MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO SECRETARIA DE ENSINO FUNDAMENTAL PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTINUADO ENCONTRO NAZARÉ DA MATA



Documentos relacionados
Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio. Atividade: Reflexão sobre Amadurecimento e Relacionamento Interpessoal

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Aprendendo a ESTUDAR. Ensino Fundamental II

ESTATÍSTICA BÁSICA NO CURSO DE TÉCNICO INTEGRADO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

PROJETO DE RECUPERAÇÃO EM MATEMÁTICA Manual do Professor Módulo 2 Números Racionais, Operações e Resolução de Problemas

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

PLANO DE AULA/ROTINA DIÁRIA

ENCONTRO "PCN EM AÃÃO"

Ensino ativo para uma aprendizagem ativa: Eu quero saber fazer. Karina Grace Ferreira de Oliveira CREFITO F FADBA

PROJETO PIBID JOGO DO LUDO. Palavras chave: Jogo do Ludo. Educação Infantil. Matemática na Educação Infantil.

O MUNDO DAS FORMIGAS LAMANA, Isabel C. A. C. MESSIAS, Leidi Renata SPRESSOLA, Nilmara H.

Caderno do aluno UM POR BIMESTRE: teoria, exercícios de classe, as tarefas de casa atividades complementares.

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Notícias do grupo. REUNIÃO DE PAIS 1º ANO B e C 1º SEMESTRE/2011 PROFESSORAS:CRIS E JULIANA 21/3/2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL FALANDO SOBRE... HISTÓRIA DO BRASIL EM AULA MINISTRADA EM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Kit de Apoio à Gestão Pública 1

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PERCEPÇÃO DE LUZ E SOMBRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Palavras-chave: Conhecimentos físicos. Luz e sombra. Educação Infantil.

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS

A EXTENSÃO EM MATEMÁTICA: UMA PRÁTICA DESENVOLVIDA NA COMUNIDADE ESCOLAR. GT 05 Educação Matemática: tecnologias informáticas e educação à distância

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA

DA TEORIA À PRÁTICA: UMA ANÁLISE DIALÉTICA

AS DIFICULDADES DOS ALUNOS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA COMPREENSÃO DE EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

Ministério do Esporte. Cartilha do. Voluntário

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS (OBMEP): EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS A PARTIR DO PIBID UEPB MONTEIRO

Palavras-chave: Educação Matemática; Avaliação; Formação de professores; Pró- Matemática.

RELATÓRIO FINAL SOBRE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA ESCOLA ESTADUAL CÔNEGO OSVALDO LUSTOSA

Fonte:

PROJETO DE LEITURA CESTA LITERÁRIA

PNAIC. CEAD-UFOP: Coordenadora Geral: Profa. Dra. Gláucia Jorge Coordenador Adjunto: Prof. Dr. Hércules Corrêa

Escola Superior de Ciências Sociais ESCS

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve:

RELATÓRIO DE TRABALHO DOCENTE NOVEMBRO DE 2012 EREM ANÍBAL FERNANDES

PLANO DE AULA/ROTINA DIÁRIA

Descrição e regras e dinâmica do jogo Unidos para produzir um lugar saudável - PDTSP TEIAS

ENTREVISTA. COM o Dr. Rildo Cosson. POR Begma Tavares Barbosa* begma@acessa.com

Subsídios para O CULTO COM CRIANÇAS

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

Multiplicando Ideias EE Profa. Clorinda Tritto Giangiacomo Sala 12 Sessão 1

ÁGORA, Porto Alegre, Ano 4, Dez ISSN EDUCAR-SE PARA O TRÂNSITO: UMA QUESTÃO DE RESPEITO À VIDA

Atividades Pedagógicas. Agosto 2014

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo

Educação a distância: desafios e descobertas

PCN em Ação Relatório 5ª a 8ª série

A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL. Palavras Chave: Modelagem Matemática; Educação de Jovens e Adultos (EJA); Internet Móvel.

Atividades Pedagógicas. Outubro 2013

REUNIÃO COORDENADORES PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Oficina Alfabetização na Educação de Jovens e Adultos

Larissa Vilela de Rezende Lucas Fré Campos

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

PROJETO DE ESTÁGIO CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL CIRCUITO: 9 PERIODO: 5º

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010

Relatório Fotográfico de Atividades -1º Semestre 2015

USANDO O ALFABETO MÓVEL COMO RECUSO DE RECUPERAÇÃO

Apresentação. Prezado aluno,

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

Matrícula: as dúvidas mais frequentes dos alunos da RETEC

Aprenda como estudar em quatro etapas PORVIR

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSO: PEDAGOGIA PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

EDUCAÇÃO ALGÉBRICA, DIÁLOGOS E APRENDIZAGEM: UM RELATO DO TRABALHO COM UMA PROPOSTA DIDÁTICA 1

Grupo 5 Volume 3 Unidade 5: Um pouco daqui, um pouco dali, um pouco de lá.

Atividades Pedagógicas. Abril2014

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Guia de Estudos Metodologias Jovem de Futuro

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Profa. Ma. Adriana Rosa

ROTEIRO DIÁRIO. Vinheta do Projeto

Movimento da Lua. Atividade de Aprendizagem 22. Eixo(s) temático(s) Terra e Universo. Tema. Sistema Solar

ALTERNATIVAS APRESENTADAS PELOS PROFESSORES PARA O TRABALHO COM A LEITURA EM SALA DE AULA

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010

VOCÊ QUER LER EM INGLÊS EM APENAS 7 DIAS?

REUNIÃO DE PAIS 1º ANO C e D 1º SEMESTRE/2012 PROFESSORAS: JULIANA E MARCELA

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

01 UNINORTE ENADE. Faça também por você.

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

Resultado da Avaliação das Disciplinas

QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR. 01. Você já acessou a página O que achou? Tem sugestões a apresentar?

TÓPICO DE DISCUSSÃO: O PRIMEIRO MÊS DE AULAS - EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO INFANTIL

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

Agenda Estratégica Síntese das discussões ocorridas no âmbito da Câmara Técnica de Ensino e Informação

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

Estágio Supervisionado III

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

Neste contexto, destacamos as ações desenvolvidas durante o ano letivo em seus respectivos meses. MARÇO:

SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Educação Superintendência Regional de Ensino de Carangola Diretoria Educacional

Transcrição:

1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO SECRETARIA DE ENSINO FUNDAMENTAL PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTINUADO ENCONTRO NAZARÉ DA MATA PERÍODO 12 A 15 DE ABRIL DE 2000 RELATÓRIO PCN EM AÇÃO 1ª a 4ª SÉRIE Maria José Ferreira França 1 - INTRODUÇÃO Este foi o segundo Encontro em que participei como coordenadora de grupo. Para mim foi gratificante rever esta cidade da região da Mata Norte do meu Estado, pois foi na Zona da Mata onde vivi parte da minha infância...é um lugar muito bonito, com belas paisagens, cercadas de engenhos, com campos cobertos de cana- de- açúcar, bastante verdes, onde existem diversas usinas que atualmente estão em processo de decadência, passando por dificuldades. A nossa saída do Recife foi pela manhã do dia doze. A equipe era formada pela Coordenadora da Rede Nacional e quatro coordenadores(as) de grupo. Chegamos ao nosso destino; fomos direto para o local do Encontro. As coordenadoras que estavam fazendo o credenciamento nos receberam; uma delas foi nos mostrar as salas onde iríamos trabalhar,. Estava tudo organizado em perfeita ordem: material, cópias xerox, vídeos, TV e retroprojetor. 2- ENCONTRO PCN s EM AÇÃO O Encontro foi realizado na sede da DERE- Diretoria Regional de Ensino da Mata Norte, ( corresponde às Delegacias de Ensino nos outros Estados); faz parte da estrutura da Secretaria de Educação do Estado. É um local amplo, com boa infra-estrutura, boas salas, alojamentos e refeitório.

2 PARTICIPARM DO ENCONTRO OS MUNICÍPIOS: Aliança Carpina Chã de Alegria Condado Goiana Itaquitinga Lagoa do Carro Lagoa de Itaenga Macaparana Nazaré da Mata Paudalho São Vicente Férrer Tracunhaém Timbaúba Vicência 2.1- ABERTURA DO ENCONTRO Após um lanche rápido teve início a plenária de abertura e estavam presentes a Secretária de Educação de Nazaré da Mata (município anfitrião), a Diretora da DERE(local do Encontro), o Diretor da Faculdade de Formação de Professores de Nazaré, a professora Eliana Matos, Coordenadora Geral integrante da Rede Estadual do Programa PCN S em Ação e nós coordenadores(as) que fomos solicitados para compor a mesa. A Secretária de Educação coordenou a sessão de abertura, deu as boas vindas aos participantes, chamou atenção quanto a responsabilidade de todos sobre a questão da qualidade da educação, enfatizou a necessidade das equipes municipais buscarem subsídios para a melhoria da prática. Destacou também, a universalização do Ensino Fundamental sobretudo a partir do FUNDEF. Após a fala da Secretária, a Diretora da DERE falou sobre a necessidade de se fortalecer pedagogicamente os professores através de um trabalho compartilhado. Fez referência ao local dizendo que todos se sentissem como se estivessem em casa. Dando continuidade, a professora Eliana fez a sua explanação destacando: os nove pólos de Formação no Estado; como funciona a rede de formação continuada dos PCN s em Ação tanto ao nível Nacional quanto ao local; os objetivos do Programa; as funções do Coordenador Geral e de Grupo.

3 Encerrada a explanação de Eliana, a Secretária rotomou a fala para explicar as questões de ordem prática tais como: alojamentos que haviam sido reservados, horários que deveriam ser cumpridos para o bom andamento dos trabalhos e consequentemente o êxito do Encontro. 2.2- TRABALHO NOS GRUPOS 1º Dia 12/04 - Tarde A coordenação local do Encontro, organizou três turmas de alfabetização e 1ª a 4ª série e uma de 5ª a 8ª série. Eu fique com a turma B, cuja lista de participantes havia 30 inscritos, porém, participaram efetivamente 26 pessoas de diferentes níveis de formação acadêmica, de experiência e também de idade. NESSA TARDE REALIZAMOS A SEGUINTE PAUTA: 1- Apresentação da coordenadora e dos participantes 2- Apresentação dos Módulos de Alfabetização e de 1ª a4ª série 3- Apresentação da estrutura geral dos trabalhos 4- Contrato Didático 5- Memória Fiz uma apresentação rápida dizendo o meu nome e explicando que durante aqueles quatro dias de trabalho iria coordenar o grupo, mas, para isso precisávamos nos conhecer. Solicitei que se apresentassem dizendo : nome, município, função que exerce, tempo na função, expectativa em relação ao Encontro e qual o conhecimento dos PCN S A medida que o grupo ia falando eu fazia o registro dos pontos levantados construindo assim um diagnóstico da turma. Após as falas pedi que fizessem o registro individual para depois entregar.

4 EXPECTATIVAS DO ENCONTRO Pontos Levantados Nº de Respostas Ampliar conhecimentos 04 Estudar os PCN S 01 Trocar experiências 04 Melhorar a prática pedagógica 01 Aprender como trabalhar os PCN S 01 Descobrir novas formas de trabalho 01 Construir conhecimentos mais atualizados 02 Enriquecer as experiências 01 Adquirir conhecimento sobre o programa 01 Aprofundar conhecimentos 01 Refletir para melhorar o ensino aprendizagem 01 Adquirir novos conhecimentos para repassar aos professores 04 Aperfeiçoar a prática pedagógica 01 Após os registros fizemos uma reflexão sobre a concepção do repassar conhecimento foi aí que descobri que, embora tivesse aparecido em apenas poucas falas essa concepção era forte, problematizamos acho que desconstruímos o repassar. QUANTO AO CONHECIMENTO DOS PCN S Fez Leitura Não Fez Aprofundada Superficial Por área Por Quê? Trabalha com os Língua Portuguesa, 5ª a 8ªsérie -Não teve acesso professores no Matemática, Artes e Ciências -Tem planejamento semestral Educação Física, conhecimento Conhecimento vago pela escuta em Pouco domínio conversa com colegas -Sabe que os professores receberam pelos correios. Língua Portuguesa Documento Introdutório Documento Introdutório Temas transversais Ética

5 Observa-se no quadro acima que a maior parte do grupo conhecia os PCN S, embora de forma superficial. Outros fizeram a leitura por área porque muitas vezes são Coordenadores e ou Supervisores não só de 1ª a 4ª mas, também, de 5ª a 8ª série. Os três professores que não conheciam os PCN S falaram que : necessitavam de orientação para trabalhar, tinham dificuldades de compreensão, demonstrando dificuldade quanto ao uso do documento. Continuando seguindo a pauta solicitei que o grupo levantasse questões pedagógicas e de infra estrutura que elas enfrentavam para realização do seu trabalho tanto na escola quanto na secretaria. Não só as dificuldade mas, que também apontassem as soluções. Nesse momento, o grupo mostrou-se bastante participativo e foi assim até o último dia. apontavam as dificuldades e as alternativas de soluções enquanto eu fazia os registros sistematizava.. QUADRO DAS DIFICULDADES Dificuldades Soluções Pedagógicas Infra estrutura >Número insuficiente de técnicos para fazer acompanhamento nas escolas > Classes multisseriadas na zona rural (distância) >Falta disponibilidade de C/H para estudo para o Coordenador e para o Professor > Excesso de alunos nas turmas >Entrega dos PCN S pelo Correio ( gerou desinteresse) >Falta de equipamentos: Antena parabólica, TV, Vídeo, Computador, Som retropojetor. >Falta material didático adequado (Transporte) >Salas pequenas para o número de alunos matriculados >Aumentar o número de Supervisores/Coordenadores > Adquirir os equipamentos para implementação do Programa >Adquirir material >Disponibilizar transporte >Disponibilizar parta da C/H para estudo, Coordenador e professor

6 Retornei a minha apresentação falei um pouco da minha experiência, do trabalho que desenvolvo junto aos professores formadores no curso de professores leigos PROFORMAÇÃO, do uso da estratégia de EAD e da minha alegria de poder está ali contribuindo com a educação em nosso país. Voltamos ao quadro para fazer uma reflexão sobre a leitura dos PCN S e das dificuldades levantadas. Mostrei-lhes como era importante o registro das informações explicitadas pelo grupo e que elas procurassem também utilizar aquela estratégia quando estivessem atuando como coordenadora. Prosseguimos na pauta fiz a apresentação dos módulos através de transparências resgatando : As expectativas de Aprendizagem Como está organizado Os PCN;S em Ação de Alfabetização e de 1ª a 4ª série Nesse dia, os professores não haviam recebido ainda os PCN S(correio não fez entrega) porém, Eliana nos deu alguns exemplares para que pudéssemos trabalhar. Como o número era insuficiente para a turma pedi que fosse tirada Xerox da parte referente as funções do coordenador Geral e de Grupo para posterior tarefa de casa, e que foi atendido imediatamente. Após a apresentação dos módulos, expliquei como o encontro estava organizado(uma plenária que havia sido realizada pela manhã), os trabalhos em grupos, as plenárias em sala e uma plenária final, onde seria apresentado o resultado dos nossos trabalhos referente ao levantamento dos problemas e os encaminhamentos operacionais para dar continuidade ao processo de formação continuada que se iniciara naquele encontro. Assim, passamos então a definição dos pontos do nosso contrato didático, onde ficou acordado que: > Todos deveriam ter participação ativa Todos deveriam fazer o registro das estratégias metodológicas utilizadas O horário deveria ser cumprido por todos A participação deveria ser em todos os momentos, trabalho em grupo e nas plenárias Após o combinado informei que precisava de voluntários, dois para fazer os registro das estratégias metodológicas, dois para os problemas e operacionalização e dois para registrar tudo que acontecesse na turma ou seja, fazer a memória expliquei que cada registro tem uma finalidade. Todos compreenderam, e logo apareceram os voluntários.

7 Registro das estratégias - Maria José Felix e Angela Registro dos problemas e encaminhamentos para a plenária final - Maria José Arruda e Ilza Registro da memória Gilvanete e Solange Em seguida solicitei que cada um refletisse sobre o seu processo de alfabetização lembrando de fatos marcantes de boas a más lembranças. Depois pedi que escrevessem um texto, que seria o registro de suas memórias. Enquanto escreviam organizei o quadro para sistematização LEMBRANÇAS DA ESCOLA LEMBRANÇAS BOAS MÁS A professora carinhosa, dinâmica, entusiasmada Professora autoritária A farda, Jogos, Recreio, Cópias brincadeiras de roda Histórias contadas debaixo da árvore Decorar a tabuada como castigo Cantigas, hinos, canções Os apelidos Materiais escolares, cadernos organizados A farda, as festas Capa da cartilha Pinturas e desenhos (Arte) Professora que desapareceu afastada por problemas políticos De acordo com o quadro acima havia mais lembranças boas do que más das 26 participantes, apenas três foram alfabetizadas em casa, sendo duas pela mãe e uma pelo pai, todas disseram ter boas lembranças. Foi feita a leitura de algumas memórias, em seguida discutimos sobre a concepção de uma boa escola, uma boa professora, a necessidade de reconhecer o aluno como ser e como sujeito do processo de aprendizagem e que na maioria das vezes a nossa prática expressa a maneira como fomos alfabetizados. Encerramos a tarde fazendo a leitura das estratégias metodológicas solicitando a leitura do texto funções do Coordenador como lição de casa e definido qual o problema que seria levado para a plenária final.

8 2º Dia 13/04 Manhã /Tarde PAUTA 1- Leitura deleite 2- Lição de casa 2- Objetivos Gerais do PCN s 3 - Atividade de Aplicação do Conhecimento 4 - Vídeo a Construção da Escrita 5 - Atividade Estratégias de Leitura 6 - Leitura silenciosa do texto estratégias de leitura 7 - Vídeo Pensando se aprende 8 - Síntese das discussões dos trabalhos 9 - Leitura da memória e das estratégias metodológicas Primeiro perguntei se gostavam conto, de ler ou de ouvir, depois fiz a leitura do conto de Gabriel Garcia Márquez perguntei se tinham gostado, comentamos sobre o texto, sempre levando a discussão para a importância da leitura na alfabetização e nas séries iniciais. Lição de casa apenas quatro pessoas fizeram a leitura, solicitei que fizessem uma leitura compartilhada na sala fazendo pausas quando houvesse dúvidas. Depois questionei por que será que os nossos alunos não gostam de ler? conversamos sobre a postura do professor dos nossos hábitos, das nossas desculpas e da necessidade de leitura se quisermos ser um professor pesquisador. Através de transparência apresentei os objetivos gerais dos PCN S que gerou uma boa discussão a respeito do ensino da língua portuguesa. Antes de iniciar esta atividade fiz um rápido diagnóstico procurei saber quem havia lido Emília Ferreiro e Ana Teberosky. Apenas quatro pessoas tinham conhecimento de Ferreiro, tinham lido havia algum tempo. As demais pessoas do grupo não conheciam os estudos das autora. Diante da constatação solicitei que formassem grupos para realizar a atividade de análise dos protocolos com as escritas das crianças. Solicitei que classificassem essas escritas a partir da que mais se aproxima da escrita convencional para a mais distante. Durante a atividade procurei observar as discussões, incentivar os que estavam com dificuldades. Todos conseguiram ordenar. Houve alguma confusão quanto aos protocolos 1,2, e7. Os grupos fizeram as apresentações, eu apresentei em transparências outras escritas para mostrar como as crianças passam por conflitos no processo de construção da escrita, elaboram hipóteses, remeti a fundamentação para a

9 leitura de Ferreiro disponibilizando a bibliografia, disse que íamos ter oportunidade depois para aprofundar mais... Continuamos na pauta fiz a introdução do vídeo A Construção da Escrita, explique que se tratava de uma situação especial, onde a professora iria realizar algumas entrevistas com alunos a respeito do processo de construção da escrita, que elas procurassem observar cada detalhe para interagir com as perguntas que eu iria fazer durante a apresentação. Assistimos o vídeo, a participação do grupo foi muito boa conseguiram logo perceber que a criança constrói conhecimento a partir das hipóteses que elas elaboram, confirmaram os conflitos que as crianças passam nessa trajetória.. Através da transparência apresentei a cruzadinha e perguntei se elas achavam que aquela era uma boa atividade? por que? É possível as crianças com escritas iguais ao do protocolo analisado realizarem esta atividade? de que maneira elas realizariam? Formamos os grupos distribui xerox da cruzadinha e pedi para se apoiarem nos protocolos. Dois grupos chegaram a conclusão de era uma atividade fácil para os alfabéticos, mas deveria retirar as palavras e que era difícil para os pré silábicos, um grupo considerou que era possível se fossem colocados os alfabéticos com outros misturados e o outro grupo considerou que só os alfabéticos poderiam realizar. Durante as apresentações no grande grupo surgiu o problema e os silábicos e os silábico alfabéticos poderiam realizar? problematizamos e o grupo concluiu que: se os alunos fossem acompanhados e trabalhassem em grupos ou duplas poderiam realizar. Falei que em outra atividade a discussão seria retomada. Seqüência 2- Atividade4 (página2),textos 3,4,5,7,8 Leitura do Texto - O homem da favela. Foi muito interessante as antecipações feitas pelo grupo durante a leitura, bem como as expectativas e a surpresa ao final. O texto do avião foi lido rapidamente na transparência pedi que elaborassem a resposta individual, na apresentação foi divertido porque não perceberam a contradição. Discutimos sobre a compreensão do texto, atenção as informações contraditórias. O texto sobre Descobrimento da América foi distribuído em xerox, para leitura em grupo quando foi discutido no grande grupo as respostas eram as mais distantes possíveis, depois, três pessoas começaram a desvendar o sentido do texto através das palavras, horizonte, três irmãs tinha haver com as navegações outra falou gemas, ovo Colombo, outra concluiu dizendo o título Descobrimento da América. Esta atividade foi muito boa fizemos uma reflexão sobre os conhecimentos prévios que são utilizamos em determinadas estratégias de leitura.

10 O texto em Alemão também foi feita a leitura em grupo, três grupos disseram que não entenderam nada porque estava em outra língua, apenas um grupo conseguiu obter muitas informações através da identificação de palavras e números. Aproveitei para fazer uma reflexão sobre o papel das inferências enquanto estratégias de leitura mostramos como era possível ler mesmo que fosse em outra língua. A leitura enquanto compreensão. A tradução foi mostrada em transparência. O último texto, bolo engorda marido foi feita a leitura em transparência com o grupão. Foi interessante a discussão sobre as estratégias de leitura ficou evidente que podemos ler embora não esteja escrito (ler e decodificar). Seqüência 2, Atividade 5(Página 66): Leitura Compartilhada do Texto 9 do Anexo 2 - Estratégias de Leitura Pedi que fizessem a leitura individual do texto, elaborassem perguntas. Depois fizemos a discussão sobre as perguntas, a relação entre o texto que acabaram de ler e as atividades realizadas. Fiz a citação dos autores que dão suporte teórico as propostas didática contidas nos Parâmetros (Izabel Solé, Délia Lerner, Simith, Goodman... Realizamos a Seqüência 3 Atividade 3 (Página33):Apresentação do vídeo Pensando se Aprende... de acordo com as orientações do módulo... Retomamos a atividade da cruzadinha refletindo sobre a importância das atividades de leitura para as crianças no processo de alfabetização e como era possível as crianças realizarem aquela atividade Concluímos fazendo a leitura das estratégias metodológicas utilizadas. 3º Dia - 14 /04 Manhã/Tarde Pauta MÓDULOS DE 1ª a 4ª série 1- Leitura deleite 2- Vivência de Língua Portuguesa 3- Vivência de Ciências 4- Vivência de Artes 5- Simulação: Artes, Educação Física e Vídeo

11 A leitura que fizemos foi do conto de Clarice Lispector Felicidade Clandestina... Como o grupo havia recebido os PCN S Em Ação Primeiro e Segundo Ciclo, retornei a explicação de como o módulo estava organizado. Em seguida perguntei que tipo de textos elas conheciam: literários, jornalísticos científicos... Formamos quatro grupos para analisar os 5 textos de alunos, a partir das seguintes questões: O que os textos dessas crianças mostram sobre o que elas sabem? Que experiências com as histórias e com os demais textos escritos os textos delas revelam? O que se pode deduzir que os seus professores(ou outros adultos)liam para elas na época em que produziram estes textos? Qual deles o grupo considera o pior e o melhor, ou seja, qual tem o melhor e o pior enredo? Por quê? Apresentações discussão no grande grupo: Três grupos concluíram que o texto 4 era o pior justificando que expressava memorização. Quanto ao melhor era o texto 5, porque demonstrava cuidado com a natureza, questões ambientais consciência ecológica, apresenta coerência e coesão. O último grupo a se apresentar destacou que não existe texto melhor nem pior, existe crianças em estágios diferentes, o melhor enredo era o texto 5 e que os textos 1 e 2 demostram que a criança recebe mais informações dos adultos (família professora) observaram título e assinatura do autor, enquanto os textos 3 e 4 são restritivos, frases cartilhadas... Após as apresentações fiz as intervenções conforme orientação da pauta nacional. Dando continuidade fizemos a leitura das páginas 32 a 35 e 65 a 77do PCN Língua Portuguesa.

12 Passamos para a Seqüência 1 do módulo 9 - Diferentes abordagens dos conteúdos de Ciências. Formamos duplas para analisar as duas situações didáticas e o resultado foi o seguinte: Duas duplas escolheram a seqüência 1 justificando, o professor explicou e os alunos fizeram pintura das partes do corpo, montagem e produção de textos. As demais duplas escolheram a seqüência 2 porque: a postura do professor é mediadora,( intervém nas discussões), a aprendizagem ocorre de maneira coletiva participativa, favorece a construção o pensar, o aluno desenvolve atitude investigativa (curiosidade),amplia os conhecimentos através da pesquisa bibliográfica, professor e aluno tornam-se pesquisadores, permite a socialização do conhecimento na escola. Foi bastante proveitosa esta atividade porque as duas duplas que escolheram a seqüência 1, mudaram, uma inclusive disse que não tinha prestado atenção por isso tinha errado. Esta atitude provocou uma boa discussão resgatei então, que não se tratava de erro ou acerto, mas, sim de uma concepção de ensino e de aprendizagem. Iniciamos a vivência de artes - Atividade de apreciação A atividade foi realizada conforme orientação da pauta nacional e os resultados foram os seguintes: >No início, quando observamos sozinhos vimos tudo muito confuso, pouca coisa... >No segundo momento, ampliamos a nossa visão vimos detalhes >A arte é trabalhada na escola de maneira precária complemento de carga horária do professor >Arte é uma linguagem expressa sentimento, faz análise do contexto... >Há uma concepção dual de arte (Erudita e Popular) Diante das respostas debatemos sobre os conteúdos propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais segundo Cézar Coll Concetuais, Atitudinais e Prcedimentais. Fiz sugestão de uma bibliografia que adquiri recentemente ZABALA, Antoni - Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula, Artes Médicas 1999. Durante a sistematização fizemos uma discussão interessante sobre os artistas da região proporcionando o encaminhamento para a atividade de simulação.

13 Planejamento das Simulações Grupo1- Artes (módulo 6, seqüência 4, atividades1 e 2 Grupo2- Vídeo Variações sobre o mesmo tema (Módulo Alfabetização Página34) Grupo3- Educação Física Durante o planejamento todos os grupos fizeram a leitura os PCN S, eu circulava nos grupos e a medida em que era solicitada participava tirando dúvidas esclarecendo. 4º Dia 15/04 Manhã Pauta 1- Leitura 2- Simulações 3- Estratégias e Encaminhamentos 4- Avaliação Final Iniciamos com a leitura do conto de Clarice Lispector Você é um número, novamente Clarice...ela é simplesmente maravilhosa... O texto que nos levou a refletir sobre a importância de sermos humanos e de não nos deixarmos desumanizar diante do cotidiano atribulado que vivemos... Antes das apresentações coloquei no quadro os pontos que eu iria observar: Mediação do coordenador Estratégias adotadas, de acordo com orientação Conclusões do coordenador Envolvimento dos colegas do grupo

14 Apresentação das Simulações O primeiro grupo a se apresentar foi o de Artes que apresentou um plano de trabalho com objetivos e conteúdos para alunos de quarta série. Foi um grupo muito criativo eles trouxeram de suas casas e também usaram peças de arte em barro que ornamentavam a sala onde trabalhávamos para vivência da atividade planejada. Após a apresentação do objetivo formou-se quatro grupos e foi distribuído o material peças de artesanato local escultura em barro. A coordenadora apresentou os comandos e os grupos iam apresentando um para o outro, ao mesmo tempo ela registrava. O grupo 1 apresentou FORMAS, humana, animal O grupo 2 apresentou o TEMPO, passado presente O grupo 3 apresentou material utilizado para confecção das peças, barro, tecido e tinta O grupo 4 apresentou a origem das peças cidade Estado, todas as peças foram produzidas no Estado de Pernambuco nas cidades de Caruaru Carpina e Tracunhaém. Após os registros, a coordenadora distribuiu papel amassado simulando barro, solicitou que cada um procurasse construir uma peça a seu gosto e imaginação. Ela fez a síntese explorando o trabalho dos artesãos a representação da nossa cultura (carnaval) (retirante nordestino) explicou a importância do planejamento para uma boa aprendizagem. O segundo grupo fez uma apresentação muito boa do vídeo explorou bem as pausas, conforme a orientação. Comentários do grupão: > A professora foi humilde em aceitar as orientações; >A diretora foi habilidosaao falar com a professora e isso freqüentemente não ocorre; > Após a mudança da professora, as crianças precisariam pensar, refletir descobrir e ler, antes elas só faziam associar, memorizar.

15 O último grupo a se apresentar foi o de educação física, esse grupo fez uma dinâmica usando bambolê, representou os movimentos que o ser humano faz desde o ventre passando por movimentos lentos e fortes culminando com o nascimento onde os movimentos se ampliam, todos participaram foi um momento muito rico e de reflexão. Depois solicitou que fosse feita a leitura individual do texto A Escola e as Atividades Físicas (Anexo 4). Em seguida apresentou uma síntese da leitura do PCN - Páginas 25 a 31, enquanto apresentava a síntese interaguia com o grupo refazendo uma nova síntese. Ao final das apresentações, eu retomei fiz alguns comentários e partimos para a definição das estratégias e encaminhamentos para a plenária final. Fizemos a avaliação. Na avaliação escrita, apenas 22 participantes responderam porque nesse dia faltaram 4 participantes em virtude de ir a aula do curso de especialização. CONSIDERAÇÕES FINAIS Creio que o encontro conseguiu atender as expectativa dos participantes, a minha e a do Programa. O grupo era bastante interessado e foi possível realizar um bom trabalho. Os horário foram cumpridos, não houve reclamação. Houve solicitação para que fosse incluído outras áreas principalmente matemática e história.