HIDRATAÇÃO NEONATAL. ISRAEL FIGUEIREDO JUNIOR israel@vm.uff.br



Documentos relacionados
HIPERCALCEMIA NO RECÉM NASCIDO (RN)

Hidratação e Choque hipovolêmico

CÁLCULOS PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Clínica Médica de Pequenos Animais

3) Complicações agudas do diabetes

MEDIDAS E DILUIÇÕES DE DROGAS Profa Maria Helena Larcher Caliri

Cetoacidose Diabética. Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF

Como interpretar a Gasometria de Sangue Arterial

CAD. choque! CAD. Ricardo Duarte hiperglicemia - + H + glicose. glucagon. catecolaminas cortisol GH

DISTÚRBIO HIDRO- ELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO

TERAPIA DE HIDRATAÇÃO VENOSA

GRUPO A - AZUL. Retorno. Alta. Reavaliar caso. Orientar tratamento no domicílio. Orientar tratamento no domicílio

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac

Profa Maria Clorinda EVZ/UFG

Diabetes Tipo 1 e Cirurgia em Idade Pediátrica

REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL

Palestrante. Contato:

Mesa Redonda Diabetes Mellitus. Edema Cerebral na Cetoacidose Diabética Podemos evitá-lo?

Vamos abordar. 1º- Situação do dengue nas Américas 2º- Desafios para a atenção médica 3º- Curso clínico de dengue

Sistema tampão. Um sistema tampão é constituído por um ácido fraco e sua base conjugada HA A - + H +

DIABETES E CIRURGIA ALVOS DO CONTROLE GLICÊMICO PERIOPERATÓRIO

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II. Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho

Métodos de Depuración en Intoxicaciones Agudas. Dr. Carlos Augusto Mello da Silva MD

PROTOCOLO MÉDICO MANEJO DO RECÉM-NASCIDO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM NUTRIÇÃO PARENTERAL

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH

Protocolo para controle glicêmico em paciente não crítico HCFMUSP

CÁLCULOS COM MEDICAMENTOS. Professor: Edilberto Antônio Souza de Oliveira

Fenômenos Osmóticos nos Seres Vivos

Cristalóides e Colóides na prática clínica. Farm. Isabela Miguez de Almeida

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

Regulação dos níveis iônicos do sangue (Na +, K +, Ca 2+, Cl -, HPO 4. , K +, Mg 2+, etc...)

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS

CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD)

Rio Grande 2012/1ºsemestre

EXERCÍCIO E DIABETES

A criança esta em choque hipovolêmico por quadro de gastrenterite aguda levando a um choque hipovolêmico.

Prof.º Carlos Eduardo de Oliveira

SISTEMA URINÁRIO. Prof. Me. Leandro Parussolo

Bicarbonato de Sódio 8,4% Forma farmacêutica:solução injetável

Diretrizes Assistenciais. Anestesia no Transplante Renal

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO. Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico

Solução Glicofisiológica

Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar. (EHH) e Cetoacidose Diabética (CAD) na. Sala de Urgência

Índice EQUILIUBRIO HIDROELECTOLITICO E ÁCIDO BASE. Unidade I Princípios Básicos, 2. 1 Revisão do Equilíbrio Hidroelectrolítico, 3

Isotônicos. Ursula Trindade (DRE: )

Punção Venosa Periférica CONCEITO

FLUIDOTERAPIA EM GRANDES

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS

Soluções para Infusão Contínua HSR

EQÚILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO E ACIFICAÇÃO URINÁRIA. Profa. Dra. Monica Akemi Sato

Solução de Manitol 20% manitol

REIDRAMAX. I IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Sais para reidratação oral. REIDRAMAX glicose anidra citrato de sódio cloreto de potássio cloreto de sódio

Pós operatório em Transplantes

Distúrbios Hidro-eletrolíticos

DISTÚRBIOS DO SÓDIO E DO POTÁSSIO

Do nascimento até 28 dias de vida.

Avaliação da Função Renal. Dr. Alexandre S. Fortini Divisão de Laboratório Central HC-FMUSP

Fluxograma do Manejo da Estase

Diagnóstico. Exame Laboratorial. Poliúria Polidpsia Polifagia

SOLUÇÃO DE MANITOL 20% manitol

PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia.

15 Terapia Parenteral. Reposição Hidroeletrolítica

HIDRAFIX 90. Takeda Pharma Ltda. Solução oral cloreto de sódio 4,68 mg/ml. citrato de potássio monoidratado 2,16 mg/ml

FISIOLOGIA RENAL EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

Cetoacidose diabética

Introdução. Tabela 01 - Eletrólitos do Espaço Extracelular (EC) Sódio Potássio Cloro Bicarbonato Cálcio

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães

Polydrat cloreto de sódio, cloreto de potássio, citrato de sódio di-hidratado, glicose

Albumina na prática clínica

Página: 1/5 Revisão: Emissão: 17/09/2017 Indexação:

Água e Eletrólitos. Prof Manoel Costa Neto Especialista em Nutrição Clínica

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc..

DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS HIPONATREMIA - I

6/1/2014 DEFINIÇÃO CHOQUE CARDIOGÊNICO. Perfusão sanguínea

GABARITO. Resposta: Cálculo da superfície corporal para dose de gencitabina 1 m mg 1,66 m X mg X = 1660 mg

HOSPITAL PEDIÁTRICO de COIMBRA Protocolos do Serviço de Urgência REHIDRATAÇÃO em PEDIATRIA

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO E HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

Administração de medicamentos em enfermagem. Prof Giselle

Purisole SM Fresenius Kabi

Sistema biliar. Dr. Marcos Mendes Disciplina de Fisiologia FMABC

DESIDRATAÇÃO/REIDRATAÇÃO OMS/OPS/MS/HUAP/UFF /PEDIATRIA/ISRAELFIGUEIREDOJUNIOR/OUT-99

PROTOCOLO DE MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR DE ORGÃOS

INTRODUÇÃO A FLUIDO TERAPIA

Abordagem Inicial na Doença Hipertensiva. Específica da Gravidez e Hellp Síndrome. Versão eletrônica atualizada em Junho 2010

ANEXO 2: Exemplos de questões e percentual de erro dos participantes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Fluxo de Assistência ao paciente com suspeita de Dengue na Rede de Saúde de Joinville

Fisiologia Cardiovascular

47 Por que preciso de insulina?

AULA 4 TIPOS DE SOLUÇÕES E CÁLCULO DE MEDICAMENTOS

DENGUE NA GRAVIDEZ OBSTETRÍCIA

Sistema circulatório. Componentes: - Vasos sanguíneos. - Sangue (elementos figurados e plasma) - Coração

Arritmias Cardíacas Classificação e Tratamento Emergencial. Classificação das Arritmias (Segundo a Freqüência Cardíaca Associada)

FLUIDOTERAPIA EM PEQUENOS ANIMAIS

A natureza dos medicamentos utilizados em Terapia Intravenosa: prevenção de erros e segurança do paciente

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO)

Transcrição:

ISRAEL FIGUEIREDO JUNIOR israel@vm.uff.br

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NOS COMPARTIMENTOS 80 70 ÁGUA TOTAL 60 % ÁGUA 50 40 ÁGUA INTRA-CELULAR 30 20 10 ÁGUA EXTRA-CELULAR 0 3 6 9 1 3 5 7 9 11 13 15 IDADE EM MESES ANOS ADULTO

COMPOSIÇÃO ELETROLÍTICA DOS VÁRIOS COMPARTIMENTOS CATIONS ANIONS MEQ\L NA K CA MG HCO3 CL HPO4 PNT INTRAV. 142 5 5 3 27 103 2 16 INTERS. 138 5 5 3 27 103 2 2 INTRAC. 14 157-26 10-110 74

Parâmetros Desejáveis para Hidratação Perda ponderal 1 a 2% ao dia Diurese 1 a 3 ml/kg/hora Densidade urinária 1005 a 1015 Sódio urinário 20 a 60 meq/l (depende oferta e diurético) ph sanguíneo 7,25 a 7,35 Natremia 130 a 150 meq/l Calemia 3,5 a 5,5 meq/l Glicemia 40 a 125 mg/dl Creatinina sérica 0,5 a 0,8 mg/dl Osmolalidade 280 a 320 mosm/l Albumina sérica 3,5 a 5 mg/dl Hematócrito mínimo de 35 a 45, dependendo da idade

PERDA INSENSÍVEL DE ÁGUA Variáveis que Geram Recomposição de Volume Aumento em % Redução em % Fototerapia 30 a 50 Cobertura de Plástico 30 a 50 Taquipnéia 20 a 30 Cobertura Plástico Hipertermia 30 a 50 em UCR 30 a 50 Convecção 30 a 50 Atividade motora Umidade maior de 50% e Choro 70 em Incubadoras 50 a 100 UCR 50 a 100 CPAP ou IOT com umidificação (VM) 20 a 30 Anomalias de pele ou exposição visceral 30 a 200 Incubadora de Incubadora comum 10 a 30 parede dupla 10 a 30

Perda Real de Líquidos e Eletrólitos Composição Média de Eletrólitos Líquidos Sódio (meq/l) Potássio (meq/l) Cloro (meq/l) Bicarbonato (meq/l) Líquido gástrico 50 5-15 110 0 Suco pancreático 140 5 75 110 Intest. Delgado 140 5 110 30 Ileostomia 130 10 110 30 Diarréia 50-140 5-15 55-100 15-50

ADEQUAÇÃO DE OFERTA HÍDRICA EM RECÉM-NASCIDOS, DESNUTRIDOS E CRIANÇAS GRAVES : PARÂMETROS RESTRIÇÃO LIBERALIZAÇÃO CUIDADOSA PESO AUMENTO NOS PERDA DE MAIS DE 3% AO DIA 5 PRIMEIROS DIAS DIURESE > 4 ML/KG/H < 0,5 ML/KG/HORA (SEM DIURÉTICO) DENSIDADE URINÁRIA < 1005 > 1020 EXAME FÍSICO EDEMA, SINAIS DE DESIDRATAÇÃO HEMODIN6AMICA NORMAL NATREMIA < 130 (DIURÉTICO?) > 150 meq/l HEMATÓCRITO REDUÇÃO ELEVAÇÃO PROTEÍNAS TOTAIS REDUÇÃO ELEVAÇÃO

Gotejamento : Para seu calculo usar a fórmula N o de Gotas = Volume 3 x Horas H = Tempo previsto para infusão (horas) 3 = Constante N de MicroGotas ou volume/hora = volume : hora

HIDRATAÇÃO ORAL # # SOLUÇÕES REIDRATANTES : OMS Ingredientes g/l H2O composição mosm/l cloreto de sódio 3,5 sódio 90 bicarbonato sódio 2,5 potássio 20 cloreto de potássio 1,5 cloreto 80 glicose 20 bicarbonato 30 H2O 1 litro glicose 111 CASEIRO H2O : 1 litro, sal : 1 c. de cáfé (3,5 g), açucar : 2 c.. de sopa (40 g)

1. Necessidade Diária de Líquido e Eletrólitos 2. Osmolaridade de uma Solução 3. Glicose volume x TIG 4. Glicose TIG x volume 5. Cálculo das Soluções de Glicose 6. Cálculo das Concentrações de Medicamentos 7. Correção Rápida do Sódio 8. Desidratação no Recém-Nascido 9. Correção da Acidose

1. Necessidade Diária de Líquido e Eletrólitos Peso ao nascer 1 0 /2 0 dias 3 0 dia >3dias 750g a 1.000g 105 140 150 1.000g a 1250g 100 130 140 1.250g a 1500g 90 120 130 1.500g a 1750g 80 110 130 1.750g a 2000g 80 110 130 modificado de Bell, E.F. et al: Lancet 2:90, 1979. unidade: ml/kg/dia obs: RNs menores de 750g podem receber até 115 ml/kg/dia e RNs maiores de 2000g, em torno de 70 ml/kg/dia.

1. Necessidade Diária de Líquido e Eletrólitos NECESSIDADES DE MANUTENÇÃO PARA 24 HORAS LÍQUIDOS Peso até 10 kg 100 ml/kg Peso de 10-20 kg 1000 ml + 50 ml/kg para cada kg de peso acima de 10 kg Peso acima de 20 kg 1500 ml + 20 ml para cada kg de peso acima de 20 kg Para cada 100 ml de líquido: Soro Glicosado 5% - 80 ml Soro Fisiológico 0,9% - 20 ml KCI a 10% - 2 ml ou KCI a 19,1% - 1 ml OMS

1. Necessidade Diária de Líquido e Eletrólitos NECESSIDADES DE MANUTENÇÃO PARA 24 HORAS LÍQUIDOS GLICOSE : 4 a 8 mg/kg/min SÓDIO : 3 a 5 meq/kg/dia - Limiar excreção renal : 12 + 2 meq/kg/dia POTÁSSIO : 2 a 4 /kg/dia - Limite superior de infusão venosa : 0,5 meq/kg/hora CÁLCIO : 100 (1ml/kg/dia) a 200 podendo chegar 200 a 400 mg/kg/dia; obrigatório em RNPT Ampolas : Nacl 20% - 1 ml = 3,2 meq Ampolas : Kcl 19,8% - 1 ml = 2,6 meq Kcl 10% - 1 ml = 1,3 meq Glicose: 25% e 50% Cálcio: gluconato de cálcio 10% 1ml = 1,3 osm = 0,5 meq

1. Necessidade Diária de Líquido e Eletrólitos NECESSIDADES DE MANUTENÇÃO PARA 24 HORAS LÍQUIDOS Obs. Nas primeiras Soro Glicosado 24 ou 48 h pode Ex. RN 3 kg NHD = 70 ml/kg/dia não ser feito Na e 70 ml x 3 kg = 210 ml em 24 horas K, sendo somente 210 ml : 4 etapas = 52,5 ml a cada 6 horas de SG 10% glicose e cálcio ou + 52 ml : 6 horas = 8,6 ml/hora ou 8,6 mcgotas/min via laboratório Sódio NaCl 2 a 3 meq/kg/dia Obs. Aumentar ou 2 meq x 3 kg = 6 meq/dia diminuir oferta em 6 meq : 4 etapas = 1,5 meq a cada 6 horas função clínicolaboratorial Nacl 20% - 1ml = 3,4 meq então 1ml -------- 3,4 meq x ml ------- 1,5meq = 0,44 ml de NaCl 20% a cada 6 horas Prescrição SG 10% - 52 ml EV em 6h 1- Hidratação Venosa Nacl 20% - 0,44 ml 8,6 ml/hora

2. Osmolaridade de uma Solução Concentração de Soluto por Unidade de Água Glicose = 1 litro = 1000 ml SG 5% = 277 mosm Glicose = 1 litro = 1000 ml SG 10% = 554 mosm Caminham para o IC por ação da insulina 1000 ml Soro Fisiológico 0,9% -------------- + 300 mosm 150 meq Na Ex. SG 10% = 52 ml e NaCl 20 = 0,44 ml 1000 ml ------SF-----------------------150 meq 100 ml --------SF---------------------- 15 meq 50 ml ----------SF---------------------- 7,5 meq 52 ml ----------SF---------------------- 7,8 meq 52 ml ----------Soro 1:1--------------- 3,9 meq 52 ml ----------Soro 1:2--------------- 2,6 meq 52 ml ----------Soro 1:3--------------- 1,9 meq 52 ml ----------Soro 1:4--------------- 1,5 meq 1 ml = 3,4 meq 0,4 ml = x (1,5 meq) 7,8 meq : 5 (1:4) = 1,5 meq 150 meq Cl É uma solução 1:4 ou 30 meq Na/litro ou 60 mosm/litro de Na Osm sérica = 2 x (Na + K) + uréia + glicose 2,8 18

3. Glicose volume x TIG Primeiro Pensamento: mg/kg/min (fluxo cerebral) Ex. 52 ml x 4 = 210 ml de SG 10% em 24 horas Soro Glicose 10% = 10 gramas em 100 ml ou 100 g em 1000 ml I grama = 1000 miligramas 10 g --------- 100 ml 20 g --------- 200 ml X (21 g) ---- 210 ml = 21000 mg/24 horas 21000 mg : 24 h = 875 mg 875 mg/1 hora 875 mg : 60 minutos = 14,5 mg 14,5 mg/1 minuto 14,5 mg : 3 kilos = 4,8 mg 4,8 mg/kg/min

4. Glicose TIG x volume TIG: 5 a 8 mg/kg/min (RN) e 3 a 5 mg/kg/min (cçs maiores) Ex. RN com 3 kg - 5 mg/kg/min 5 x 3 = 15 mg/minuto 15 mg x 60 minutos = 900 mg/1 hora 900 mg x 6 horas = 5400 mg/6 horas No RN trabalhamos com SG 10% 10 g ---------100 ml ou 10000 mg 10000 mg ------------- 100 ml 5400 mg --------------- x (54 ml) As necessidades de infusão de glicose para cima ou para baixo tem uma relação direta com VOLUME. Caso exista a necessidade de manter a TIG alta com um volume baixo, será necessário aumentar a CONCENTRAÇÃO

5. Cálculo das Soluções de Glicose V0 x C0 + V1 x C1 = C2 x V2 V0 x 50 + (100 V0) x 5 = 15 x 100 50V0 + 500 5V0 = 1500 50V0 5V0 = 1500 500 45V0 = 1000 V0 = 1000/45 V0 = 22,22 ml V1 = 100 V0 V1 = 100 22,22 V1 = 77,78 ml Desejo preparar uma solução com uma concentração de glicose de 15% em um volume de 100 ml Se colocarmos 22,22 ml de glicose 50% e 77,78 ml de SG 5% formaremos 100 ml de uma solução a 15% As soluções com concentrações até 12,5 % podem ser infundidas por via periférica. Usar vaso profundo após essa [ ].

6. Cálculo das Concentrações de Medicamentos Dopamina ampola = 10 ml = 50 mg 1 ml = 5 mg 1 ml = 5000 mg ---- 1mg = 1000 ug 1 ug = 1/1000 de 1 mg ou 1mg = 1000ug 5 ug/kg/min em RN 3 kg 15 ug/min x 60 minutos = 900 ug/1 h 900 ug x 4 horas = 3600 em 4 h 1 ml = 5000 ug x = 3600 ug X = 0,72 ml em 4 horas Bicarbonato 8,4% - 1 meq = 1 ml Cloreto de Cálcio 10% - 100 mg/ml Atropina ampola 1 mg/ml 0,1 mg/ml Diluições Seriadas 1:100, 1:1000, 1:10000 = 1 grama de qualquer substância por 100, 1000, 10000. Ex. epinefrina 1:10000 = 1g/10000 ml = 1 mg/10ml = 0,1 mg/ml 1:10000 = 1 g/10000 ml = 1000 mg/10000 ml = 1mg/10ml = 1000ug/10ml = 100 ug/ml

7. Correção Rápida do Sódio Correção do Sódio sérico durante hiperglicemia Na = Na dosado 1,6 (glicose -100) meq/l 100 Correção Hiponatremia Grave ( Na sérico abaixo de 120 meq/l presença de sinais neurológicos meq Na = p x 0,6 x 130 Na plasma ( p = peso; 0,6 = representa água corpórea; 130 = valor esperado; Na = sódio encontrado) Obs. Se possível estabelecer uma correção lenta com aumentos progressivos Correção Rápida NaCl 3% ---- controle clínico rigoroso; infusão lenta e em vaso profundo; ½ do déficit em 4 h 1 a 2 h aguardar exame laboratorial fazer a outra metade; composições : 1 ml NaCl 3% = 0,5 meq e 1ml NaCl 20% = 3,4mEq Ex. 100 ml NaCl 3%

8. Desidratação no Recém-Nascido RN Desidratado OMS PLANO C Fase de Expansão (rápida) Ojetivo : reversão rápida da evolução ao choque Solução recomendada : partes iguais de SG a 5% e SF 0,9% Volume : 100 ml/kg para infusão Tempo : 2 horas Ex. Criança com 3 kg e desidratação grave deve tomar: Soro Glicosado 5% - 150ml * Soro Fisiológico 0,9% - 150 ml * * Nos locais onde estiver disponível a Solução Polieletrolítica (Ringer Lactato), preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), não haverá necessidade de fazer quaisquer outros cálculos, exceto o de volume conforme descrito acima Criança continua desidratada : administrar 25 a 50 ml por kg de peso em duas horas Acesso Venoso adequado (agulhas calibrosas, dois acessos venosos simultâneos, etc.) que garantam a infusão do volume total prescrito no máximo em 4 horas

8. Desidratação no Recém-Nascido RN Desidratado OMS PLANO C Fase de Manutenção e Reposição NECESSIDADES DE MANUTENÇÃO PARA 24 HORAS Peso até 10 kg100 ml/kg Peso de 10-20 kg1000 ml + 50 ml/kg para cada kg de peso acima de 10 kg Peso acima de 20 kg1500 ml + 20 ml para cada kg de peso acima de 20 kg Para cada 100 ml de líquido: Soro Glicosado 5% - 80 ml Soro Fisiológico - 20 ml KCI a 10% - 2 ml ou KCI a 19,1% - 1 ml REPOSIÇÃO Como não é possível avaliar as perdas pelo número de evacuações, a primeira prescrição admitirá perdas de 50 ml/kg/dia. A solução a ser reposta deve conter 1 parte de soro fisiológico e 1 parte de soro glicosado a 5% Períodos de Infusão : Recomenda-se a prescrição de metade destes volumes a cada 12 horas ou 1/3 a cada 8 horas ou 6 horas

8. Desidratação no Recém-Nascido RN Desidratado OMS PLANO C Fase de Manutenção e Reposição RN 3 kg Man Rep Total SG 5% 240 75 315 SF 0,9% 60 75 135 KCl 10% 6 450 450 : 4 = 112 ml a cada 6 horas OBS. Nunca gerar infusões rápidas com solução glicosada a 10% ou +

9. Correção da Acidose Indicação : ph abaixo de 7,2 e\ou Hco3 abaixo de 10 meq/l Droga : bicarbonato de sódio Correção : para 15 e não para 22 meq/l Fórmula : NaHco3 = (15 - [Hco3]) x 0,3 x peso ou Bic.= BE x 0,3 x peso Velocidade : 1\2 a 1\3 em 20 a 30 minutos 1\2 a 2\3 em 2 a 4 horas

9. Correção da Acidose Observações Não adianta oferecer bicarbonato a criança hipovolêmica. Aguardar correção hídrica Em acidoses graves (ph abaixo de 7,0) : na fase de reparação - 1\2 do sódio em bic. e 1\2 em cloreto Verificar sempre a ausência de acidose respiratória Pco2 = bicarbonato x 1,5 + 8 a 10

CHOQUE Síndrome clínica que se manifesta por taquicardia, taquipnéia, baixa perfusão periférica, embotamento, diminuição da diurese, acidose metabólica e, algumas vezes, hipotensão O2 nas células : volume circulante (précarga), bomba cardíaca (contratilidade) e tônus vascular (pós-carga)

CHOQUE : Fase de Expansão S.F 0,9 % ou Ringer Lactato 30 a 40 ml / kg EV, em 30 a 60 min. (10 a 13gotas/kg/min) ou Plasma Humano 20 ml/kg EV, 30 min. a 1 hora (7gts/min.), quando desnutrido grave (albumina abaixo de 3 g%) ou Sangue Total 20 ml/kg EV, gota a gota, em 30 a 1 hora (7gts/min.), quando Hb abaixo de 7 g%