Portugal Controlo da Infeção e Resistências aos Antimicrobianos em números 2013

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1 ISSN: X Portugal Controlo da Infeção e Resistências aos Antimicrobianos em números 2013 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

2 Portugal. Direcção-Geral da Saúde. Direção de Serviços de Informação e Análise Portugal- Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 ISSN: X Periodicidade: Anual Editor Direção-Geral da Saúde Alameda D. Afonso Henriques, Lisboa Tel.: Fax: /1 dgs@dgs.pt Autores Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos José Artur Paiva Elaine Pina Maria Goreti Silva Direção de Serviços de Informação e Análise Paulo Jorge Nogueira Andreia Jorge Silva Matilde Valente Rosa Maria Isabel Alves Dulce Afonso Ana Cristina Portugal Elisabeth Somsen José Martins Luís Serra Ana Lisette Oliveira Com a colaboração de Nuno Oliveira (INFARMED) Layout e Impressão Letra Solúvel Publicidade e Marketing, Lda. Av. Júlio Dinis, 14, 6.º Dto. B Lisboa Tel geral@letrasoluvel.pt Lisboa Outubro de 2013

3 Índice 1. Introdução 5 2. Resistência a antibióticos 6 3. Consumo de antibióticos de uso sistémico Infeção Hospitalar Estudos de prevalência Prevalência de infeção e uso de antimicrobianos nas Unidades de Cuidados Continuados Estudos de incidência Infeções da corrente sanguínea Infeções associadas a cuidados de saúde identificadas em programas dirigidos a populações específicas Infeções do local cirúrgico Estrutura de gestão e operacionalização do programa Campanha Nacional de Higiene das Mãos Principais resultados do Guia de Autoavaliação para a Higiene das Mãos 66

4 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números Óbitos associados à infeção Notas finais Bibliografia 73 ANEXO Notas metodológicas 74 Índice de Quadros 75 Índice de Figuras 77 4 Melhor Informação, Mais Saúde

5 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos 1. Introdução As infeções associadas aos cuidados de saúde dificultam o tratamento adequado do doente e são causa de significativa morbi-mortalidade, bem como de consumo acrescido de recursos hospitalares e comunitários. No entanto, cerca de um terço são, seguramente, evitáveis. O controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde está ligado à prevenção da resistência aos antimicrobianos. Estes, revolucionaram, a partir da década de 40, o tratamento dos doentes com infeções, contribuindo, significativamente, para a redução da morbi-mortalidade. Contudo, o seu uso maciço e, frequentemente, inadequado, promoveu a emergência e seleção de bactérias resistentes e multirresistentes, existindo evidência de associação, consistente e estatisticamente relevante, entre o nível de consumo de classes específicas de antibióticos e a resistência a essas mesmas classes. Assim, o antibiótico, essencial para a realização, em segurança, de muitas intervenções e processos de saúde e determinante do aumento da esperança de vida verificado na segunda metade do século XX, passou a estar ameaçado de perda de eficácia, o que se poderá traduzir num retrocesso na história da Medicina. 5

6 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números Resistência a antibióticos A comunidade científica definiu um grupo de bactérias que constitui particular preocupação em termos de aquisição de resistência a antimicrobianos, designando-o pelo acrónimo ESKAPE, que corresponde às iniciais dos seguintes microrganismos: Enterococcus resistente à vancomicina, Staphylococcus aureus resistente à meticilina, Klebsiella produtora de betalactamases de espectro alargado, Acinetobacter resistente ao imipeneme, Pseudomonas resistente ao imipeneme e Enterobacter resistente às cefalosporinas de terceira geração. Algum tempo depois, o Clostridium difficile foi também integrado neste grupo. Globalmente, Portugal apresenta crescente taxa de resistência do Staphylococcus aureus à meticilina, sendo nesta altura o país europeu com mais elevada taxa (figuras 1 e 2). Figura 1. Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em Portugal ( ) Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, Melhor Informação, Mais Saúde

7 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 2. Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) na Europa, em 2011 Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 (adaptado) 7

8 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Quadro 1. Staphylococcus aureus: número e percentagem de isolados invasivos resistentes à meticilina (MRSA) e rifampicina, incluindo intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Staphylococcus aureus: número e percentagem de isolados invasivos resistentes à meticilina (MRSA) e rifampicina, incluindo intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Meticilina Rifampicina Estados Membros Número de isolados Número de isolados % rifampicina-resistente da UE % MRSA (95%IC) testados testados (95%IC) Portugal ,6 (52-57) ,7 (1-3) Alemanha ,1 (15-18) ,7 (0-1) Áustria ,4 (6-9) ,3 (0-1) Bélgica ,4 (16-19) ,6 (0-1) Bulgária ,4 (17-29) ,2 (9-21) Chipre ,6 (32-51) 113 0,0 (0-3) Dinamarca ,2 (1-2) ,1 (0-0) Eslováquia ,9 (22-30) 478 1,3 (0-3) Eslovénia 464 7,1 (5-10) 443 0,5 (0-2) Espanha ,5 (21-24) ,5 (0-1) Estónia 116 1,7 (0-6) 3 0,0 (0-71) França ,1 (19-21) ,0 (1-1) Grécia ,2 (36-43) 0, Holanda ,4 (1-2) ,4 (0-1) Hungria ,2 (24-29) 570 0,4 (0-1) Irlanda ,7 (21-26) 835 1,0 (0-2) Itália ,2 (36-41) 970 4,3 (3-6) Letónia 192 9,9 (6-15) 186 0,5 (0-3) Lituânia 278 5,4 (3-9) 158 0,6 (0-2) Luxemburgo ,5 (14-29) 90 0,0 (0-4) Malta ,2 (41-59) 130 0,8 (0-4) Polónia ,3 (21-27) ,4 (20-36) Reino Unido ,6 (13-15) ,6 (0-1) Rep. Checa ,5 (13-16) 782 1,8 (1-3) Roménia ,5 (41-60) 101 7,9 (3-15) Suécia ,8 (1-1) ,2 (0-1) Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 Portugal é também um dos países europeus com elevada taxa de resistência do Enterococcus faecium à vancomicina (quadro 2 e figura 3). 8 Melhor Informação, Mais Saúde

9 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Quadro 2. Número total de isolados invasivos e percentagens (%) de E. faecalis com elevado nível de resistência aos aminoglicosídeos e de E. faecium com resistência à vancomicina, intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Número total de isolados invasivos e percentagens (%) de E. faecalis com elevado nível de resistência aos aminoglicosídeos e de E. faecium com resistência à vancomicina, intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Estados Membros Elevado nível de resistência do E. faecalis aos aminoglicósidos Resistência do E. faecium à vancomicina da UE N.º de casos isolados % R (95% IC) N.º de casos isolados % R (95% IC) Portugal ,8 (25-35) ,2 (15-26) Alemanha ,0 (37-45) ,4 (9-14) Áustria ,9 (26-36) 354 4,5 (3-7) Bélgica ,2 (14-23) 215 7,0 (4-11) Bulgária 62 30,6 (20-44) 39 0,0 (0-9) Chipre 54 18,5 (9-31) 17 0,0 (0-20) Dinamarca 45 31,1 (18-47) 615 1,3 (1-3) Eslováquia ,5 (42-57) 101 4,0 (1-10) Eslovénia ,0 (28-45) 83 0,0 (0-4) Espanha ,3 (36-43) 542 1,5 (1-3) Estónia 32 19,1 (6-43) 15 0,0 (0-25) Finlândia 0, 169 1,2 (0-4) França ,0 (18-23) 569 1,4 (1-3) Grécia ,4 (34-41) ,1 (19-27) Holanda ,3 (28-38) 481 1,0 (0-2) Hungria ,6 (44-53) 120 0,8 (0-5) Irlanda ,9 (24-36) ,9 (30-40) Itália ,0 (44-56) 236 4,2 (2-8) Letónia 34 26,5 (13-44) 22 9,1 (1-29) Lituânia 48 43,8 (29-59) 26 7,7 (1-25) Luxemburgo 27 44,4 (25-65) 24 4,2 (0-21) Malta 0, 14 0,0 (0-23) Polónia ,4 (41-56) 202 8,4 (5-13) Reino Unido 75 16,0 (9-26) 302 8,9 (6-13) Rep. Checa ,2 (42-50) 211 7,6 (4-12) Roménia 0, 12 0,0 (0-26) Suécia ,2 (16-22) 353 0,0 (0-1) Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe,

10 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Figura 3. Enterococcus faecium resistente à vancomicina, na Europa, em 2011 Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 (adaptado) Relativamente, às bactérias Gram negativo, ocorrem crescentes taxas de resistências em toda a Europa, com exceção da Escandinávia. 10 Melhor Informação, Mais Saúde

11 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos A resistência de Klebsiella pneumoniae às cefalosporinas de terceira geração é muito elevada e preocupante, na maioria dos países europeus (figura 4). Figura 4. Klebsiella pneumoniae resistente a cefalosporinas de 3.ª geração, na Europa, em 2011 Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 (adaptado) 11

12 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Em Portugal, Klebsiella pneumoniae mostra crescente resistência às cefalosporinas de terceira geração, verificando-se um aumento de 28,8% para 36,2% entre 2009 e 2011 (quadro 3). Quadro 3. Evolução da taxa de Klebsiella pneumoniae resistente às cefalosporinas, em Portugal, Ano Resistência ,8% ,7% ,2% Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, Melhor Informação, Mais Saúde

13 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Quadro 4. Klebsiella pneumoniae: número e percentagem de isolados invasivos com resistência às cefalosporinas de terceira geração, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos, carbapenemes e resistência combinada*, incluindo intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Klebsiella pneumoniae: número e percentagem de isolados invasivos com resistência às cefalosporinas de terceira geração, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos, carbapenemes e resistência combinada*, incluindo intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Estados Cefalosporinas 3.ª Resistência Fluoroquinolonas Aminoglicosideos Carbapenemes Membros da geração combinada UE N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) Portugal ,4 (32-39) ,3 (33-40) ,5 (28-35) 580 0,3 (0-1) ,8 (18-24) Alemanha ,5 (10-16) ,1 (11-17) 518 8,9 (7-12) 512 0,0 (0-1) 518 6,9 (5-9) Áustria ,3 (11-16) ,6 (14-19) 790 7,2 (6-9) 610 0,2 (0-1) 785 4,1 (3-6) Bélgica ,6 (11-16) ,9 (12-18) 608 8,1 (6-11) 646 0,3 (0-1) 587 4,9 (3-7) Bulgária ,0 (73-88) ,2 (42-60) ,7 (63-80) 116 0,0 (0-3) ,8 (37-55) Chipre 83 41,0 (30-52) 83 36,1 (26-47) 83 27,7 (18-39) 83 15,7 (9-25) 83 25,3 (16-36) Dinamarca ,1 (9-14) ,6 (10-14) 908 5,8 (4-8) 589 0,0 (0-1) 633 4,9 (3-7) Eslováquia ,0 (64-72) ,6 (66-75) ,1 (62-70) 432 0,7 (0-2) ,1 (58-67) Eslovénia ,2 (24-37) ,3 (29-42) ,0 (17-28) 232 0,0 (0-2) ,8 (15-26) Espanha ,4 (11-15) ,0 (15-19) ,5 (9-12) ,3 (0-1) ,3 (7-10) Estónia 43 39,5 (25-56) 91 22,0 (14-32) 90 12,2 (6-21) 73 0,0 (0-5) 42 19,0 (9-34) Finlândia 319 3,4 (2-6) 319 3,8 (2-6) 319 1,9 (1-4) 318 0,0 (0-1) 319 1,9 (1-4) França ,3 (23-28) ,0 (26-30) ,6 (22-26) ,0 (0-0) ,5 (18-21) Grécia ,8 (74-78) ,2 (70-74) ,0 (67-71) ,2 (66-70) ,1 (62-66) Holanda 720 8,1 (6-10) 728 7,3 (6-9) 729 8,1 (6-10) 722 0,3 (0-1) 720 4,3 (3-6) Hungria ,1 (48-58) ,0 (46-56) ,0 (48-58) 413 1,9 (1-4) ,0 (41-51) Irlanda 304 7,6 (5-11) 303 8,9 (6-13) 304 7,6 (5-11) 302 0,3 (0-2) 303 3,3 (2-6) Itália ,9 (42-50) ,7 (42-50) ,6 (31-38) ,7 (23-30) ,9 (29-37) Letónia 65 38,5 (27-51) 63 38,1 (26-51) 65 33,8 (23-47) 65 0,0 (0-6) 63 33,3 (22-46) Lituânia ,6 (52-69) ,7 (46-63) ,5 (47-64) 19 0,0 (0-18) ,1 (35-52) Luxemburgo 48 35,4 (22-51) 48 33,3 (20-48) 48 29,2 (17-44) 48 0,0 (0-7) 48 27,1 (15-42) Malta 52 13,5 (4-24) 52 13,5 (6-26) 52 9,6 (3-21) 52 3,8 (0-13) 52 3,8 (0-13) Polónia ,7 (54-66) ,7 (53-63) ,5 (42-53) 376 0,5 (0-2) ,1 (31-43) Reino Unido 935 5,3 (4-7) 985 4,6 (3-6) 979 4,3 (3-6) 825 0,4 (0-1) 914 2,1 (1-3) Rep. Checa ,3 (45-51) ,8 (50-56) ,7 (42-48) ,1 (0-0) ,0 (33-39) Roménia 25 44,0 (24-65) 10 30,0 (7-65) 10 50,0 (19-81) 10 0,0 (0-31) 10 30,0 (7-65) Suécia 736 2,3 (1-4) 624 1,9 (1-3) 602 1,7 (1-3) 900 0,0 (0-0) 545 0,7 (0-2) *Resistência combinada: resistência às cefalosporinas de terceira geração, fluoroquinolonas e aminoglicosídeos Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe,

14 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 A taxa de Klebsiella pneumoniae multirresistente (não suscetível a pelo menos um agente de três ou mais classes de antibióticos habitualmente usados para o seu tratamento) é igualmente crescente entre 2007 (6,5%) e 2011 (20,7%) (quadro 4 e figura 5). Figura 5. Klebsiella pneumoniae multirresistente em Portugal, de 2006 a 2011 Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, Melhor Informação, Mais Saúde

15 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos As taxas de resistência às cefalosporinas e de multirresistência de Escherichia coli são menores que as de Klebsiella pneumoniae, mas também crescentes (figura 6). Figura 6. Escherichia coli resistente a cefalosporinas de terceira geração, na Europa, em 2011 Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 (adaptado) Igualmente preocupante é a resistência de Escherichia coli às quinolonas, sobretudo nos países do sul e leste da Europa (figura 7 e quadro 6). Em Portugal, aumentou, entre 2001 e 2008, de 18% para 29%, sendo em 2011 de 27% (quadro 5). 15

16 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Figura 7. Escherichia coli resistente a fluoroquinolonas na Europa Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 (adaptado) Quadro 5. Evolução da taxa de resistência de Escherichia coli às quinolonas, em Portugal (2001, 2008 e 2011) Ano Resistência a quinolonas % % % Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, Melhor Informação, Mais Saúde

17 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Quadro 6. Escherichia coli: número e percentagem de isolados invasivos resistente a aminopenicilinas, cefalosporinas de 3.ª geração, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos e resistência combinada*, incluindo intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Escherichia coli: número e percentagem de isolados invasivos resistente a aminopenicilinas, cefalosporinas de 3.ª geração, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos e resistência combinada*, incluindo intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, ª geração Resistência Estados Aminopenicillinas Fluoroquinolonas Aminoglicócidos cefalosporinas combinada Membros EU N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) N.º %R (95%IC) Portugal ,5 (54-59) ,3 (10-13) ,2 (25-29) ,1 (14-18) ,5 (6-9) Alemanha ,3 (51-54) ,0 (7-9) ,7 (22-25) ,6 (7-9) ,6 (3-4) Áustria ,3 (49-52) ,1 (8-10) ,3 (21-24) ,4 (7-8) ,6 (2-3) Bélgica ,7 (57-60) ,0 (5-7) ,5 (20-23) ,3 (8-10) ,4 (1-2) Bulgária ,5 (52-68) ,9 (17-30) ,2 (24-37) ,3 (12-24) ,1 (6-15) Chipre ,6 (70-84) ,2 (28-45) ,4 (39-56) ,9 (17-32) ,2 (12-26) Dinamarca ,9 (46-50) ,5 (7-10) ,1 (13-15) ,4 (6-7) ,0 (2-4) Eslováquia ,6 (65-72) ,0 (28-35) ,9 (38-46) ,9 (15-21) ,9 (11-16) Eslovénia ,9 (51-57) ,8 (7-11) ,7 (18-23) ,8 (8-12) ,1 (3-6) Espanha ,6 (64-67) ,0 (11-13) ,5 (33-36) ,8 (14-16) ,9 (4-6) Estónia 0, 90 12,2 (6-21) 312 9,9 (7-14) 314 4,8 (3-8) 89 1,1 (0-6) Finlândia ,3 (34-39) ,1 (4-6) ,8 (10-12) ,3 (4-6) ,7 (2-3) França ,1 (54-56) ,2 (8-9) ,9 (17-19) ,9 (7-8) ,6 (2-3) Grécia ,5 (52-57) ,9 (13-17) ,6 (24-29) ,8 (15-19) ,8 (9-13) Holanda ,5 (47-50) ,7 (5-6) ,3 (13-15) ,8 (7-9) ,2 (2-3) Hungria ,7 (62-68) ,1 (13-17) ,2 (29-34) ,8 (13-17) ,3 (7-10) Irlanda ,5 (68-72) ,0 (8-10) ,9 (21-25) ,2 (9-12) ,6 (3-4) Itália ,1 (65-69) ,8 (18-22) ,5 (38-43) ,3 (17-20) ,3 (9-12) Letónia ,6 (46-63) ,9 (10-23) ,8 (11-24) ,4 (7-18) 131 9,2 (5-15) Lituânia ,8 (43-53) 385 7,0 (5-10) ,9 (10-17) 382 9,7 (7-13) 378 2,4 (1-4) Luxemburgo ,1 (47-57) 353 8,2 (6-12) ,1 (20-29) 354 8,2 (6-12) 353 2,8 (1-5) Malta ,0 (46-60) ,8 (9-18) ,0 (26-39) ,5 (11-21) 219 9,6 (6-14) Polónia ,0 (59-65) ,7 (10-14) ,3 (25-30) ,4 (7-10) 902 4,0 (3-5) Reino Unido ,8 (61-64) ,6 (9-10) ,5 (17-19) ,2 (7-9) ,6 (3-4) Rep. Checa ,7 (59-63) ,4 (10-13) ,5 (22-25) ,8 (8-10) ,7 (3-4) Roménia 22 68,2 (45-86) 22,0 (14-32) 46 30,4 (18-46) 46 19,6 (9-34) 46 10,0 (4-24) Suécia ,8 (32-38) ,0 (3-4) ,9 (7-9) ,7 (3-4) ,0 (1-1) *Resistência combinada: resistência às cefalosporinas de terceira geração, fluoroquinolonas e aminoglicosídeos Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe,

18 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Mais preocupante ainda é o aparecimento de Enterobacteriaceae resistentes a carbapenemes, antibióticos de mais largo espectro. Em estudos de incidência essa taxa é ainda inferior a 1%, em Portugal (figura 8). Figura 8. Taxa de Klebsiella pneumoniae resistente a carbapenemes, na Europa, em 2011 Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 (adaptado) 18 Melhor Informação, Mais Saúde

19 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos No entanto, num estudo de prevalência de infeção adquirida no hospital e de uso de antibióticos em hospitais portugueses, realizado em 2012, as taxas de resistência a carbapenemes de Proteus spp., Enterobacter spp., Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli foram, respetivamente, de 8,5%, 8,0%, 6,7% e 2,0% (quadro 7). Quadro 7. Taxas de resistência a antimicrobianos no inquérito de prevalência de infeções hospitalares e de uso de antimicrobianos em hospitais portugueses, 2012 (DGS/ECDC) Microrganismos isolados % de resistência Staphylococcus aureus MRSA 73,7 Enterococcus VRE 22,1 C3G-R CARB-R Escherichia coli 29,8 2,0 Klebsiella spp. 46,3 6,7 Enterobacter spp. 46,0 8,0 Proteus spp. 15,2 8,5 Citrobacter spp. 16,7 1,2 Serratia spp. 8,3 1,2 Pseudomonas aeruginosa CARB-R: 27,5 Acinetobacter spp. CARB-R: 84,5 C3G-R: resistência a cefalosporinas de 3.ª geração; CARB-R: resistência a carbapenemes MRSA: Staphylococcus aureus resistente à meticilina; VRE: Enterococcus resistente à vancomicina Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em Nesse estudo, os níveis de resistência a carbapenemes entre as bactérias Gram negativo não fermentadoras são ainda mais elevados, sendo de cerca de 27% para Pseudomonas aeruginosa e superior a 80% para Acinetobacter spp. Os estudos de incidência fornecem valores de resistência de Pseudomonas aeruginosa aos carbapenemes, em Portugal, ligeiramente inferiores aos do estudo de prevalência (quadros 8 e 9 e figura 9). 19

20 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Quadro 8. Resistência de Pseudomonas aeruginosa a carbapenemes, em Portugal, com base nos dados (2009 e 2011) Ano Resistência % % Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 Figura 9. Pseudomonas aeruginosa resistentes a carbapenemes, na Europa, em 2011 Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, 2011 (adaptado) 20 Melhor Informação, Mais Saúde

21 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Apresentamos assim das mais elevadas taxas de resistência antimicrobiana em bactérias Gram positivo e relativamente às bactérias Gram negativo verifica-se crescente taxa de resistência a cefolosporinas, quinolonas e até carbapenemes, parecendo aproximar-se cada vez mais o momento do aparecimento da estirpe virtualmente resistente a todos os antimicrobianos. Quadro 9. Pseudomonas aeruginosa: número e percentagem de isolados invasivos com resistência à piperacilina (± tazobactam), ceftazidima, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos, carbapenemes e resistência combinada*, incluindo intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Pseudomonas aeruginosa: número e percentagem de isolados invasivos com resistência à piperacilina (± tazobactam), ceftazidima, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos, carbapenemes e resistência combinada*, intervalos de confiança de 95% (95% IC), Estados Membros UE, 2011 Estados Piperacilina Resistência Ceftazidime Fluoroquinolones Aminoglicocidos Carbapenems Membros da tazobactam ± combinada UE N.º % R (95% IC) N.º % R (95% IC) N.º % R (95% IC) N.º % R (95% IC) N.º % R (95% IC) N.º % R (95% IC) Portugal ,0 (16-23) ,2 (12-19) ,6 (22-30) ,2 (12-19) ,8 (16-24) ,2 (13-20) Alemanha ,8 (11-19) 386 9,1 (6-12) ,2 (14-22) ,7 (9-15) 386 9,8 (7-13) 387 7,2 (5-10) Áustria ,6 (11-17) ,6 (8-14) ,6 (15-22) ,3 (11-16) ,6 (11-17) ,6 (8-14) Bélgica ,4 (12-19) 417 8,9 (6-12) ,2 (17-26) ,2 (11-18) ,7 (8-14) ,0 (8-14) Bulgária 43 23,3 (12-39) 39 30,8 (17-48) 47 29,8 (17-45) 48 33,3 (20-48) 48 29,2 (17-44) 48 25,0 (14-40) Chipre 51 19,6 (10-33) 51 23,5 (13-37) 51 13,7 (6-26) 51 15,7 (7-29) 51 43,1 (29-58) 51 19,6 (10-33) Dinamarca 405 5,4 (3-8) 402 5,2 (3-8) 403 6,9 (5-10) 404 2,2 (1-4) 403 5,5 (3-8) 404 3,2 (2-5) 58,7 30,5 39,6 Eslováquia ,3 (35-47) ,0 (20-31) ,8 (45-57) (53-65) (25-37) (34-46) Eslovénia ,7 (7-20) 118 7,6 (4-14) 118 9,3 (5-16) 118 7,6 (4-14) ,7 (16-32) ,2 (5-17) Espanha 833 6,4 (5-8) 836 8,9 (7-11) ,2 (21-27) ,7 (16-22) ,3 (14-19) ,6 (10-15) Estónia 3 0,0 (0-71) 4 0,0 (0-60) 16 6,3 (0-30) 14 0,0 (0-23) 12 8,3 (0-38) 12 0,0 (0-26) Finlândia ,0 (9-20) 168 8,3 (5-14) ,6 (10-21) 221 3,6 (2-7) ,4 (7-15) 185 5,9 (3-10) França ,5 (20-25) ,0 (14-18) ,0 (25-29) ,0 (19-23) ,0 (18-22) ,9 (17-21) 38,8 38,4 Grécia ,1 (28-34) ,4 (34-41) ,8 (35-41) ,0 (51-57) 935 (36-42) (35-42) Holanda 391 6,4 (4-9) 434 4,6 (3-7) 434 7,1 (5-10) 434 4,6 (3-7) 431 3,5 (2-6) 434 3,0 (2-5) Hungria ,7 (8-13) ,9 (9-15) ,4 (17-24) ,9 (15-21) ,2 (18-25) ,3 (10-15) Irlanda 172 2,9 (1-7) 181 4,4 (2-9) 179 6,1 (3-11) 181 3,9 (2-8) 180 6,1 (3-11) 181 3,3 (1-7) Itália ,9 (17-28) ,2 (12-21) ,1 (21-31) ,4 (16-26) ,6 (16-25) ,3 (13-22) Letónia 11 9,1 (0-41) 11 9,1 (0-41) 12 25,0 (5-57) 12 25,0 (5-57) 12 8,3 (0-38) 12 8,3 (0-38) Lituânia 30 13,3 (4-31) 29 20,7 (8-40) 30 16,7 (6-35) 30 13,3 (4-31) 30 20,0 (8-39) 30 10,0 (2-27) 21

22 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Luxemburgo 32 15,6 (5-33) 32 9,4 (2-25) 32 18,8 (7-36) 32 15,6 (5-33) 32 15,6 (5-33) 32 15,6 (5-33) Malta 42 23,8 (11-38) 42 11,9 (4-26) 42 19,0 (9-35) 42 33,3 (18-48) 42 23,8 (11-38) 42 23,5 (11-38) Polónia ,4 (25-39) ,2 (17-31) ,4 (24-37) ,5 (27-41) ,5 (18-31) 194 * Resistência combinada define-se como resistência a três ou mais classes de antibióticos entre piperacilina ± tazobactam, ceftazidima, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos e carbapenemes Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, ,8 (20-33) Reino Unido 557 4,3 (3-6) 578 4,8 (3-7) 585 6,2 (4-8) 590 3,4 (2-5) 540 5,6 (4-8) 587 2,6 (1-4) Rep. Checa ,1 (18-26) ,3 (17-24) ,9 (30-39) ,1 (20-28) ,2 (10-17) ,2 (18-25) Roménia 6 66,7 (22-96) 8 62,5 (24-91) 8 75,0 (35-97) 9 66,7 (30-93) 9 66,7 (30-93) 9 66,7 (30-93) Suécia 289 4,2 (2-7) 378 5,3 (3-8) 344 5,8 (4-9) 234 0,9 (0-3) 390 7,7 (5-11) 379 1,8 (1-4) 22 Melhor Informação, Mais Saúde

23 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos 3. Consumo de antibióticos de uso sistémico A crescente taxa de resistência dos microrganismos, associada ao decréscimo da síntese e desenvolvimento de novas classes de antimicrobianos leva a que o antibiótico, menos de cem anos após a descoberta da penicilina e após ter contribuído para um marcado aumento da esperança de vida média, esteja em risco de extinção, isto é em risco de perda de eficácia. Figura 10. Ocorrência de Escherichia coli resistente a fluoroquinolonas (FQRE) e uso de fluoroquinolonas em ambulatório no mesmo país (2004) Fonte: ESAC Annual Report 2004 (adaptado) 23

24 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Mais, sabemos hoje que há associação entre elevado consumo de uma classe de antimicrobianos e maior desenvolvimento de resistências a essa mesma classe, como se evidencia na figura acima (figura 10); cada país é representado por um círculo e apresenta-se, em abcissas, uma unidade de consumo de fluoroquinolonas e, em ordenadas, medidas de resistência de Escherichia coli a essa classe de antibióticos. Cria-se, assim, um ciclo vicioso: a elevada taxa de resistência aos antimicrobianos leva à opção por esquema de terapêutica antibiótica de mais largo espectro, de forma a minimizar insucessos terapêuticos, aumentando, no entanto, a pressão antibiótica e a probabilidade de desenvolvimento de resistências. Em Portugal regista-se um ligeiro decréscimo de consumo de antimicrobianos em ambulatório desde 2002 (figuras 11 e 12 e quadro 10). Figura 11. Consumo de antibióticos em Portugal ( ) em DDD Fonte: ECDC, Antimicrobial resistance surveillance in Europe, Melhor Informação, Mais Saúde

25 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Quadro 10. Consumo de antibacterianos na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, em Portugal Continental (2009 a 2012) Consumo de antibacterianos em Portugal Continental (2009 a 2012) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total ,93 8,73 8,30 7,06 6,69 5,82 5,65 5,41 6,01 6,68 7,88 6,95 7, ,19 7,61 7,66 6,49 6,31 5,55 5,36 5,30 5,66 6,24 6,52 8,59 6, ,12 9,13 8,01 6,54 6,33 5,77 5,29 5,01 5,26 5,75 6,26 6,41 6, ,01 9,87 7,96 5,37 5,73 5,16 4,62 4,86 4,53 5,86 6,01 6,04 6,16 Fonte: SIM@SNS/ACSS Figura 12. Consumo de antibacterianos na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, em Portugal Continental (2009 a 2012) Fonte: SIM@SNS/ACSS 25

26 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 A tendência decrescente de consumo de antibacterianos verifica-se em todas as ARS, mas há significativas assimetrias de consumo, sendo menor na ARS LVT e maior na ARS Alentejo, como se constata no quadro e nas figuras abaixo (quadro 11 e figuras 13 e 14). Quadro 11. Consumo de antibacterianos na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS (2009 a 2012) Consumo de antibacterianos na comunidade ARS /ano ARS Norte 7,00 6,30 6,62 6,13 ARS Centro 8,39 7,77 7,90 7,37 ARS LVT 5,89 5,48 5,52 5,10 ARS Alentejo 11,23 11,03 10,82 9,91 ARS Algarve 7,78 7,29 6,98 6,08 Total 7,08 6,54 6,67 6,16 Fonte: SIM@SNS/ACSS 26 Melhor Informação, Mais Saúde

27 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 13. Consumo de antibacterianos na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia por ARS (2012) Fonte: SIM@SNS/ACSS 27

28 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Figura 14. Antibacterianos na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS ( ) Fonte: SIM@SNS/ACSS O consumo de cefalosporinas (quadro 12 e figura 15) e de quinolonas (quadro 13 e figura 16) tem diminuído ao longo dos últimos quatro anos, de forma sustentada. Quadro 12. Consumo de cefalosporinas na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS (2009 a 2012) Consumo de Cefalosporinas na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS ARS/ano ARS Norte 7,4 5,9 5,0 3,6 ARS Centro 11,8 10,6 9,9 8,5 ARS LVT 7,0 6,0 5,7 4,7 ARS Alentejo 14,6 12,8 10,8 9,0 ARS Algarve 10,4 11,4 8,3 6,3 Fonte: SIM@SNS/ACSS 28 Melhor Informação, Mais Saúde

29 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 15. Consumo de cefalosporinas na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS (2009 a 2012) Fonte: SIM@SNS/ACSS 29

30 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Quadro 13. Consumo de quinolonas na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS (2009 a 2012) Consumo de Quinolonas na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS ARS/ano ARS Norte 12,1 11,02 10,2 10,2 ARS Centro 14,6 13,66 13,1 13,1 ARS LVT 10,0 8,90 8,1 8,1 ARS Alentejo 22,6 23,11 19,9 19,9 ARS Algarve 16,6 15,98 13,8 13,8 Fonte: SIM@SNS/ACSS Figura 16. Consumo de quinolonas na comunidade, em DDD por 1000 habitantes por dia, por ARS (2009 a 2012) Fonte: SIM@SNS/ACSS 30 Melhor Informação, Mais Saúde

31 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Portugal está entre os 10 países europeus com mais elevado consumo de antibióticos na comunidade, como se pode ver no gráfico e quadro abaixo (figura 17 e quadro 14). Figura 17. Consumo na comunidade de antibióticos de uso sistémico, na Europa * os dados destes países referem-se a todos os níveis de prestação de cuidados, ou seja, incluem também os cuidados hospitalares. Fonte: ECDC, Antimicrobial consumption in Europe

32 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Quadro 14. Consumo na comunidade de antibacterianos para uso sistémico (grupo ATC J01), Estados Membros da UE, , expresso em DDD por 1000 habitantes /dia Consumo de antibacterianos para uso sistémico (grupo ATC J01) Estados Membros Portugal 23,1 23,3 25,2 24,9 24,5 26,5 25,1 23,8 24,5 22,7 22,1 22,6 22,9 22,4 Alemanha 13,0 13,3 13,6 13,6 12,8 12,7 13,9 13,0 14,6 13,6 14,5 14,5 14,9 14,5 Áustria 12,6 13,1 12,3 11,8 11,8 12,5 12,5 14,5 14,3 14,7 15,1 15,9 14,9 Bélgica 25,4 26,4 26,2 25,3 23,7 23,8 23,8 22,7 24,3 24,2 25,4 27,7 27,5 28,4 Bulgária 15,1* 20,2* 22,7* 17,3* 15,5* 16,4* 18,0* 18,1 19,8 20,6 18,6 18,2 Chipre 31,9* 33,9* 32,8* 34,4* Dinamarca 12,2 12,7 12,1 12,3 12,8 13,2 13,5 14,1 14,6 15,2 16,1 16,0 16,0 16,5 Eslováquia 25,7 27,6 29,1 26,7 27,6 22,5 25,1 22,5 24,8 23,4 23,8 Eslovénia 17,5 19,3 19,8 18,0 17,4 16,3 17,0 16,7 16,3 14,7 16,0 15,0 14,4 14,4 Espanha (b) 21,3 20,6 20,0 19,0 18,0 18,0 18,9 18,5 19,3 18,7 19,9 19,7 19,7 20,3 Estónia 14,4* 11,7 11,1 10,4 11,7 11,8 12,7 11,9 11,1 11,1 Finlândia 19,4 18,4 18,4 19,0 19,8 17,9 18,7 17,2 18,1 17,4 18,3 17,9 18,0 18,5 França 33,1 33,6 34,1 33,2 33,2 32,2 28,9 27,0 28,9 27,9 28,6 28,0 29,6 28,2 Grécia 25,1 24,9 28,5 29,4 29,6 30,6 31,3 33,0* 34,7* 41,0* 43,2* 45,2* 38,6 39,4* Holanda 10,1 9,9 10,0 9,8 9,9 9,8 9,8 9,7 10,5 10,8 11,0 11,2 11,4 11,2 Hungria 18,3 23,5 18,5 18,6 17,1 19,1 18,2 19,5 17,2 15,5 15,2 16,0 15,7 Irlanda 16,5 18,0 17,6 18,7 18,7 20,1 20,2 20,5 21,2 23,0 22,4 20,8 20,3 Itália 24,5 24,0 25,5 24,3 25,6 24,8 26,2 26,7 27,6 28,5 28,7 27,4 Letónia 11,0 11,8 12,3 12,0 12,1 11,0 10,5 11,1 Lituânia 22,7* 24,1* 25,1* 19,7* 12,7 Luxemburgo (a) 27,2 26,9 28,2 27,1 27,6 27,5 28,6 24,9 26,3 25,1 27,2 27,0 28,2 28,6 Malta 17,9 20,8 21,6 21,3 Polónia 20,7 22,2 22,6 24,8 21,4 19,1 19,6 22,2 20,7 23,6 21,0 Reino Unido 17,0 16,2 14,8 14,3 14,8 14,8 15,1 15,0 15,4 15,3 16,5 16,9 17,3 18,6 República Checa 18,2 18,6 17,1 16,7 15,8 17,3 15,9 16,8 17,4 18,4 17,9 Roménia (b) 10,2 Suécia 14,6 15,5 15,8 15,5 15,8 15,2 14,7 14,5 14,9 15,3 15,5 14,6 13,9 14,2 (a)luxemburgo atualizou todos os anos com dados da população segura (b)espanha e Roménia providenciaram dados de comparticipação, não incluindo o consumo de antibióticos adquiridos sem prescrição e outras vias não comparticipadas. * os dados destes países referem-se a todos os níveis de prestação de cuidados, ou seja, incluem também os cuidados hospitalares. Fonte: Surveillance of antimicrobial consumption in Europe 2010, European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), disponível em antimicrobial-antibiotic-consumption-esac-report-2010-data.pdf#page=22&zoom=150,0,573, acedido em 27 de junho de Melhor Informação, Mais Saúde

33 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Portugal não se situa entre os países com maior consumo de antibióticos em ambiente hospitalar (figura 18 e quadro 15), mas a colheita de dados não está ainda totalmente normalizada a nível europeu. Figura 18. Consumo hospitalar de antimicrobianos, na Europa Fonte: ECDC, Antimicrobial consumption in Europe

34 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Quadro 15. Consumo de antibacterianos para uso sistémico (grupo ATC J01) no sector hospitalar, Estados Membros da UE, , expressos em DDD por 1000 habitantes /dia Consumo de antibacterianos para uso sistémico (grupo ATC J01) no sector hospitalar EM da UE Portugal (a) 1,4 1,4 Bélgica 2,0 2,0 2,2 2,2 2,2 2,2 2,3 2,1 1,9 1,9 1,7 2,0 Bulgária 1,4 1,4 1,5 1,6 1,5 Dinamarca 1,3 1,3 1,3 1,4 1,4 1,5 1,5 1,6 1,6 1,7 1,8 1,8 1,8 1,8 Eslováquia 1,3 1,2 1,4 1,5 1,4 1,6 1,9 1,7 1,9 1,8 1,9 Eslovénia 0,5 1,6 1,7 1,8 1,7 1,8 1,8 1,6 1,7 1,7 1,7 1,7 1,8 1,7 Estónia 8,6 2,4 2,3 2,5 2,1 1,9 2,0 1,6 1,8 Finlândia (b) 3,5 3,7 3,7 3,8 3,9 3,9 3,6 3,4 3,5 3,4 3,2 3,2 3,2 2,8 França 3,3 3,0 3,1 3,2 2,9 2,8 2,5 2,6 2,3 2,2 2,2 2,2 2,2 Grécia 2,1 2,1 2,2 2,3 2,2 2,2 2,3 3,3 Hungria 1,2 1,3 1,5 1,3 1,4 1,4 1,2 1,2 1,3 1,3 Irlanda 0,7 0,7 1,9 2,1 1,6 1,4 1,8 Itália 0,2 1,5 2,3 2,1 Letónia 6,2 4,7 3,9 3,2 3,5 2,8 2,2 3,0 Lituânia 2,4 Luxemburgo 2,0 1,9 2,2 2,2 2,1 2,4 2,4 2,0 2,1 2,1 2,2 2,2 2,1 Malta 1,6 2,5 2,6 2,4 1,9 1,7 2,0 1,8 1,4 1,7 1,3 1,4 1,4 2,0 Holanda 0,6 0,6 0,7 0,6 0,6 0,7 1,1 Polónia 3,0 3,4 2,4 2,4 1,7 Roménia 2,6 Suécia 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,4 1,4 1,5 1,5 1,3 1,5 1,5 1,5 (a) Portugal: dados correspondem somente a hospitais públicos. (b) Finlândia: dados incluem consumo em centros remotos de cuidados de saúde primários e lares de idosos. Fonte: Surveillance of antimicrobial consumption in Europe 2010, European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), disponível em antimicrobial-antibiotic-consumption-esac-report-2010-data.pdf#page=22&zoom=150,0,573, acedido em 27 de junho de 2013 Globalmente, relativamente a consumo de antimicrobianos, Portugal apresenta alguns problemas de prescrição que podem e necessitam, certamente, ser melhorados e que passamos a citar. Existe, comparativamente com os outros países europeus, elevada prescrição de quinolonas em ambulatório, a que se associa elevada taxa de resistências a esta classe de antibióticos. Portugal foi, até há poucos 34 Melhor Informação, Mais Saúde

35 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos anos, o país europeu com mais elevado consumo de quinolonas e atualmente é o segundo, atrás da Itália (quadros 16 e 17 e figura 19). Quadro 16. Consumo de antibacterianos de uso sistémico (grupo ATC J01) no grupo ATC nível 3 nos Estados Membros da UE, 2010, expressos em DDD por 1000 habitantes /dia Consumo de antibacterianos de uso sistémico (grupo ATC J01) no grupo ATC nível 3 Outros Macrolídeos, Betalactâmicodas e antibac- Total (ATC) Sulfonami- Quinolonas Estados antibacterianos beta- e estrepto- J01G, J01R e lincosamidas Outros (J01B, Tetraciclinas Membros (J01A) penicilinas trimeto-prim terianos grupo J01) da UE lactâmicos graminas J01X) (J01C) (J01E) (J01M) (J01D) (J01F) Portugal 0,7 12,1 1,8 0,5 3,4 3,0 1,0 22,4 Alemanha 2,7 4,1 2,6 0,7 2,3 1,5 0,5 14,5 Áustria 1,2 6,6 1,7 0,2 3,6 1,4 0,3 14,9 Bélgica 2,1 16,3 1,6 0,3 2,9 2,7 2,6 28,4 Bulgária 1,7 8,0 2,3 0,9 3,0 2,0 0,2 18,2 Dinamarca 1,7 10,3 <0,1 0,8 2,4 0,5 0,8 16,5 Eslovénia <0,1 9,7 0,4 1,1 2,1 1,1 <0,1 14,4 Espanha (b) 0,7 12,6 1,6 0,3 2,0 2,5 0,7 20,3 Estónia 1,9 4,2 0,9 0,4 2,2 0,8 0,7 11,1 Finlândia 4,1 6,6 2,3 1,0 1,5 0,9 2,1 18,5 França 3,2 15,6 2,7 0,4 3,8 2,0 0,6 28,2 Grécia (a) 2,3 12,9 8,9 0,3 8,8 2,9 3,3 39,4 Holanda 2,7 4,4 <0,1 0,6 1,4 0,9 1,3 11,2 Hungria 1,4 6,7 1,9 0,6 3,0 2,0 0,1 15,7 Irlanda 2,6 10,7 1,2 1,1 3,7 0,9 0,2 20,3 Itália 0,5 14,6 2,6 0,4 5,1 3,4 0,8 27,4 Letónia 2,2 5,3 0,5 0,8 1,1 0,9 0,3 11,1 Lituânia 1,4 7,0 0,8 <0,1 1,5 0,8 1,2 12,7 Luxemburgo 2,0 14,0 4,2 0,3 3,9 2,9 1,3 28,6 Malta 1,0 9,8 5,0 0,2 3,1 1,8 0,4 21,3 Polónia 2,1 9,4 2,4 0,1 3,5 1,2 2,2 21,0 Reino Unido 4,1 8,6 0,5 1,2 2,7 0,5 0,9 18,6 Rep. Checa 2,3 7,6 1,6 0,9 3,5 1,2 0,9 17,9 Suécia 3,3 7,1 0,2 0,4 0,7 0,8 1,7 14,2 Fonte: ECDC, Surveillance of antimicrobial consumption in Europe 2010 (a) Dados globais, incluindo o sector hospitalar. Em média, 90% dos dados de cuidados totais correspondem ao consumo na comunidade. (b) Os dados referem-se apenas os reembolsos. Não incluem o consumo de antibióticos obtidos sem prescrição médica e outras formas não comparticipadas 35

36 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 Quadro 17. Consumo da primeira, segunda e terceira geração de quinolonas para uso sistémico em ambulatório, Estados Membros da UE, 2010, expressos em DDD por 1000 habitantes / dia Consumo da primeira, segunda e terceira geração de quinolonas para uso sistémico em ambulatório Estados Membros da UE Primeira geração de Segunda geração de Terceira geração de quinolonas quinolonas quinolonas Total Portugal 0,21 2,26 0,50 2,97 Alemanha 0,09 1,27 0,14 1,51 Áustria 0,15 0,92 0,28 1,36 Bélgica 0,24 1,57 0,88 2,69 Bulgária 0,31 1,60 0,08 1,99 Dinamarca - 0,50 0,01 0,51 Eslovénia 0,30 0,71 0,10 1,10 Espanha (b) 0,32 1,89 0,33 2,54 Estónia 0,26 0,55 < 0,01 0,81 Finlândia 0,11 0,72 0,06 0,88 França 0,57 1,30 0,13 2,00 Grécia (a) 0,43 2,09 0,37 2,89 Holanda 0,21 0,62 0,04 0,87 Hungria 0,40 1,50 0,07 1,97 Irlanda < 0,01 0,85 0,05 0,91 Itália 0,33 2,72 0,40 3,45 Letónia 0,22 0,64 < 0,01 0,86 Lituânia 0,25 0,57 0,01 0,83 Luxemburgo 0,25 2,14 0,55 2,94 Malta 0,28 1,39 0,11 1,79 Polónia 0,48 0,75 < 0,01 1,23 Reino Unido 0,02 0,44 0,01 0,46 Rep. Checa 0,54 0,68 < 0,01 1,22 Suécia 0,04 0,73 0,01 0,77 Fonte: ECDC, Surveillance of antimicrobial consumption in Europe Melhor Informação, Mais Saúde

37 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 19. Consumo de quinolonas na Europa em 2010 Fonte: ECDC, Antimicrobial consumption in Europe 2010 (adaptado) 37

38 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 O consumo de ciprofloxacina tem vindo a diminuir, mas o de levofloxacina aumentou nos últimos seis anos, como se vê no quadro abaixo (quadro 18). Quadro 18. Vendas de quinolonas no SNS (Número de embalagens) por Denominação Comum Internacional (DCI), em Portugal Continental (2007 a 2012) DCI Embalagens (n.º) Ciprofloxacina Levofloxacina Lomefloxacina Moxifloxacina Norfloxacina Ofloxacina Prulifloxacina Nota: Os dados de 2012 ainda estão em validação, podendo ainda sofrer alterações. Fonte: INFARMED (2013) Outro significativo problema é a elevada prescrição de carbapenemes em ambiente hospitalar (figura 20), levando a recear uma crescente taxa de resistência a estes antibióticos, decorrente do aumento de exposição. 38 Melhor Informação, Mais Saúde

39 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 20. Consumo de carbapenemes na Europa em 2010 Fonte: ECDC, Antimicrobial consumption in Europe 2010 (adaptado) Há também que corrigir a frequente utilização de profilaxia antibiótica cirúrgica durante tempo excessivo 64% do total de profilaxias antibióticas cirúrgicas, no último inquérito de prevalência, em 2012, duravam mais de 24 horas e a exagerada duração da terapêutica antibiótica, excessiva em relação à duração mínima necessária para curar a infeção e evitar recidiva. Finalmente, a existência de um elevado número de infeções determina, por si só, uma maior utilização de antimicrobianos. 39

40 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números Infeção Hospitalar A análise da infeção hospitalar é abordada por estudos de prevalência e de incidência. Os primeiros dão-nos uma visão fotográfica e panorâmica da situação, não permitindo fazer as ligações às causas dos problemas identificados, mas permitindo definir as prioridades para os estudos de incidência, mais detalhados Estudos de prevalência Existe evidência de que a taxa de prevalência de infeção hospitalar em Portugal é mais elevada do que a média europeia e mais alta do que previsível (figura 21). No último inquérito de prevalência ECDC ( ), a taxa de prevalência média em Portugal e na Europa foi, respetivamente, de 10,6% e de 5,7 % sendo a prevalência de uso de antimicrobianos, respetivamente, de 45,8% e de 35,8% (quadro 19). Contudo o ECDC chama à atenção de que, apesar de utilização de um protocolo padronizado, as comparações entre países devem ser feitas com cautela devido às características das populações e às metodologias de amostragem, entre outros fatores. 40 Melhor Informação, Mais Saúde

41 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 21. Correlação entre a prevalência de infeção hospitalar observada e a prevista, por país, ECDC ( ) Fonte: ECDC SURVEILLANCE REPORT Point prevalence survey of healthcare associated infections and antimicrobial use in European acute care hospitals Quadro 19. Distribuição da infeção hospitalar e do uso de antimicrobianos em Portugal e UE (2012) Prevalência de IH Uso de AM Portugal UE Portugal UE Homens 12,4% 7,2% 48,3% 39,2% Mulheres 8,8% 5,4% 42,3% 33,2% 10,5% 5,7% 45,4% 32,7% Total IC 95% 10,1 11,0 IC95% 4,5 7,4 IC95% 44,6-46,1 IC95%29,4-36,2 Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em 41

42 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 A infeção hospitalar é tão mais frequente quanto maior a idade do doente e maior a duração do internamento, como é evidente nos quadros e gráficos abaixo (quadro 20 e figura 22). Quadro 20. Prevalência de casos de infeção hospitalar e de uso de antimicrobianos por distribuição etária*, incluindo intervalos de confiança de 95% (IC95%), Portugal (2012) Grupos Etários Distribuição Etária Prevalência de casos de IH e uso de AM Infeção Hospitalar Uso de Antimicrobianos n % IC95% n % IC95% < 1 ano 5,3% 52 5,4% (4.1%;7%) ,9% (17.4%;22.6%) 1-4 anos 1,1% 8 4,0% (1.7%;7.7%) ,5% (46.3%;60.6%) 5-14 anos 1,5% 11 4,0% (2%;7.1%) ,6% (43.5%;55.7%) anos 3,2% 34 5,8% (4.1%;8.1%) ,8% (32.8%;40.8%) anos 5,9% 48 4,5% (3.3%;5.9%) ,5% (31.6%;37.4%) anos 7,8% 86 6,1% (4.9%;7.4%) ,5% (38%;43.1%) anos 10,1% 174 9,5% (8.2%;10.9%) ,3% (42.1%;46.6%) anos 13,6% ,8% (10.6%;13.2%) ,5% (42.6%;46.5%) anos 18,3% ,6% (11.5%;13.8%) ,0% (45.3%;48.7%) anos 22,8% ,8% (11.8%;13.9%) ,2% (49.7%;51.7%) 85 ou > anos 10,3% ,8% (12.2%;15.4%) ,6% (54.3%;58.8%) Total ,6% (10.2%;11.1%) ,4% (44.6%;46.1%) *n=102 hospitais; não inclui o hospital que fez a versão light Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em 42 Melhor Informação, Mais Saúde

43 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 22. Infeção hospitalar e duração de internamento, Portugal (2012) Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em 43

44 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 De entre as infeções hospitalares, predominam as infeções das vias respiratórias inferiores, as infeções urinárias e as infeções do local cirúrgico (quadro 21 e figura 23). A maioria das infeções respiratórias não teve confirmação microbiológica. Quadro 21. Distribuição da prevalência das infeções hospitalares por localização Portugal (2012) Distribuição das IH por localização % Doentes com Infeção Confirmação Localização das IH % do total de IH (IC 95%) Microbiológica Inf. vias respiratórias inferiores 620 3,4% (3,1 3,8) 29,3% 38,5% Inf. vias urinárias 444 2,4% (2,2 2,7) 21,1% 73,9% Inf. local cirúrgico 377 2,1% (1,9 2,3) 18% 52,8% Inf. corrente sanguínea 171 0,9% (0,8 1,1) 8,1% 98,8% Inf. gastrintestinal 123 0,7% (0,6 0,8) 5,9% 58,5% Inf. pele e tec. moles 105 0,6% (0,5 0,7) 5% - Outras infeções 262 1,5% 12,5% - Total ,6% (10,1 11,0) 100% - Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em 44 Melhor Informação, Mais Saúde

45 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Figura 23. Distribuição da prevalência das infeções hospitalares por localização, por país, ECDC ( ) Fonte: ECDC SURVEILLANCE REPORT Point prevalence survey of healthcare associated infections and antimicrobial use in European acute care hospitals

46 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 De entre as infeções do local cirúrgico, predominam as infeções de órgão/espaço e incisionais profundas, que constituem 75% do total destas infeções (quadro 22). Quadro 22. Infeção do Local Cirúrgico Portugal (2012) Infeção do Local Cirúrgico Infeção do Local Cirúrgico (ILC) N.º (taxa de prevalência) % do total de infeções Total ILC 374 2,1% (1,9 2,3) 18% Incisional Superficial 94 4,6 (25,1%) Incisional Profunda 124 5,9 (33,1%) Órgão/Espaço 156 7,5 (41,8%) Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em 46 Melhor Informação, Mais Saúde

47 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos Os vários estudos de prevalência realizados no nosso país, mesmo tendo em conta as diferenças nos protocolos utilizados, sugerem que a prevalência de infeção hospitalar tem vindo tendencialmente a aumentar entre 1993 e 2012 (figura 24). Figura 24. Prevalência de infeção hospitalar determinada por inquérito de prevalência da infeção Portugal ( ) Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em 47

48 Portugal Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2013 No que se refere à localização das infeções hospitalares, especialmente preocupante parece ser o aumento das infeções do local cirúrgico, enquanto a taxa de infeção urinária tem vindo a diminuir ao longo dos últimos 20 anos (figura 25). Figura 25. Prevalência de infeção hospitalar determinada por inquérito de prevalência da infeção, por local de infeção Portugal ( ) Fonte: Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de Antimicrobianos nos Hospitais Portugueses, Inquérito 2012, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde. Disponível em 48 Melhor Informação, Mais Saúde

49 Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos 4.2. Prevalência de infeção e uso de antimicrobianos nas Unidades de Cuidados Continuados No estudo realizado, em 2012, em 232 unidades de cuidados continuados, observou-se uma taxa de prevalência de infeção de 8,1% e uma taxa de prevalência de uso de antimicrobianos de 9,4%. As taxas observadas no estudo piloto da ECDC em 2010 foram de cerca de 4%. Contudo, verificaram-se grandes diferenças entre países podendo estar relacionadas com a tipologia das unidades, com um maior ou menor número de lares incluídos na amostra, e com a metodologia de recolha de dados. Ao contrário doutros países europeus onde predominam as infeções urinárias e das vias respiratórias, Portugal apresenta taxas mais elevadas de infeções cutâneas, que constituem quase 35% do total de infeções (figura 26). Figura 26. Distribuição das infeções em unidades de cuidados continuados por localização, Portugal (2010) Fonte: Relatório Vigilância Epidemiológica das Infeções Nosocomiais da Corrente Sanguínea, 2010, Direção-Geral da Saúde, Departamento da Qualidade na Saúde, PNCI. Disponível em 49

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