REMOÇÃO DE ÍONS COBRE DE EFLUENTES AQUOSOS POR ELETRODEPOSIÇÃO EM REATOR ELETROQUÍMICO DE LEITO DE JORRO

Documentos relacionados
ELETRODEPOSIÇÃO DE COBRE EM REATOR DE LEITO FLUIDIZADO: RENDIMENTO ESPAÇO-TEMPO, EFICIÊNCIA DE CORRENTE E CONSUMO ENERGÉTICO

ESTUDO PARAMÉTRICO DA ELETRODEPOSIÇÃO DE COBRE EM REATOR DE LEITO FLUIDIZADO

ESTUDO DA DISSOLUÇÃO DINÂMICA DO CLORETO DE SÓDIO EM SALMOURA.

ESTUDO DE PARÂMETROS DE UM PROJETO DE REATOR DE LEITO PARTICULADO PARA A RECUPERAÇÃO DE CHUMBO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

RECUPERAÇÃO DE CHUMBO, COBRE E NÍQUEL DE EFLUENTES INDUSTRIAIS UTILIZANDO REATOR DE LEITO PARTICULADO

2 Cargas Móveis, Linhas de Influência e Envoltórias de Esforços

6 Previsões teóricas Cálculo segundo procedimento de Leon et al. (1996) Momento resistente da ligação

Fenômenos de Transporte III. Aula 07. Prof. Gerônimo

Simulações de Pêndulo Simples e Invertido 1

Considere as seguintes expressões que foram mostradas anteriormente:

Sociedade de Engenharia de Áudio. Artigo de Convenção. Apresentado na VII Convenção Nacional de maio de 2003, São Paulo, Brasil

PQI 3221 Cinética Química e Processos Ambientais

Engenharia/Engeineerring 125 DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DE PARÂMETROS DE FLUIDIZAÇÃO

2. FLEXO-TORÇÃO EM PERFIS DE SEÇÃO ABERTA E PAREDES DELGADAS.

Ww Ws. w = e = Vs 1 SOLO CONCEITOS BÁSICOS

Análise e Processamento de BioSinais. Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra

MONTAGEM DE UM CONVERSOR BOOST QUADRÁTICO PARA ALIMENTAÇÃO DE UMA LÂMPADA LED

4. CONTROLE PID COM O PREDITOR DE SMITH

Probabilidade e Estatística

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO OCEANOGRÁFICO IOF Oceanografia Física Descritiva

AVALIAÇÃO INTEGRADA DA ESTABILIDADE DO REVESTIMENTO CONDUTOR DE POÇOS DE PETRÓLEO

3. Modelagem Numérica

IMPLEMENTANDO E SIMULANDO ANALOGICAMENTE SISTEMAS LITC

Projeto do compensador PID no lugar das raízes

Lista de exercícios 2 Resposta no Tempo, Erros Estacionários e Lugar Geométrico das Raízes

8 Equações de Estado

1 Inferência Estatística - Teoria da Estimação

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 9 e 10

TRANSFERÊNCIA DE MASSA EM REATOR ELETROQUÍMICO CONTENDO ELETRODO DE CARBONO VÍTREO RETICULADO

ERG FUNDAMENTOS DE TERMODINÂMICA E CICLOS DE POTÊNCIA Aula 2

Aula 08 Equações de Estado (parte I)

Suponha ser possível determinar um modelo de regressão. Considere um experimento fatorial com fatores testados a l

Convecção Natural. v (N 1) x T (N 3)

Cálculo Diferencial e Integral II. Lista 8 - Exercícios/ Resumo da Teoria

3 Equações de movimentos

TENSÃO NOS SÓLIDOS PARA O ESPESSAMENTO E FILTRAÇÃO EM SUSPENSÕES DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

Capítulo 5 COMPARAÇÃO ENTRE ESTRATÉGIAS DE MODULAÇÃO HÍBRIDAS Introdução

Controle de Processos

PQI 3221 Cinética Química e Processos Ambientais

CAPÍTULO 4. Movimento Variado. Introdução. 2-Aceleração Escalar Média

Fenômenos de Transporte III. Aula 10. Prof. Gerônimo

II AVALIAÇÃO DE FLUXO DE SUBSTRATO EM BIOFILMES PROFUNDOS UM MODELO ALTERNATIVO

PQI 2321 Tópicos de Química para Engenharia Ambiental I

Representação de Modelos Dinâmicos em Espaço de Estados Graus de Liberdade para Controle

Modelo matemático para o problema de corte com sobras aproveitáveis

CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Um exemplo de TCM (Trellis Coded Modulation) - versão draft

Sistema completamente misturado. Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 10/14/2016, Página 1

ANALISANDO AS TROCAS RADIATIVAS SOB A ÓTICA DA 2 A. LEI DA TERMODINÂMICA

Física I. Oscilações - Resolução

Modelação e Simulação Problemas - 4

CONTRASTANDO DUAS FERRAMENTAS PARA ANÁLISE DE CORPUS DE APRENDIZES: ANTCONC E PACOTE TM

MEDIÇÃO DE EMISSIVIDADE E DE TEMPERATURA SEM CONTATO EXPERIMENTO DIDÁTICO / EMISSIVITY AND N0N- CONTACT TEMPERATURE MEASUREMENT

1 Iluminação e Sombreamento

VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 1/6

MODELAGEM DA HIDRATAÇÃO DE GRÃOS DE SOJA COM VOLUME E COEFICIENTE DE TRANSPORTE DE MASSA VARIÁVEIS

Transformada de Laplace

ICTR 2004 CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Costão do Santinho Florianópolis Santa Catarina

Verificação de um programa de computador para simulação de escoamentos viscoelasticos

ANÁLISE ENERGÉTICA E EXERGÉRTICA DE UM CICLO TÉRMICO COM APLICAÇÃO DE CICLO RANKINE- REGENERATIVO*

Desenvolvimento de um Modelo Matemático com Atrito Não Linear para o Pêndulo Simples

WinCC Basic / Comfort / Advanced V1X

CIRCUITO EQUIVALENTE DA MÁQUINA ASSÍNCRONA. José Roberto Cardoso. Motor de Indução Parado com terminais do rotor em aberto

ANÁLISE TEÓRICA E EXPERIMENTAL DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO COM ARMADURA DE CONFINAMENTO

Sinais e Sistemas Mecatrónicos

Intervalo de Confiança para a Variância de uma População Distribuída Normalmente. Pode-se mostrar matematicamente que a variância amostral,

Fenômenos de Transporte III. Aula 11. Prof. Gerônimo

Aula 7 Resposta no domínio do tempo - Sistemas de segunda ordem

Aula 22 Convecção Natural

UNIVERSIDADE GAMA FILHO PROCET DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CONTROLE E AUTOMAÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski

Teste para Médias: duas amostras independentes

Rotulação Semântica Automática de Sentenças para a FrameNet

33.1 Apoios direto e indireto

Universidade Cruzeiro do Sul. Campus Virtual Unidade I: Unidade: Medidas de Dispersão

TRANSPORTES. Sessão Prática 5 Geração de Tráfego e Estacionamento

Amostragem de Sinais

Critério de Resistência

Agrupamento de Escolas Luís António Verney - Escola EB 2,3 Luís António Verney. Ano lectivo de 2012/13

Modelagem e Dimensionamento de Equipes de Prontidão Utilizando a Teoria das Filas: Estudo de Caso da CELPE

Física Atómica e Nuclear Capítulo 7. Átomos Multilelectrónicos.

Optimização do servomecanismo de um disco rígido

Intervalo de Confiança para a Diferença entre Duas Médias Amostrais

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

Motores de Indução Trifásicos Parte I

UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE FILTROS DIGITAIS NÃO RECURSIVOS (FIR) UTILIZANDO A JANELA DE KAISER

Predição do Comportamento Térmico de Tubos Compósitos Através de Redes Neurais A R T I G O T É C N I C O C I E N T Í F I C O.

10 - Estratégias de Acionamento e Controle do MI Equações de regime permanente : 0 dt

RUÍDOS GERADOS NO INTERIOR DE VEÍCULOS CAUSADOS PELA COLUNA DE DIREÇÃO AUTOMOTIVA

USO DA SPME NA DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATIVIDADE NA DILUIÇÃO INFINITA DE HIDROCARBONETOS EM FURFURAL.

Computação Gráfica. Ponto, Linha, Vetor e Matriz

MAPEAMENTO E APLICAÇÃO DE ESTATÍSTICA ESPACIAL NOS ACIDENTES DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE SP 1

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

FENÔMENO DE TRANSPORTE II: INTRODUÇÃO, MODOS DE TRANSFERÊNCIA E CONSERVAÇÃO DA ENERGIA PROF. GERÔNIMO

Optimização de um reactor biológico baseada em simulação

SIMULAÇÃO DO PROCESSO DA ADSORÇÃO DO FERRO PRESENTE EM ÁGUAS DE ABASTECIMENTO DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Derivação das equações

Controle de Sistemas. Desempenho de Sistemas de Controle. Renato Dourado Maia. Universidade Estadual de Montes Claros. Engenharia de Sistemas

.,.,.,.,.,., "...,.,...,...,.,

Medida do Tempo de Execução de um Programa. Bruno Hott Algoritmos e Estruturas de Dados I DECSI UFOP

Transcrição:

REMOÇÃO DE ÍONS COBRE DE EFLUENTES AQUOSOS POR ELETRODEPOSIÇÃO EM REATOR ELETROQUÍMICO DE LEITO DE JORRO R. MARTINS 1, L. A. M. RUOTOLO 2 1 Univeridade Federal de São Carlo, Departamento de Engenharia Química e-mail: roimartine@hotmail.com 2 Univeridade Federal de São Carlo, Departamento de Engenharia Química e-mail: plui@ufcar.br RESUMO Nete trabalho foi etudado o proceo de remoção de íon cobre preente em efluente aquoo imulado utilizando reator eletroquímico de leito de jorro compoto por partícula condutora de cobre que compunham o cátodo poroo. Aplicando-e um planejamento fatorial Box-Behnken foram etudado o efeito da corrente elétrica (I), epeura do reator (L), epaçamento do canal central (d) e concentração de eletrólito uporte (C ) obre a eficiência de corrente (EC), rendimento epaço-tempo (Y) e conumo energético (CE) do proceo. O reultado foram analiado etatiticamente e o efeito de cada variável obre a repota etudada foi feito utilizando-e uperfície de repota. O reultado motraram que a concentração de eletrólito uporte motrou-e uma variável batante importante para a otimização do proceo. O valor da corrente a er aplicada deve er ajutado de maneira a propiciar um elevado rendimento em cononância com valore elevado de EC e valore baixo de CE. O uo de epeura de leito maiore que 1,3 cm motrou-e inadequado e verificou-e a taxa de circulação da partícula dada pela ditância do canal central da bae do reator não teve efeito etatítico ignificativo. PALAVRAS-CHAVE: tratamento de efluente, metai tóxico, reatore eletroquímico, leito de jorro. 1. INTRODUÇÃO A recuperação de metai peado (Cu, Pb, Ni, Zn, Cr etc.) de oluçõe aquoa diluída preente em reíduo indutriai no etor de galvanoplatia, metalurgia extrativa, eletrônica, entre outra, é neceária por etar aociada a problema de impacto ambiental e econômico. Do ponto de vita de impacto ambiental, ete efluente contendo íon metálico, memo em baixa concentraçõe, contituem efluente muito tóxico podendo ocaionar vário tipo de poluição, tai como, formação de banco de lodo, extermínio da vida aquática e problema relacionado à aúde humana (Ruotolo e Gubulin, 2002). O método cláico (precipitação química de ai e hidróxido, abaixamento do ph, floculação, coagulação e outro) adotado atualmente etão e tornando cada vez meno viávei. Principalmente pela grande quantidade de ubproduto a erem recuperado e por apreentarem alto cuto para a indútria devido ao uo de grande quantidade de reagente químico e à área neceária para a etocagem de grande quantidade de lama reidual formada no ISSN 2178-3659 6322

decantadore. Atualmente, a dipoição dea lama no meio ambiente, acarreta enorme pena previta pela lei devendo er armazenada ou convenientemente dipota em aterro anitário adequado (Lanza e Bertazzoli, 2000). A tecnologia eletroquímica, atravé do emprego de reatore eletroquímico, oferece uma alternativa eficiente para o controle da concentração do íon metálico em olução aquoa atravé de ua remoção via reaçõe de redução. Na eletrodepoição, o íon metálico ão reduzido eletroquimicamente obre a uperfície de um eletrodo à medida que o eletrólito circula pelo interior do memo, onde o metal é recuperado em ua forma mai valioa, metálica, podendo incluive er reaproveitado. Nee tratamento não é, tipicamente, neceária a adição de reagente químico, o que facilita a recuperação da água, reduzindo o cuto final do produto (Pletcher e Walh, 1990). Dentre a tecnologia eletroquímica exitente detaca-e o uo de eletrodo particulado o quai, devido à ua grande área uperficial e à alta taxa de tranferência de maa obtida, tornam-e ideai para a recuperação de metai em oluçõe diluída, a quai ão controlada pelo proceo de tranferência de maa. Nee eletrodo o movimento da partícula, reultante da paagem do eletrólito no interior da matriz poroa, define o tipo do reator como endo eletrodo de leito fixo, fluidizado, jorro, etc. O objetivo dete trabalho foi etudar o proceo de eletrodepoição de íon cobre utilizando o eletrodo de leito de jorro. O deempenho do reator eletroquímico foi analiado em termo da eficiência de corrente, rendimento epaço-tempo, e conumo energético utilizando-e a técnica de planejamento fatorial de experimento, epecificamente o planejamento Box-Behnken. O reultado foram analiado etatiticamente e o efeito de cada variável obre a repota etudada foi feito utilizando-e uperfície de repota. 2. MATERIAIS E MÉTODOS O experimento de eletrodepoição de cobre foram realizado no itema experimental equematizado na Figura 1. O eletrólito foi preparado utilizando-e ulfato de cobre pentahidratado como fonte de íon cobre e ácido ulfúrico como eletrólito uporte. Toda a oluçõe foram preparada utilizando-e água deionizada. Figura 1 - Repreentação equemática do itema experimental. 1) reervatório de eletrólito; 2) bomba centrífuga; 3) válvula de controle da vazão ao reator; 4) voltímetro; 5) reator eletroquímico; 6) fonte de corrente; 7) itema de controle da temperatura; 8) válvula do by-pa e 9) válvula de egotamento do itema. A Figura 2 motra uma vião mai detalhada do reator eletroquímico de leito de jorro. O reator de leito de jorro era formado por placa retangulare que eram jutapota, vedada por meio de manta de ilicone (3) e fixada por meio de porca e parafuo (Figura 2b). À placa da direita da Figura 2 etava embutido o contraeletrodo (6) de Ti/Ti 0,7 Ru 0,3 O 2 (De Nora do Brail, Sorocaba-SP). O contra-eletrodo era revetido por uma tela de polietileno recoberta com tecido de poliamida (7) para evitar o curto circuito do itema. À placa mai à equerda da Figura 2 etava embutido o alimentador de corrente (1), que e contituía de uma placa de aço inox AISI 316. A partícula eletroativa de cobre contituíam o cátodo poroo e eram acondicionada no interior da placa central da Figura 2 (4), por onde também ecoava o ISSN 2178-3659 6323

eletrólito, que entrava pela bae e aía pelo topo do reator. No centro da placa intermediária etava dipoto também o draft ou canal central (2), compoto por dua placa paralela de acrílico com ditância de 13 mm entre i. Eta placa eram encaixada na dua placa laterai atravé de pequena ranhura que permitiam eu delocamento para cima e para baixo, poibilitando aim que e variae o epaçamento entre o canal central e a bae do leito de jorro. Logo acima da entrada do eletrólito no reator e abaixo do leito de partícula eletroativa havia um meio poroo de partícula de polietileno cuja função era a de um ditribuidor de fluxo (8). (a) (b) Figura 2 Reator eletroquímico de leito jorro. (a) Vita frontal e lateral; (b) vita explodida. (1) contra-eletrodo; (2) draft ou canal central; (3) borracha de ilicone; (4) placa central com abertura de entrada e aída de eletrólito; (5) ditribuidor de fluxo; (6) tela de polietileno revetida por tecido de poliamida e (7) alimentador de corrente. Para o etudo da quatro variávei independente foi empregado um planejamento fatorial do tipo Box-Behnken (Box e Behnken, 1960), cuja codificação e condiçõe experimentai etão motrada na Tabela 1 e 2, repectivamente. Tabela 1 - Codificação do planejamento Box- Behnken para quatro variávei. Experimento I C d L 1-1 -1 0 0 2 1-1 0 0 3-1 1 0 0 4 1 1 0 0 5 0 0-1 -1 6 0 0 1-1 7 0 0-1 1 8 0 0 1 1 9 0 0 0 0 10-1 0 0-1 11 1 0 0-1 12-1 0 0 1 13 1 0 0 1 14 0-1 -1 0 15 0 1-1 0 16 0-1 1 0 17 0 1 1 0 18 0 0 0 0 19-1 0-1 0 20 1 0-1 0 21-1 0 1 0 22 1 0 1 0 23 0-1 0-1 24 0 1 0-1 25 0-1 0 1 26 0 1 0 1 27 0 0 0 0 Obervação: indica o valore na forma codificada. Tabela 2 - Valore aumido pela variávei no planejamento Box-Behnken. Variável -1 0 +1 I (A) 4,0 6,0 8,0 C (M) 0,1 0,5 0,9 d (cm) 1,0 1,5 2,0 L (cm) 1,3 1,9 2,5 ISSN 2178-3659 6324

O procedimento experimental conitiu na montagem do reator na condiçõe deejada de epeura de leito e epaçamento do canal central e em eguida eu acoplamento à unidade experimental da Figura 1. Preparava-e o eletrólito na condição de concentração de eletrólito uporte deejada e acionava-e a bomba centrífuga fazendo a olução permear para o reator. Ajutava-e a vazão de maneira a e obter a condição de jorro deejada e em eguida acionava-e imultaneamente a fonte de corrente e o cronômetro, iniciando-e aim o proceo de eletrodepoição. Em intervalo de tempo regulare media-e o potencial de célula e retirava-e uma amotra para poterior análie de cobre em epectrofotômetro de aborção atômica (Varian, modelo SpetrAA200). A temperatura do eletrólito foi controlado entre 25 e 28 o C durante todo o experimento. A variávei repota etudada foram a eficiência de corrente (EC, em %), rendimento epaço-tempo (Y, em kg m -3 h -1 ) e conumo energético (CE, kwh kg -1 ), calculada pela Equaçõe 1 a 3, repectivamente (Goodridge e Scott,1995). 100 z F V EC = M I EC M I Y = 5 10 z F V R -2 dc dt 2,78 x 10 z F U CE = EC M (1) (2) (3) Neta equaçõe, z correponde ao número de elétron envolvido na reação eletroquímica, F é a contante de Faraday, V o volume de eletrólito, M a maa molecular, C a concentração da epécie eletroativa, t o tempo, V R o volume do eletrodo e U o potencial de célula. A contante 2,78 x 10-2 é um fator de converão que tem unidade de h -1. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A Figura 3 motra algun reultado típico de curva de concentração normalizada em função do tempo obtida no experimento de eletrodepoição de cobre. C/C 0 1,0 4 A; 0,5 M; 1,3 cm 8 A; 0,5 M; 1,3 cm 0,8 8 A; 0,5 M; 2,5 cm 6 A; 0,1 M; 1,3 cm 0,6 6 A; 0,9 M; 1,3 cm 0,4 0,2 0,0 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 t / min Figura 3 - Concentração normalizada em função do tempo. C 0 = 1000 mg L -1, d = 1,5 cm. Obervando-e a Figura 3 verifica-e que exitem dua regiõe ditinta na curva apreentada, ito é, uma região de queda de concentração linear, correpondente a um controle cinético da reação, e outra região exponencial, indicando um controle por tranferência de maa. Contata-e também que a condiçõe de corrente, concentração de eletrólito uporte e epeura do eletrodo também exercem influência obre a cinética do proceo. Aplicando-e a Equação 1 calculou-e a eficiência de corrente em função da concentração normalizada, conforme motrado na Figura 4. Na curva de eficiência de corrente em função da concentração normalizada é poível também obervar dua regiõe ditinta, uma de EC contante, que correponde àquela em que a taxa de reação é contante. À medida que a concentração de íon cobre diminui, o proceo paa a er também controlado pelo tranporte de maa e a taxa de reação paa a er função da concentração de cobre; aim, apó atingir-e um valor de concentração em que a corrente aplicada torna-e uperior à corrente limite do proceo (denominada concentração de ISSN 2178-3659 6325

tranição), a EC diminui rapidamente. É poível obervar também que a concentração de tranição depende da condiçõe operacionai impota ao itema, podendo o proceo operar por mai ou meno tempo em condiçõe de maior EC, tendo aim influência obre a EC global do proceo. EC / % 60 50 40 30 20 10 0 4 A; 0,5 M; 1,3 cm 8 A; 0,5 M; 1,3 cm 8 A; 0,5 M; 2,5 cm 6 A; 0,1 M; 1,3 cm 6 A; 0,9 M; 1,3 cm 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 C/C 0 Figura 4 EC em função da concentração normalizada. C 0 = 1000 mg L -1, d = 1,5 cm. Na Figura 5 ão apreentada a curva de CE em função da concentração normalizada. Oberva-e neta figura uma primeira região na condiçõe de concentração mai elevada, em que o pequeno aumento do CE pode er atribuído ao aumento do potencial de célula devido à perda de condutividade da olução decorrente da remoção do íon cobre. De maneira geral, o CE neta condiçõe etá abaixo de 10 kwh kg -1, o que pode er coniderado um valor batante atifatório e que pode er ignificativamente melhorado atravé do etabelecimento de condiçõe experimentai que levem a um aumento da EC na região de controle cinético. Apó atingida a concentração de tranição, o conumo energético aumenta rapidamente devido principalmente à perda de EC na condiçõe de proceo controlado por tranporte de maa. Uma vez que o CE aumenta rapidamente apó atingir-e a concentração de tranição, é deejável um proceo que poa trabalhar o máximo poível na condição de controle cinético em que o CE é menor, aim, o conumo energético global erá minimizado. CEI / kwh kg -1 70 60 50 40 30 20 10 0 4 A; 0,5 M; 1,3 cm 8 A; 0,5 M; 1,3 cm 8 A; 0,5 M; 2,5 cm 6 A; 0,1 M; 1,3 cm 6 A; 0,9 M; 1,3 cm 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 C/C 0 Figura 5 CE em função da concentração normalizada. C 0 = 1000 mg L -1, d = 1,5 cm. Utilizando-e apena a região de taxa de reação contante da curva de concentração em função do tempo foram calculado o valore de EC, Y e CE utilizado no planejamento fatorial de experimento. O reultado obtido etão motrado na Tabela 3. Verifica-e na Tabela 3 que a eficiência de corrente foram, de maneira geral, muito baixa, endo que o maior valor obtido foi de 57%, indicando então que a variávei etudada podem er otimizada de maneira a melhorar ignificativamente a eficácia do proceo. De qualquer maneira, memo diante do valore baixo de EC, o rendimento epaço-tempo podem er coniderado elevado e em muito cao com conumo energético inferiore a 10 kwh kg -1. Diante dete reultado, foram contruída uperfície de repota para a trê variávei dependente etudada de maneira a verificar a influência de cada uma obre o proceo, facilitando aim o entendimento do parâmetro operacionai mai importante e que devem er otimizado de maneira a e obter o melhore valore de EC e Y aliado com o menore valore de CE. ISSN 2178-3659 6326

Tabela 3 Reultado experimentai do planejamento fatorial Box-Behnken. Y C d L EC (kg m -3 (M) (cm) (cm) (%) h -1 ) Exp. I (A) CE (kwh kg -1 ) 1 4 0,1 1,5 1,9 22 11,5 14,2 2 8 0,1 1,5 1,9 16 16,3 28,3 3 4 0,9 1,5 1,9 49 25,5 4,4 4 8 0,9 1,5 1,9 41 42,1 6,5 5 6 0,5 1 1,3 41 46,2 6,7 6 6 0,5 2 1,3 44 49,6 6,0 7 6 0,5 1 2,5 25 14,7 10,8 8 6 0,5 2 2,5 33 19,6 7,9 9 6 0,5 1,5 1,9 32 25,0 9,0 10 4 0,5 1,5 1,3 30 23,1 7,3 11 8 0,5 1,5 1,3 57 86,1 5,1 12 4 0,5 1,5 2,5 47 18,6 4,8 13 8 0,5 1,5 2,5 21 16,7 13,7 14 6 0,1 1 1,9 15 11,7 28,8 15 6 0,9 1 1,9 45 35,3 5,2 16 6 0,1 2 1,9 21 16,2 17,7 17 6 0,9 2 1,9 45 35,4 5,3 18 6 0,5 1,5 1,9 41 31,8 6,8 19 4 0,5 1 1,9 46 24,0 5,1 20 8 0,5 1 1,9 36 37,9 7,8 21 4 0,5 2 1,9 41 21,4 5,8 22 8 0,5 2 1,9 28 28,8 9,9 23 6 0,1 1,5 1,3 27 30,8 14,2 24 6 0,9 1,5 1,3 49 55,6 4,8 25 6 0,1 1,5 2,5 13 7,6 36,4 26 6 0,9 1,5 2,5 49 29,1 5,1 27 6 0,5 1,5 1,9 46 35,7 6,2 Inicialmente, atravé do reultado do tratamento etatítico verificou-e que a variável epaçamento do canal central não exercia influência obre o proceo, tanto em termo da EC e Y quanto do CE. Aim endo, o epaçamento do canal central, o qual tem influência direta obre a taxa de circulação da partícula pelo canal de jorro, não foi coniderado na análie da uperfície de repota. Na Figura 6 ão motrada a uperfície de repota para a EC em função da concentração de eletrólito uporte e da corrente, para a trê epeura de leito etudada. (a) (b) (c) Figura 6 EC em função de C e I. (a) L = 1,3 cm; (b) L = 1,9 cm e (c) L = 2,5 cm. d = 1,5 cm. ISSN 2178-3659 6327

Analiando-e o comportamento da uperfície de repota para a EC verificam-e trê comportamento diferente da influência da corrente elétrica obre o proceo; ee comportamento depende da epeura do leito com o qual etá e trabalhando. Para leito de pequena epeura (Figura 6a) o aumento da corrente aplicado leva a uma melhoria do proceo em termo da EC. Ete efeito pode er entendido em termo de uma melhor ditribuição da corrente no interior do eletrodo particulado, fazendo com que a região próxima ao alimentador de corrente e torno mai ativa eletroquimicamente, ito é, fazendo com que a taxa de eletrodepoição aumente neta região evitando ou diminuindo a ocorrência de regiõe de diolução anódica do cobre eletrodepoitado. O aumento da epeura do leito para 1,9 cm faz com que a corrente exerça pouca influência obre o proceo dentro da faixa etudada. Já quando e utiliza o leito com 2,5 cm, ou aumento da corrente caua uma diminuição da EC, o que pode er explicado por um aumento do obrepotencial na região próxima ao contra-eletrodo que favorece a reação paralela de evolução de hidrogênio (RDH), em uma contrapartida em termo de uma melhor ditribuição da corrente na região próxima ao alimentador de corrente, em que uma poível diolução anódica eria a reponável pelo baixo valore de EC obervado. Com relação à concentração de eletrólito uporte verificou-e em todo o cao que o eu aumento caua uma melhoria da EC do proceo e que o eu efeito foi o mai ignificativo etatiticamente falando. A equação que decreve a uperfície de repota para a EC, coniderando-e apena o efeito ignificativo, é a eguinte: EC = 37,89 3,18I 4,87L 13,09I + 13,71C L ( ) 5,19 C 2 (4) Analiando-e a Equação 4 verifica-e também um forte efeito de interação entre a corrente e a epeura do eletrodo, a qual pode er melhor viualizada na Figura 7. Figura 7 EC em função de I e L. (a) C = 0,5 M. d = 1,5 cm. Como foi comentado anteriormente, o efeito de interação entre a corrente e a epeura é reponável pela morfologia da uperfície de repota da Figura 7, em que e verifica mai claramente que para leito de menor epeura o aumento da corrente é benéfico, endo incluive que na condição de 8,0 A e 1,3 cm obtém-e o melhor valor de EC motrado na Tabela 3, de 57%. Uma poível etratégia viando melhorar a EC do proceo poderia er o aumento da corrente para valore maiore que 8,0 A ou então aumentar a concentração de eletrólito uporte para 0,9 M. Para leito de maior epeura ete comportamento e inverte, endo que o melhore valore de EC ão obtido em condiçõe de baixa corrente. Na Figura 8 ão apreentada a uperfície de repota do rendimento em função da concentração de eletrólito uporte e da corrente aplicada. Mai uma vez verifica-e a o aumento de C caua um grande aumento do rendimento, principalmente para o leito de menor epeura. Com relação à epeura, verifica-e que ete é o parâmetro que exerce maior influência obre o rendimento, conforme pode er contatado pela Equação 5, em que ão coniderado apena o efeito ignificativo. ISSN 2178-3659 6328

Y = 29,54 + 17,29I (a) 32,48I L + 21,46C - 30,82L (5) Nota-e na uperfície de repota que o aumento de L caua uma diminuição do rendimento, indicando que o aumento da epeura leva a uma ditribuição meno uniforme do obrepotencial no interior do eletrodo cauando uma diminuição da EC que é reponável, juntamente com o aumento do volume do eletrodo, pelo baixo valore de rendimento obervado neta condiçõe. Com relação à corrente, verifica-e novamente um efeito muito ignificativo de ua interação com a epeura do eletrodo, conforme pode er contatado na Figura 9. Da mema forma que ocorre para a EC, para leito de pequena epeura ocorre um aumento batante ignificativo do rendimento com o aumento da corrente aplicada, enquanto que para leito de maior epeura o aumento da corrente praticamente não tem influência obre o rendimento. (b) Figura 9 Y em função de I e L. C = 0,5 M. d = 1,5 cm. (c) Figura 8 Y em função de C e I. (a) L = 1,3 cm; (b) L = 1,9 cm e (c) L = 2,5 cm. d = 1,5 cm. O uo de corrente elevada, de maneira geral, promove um aumento do rendimento do reator eletroquímico em termo da eletrodepoição, porém, valore elevado de corrente podem cauar uma grande diminuição da EC e, conequentemente, um aumento proibitivo do CE. Deta forma, a análie iolada da Figura 7 poderia ugerir que um leito de maior epeura e ISSN 2178-3659 6329

baixa corrente poderia otimizar o proceo, pelo meno em termo da EC. No entanto, quando e faz a análie conjunta da EC e do Y (Figura 9) verifica-e que a condição de maior epeura e menor corrente apreenta um baixo rendimento. Finalmente, é neceário analiar também o CE do proceo. Verificou-e que no cao deta variável, o parâmetro que exerceu maior influência foi a concentração de eletrólito uporte, conforme pode er contatado pela análie da Equação 6, que leva em conideração apena o efeito ignificativo. CE = 7,53 + 2,45I + 2,89L 5,47C 9,04C L ( ) + 6,71 C 2 (6) A Figura 10 motra o CE em função de C e I para o leito de 1,9 cm. Verifica-e que o aumento da concentração de eletrólito uporte caua uma grande diminuição do conumo energético para a eletrodepoição em leito de jorro, atingindo-e valore menore que 5 kwh kg -1 na condiçõe de maior C. Por outro lado, a corrente teve um efeito meno ignificativo, cauando apena um pequeno aumento do CE, indicando que o aumento da condutividade do eletrólito decorrente do aumento da concentração de eletrólito uporte é um fenômeno preponderante para a diminuição do conumo energético do proceo. Na Figura 11 ão apreentada a uperfície de repota do CE em função de L e I para a trê concentraçõe de eletrólito uporte etudada. (a) (b) (c) Figura 10 CE em função de C e I. L = 1,9 cm. Figura 11 CE em função de I e L. (a) C = 0,1 M; (b) C = 0,5 M e (c) C = 0,9 M. d = 1,5 cm. ISSN 2178-3659 6330

Analiando o efeito da epeura, verifica-e que o eu aumento em condiçõe de concentraçõe baixa e média de C (0,1 M e 0,5 M) caua um aumento de CE devido principalmente à perda de eficiência de corrente do proceo. No entanto, em condiçõe de elevada condutividade (C = 0,9 M), o efeito da epeura torna-e inignificante e o conumo energético praticamente não é influenciado por ete parâmetro. De maneira geral, o coeficiente de correção obtido podem er coniderado atifatório coniderando o número de parâmetro etudado e a natureza do experimento. O coeficiente de correlação foram de 0,8974 para a EC, 0,86526 para Y e 0,87821 para o CE. O gráfico de reíduo apreentaram ponto aleatório, motrando que o modelo polinomial propoto foi adequado. 4. CONCLUSÕES Diante do reultado obtido e levandoe em conideração o valore do parâmetro etudado nete trabalho, a eguinte concluõe podem er apreentada: a EC, Y e CE ão influenciada pela concentração de cobre no eletrólito; o epaçamento do canal central não tem influência etatítica obre a EC, Y e CE; a EC é influenciada pela variávei I, C, C 2, L e pela interação de I x L. C e I x L foram o efeito mai ignificativo; para leito de menor epeura, o aumento da corrente caua um aumento de EC, enquanto para o leito de 2,5 cm ocorre uma diminuição da EC com o aumento de I; o aumento de C caua um grande aumento da EC; o Y é influenciado pelo parâmetro L, C, I x L e I. A epeura foi a variável de maior influencia obre o rendimento; para leito de 1,3 cm e 1,9 cm o aumento de I caua uma melhoria de Y, enquanto para L = 2,5 cm o rendimento é pouco influenciado pela corrente; o aumento de L caua uma diminuição expreiva de Y; o aumento de C caua uma melhoria de Y em toda a ituaçõe etudada; o CE é influenciado pela variávei C, C 2, C x L, L e I, endo que C foi a variável com efeito mai ignificativo; o aumento de L em condiçõe de C de 0,1 M e 0,5 M caua um aumento de CE, enquanto que para a condição de 0,9 M o aumento de L diminui levemente o valor de CE; o aumento de C diminui fortemente o CE em toda a condiçõe de I etudada; o modelo polinomial propoto foi adequado e o coeficiente de correlação obtido atifatório; o reultado obtido ugerem que a condição para operação ótima do ELJ eria em C = 0,9 M, I = 8 A e L = 1,3 cm. 5. REFERÊNCIAS BOX, G.E.P.; BEHNKEN, D.W. Some new three level deign for the tudy of quantitative variable. Technometric v. 2, p. 455-475, 1960. GOODRIDGE, F.; SCOTT, K. Electrochemical Proce Engineering. New York: Plenum Pre, 1995. LANZA, M. R. V.; BERTAZZOLI, R. Removal of Zn(II) from chloride medium uing a porou electrode: current penetration within the cathode, J. Appl. Electrochem. v. 30, p. 61-70, 2000. PLETCHER, D.K.; WALSH, F.C. Indutrial Electrochemitry. Cambridge: Chapman and Hall, 1990. RUOTOLO, L.A.M.; GUBULIN, J.C. Electrodepoition of copper ion on fixed bed electrode: kinetic and hydrodynamic tudy. Braz. J. Chem. Eng. v. 19, p. 105-112, 2002. 6. AGRADECIMENTOS Ao CNPq pelo uporte financeiro (proceo n o 475507/07-0) e pela bola de metrado (proceo n o 559621/08-6). ISSN 2178-3659 6331