Fileiras de plantas e número de sementes por cova na produção agroeconômica de ervilha Luciana 50 Elissandra Pacito Torales; Néstor A. Herédia Zárate; Maria do Carmo Vieira; Rosimeire Pereira Gassi; Saulo Fernandes Rocha, Luciane Almeri Tabaldi. UFGD-FCA; C. Postal 5, 79804-970, Dourados-MS, ninapacito@hotmail.com, nahz@terra.com.br, vieiracm@terra.com.br, rpgassi@yahoo.com.br, saulorocha_84@hotmail.com, lutabaldi@yahoo.com.br. RESUMO O trabalho foi desenvolvido em Dourados-MS, entre março a julho de 2010. O objetivo foi avaliar a produtividade agroeconômica da ervilha 'Luciana 50', cultivada sob diferentes fileiras de plantas no canteiro e com duas e três sementes por cova. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial x 2 no delineamento experimental de blocos casualizados, com seis repetições. As populações correspondentes ao plantio com duas, três e quatro fileiras no canteiro e com espaçamento de 0,10 m entre covas foram de 264.000, 96.000 e 528.000 plantas ha -1, respectivamente com duas sementes por cova, e de 96.000, 594.000 e 792.000 plantas ha -1, respectivamente, com três sementes por cova. A colheita foi realizada aos 108 dias após a semeadura. No cultivo com quatro fileiras de plantas, obtiveram-se as maiores produções de massa fresca (2,51 t ha -1 ) e massa seca (0,65 t ha -1 ) de grãos comerciais, massa fresca (5,01 t ha -1 ) e massa seca (0,90 t ha -1 ) de vagem, número de grãos comerciais (4407,5 t ha -1 ) e o número de vagem (921,65 t ha -1 ), com a utilização de duas sementes por cova. O cultivo da ervilha Luciana 50 com duas sementes por cova e sob quatro fileiras de plantas foi o melhor (R$ 21.254,72) superando em R$ 5.402,22 (aumento de 25,42 %) à renda obtida com a utilização de duas fileiras de plantas e com duas sementes por cova. Considerando a produtividade de vagens comerciais e a estimativa da bruta e líquida, pode-se concluir que a semeadura de ervilha Luciana 50 deve ser realizada com quatro fileiras de plantas e com duas sementes por cova, quando é obtida maior renda líquida. Palavras-chave: Pisum sativum, tratos culturais, produtividade ABSTRACT Rows of plants and number of seeds per hill in the agroeconomic yield of 'Luciana 50' pea The work was done in Dourados-MS, between March-July 2010. The aim was S1807
to evaluate the agroeconomic yield of of commercial pod, number of the Luciana 50 pea, cultivated under different rows of plants per plot and with two and three seeds per hill. Treatments were arranged in x 2 factorial in randomized complete block design with six replicates. Populations corresponding to the planting with two, three and four rows per plot and with spacing of 0.10 m between hills were 264000, 96000 and 528000 plants ha -1, respectively with two seeds per hill, and 96000, 594000 and 792000 plants ha -1, respectively, with three seeds per hill. The harvest was done at 108 days after sowing. In cultivation with four rows of plants, were obtained the highest yields of fresh weight (2.51 t ha -1 ) and dry (0.65 t ha -1 ) of commercial grains, fresh weight (5.01 t ha -1 ) and dry (0.90 t ha -1 ) commercial grains (4407.5 t ha -1 ) and the number commercial pods (921.65 t ha -1 ), using two seeds per hill. The cultivation of 'Luciana 50' pea with two seeds per hill and with four rows of plants was the better (R$ 21,254.72), surpassing in R$ 5,402.22 (increase of 25.42%) to income from the use of two rows of plants and two seeds per hill. Considering the yield of commercial pods and the estimated gross and net income, it can be concluded that sowing of 'Luciana 50' pea should be performed with four rows of plants and two seeds per hill, when is obtained higher net income. Key-words: Pisum sativum, cultural practices, yield INTRODUÇÃO A noção de agricultura sustentável surgiu da preocupação das sociedades com uma agricultura produtiva, que não prejudique o meio ambiente e forneça alimentos de qualidade. Dessa forma, o desafio da sustentabilidade não se restringe apenas a gerar soluções ambientalmente adequadas, mas também lucrativas e socialmente desejáveis (Terra et al., 2006). A ervilha (Pisum sativum L., Fabácea) é originária do Oriente Médio e muito apreciada em todo o mundo como legume, sendo consumida como grãos verdes ou grãos enlatados. No Brasil, até os anos oitenta, o produto era quase totalmente importado enquanto que atualmente, toda a demanda pode ser atendida pela produção nacional (Iac, 2011). Diferentemente da ervilha para produção de grãos secos que são reidratados e enlatados, as cultivares de ervilha-verde são próprias para colheita de S1808
grãos verdes, visando ao imediato congelamento e/ou enlatamento. O produto pode também ser izado na forma de vagens para debulhar ou de grãos debulhados, para consumo "in natura" (Embrapa, 2010). Para se obter melhores produtividades, especialmente de hortaliças pouco cultivadas, torna-se necessário estudar também outros tipos de tratos culturais, entre eles o arranjo de plantas que pode ser manipulado por meio de alterações na densidade de plantas, induzido pela distribuição de plantas na linha. O melhor arranjo de plantas, teoricamente, é aquele que proporciona distribuição mais uniforme de plantas por área, possibilitando melhor utilização de luz, água e nutrientes (Argenta et al., 2001). Em estudos de avaliação de cultivares e linhagens de ervilha realizados em Minas Gerais, as cultivares Jurema, Flávia e Marina foram consideradas mais produtivas que a Mikado que renderam na média de dois ensaios realizados em Uberaba e Viçosa respectivamente 2,1; 2,11; 2,08 e 1,5 t ha -1 de grãos secos (Vieira et al., 2007). Gassi et al. (2009) estudando a capacidade produtiva da ervilha Luciana 50, cultivada sob quatro e cinco fileiras no canteiro e três espaçamentos entre plantas (5,0; 7,5 e 10,0 cm), obteve maior produtividade de grãos tenros (4,9 t ha -1 ) e maior renda bruta (R$ 21.950,00) no cultivo com quatro fileiras de plantas no canteiro e com 10 cm entre plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade agroeconômica da ervilha 'Luciana 50', cultivada sob diferentes fileiras de plantas no canteiro e com duas e três sementes por cova, procurando aumentar a produção de grãos e vagens comerciais. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na área experimental da Faculdade de Ciências Agrárias - FCA, da Universidade Federal da Grande Dourados UFGD, em Dourados - MS, entre março a julho de 2010. Foi estudada a ervilha Luciana 50 cultivada sob duas, três e quatro fileiras de plantas no canteiro e com duas e três sementes por cova. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial x 2 no delineamento experimental de blocos casualizados, com seis repetições. As populações correspondentes ao plantio com duas, três e quatro fileiras no canteiro e com espaçamento de 0,10 m entre covas foram de 264.000, 96.000 e 528.000 plantas ha -1, respectivamente com duas sementes por cova, e de 96.000, 594.000 e 792.000 plantas ha -1, respectivamente, com três sementes por cova. A colheita foi realizada aos 108 dias após a semeadura, quando as plantas apresentavam mais de 50% da senescência da parte foliar, época em que foram S1809
avaliadas as produções de massas frescas, massas secas e números de vagens e de grãos izáveis. Foram consideradas como vagens comerciais as que se apresentavam sadias e com os grãos bem desenvolvidos. Os dados foram submetidos à análise de variância e quando detectaram-se diferenças significativas pelo teste F, aplicou-se o teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Como formas de validação do trabalho foram realizadas estimativas da renda bruta e líquida, considerando as produções de massa fresca de vagens izáveis e o preço pago ao agricultor de Dourados-MS, por cada quilograma de vagens de ervilha. Os custos de produção por hectare foram determinados considerando os custos variáveis (insumos, mão-de-obra e aluguel de maquinários) e os custos fixos (aluguel da terra e benfeitorias), além da reserva para imprevistos, gastos com administração e pagamento de juros do capital. A renda bruta foi determinada pela multiplicação da produtividade média de cada tratamento pelo preço pago aos produtores pelas vagens comerciais de ervilha (R$ 5,00 ). A renda líquida foi calculada pela subtração dos custos em relação à renda bruta. RESULTADOS E DISCUSSÃO As produções de massa fresca e massa seca de grãos comerciais, massa fresca e massa seca de vagem, o número de vagem e número de grãos comerciais (Tabela 1) foram influenciadas significativamente pela interação número de fileiras no canteiro e número de sementes por cova. No cultivo com quatro fileiras de plantas, apesar de não serem significativos entre si, obtiveram-se as maiores produções de massa fresca (2,51 t ha -1 ) e massa seca (0,65 t ha -1 ) de grãos comerciais, massa fresca (5,01 t ha -1 ) e massa seca (0,90 t ha -1 ) de vagem, número de grãos comerciais (4407,5 t ha -1 ) e o número de vagem (921,65 t ha -1 ), com a utilização de duas sementes por cova, com aumentos de 29,88%,,85%, 29,14%, 2,22, 28,1 e 27,12% respectivamente, em relação a duas fileiras de plantas com duas sementes por cova. Os aumentos obtidos foram devidos, provavelmente, ao aumento do número de plantas ha -1 e não ao aumento da matéria individual de cada planta. Isso porque a maximização da produção depende da população empregada em função da capacidade de suporte do meio e do sistema de produção adotado (Bull, 199) e da adequada distribuição espacial das plantas na área, em conformidade com as características genotípicas (Harder et al., 2005). O custo estimado para produzir 1,0 ha -1 de ervilha Luciana 50 (Tabela e 4) variou em R$ 4.168,21 entre o menor custo (R$ 5.77,68), S1810
que correspondeu ao cultivo com duas sementes por cova e duas fileiras de plantas, e o maior custo (R$ 9.905,89), que correspondeu ao cultivo com três sementes por cova e quatro fileiras de plantas. Pela estimativa da renda líquida, observa-se que o cultivo da ervilha Luciana 50 com duas sementes por cova e sob quatro fileiras de plantas foi o melhor (R$ 21.254,72) (Tabela 2), superando em R$ 5.402,22 (aumento de 25,42 %) à renda obtida com a utilização de duas fileiras de plantas e com duas sementes por cova, que foi a que obteve menor produtividade, em conseqüência, a menor renda líquida (R$ 15.852,50). Esses resultados mostram que a análise econômica, isto é, a determinação de alguns índices de resultado econômico, deve ser feita para se conhecer com mais detalhes a estrutura produtiva da atividade e se realizar as alterações necessárias ao aumento de sua eficiência (Terra et al., 2006). Nas condições em que foi desenvolvido o experimento e considerando a produtividade de vagens comerciais e a estimativa da renda líquida, concluiu-se que a cultivar 'Luciana 50' deve ser cultivada sob quatro fileiras de plantas no canteiro e com duas sementes por cova. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, pela bolsa concedida. REFERÊNCIAS ARGENTA GS; SILVA PRF; BORTOLINI GG; FORSTHOFER EL; MANJABOSCO EA; NETO VB. 2001. Resposta de híbridos simples à redução do espaçamento entre linhas. Pesquisa agropecuária Brasileira, 6:1-8. BULL LT. 199. Cultura do milho: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POTAFÓS. 01 p. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças. Ervilha para produção de grãos verdes. Disponível em www.cnph.embrapa.br/cultivares/ervilha. Acesso em 20/02/2011. GASSI RP; HEREDIA ZÁRATE NA; VIEIRA MC; GOMES HE; MUNARIN EE; RECH J. 2009. Espaçamentos entre plantas e número de fileiras no canteiro na produção de ervilha. Horticultura Brasileira. 27: 549-552. HARDER WC; HEREDIA ZÁRATE NA; VIEIRA MC. 2005. Produção e renda bruta de rúcula (Eruca sativa Mill.) 'Cultivada' e de almeirão (Cichorium intybus L.) 'Amarelo', em cultivo solteiro e consorciado. Ciência e Agrotecnologia 29:775-785. S1811
INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS. Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Grãos e Fibras. Disponível em http://www.iac.sp.gov.br/tecnologias/ervilhagraos/ervilhagraos.htm. 20/02/2011. Acesso em: TERRA ER; HEREDIA ZÁRATE NA; VIEIRA MC; MENDONÇA PSM. 2006. Proposta de cálculo e forma de adubação, com e sem amontoa, para a produção e renda bruta do milho Superdoce Aruba. Acta Scientiarum: Agronomy, 28:75-82. VIEIRA FV; PINTO CMF; VIEIRA C. 2007. Ervilha (Pisum sativum L.). In: PAULA JÚNIOR TJ; VENZON M. 101 culturas. Manual de Tecnologias Agrícolas. Belo Horizonte. EPAMIG. 800p. TABELA 1. Massa fresca, massa seca e número de grão e vagem de ervilha Luciana 50, cultivada sob duas, três e quatro fileiras de plantas no canteiro e com duas e três sementes por cova. (Fresh weight, dry weight and number of commercial grain and pod pea 'Luciana 50, cultivated under two, three and four rows per plot and with two and three seeds per hole). Dourados - MS, UFGD, 2010. Fatores em estudo Massa fresca (t ha -1 ) Massa seca (t ha -1 ) Número (1000 ha -1 ) Fileiras N o de sementes Grão Vagem Grão Vagem Grão Vagem Duas 2 1,76 b 2,4 a,55 b 4,70 a 0,4 b 0,59 a 0,61 b 0,82 a 167,5 b 411,14 a 671,69 b 921,27 a Três 2 2,22 a 2,07 a 4,42 a 4,1 a 0,55 a 0,51 a 0,76 a 0,7 a 918,59 a 716,10 a 85,70 a 801,9 a Quatro 2 2,51 a 2,15 a 5,01 a 4,70 a 0,65 a 0,52 a 0,90 a 0,77 a 4407,5 a 926,28 a 921,65 a 859,47 a CV (%) 16,28 16,56 15,07 16,11 17,45 15,7 Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste F, para número de sementes e pelo teste de Tukey, para fileiras a 5% de probabilidade (Means followed by same letters in columns do not differ by F test for number of seeds and by Tukey test, for rows at 5% probability). TABELA 2. Produtividade, renda bruta, custo da semente e renda líquida de vagens comerciais de ervilha Luciana 50, cultivada sob duas, três e quatro fileiras de plantas no canteiro e com duas e três sementes por cova (Productivity, gross income, cost of seed and net income of commercial pea pods' Luciana 50, cultivated under two, three and four rows per plot and with two and three seeds per hole). Dourados - MS, UFGD, 2010. Fatores em estudo N o de fileiras Sementes por cova Produtividade ( ha -1 ) Renda bruta 1 Custo semente 2 Renda líquida Duas 2.550 4.700 17.750,00 2.500,00 1.897,50 2.846,46 15.852,50 20.65,54 Três 2 4.420 4.10 22.100,00 21.550,00 2.846,46 4.269,69 19.25,54 17.280,1 Quatro 2 5.010 25.050,00.795,28 21.254,72 S1812
4.700 2.500,00 5.692,92 17.807,08 1 R$ 5,00-1. Preço pago ao produtor de ervilha de vagens na feira de central em Dourados-MS, dia 02/04/2011. (R$ 5.00-1. Price paid to producers of pods pea at the central fair of Dourados-MS, Day 02/04/2011). 2 Custo de semente Luciana 50 : R$ 25,00. Fonte: Coasf, Dourados, MS. (Cost of "Luciana 50' seed: R$ 25.00. Source: Coasf, Dourados, MS). TABELA. Custos de produção de um hectare da ervilha Luciana Nº 50 com duas sementes por cova e com diferentes fileiras de plantas no canteiro. (Costs of production of one hectare of pea, with two seeds per hill and with different rows of plants per plot). UFGD, Dourados - MS, 2010-2011. Componentes do custo A-Custos variáveis A1-Insumos Quantidade Sementes 1 75,9 1.897,50 11,85 A2-Mão-de-obra Número de fileiras 2 fileiras fileiras 4 fileiras Custo Quanti- Custo Quanti- dade dade 2.846,46 151,80 Custo.795,28 Semeadura 20 D/H 500,00 20 D/H 500,00 20 D/H 500,00 Irrigação 15 D/H 75,00 15 D/H 75,00 15 D/H 75,00 Capinas 22 D/H 550,00 22 D/H 550,00 22 D/H 550,00 Colheita 0 D/H 750,00 0 D/H 750,00 0 D/H 750,00 A-Maquinários Bomba de irrigação 0,0 h 00,00 0,0 h 00,00 0,0 h 00,00 Trator 4,0 h 240,00 4,0 h 240,00 4,0 h 240,00 Total A 4.612,50 5.561,46 6.510,28 B-Custos Fixos Benfeitoria 108 162,00 108 dias 162,00 108 dias 162,00 dias Remuneração da 1,0 ha 150,00 1,0 ha 150,00 1,0 ha 150,00 terra Total B -- 12,00 -- 12,00 -- 12,00 C- Outros custos Imprevistos -- 461,25 -- 556,14 -- 651,02 (10%TA) Administração -- 20,62 -- 278,07 -- 25,51 (5%TA) Total C -- 691,87 -- 84,21 -- 976,5 TOTAL (A+B+C) -- 5.616,7 -- 6.707,67 -- 7.798,81 Juro trimestral 1 121,1 1 144,88 1 168,45 (2,16%) TOTAL GERAL -- 5.77,68 -- 6.82,12 -- 7.967,26 Adaptado de Terra et al. (2006). Adapted of Terra et al. (2006). S181
TABELA 4. Custos de produção de um hectare da ervilha Luciana Nº 50 com três sementes por cova e com diferentes fileiras de plantas no canteiro. (Costs of production of one hectare of pea, with three seeds per hill and with different rows of plants per plot). UFGD, Dourados - MS, 2010-2011. Componentes do custo A-Custos variáveis A1-Insumos Quantidade Sementes 1 11,85 A2-Mão-de-obra Número de fileiras 2 fileiras fileiras 4 fileiras Custo Quanti- Custo Quanti- dade dade 2.846,46 170,77 4.269,69 227,70 Custo 5.692,92 Semeadura 20 D/H 500,00 20 D/H 500,00 20 D/H 500,00 Irrigação 15 D/H 75,00 15 D/H 75,00 15 D/H 75,00 Capinas 22 D/H 550,00 22 D/H 550,00 22 D/H 550,00 Colheita 0 D/H 750,00 0 D/H 750,00 0 D/H 750,00 A-Maquinários Bomba de irrigação 0,0 h 00,00 0,0 h 00,00 0,0 h 00,00 Trator 4,0 h 240,00 4,0 h 240,00 4,0 h 240,00 Total A 5.561,46 6.984,69 8.407,92 B-Custos Fixos Benfeitoria 108 dias 162,00 108 dias 162,00 108 dias 162,00 Remuneração da 1,0 ha 150,00 1,0 ha 150,00 1,0 ha 150,00 terra Total B -- 12,00 -- 12,00 -- 12,00 C- Outros custos Imprevistos -- 556,14 -- 698,46 -- 840,79 (10%TA) Administração -- 278,07 -- 49,2 -- 420,9 (5%TA) Total C -- 84,21 -- 814,21 -- 976,5 TOTAL (A+B+C) -- 6.707,67 -- 8.110,90 -- 9.696,45 Juro trimestral 1 144,88 1 175,19 1 209,44 (2,16%) TOTAL GERAL -- 6.852,55 -- 8.286,09 -- 9.905,89 Adaptado de Terra et al. (2006). Adapted of Terra et al. (2006).