não pode tomar posse dos bens do indivíduo. O Estado não pode, por meio da tributação, suprimir a riqueza do contribuinte. 35

Confisco tributário é a absorção, pelo tributo, da totalidade do valor da situação ou do bem tributário, como qualquer parcela que exceda a medida fixada legalmente. 36

Princípio da Imunidade de Tráfego A lei tributária não pode limitar o tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas ou bens. Previsto no artigo 150, inciso V da Constituição Federal, A exceção é a cobrança de pedágio de via conservada pelo poder público porque o pedágio é preço, e não é cobrado nas barreiras fiscais fronteiriças entre os estados membros. 37

Princípio da Imunidade Recíproca das Esferas Públicas A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros. Inscrito no artigo 150, inciso VI, alínea a da Constituição Federal 38

As autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público também gozam da mesma imunidade recíproca dos entes federados Somente no que tange ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes 39

Princípio da Imunidade Genérica Veda aos entes federados a instituição de impostos sobre templos (alínea b), patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores, instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos (alínea c) e sobre, livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão (alínea d). Previsto nas alíneas b, c e d do inciso VI, do artigo 150, da Constituição Federal 40

Princípio da Uniformidade Geográfica A União não pode, instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro. Previsto no artigo 151, inciso I da Constituição Federal 41

Exceção inciso I do artigo 151, a concessão de incentivos com vistas à promoção do equilíbrio socioeconômico entre as regiões do País. 42

Princípio da Vedação de Distinção em Razão de Procedência ou Destino Trata de impedir que os Estados, Distrito Federal e Municípios cometam discriminação tributária relativamente à origem ou ao destino dos bens. Estes entes federados ficam proibidos de estabelecer barreiras fiscais para estimular o desenvolvimento de determinado setor produtivo do seu território, por exemplo. 43

Princípio da Vedação de Distinção em Razão de Procedência ou Destino Confaz Guerra Fiscal 44

Princípio da Não-Cumulatividade Prevê que o tributo devido em cada operação será compensado com o que for cobrado em operações anteriores Previsto na Constituição Federal no inciso II do 3º do artigo 153 para o IPI; no inciso I do 2º do artigo 155 para o ICMS; e no 4º do artigo 195 para as contribuições que vierem a ser instituídas para garantir a manutenção e expansão da Seguridade Social 45

Exemplos: ICMS IPI PIS/COFINS NÃO CUMULATIVOS Explicar Fluxo de Compras e Vendas e Contábil 46

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR A Constituição reparte o poder de tributar entre os vários entes políticos. O poder de criar tributos é repartido de modo que cada ente estatal tem competência para impor prestações tributárias, dentro dos limites assinalados pela Constituição. 47

O poder de tributar é: irrenunciável e indelegável, mas não é absoluto. 48

Limitações ao poder de tributar exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, vedada qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente de denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 49

Limitações ao poder de tributar Proibido cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 50

Limitações ao poder de tributar Proibido cobrar tributos: d) utilizar tributo com efeito de confisco; e) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 51

Limitações ao poder de tributar Proibido instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; 52

Limitações ao poder de tributar Proibido instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão 53

Limitações ao poder de tributar A Constituição Federal ainda traz um rol de vedações. Para a União é vedado: instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócioeconômico entre as diferentes regiões do País; 54

Limitações ao poder de tributar A Constituição Federal ainda traz um rol de vedações. Para a União é vedado: tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 55

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É indelegável. Artigo 7º do CTN. Competência tributária e capacidade tributária são conceitos distintos. Capacidade é justamente o exercício da competência. Competência é atributo, no sentido de que é recebida em delegação, e capacidade é o exercício da competência. 56

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A competência tributária é a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária. 57

TIPOS DECOMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. Privativa 2. Comum 3. Cumulativa 4. Especial 5. Residual 6. Extraordinária. 58

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PRIVATIVA É o poder que têm os entes federativos para instituir os impostos previstos na Constituição Federal. designa-se privativa a competência para criar impostos atribuída com exclusividade a este ou àquele ente político. 59

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PRIVATIVA Exemplo: O IPTU é exclusivo dos municípios e do Distrito Federal enquanto que o ICMS compete exclusivamente aos Estados e ao Distrito Federal. 60

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA COMUM Limita-se aos tributos vinculados, isto é, às taxas e às contribuições de melhoria. A União, Estados, Municípios ou Distrito Federal podem ser os sujeitos ativos das taxas ou contribuições de melhoria desde que realizem os seus respectivos fatos geradores 61

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CUMULATIVA Cabe à União instituir impostos federais e estaduais, nos Territórios, em qualquer caso. Os impostos municipais, por sua vez, também serão de competência da União, caso o Território não seja dividido em municípios. A competência cumulativa ou múltipla está assim prevista no artigo 147 da Constituição Federal. Aplica-se plenamente às demais espécies tributárias (taxas e contribuições de melhoria). Distrito Federal 62

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ESPECIAL Traduz-se no poder de instituir os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais, previstos nos artigos 148 e 149 da Constituição Federal. Os empréstimos compulsórios são instituídos pela União por meio de lei complementar, nos seguintes casos: calamidade pública; guerra externa e investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. 63

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ESPECIAL contribuições profissionais ou corporativas; contribuições interventivas ou CIDEs; e contribuições sociais contribuições sociais estaduais ou municipais para os servidores públicos dos Estados, Distrito Federal e Municípios contribuição de competência dos Municípios e Distrito Federal, a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP ou COSIP) 64

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL Remanescente. Refere-se ao poder de instituir o tributo diverso daqueles já existentes A União poderá instituir novos impostos, por meio de lei complementar, observando o princípio da nãocumulatividade e a proibição de coincidência entre o seu fato gerador ou a base de cálculo de outros impostos. 65

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA EXTRAORDINÁRIA É o poder que tem a União de instituir, por lei ordinária federal, o imposto extraordinário de guerra (IEG) 66

REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS A Constituição Federal, conforme disposto nos artigos 157 a 162, e ainda, no artigo 153, 5º, determina que haja uma partilha das receitas tributárias entre os entes públicos. 67

REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS Tipos de repartição: 1. a direta e 2. a indireta 68

Repartição direta É uma relação simples. O ente público, beneficiário direto do repasse, recebe os recursos diretamente sem que ele passe antes por outra via ou estágio. 69

Tributos arrecadados pela União que devem ser repassados diretamente aos Estados e Municípios. São eles: a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre os rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, por suas autarquias e fundações; 20% da arrecadação oriunda de um eventual exercício da competência residual da parte da União. Trata-se dos impostos não-cumulativos, sem previsão constitucional, e cujos fatos geradores e bases de cálculos não sejam próprios dos impostos definidos na Constituição. 70

Tributos próprios à União e aos Estados que devem ser repartidos com os Municípios. São eles: o produto das retenções efetuadas a título de IR sobre rendimentos pagos; 50% do ITR arrecadado pela União no tocante a imóveis neles situados; 50% da arrecadação do IPVA dos veículos localizados em seus territórios; 25% do ICMS, sendo que as parcelas lhes serão creditadas nas seguintes proporções: ¾, no mínimo da proporção do valor agregado no território do Município e até ¼, conforme o que dispuser a lei estadual que tratar do assunto. 71

Repartição indireta É uma relação que pressupõe a existência de ao menos um estágio intermediário entre o ente que repassa e o beneficiário. Os recursos a serem repassados, antes de chegarem ao beneficiário, integram um fundo para, posteriormente, serem distribuídos segundo as regras aplicadas a cada caso. 72

A União deve destinar 48% da arrecadação do IR e do IPI da seguinte forma: 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE); 22,5% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM); 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, a ser entregue no primeiro decênio do mês de dezembro de cada ano. 3% Fundos de Investimento para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste (FNO, FNE e FCO). 73

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Define-se por uma relação entre um devedor, sujeito passivo, que tem a obrigação de prestar (dar, fazer ou não fazer) algo de natureza tributária a um credor, sujeito ativo, que adquire o direito de exigir esta prestação 74

Objeto da prestação tributária Pode ser: o pagamento de um valor pecuniário (valor do tributo em dinheiro); a obrigação de fazer algo (por exemplo, entregar uma declaração de rendimentos); ou a obrigação de não fazer algo (por exemplo, não dificultar a fiscalização). 75

Tipos de obrigação tributária: a principal e a acessória 76

Obrigação tributária principal O objeto é o pagamento do tributo ou de uma penalidade pecuniária. Ela surge com o fato gerador e extinguese quando o crédito que dela decorre também for extinto. Está prevista no 1º, artigo 113 do CTN 77

Obrigação acessória O objeto são as prestações, positivas ou negativas, legalmente previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, denotando atos de fazer ou de não fazer, despidos de patrimonialidade. Se não for observada ela converte-se numa obrigação principal, obrigando o sujeito passivo ao pagamento de uma penalidade pecuniária. Está prevista no 2º, artigo 113 do CTN. 78

Elementos constitutivos e a classificação da obrigação tributária: a lei, o objeto, o fato gerador, e os sujeitos 79

Lei A lei define os fatos que suportarão a imposição fiscal. Decorre do princípio da legalidade tributária 80

Objeto É a prestação a qual o contribuinte deve cumprir, conforme determina a lei. Está dividida em principal e acessória. 81

Fato Gerador. Definido como situação abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o nascimento de uma obrigação tributária. Segundo o artigo 114 do CTN, o fato gerador de uma obrigação principal é uma situação definida em lei como necessária e suficiente para a sua ocorrência. O artigo 115 define o fato gerador de uma obrigação acessória como a situação que impõe prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal. 82

Sujeitos Sujeito Ativo. Lado credor da relação tributária. Pessoa jurídica de direito público ou privado competente para exigir tributos, se necessário por meio de invasão patrimonial Diretos. Entes tributantes: União, Estados, Distrito Federal e Municípios Indiretos. Entes parafiscais, com poder de arrecadar e fiscalizar um tributo. Sujeito Passivo. É a pessoa física ou jurídica que, por lei, deve cumprir a prestação tributária. Contribuinte. Lado devedor. 83

Ocorrência do Fato Gerador Ocorre e seus efeitos consideram-se existentes diante de uma situação de fato ou de uma situação jurídica. Esta classificação tem como objetivo identificar o momento em que ocorre o fato gerador e, por conseguinte, o nascimento da obrigação tributária. 84

Responsabilidade Tributária Pode ser atribuída, por meio de lei, a uma terceira pessoa vinculada de alguma forma ao fato gerador. Esta terceira pessoa fica obrigada ao pagamento ou cumprimento da obrigação. 85

Responsabilidade tributária consiste no dever de o contribuinte, sujeito passivo natural, tornar efetiva a prestação de dar, consistente no pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (obrigação principal), ou a prestação de fazer ou não fazer, imposta pela legislação tributária no interesse da fiscalização ou da arrecadação tributária (obrigação acessória). 86

A doutrina prevê duas categorias de sujeição passiva indireta: a transferência e a substituição. 87

Transferência A responsabilidade, segundo o CTN, pode ser dos sucessores; de terceiros; por infrações. A responsabilidade transfere-se aos sucessores após a ocorrência do fato gerador. Refere-se a todos os créditos tributários constituídos ou em curso de constituição na data do ato que efetiva a sucessão e mesmo àqueles que, tendo sido constituídos posteriormente à esta data, refiram-se a fatos geradores ocorridos anteriormente a ela. 88

Exemplos: Aquisição de imóveis Fusão, transformação e incorporação Os pais; os tutores e curadores; os administradores de bens de terceiros; os inventariantes; o síndico e o comissário; os tabeliães, escrivães e demais serventuários e os sócios. Infrações 89

Substituição Forma de arrecadação e por este mecanismo o contribuinte assume a responsabilidade do recolhimento do tributo devido pelo seu cliente e posteriormente repassada ao fisco. Ela é definida antes da ocorrência do fato gerador. 90

Ela é muito utilizada para facilitar a fiscalização de tributos plurifásicos, ou seja, aqueles que incidem diversas vezes na cadeia de produção do produto. A substituição tributária faz com que o tributo seja recolhido apenas uma vez como se fosse monofásico. 91

Crédito Tributário Ele nasce quando surge a obrigação. Diante de uma obrigação tributária, o Estado faz o lançamento do crédito e o constitui a seu favor. A partir deste momento ele pode exigir o pagamento 92

Constituição do Crédito Tributário Lançamento do crédito é um ato administrativo, de competência privativa da autoridade administrativa que, averiguando a ocorrência do fato gerador, identificando a base de cálculo e o sujeito passivo e aplicando a alíquota prevista em lei, apura o montante devido e, conforme o caso, propõe a penalidade cabível. 93

Modalidades de lançamento do crédito tributário: direto; misto; por homologação. 94

Lançamento direto Ou de ofício é unilateral, feito pela autoridade administrativa sem a participação do sujeito passivo. Diz-se direto porque o fisco age por sua própria iniciativa, age diretamente Exemplo: Auto de infração 95

Lançamento misto O sujeito passivo colabora com o fisco, prestando-lhe informações e este age com base nelas. Ele depende, portanto, das informações prestadas pelo sujeito passivo ou seu substituto 96

Lançamento por homologação A autoridade administrativa concorda com que o sujeito passivo calcule, ele próprio, o imposto devido, antecipando o pagamento sem o seu exame prévio. Exemplos: ICMS, IPI e o Imposto de Renda 97

Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário É o mesmo que sustar temporariamente a sua exigibilidade. A cobrança do crédito fica paralisada no tempo, administrativa e judicialmente. 98

Ele não é mais exigível enquanto intervierem as situações previstas no artigo 151 do CTN, quais sejam: a moratória; o depósito integral do seu montante; o parcelamento; as reclamações e recursos; 99

Ele não é mais exigível enquanto intervierem as situações previstas no artigo 151 do CTN, quais sejam: a concessão de medida liminar; a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a concessão de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial. 100

Extinção do Crédito Tributário Formas de extinção do crédito tributário: o pagamento; a compensação; a transação; a remissão; a prescrição; 101

Extinção do Crédito Tributário Formas de extinção do crédito tributário: a decadência; a conversão de depósito em renda; o pagamento antecipado e a homologação do lançamento; 102

Extinção do Crédito Tributário Formas de extinção do crédito tributário: a consignação em pagamento; a decisão administrativa irreformável; a decisão judicial passada em julgado e a dação em pagamento em bens imóveis. 103

Extinção do Crédito Tributário O pagamento é a forma mais comum de extinção. Com ele cumpre-se pecuniariamente a obrigação assumida 104

Extinção do Crédito Tributário A compensação está definida no artigo 368 do Código Civil (Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002) como sendo a extinção de duas obrigações, até onde elas se compensarem, se duas pessoas forem, ao mesmo tempo, credoras e devedoras uma da outra. 105

Extinção do Crédito Tributário A transação é modalidade de extinção do crédito tributário m que os sujeitos envolvidos fazem concessões mútuas a fim e eliminar uma controvérsia jurídica entre eles existente 106

Extinção do Crédito Tributário A remissão é o perdão da dívida. É o credor quem a concede. O devedor vê-se exonerado do seu débito, independentemente de cumprir a obrigação 107

Extinção do Crédito Tributário Na prescrição perde-se o direito à ação pelo decurso de prazo. Na decadência, o direito perece por não ter sido exercido dentro do prazo determinado 108

Extinção do Crédito Tributário A consignação em pagamento está prevista no artigo 164 do CTN para os casos em que houver recusa de recebimento ou subordinação do recebimento ao pagamento de outro tributo, penalidade ou cumprimento de exigência administrativa não fundamentada ou em caso de cobrança de tributo idêntico sobre o mesmo fato gerador 109

Exclusão do Crédito Tributário Se, apesar de ocorrido o fato gerador, o crédito tributário não for constituído pelo lançamento em razão de uma previsão legal, ocorre a exclusão do crédito tributário formas de exclusão: a isenção e a anistia 110

Exclusão do Crédito Tributário a isenção Isenção é a dispensa do tributo devido feita por expressa disposição da lei. A isenção exonera legalmente o sujeito passivo do pagamento do tributo, mas não gera direito adquirido. A isenção pode ser geral ou específica. 111

Exclusão do Crédito Tributário a anistia A anistia, segundo o artigo 180 do CTN, somente abrange as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede A anistia somente pode ser concedida depois que a infração é praticada e antes do lançamento do crédito tributário 112