Pergunte à CPA Substituição Tributária nas Operações Interestaduais Apresentação: Helen Mattenhauer 09/01/2015
Por que conhecer a legislação de Outro Estado? Por disposição Federal deverá ser observada a Legislação de destino da mercadoria Convênio ICMS nº 81/1993. Cláusula oitava O sujeito passivo por substituição observará as normas da legislação da unidade da Federação de destino da mercadoria. Alíquota, benefícios fiscais, regras de recolhimento, critérios de cálculo, exigência de escrituração Regimes Especiais.
Normas Regulamentadoras Constituição Federal, art. 150, 7º (artigo acrescentado pela Emenda Constitucional 3/1993: A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a A condição lei poderá de atribuir responsável a sujeito pelo passivo pagamento de obrigação do imposto tributária ou a condição contribuição, de responsável cujo fato gerador pelo pagamento deva ocorrer do imposto posteriormente, ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e assegurada a imediata e preferencial restituição da qantia paga caso preferencial restituição da quantia paga caso não se realize o fato não se realize o fato gerador presumido. gerador presumido.
Normas Regulamentadoras Lei Complementar 87/1996, arts 6, 7 e 9: A lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou depositário a qualquer título a responsabilidade pelo pagamento do ICMS hipótese que assumirá a condição de contribuinte substituto. A responsabilidade será atribuída em relação a mercadorias, bens e serviços previstos em lei de cada Estado. A adoção do regime da substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico (Convênio ou Protocolo) celebrado pelos Estados envolvidos.
Normas Regulamentadoras Convênio 81/1993: Estabelece normas gerais a serem aplicadas a regimes de substituição tributária, Instituídos por convênios ou protocolos, firmados entre os Estados e o Distrito Federal. Ajuste SINIEF 04/1993: Estabelece normas comuns aplicáveis para o cumprimento de obrigações tributárias relacionadas com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
Convênio e Protocolos CONVÊNIO: Constitui um acordo entre os Estados, cujo elaboração tem por objetivo a concessão de incentivos fiscais, tem previsão no texto constitucional e na lei complementar, constituindo-se, por força dessas referidas disposições legais, como instrumento obrigatório para efeito de aprovação dos benefícios e favores fiscais concedidos pelos Estados. PROTOCOLO: Baseado em regimento interno do Confaz destina-se a estabelecer procedimentos fiscais comuns entre as Unidades da Federação, visa otimizar o controle e fiscalização de determinadas operações e não pode dispor sobre benefícios fiscais.
Convênio ICMS Somente existe na legislação do ICMS (LC 24/75); Acordo entre os Estados; Dispõe sobre benefícios fiscais ou substituição tributária; Realizado em reuniões do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária); Podem ser autorizativos ou concessivos; Para serem aprovados necessitam de unanimidade
Convênio ICMS Procedimento Reunião do CONFAZ; Publicação no DOU dentro de 10 dias do final da reunião; Ratificação Estadual dentro de 15 dias da publicação no DOE; Ratificação nacional dentro de 10 dias da ratificação nacional. Para benefícios fiscais se for rejeitado não entra em vigor.
Protocolo ICMS Acordo entre algumas UFs; Não necessita ratificação nacional; Válido a partir da publicação no DOU, conforme acordado entre as UFs; Pode tratar de: implementação de políticas fiscais; permuta de informações e fiscalização conjunta; fixação de critérios para elaboração de pautas fiscais; outros assuntos de interesse dos Estados e do Distrito Federal. Não podem aumentar, reduzir ou revogar benefícios fiscais.
Convênio Protocolo Convênio Todos ou quase todos os Estados Protocolo Alguns Estados Comunicado CAT 36/2009 vigência dos Protocolos assinados por SP; Anexo VI RICMS.
SAÍDAS PARA OUTROS ESTADOS COM PROTOCOLO OU CONVÊNIO O contribuinte paulista que, na condição de substituto, realizar operações sujeitas ao regime de substituição tributária para outro Estado que mantenha convênio ou protocolo com o Estado de São Paulo, deverá observar a disciplina estabelecida pelo Estado de destino da mercadoria. Base legal art. 261 do RICMS/2000.
ENTRADA DE OUTROS ESTADOS CONVENIADOS O contribuinte situado em outro Estado, que mantém convênio ou protocolo com o Estado de São Paulo, na condição de substituto em operações sujeitas a substituição tributária, deverá recolher o imposto a favor do Estado de São Paulo. Base legal. art. 262 do RICMS/2000
SAÍDAS PARA OUTROS ESTADOS SEM PROTOCOLO OU CONVÊNIO O contribuinte paulista que realizar operações para outro Estado que NÃO mantenha convênio ou protocolo com o Estado de São Paulo, deverá realizar operação normal, sem retenção do ICMS-ST em sua nota fiscal.
SAÍDAS PARA OUTROS ESTADOS SEM PROTOCOLO OU CONVÊNIO Exemplo: Se um industrial, importador ou comerciante paulista vende brinquedos para um revendedor do Estado do Espírito Santo, por não existir acordo de ST entre os dois estados fará operação normal de venda, sem retenção do ICMS-ST em sua nota fiscal. Fará o destaque somente do ICMS próprio de 7% ou 4% se for RPA ou do percentual dos anexos I e II se for do Simples Nacional.
SAÍDAS PARA OUTROS ESTADOS SEM PROTOCOLO OU CONVÊNIO Se o Estado do ES exigir recolhimento antecipado por guia especial (GNRE), tal exigência recairá sobre o destinatário (contribuinte CAPIXABA), pois não existe acordo de ST entre os dois Estados. Neste caso, na NF do emitente (paulista) não pode haver qualquer menção de ICMS-ST. A responsabilidade pelo recolhimento da antecipação por GNRE em favor do estado do ES é do contribuinte CAPIXABA. Se o contribuinte paulista quer fazer um favor ao seu cliente enviando uma GNRE com o ICMS antecipado, de responsabilidade do destinatário, fará isso a parte da NF.(Informações Complementares) OBS: Estado do Espirito Santo não aceita recolhimento por GNRE deverá no entanto o recolhimento ser efetuado por guia própria do Estado que é a DUA- Documento Único de Arrecadação.
ENTRADAS DE OUTROS ESTADOS SEM PROTOCOLO OU CONVÊNIO Existem situações em que não há acordo de ST interestadual. Porém, no Estado de destino existe a obrigação do recolhimento antecipado pelo destinatário na entrada da mercadoria no Estado. Neste caso não haverá substituição tributária interestadual, mas sim recolhimento antecipado de obrigação do contribuinte do Estado de destino ( ANTECIPAÇÃO )
OPERAÇÕES COM ESTADOS SEM PROTOCOLO OU CONVÊNIO Nas entradas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, oriundas de Estados que não mantém convênio ou protocolo com o Estado de São Paulo, o responsável pelo pagamento do imposto será o contribuinte paulista que deverá fazer o recolhimento na entrada da mercadoria em nosso Estado. -Base Legal art. 426-A do RICMS/2000
Comunicado CAT 20/99 Comunica posição da Administração Tributária paulista em face de termos de acordo de regime especial propostos unilateralmente por algumas unidades da Federação a contribuintes aqui estabelecidos, para assunção de responsabilidade tributária nas vendas de mercadorias a contribuintes localizados nos seus territórios. a) a adoção de regime de substituição tributária em operações interestaduais depende de acordo específico celebrado pelos Estados interessados (artigo 9º da Lei Complementar 87/96); b) o Estado de São Paulo não aprovará nenhum termo de acordo do tipo retro referido, nem permitirá, por óbvio, a fiscalização de contribuinte paulista por parte do Fisco de outros Estados em função desses acordos; c) o contribuinte paulista não está obrigado a cumprir normas oriundas de outros Estados, quando elas não tenham a extraterritorialidade previamente reconhecida pelo Estado de São Paulo mediante convênios ou protocolos ou prevista em lei complementar (CTN, art. 102).