Políticas de Controlo de Infeção e de Antibioterapia: Perspetivas Atuais

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Transcrição:

Políticas de Controlo de Infeção e de Antibioterapia: Perspetivas Atuais José M. D. Poças Diretor do SDI CHS HSB Setúbal Presidente Interino da CCIPRA

INTRODUÇÃO

Um mero exercício de memória Para um cidadão americano do séc. XXI, é muito difícil imaginar o que era o mundo antes da existência dos antibióticos. No início do séc. XX, cerca de 9 em 1.000 mulheres parturientes morriam, 40% das quais por sépsis. Nalgumas cidades, 30% das crianças morriam no 1º ano de vida. 1 em cada 9 pessoas que tivessem uma infeção com alguma gravidade falecia, mesmo nos casos que atingiam exclusivamente a pele. A mortalidade da pneumonia era de 30% e a da meningite de 70%. As otites causavam frequente surdez, as amigdalites complicavam-se muitas vezes de febre remática e esta de insuficiência cardíaca. Os procedimentos cirúrgicos complicavam-se com muita frequência de processos infeciosos com elevada morbilidade e mortalidade associadas. O panorama mudou posteriormente de forma radical por três factos decisivos: Melhoria das condições sanitárias gerais, a vacinação em massa e a descoberta dos antibióticos. Ao longo do s. XX, as mortes por causa infeciosa diminuíram bastante, tendo contribuído para um aumento da esperança de vida em cerca de 29 anos. Os antimicrobianos, em particular, permitiram salvar anualmente muitos milhões de vidas. Primeiramente desenvolvidos na década de 30, a sua comercialização expandiu-se vertiginosamente na década seguinte. Conduziram a uma série de outros avanços nos cuidados médicos, designadamente no domínio cirúrgico (queimados, transplantados, intervencionados ao caração, etc.), através da prevenção e tratamento das complicações infeciosas associadas.

Sistemas de vigilância epidemiológica DE RESISTÊNCIAS AOS ANTIMICROBIANO S - Microrganismos problema - Microrganismos alerta - EARS Net DE CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS - Antimicrobianos em ambulatório - Antimicrobianos em hospital - ESAC Net - Antimicrobianos em veterinária DE INFECÇÃO - HELICS UCI - HELICS ILC - INF UCI Nenatal - INCS - UCC - IPI Uma nova Norma de colaboração DGS - INSA

Microrganismos problema Consideram-se microrganismos problema, os microrganismos que causam frequentemente doença e com taxas de resistência epidemiologicamente significativa. Origem invasiva (do Sangue e LCR): Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter spp. Enterobacteriaceae Staphylococcus aureus Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium Streptococcus pneumoniae Outra origem: Clostridium difficile.

Norma de Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos Ao INSA compete verificar e registar a receção dos microrganismos. A DGS e o INSA tomam conhecimento da notificação do microrganismo alerta em simultâneo. O INSA acusará a receção da mesma aos notificadores; O INSA informa a DGS e o Laboratório de origem sobre a confirmação do resultado do microrganismo alerta isolado; O INSA envia à DGS os resultados acumulados sobre os microrganismos problema com uma periodicidade não superior a 6 meses; A DGS promove o contato com o Laboratório de Microbiologia e com os GCL- PPCIRA da Instituição de origem para que, localmente: - exista notificação interna da deteção do microrganismo para a Direção Clínica e Direção de Enfermagem; - sejam adotadas medidas adequadas para o controlo e prevenção de transmissão cruzada; - seja disponibilizada colaboração técnico-científica

O PROBLEMA no MUNDO

Os enormes custos associados! Impacto da Multirresistência aos ABs (Relatórios CDC e TATFAR, 2014) 20 35 biliões USD/ano (perdas diretas) 35 biliões USD/ano (perdas de produtividade) 8 milhões de dias d internamento hospitalar 2 milhões de pessoas infetadas / ano 23-99.000 mortes / ano nos EUA Financiamento público na investigação de novos antibióticos insuficiente: 450 milhões USD/ano Na CEE: 25-175.000 pessoas morrem / ano

A escassez de novos antibióticos

O PROBLEMA em PORTUGAL

IPI 1998-2012 Prevalência de infeção hospitalar

O PROBLEMA no CHS

AS SOLUÇÕES MAIS CONSENSUAIS

Antibióticos 20-50% das prescrições são desnecessárias ou desapropriadas Bases essências de um Programa Colheita prévia de produtos Instituição de AB na 1ª hora Reavaliação às 48 horas Descalação de acordo c/ os resultados Passagem de EV p/ PO Antibióticos 20-50% das prescrições são desnecessárias ou desapropriadas Bases essências p/ Programa Stewardship Colheita prévia de produtos p/ ex. mibrobiológico Instituição de AB na 1ª hora Reavaliação às 48 horas Descalação de acordo c/ os resultados Passagem de EV p/ PO c/ Programas informáticos Redução da mortalidade até 40% na sépsis (Epic) Redução dos consumos em 35% Redução da despesa em 900.000 USD / instituição / ano (USA)

Antibiotic strategy for the severely ill Presentation Physical and microbiological examination Microbiological results and Biomarkers Reassessment based on clinical evolution and further culture and susceptibility results 1 hour Antibiotic 24-48 h 1st antibiotic change Stop Shorten Rescue 72 hours 2nd antibiotic change Stop Shorten Narrow Rescue

Descalação - guia prático Marin Kollef Intensive Care Med 2014;40:92-95

AS SOLUÇÕES EM DISCUSSÃO

Necessidade de maior investimento na inovação Mercado Farmacêutico Volume de Vendas de Antibióticos 48% gastos c/ Antimicrobianos < 5% Total de Medicamentos Em 2004 1,6% das novas moléculas em investigação eram antibióticos Cada novo antibiótico: 400 800 milhões de USD

Acordo com a Indústria Farmacêutica

BIOFILMES HUMANOS del Pozo e Patel Clin Pharm Ther Vol 82, 2007 80% das infecções crónicas (NIH 1997)

UMA PROPOSTA de PLANO p/ o CHS

O que foi feito desde o início de funções Reuniões c/ a Comissão cessante c/ a Enf.ª que vai permanecer (Enf.ª Felisbela Barroso) c/ as Diretoras da Patologia Clínica (Microbiologia) e Farmácia c/ os Diretores dos Serviços de Medicina Interna, Ortopedia e Cirurgia Geral c/ a Diretora do BO Pasta de Documentos Legislação Normas Institucionais Normas da DGS Curso da DGS Documentos e Guidelines de outras Organizações Nacionais e Internacionais INSA, ECDC, CDC, NHS, NICE, COCHRANE, etc

Próximas iniciativas I Constituição de uma Comissão I Elementos Executivos (c/ a concordância dos Diretores de S.) Coordenador (Proporei a Dr.ª Catarina Gonçalves) Outros Elementos Microbiologia e Farmácia 1 Enfermeira 1 Médico de: UCI, Medicina Interna, Cirurgia Geral e Ortopedia Constituição de uma Comissão II Elementos consultivos (a serem indicados p/ Serviços e p/ CA) Comissão de Farmácia Bloco Operatório Imunohematerapia Medicina Ocupacional Esterilização Dietista Administrador Hospitalar (SIEs, Rouparia, Higiene e Limpeza, Obras, Compras)

Próximas iniciativas II Delegados da Comissão (a serem indicados p/ Serviços c/ a concordância do Coordenador) de todos os Serviços c/ Internamento 1 Médico 1 Enfermeiro Elaboração / Atualização de Organograma funcional Regulamento interno Plano de Ação Plano de Auditorias Políticas Procedimentos NOCs

Delimitação de Funções Membro da Comissão Executivo Consultivo Delegado Médico Enfermeiro Profissional Médico Enfermeiro Assegurar Vigilância epidemiológica Relatórios anual Monitorizar Consumos de ABs Relatório anual Representação Externa DGS, INSA, etc. Formação Interna Prescrição AB

O que é ainda fundamental (CA) Recursos Humanos 1 Enfermeiro 1 Farmacêutico 1 Microbiologista Recursos Materiais Laboratório de Microbiologia Instalações Equipamento Programa informático Vigilância epidemiológica Consumo de ABs Alertas clínicos (Alarmística)

Earlier microbiological diagnosis recent technological advances MALDI-TOF (matrix assisted laser desorption ionization time-offlight mass spectometry) reduce identification time to 4 hours once blood cultures have become positive Change lab routine to maximize benefit from MADI-TOF, namely timetables Leggieri N et al. Curr Opin Infect Dis 2010; 23: 311-9 Mancini N et al. Clin Microbiol Ver 2010; 23: 235-51

Cost efficciency associated with ASP is not the primary goal but it is an useful argument

CONCLUSÕES

O sábio aviso de quem sabe Existe claramente a necessidade de elevar esta problemática ao nível da decisão política porque constitui um problema económico e social e não só estritamente de saúde. Embora o compromisso dos políticos varie de região, deve existir um consenso global com uma abrangência planetária. Temos uma imperiosa necessidade de ter acesso não só à inovação tecnológica (nos âmbitos da prevenção, diagnóstico e tratamento), mas igualmente de inovação nos modelos de comercialização e fabrico. De preferência, deveríamos poder retroceder ao cenário onde existiam um confortável número de novos fármacos no pipeline e, simultaneamente, racionalidade na sua utilização. Para que isso possa acontecer, é vital envolver as faculdades de gestão, os economistas e ainda outros profissionais

e a profetização de quem inventou! Existe o perigo que alguém, por ignorância, possa vir a diminuir as o nº de tomas, a encurtar o tempo de tratamento, ou mesmo a reduzir as doses, expondo os microrganismos a quantidades não letais do antibiótico, e desse modo induzir a sua resistência. (Discurso da cerimónia de atribuição do Prémio Nobel da Medicina, Estocolmo, 1945)

As 2 + 2 MÁXIMAS M. Liberdade / M. Responsabilidade M. Disponibilidade / M. Adequação

Conclusions Education is not enough. Create an antimicrobial stewardship programm Make it multidisciplinary and efficient Costumize it to your service and centre Define a AMS physician champion as the leader and increase the interaction with microbiology Faclitate access Make it persuasive and pedagogical Assure accountability, defining goals and metrics in 3 domains: decrease antibiotic consumption, hospital acquired infections and antimicrobial resistance Communicate results to the staff