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- Estela Santiago de Almada
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1 PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DA PARTE AÉREA DE MILHO PIPOCA CRIOULO E BATATA-DOCE EM SISTEMA CONSORCIADO Eduardo Canepelle 1, Emerson Saueressig Finken 2, Natane Thaís Simon 2, Endrio Rodrigo Webers 2, Darlan Weber da Silva 2, Marciel Redin 3 1 Bolsista INICIE/UERGS, Acadêmico do Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS, Rua Cipriano Barata 47, Três Passos, RS, CEP: Acadêmicos do Curso de Agronomia, UERGS, Rua Cipriano Barata 47, Três Passos, RS, CEP: Professor Orientador, UERGS, Rua Cipriano Barata 47, Três Passos, RS, CEP: s: eduardocanepelle@gmail.com, emersons.finken@hotmail.com, natanethais@gmail.com, endrio_rodrigo_webers@hotmail.com, darlanweberdasilva@hotmail.com, marcielredin@gmail.com CANEPELLE, E.; FINKEN, E.; SIMON, N.; WEBERS, E.; DA SILVA, D.; REDIN, M.. PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DA PARTE AÉREA DE MILHO PIPOCA CRIOULO E BATATA-DOCE EM SISTEMA CONSORCIADO. VI Salão Integrado Ensino, Pesquisa e Extensão, II Jornada de Pós-Graduação, I Seminário Estadual sobre Territorialidade, Brasil, set Disponível em: < Data de acesso: 30 Nov Resumo O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de matéria seca da parte aérea de cultivares de batata-doce e milho pipoca crioulo em sistema consorciado na região Noroeste do RS. O experimento foi realizado com quatro cultivares de batata-doce (BRS Amélia, BRS Rubissol, BRS Cuia e Crioula), uma cultivar de milho pipoca crioulo em duas formas de cultivo, solteiro e consorciado. A matéria seca do milho pipoca crioulo e das cultivares de batata-doce foram determinadas aos 120 dias após a semeadura/plantio. A produção de matéria seca do milho pipoca crioulo não foi afetada pelo cultivo em consórcio com batata-doce. A produção de matéria seca da parte aérea das cultivares de batata-doce diminui 38% quando consorciadas com milho pipoca crioulo. INTRODUÇÃO No Brasil, a batata-doce é uma cultura antiga, muito disseminada e cultivada principalmente por pequenos produtores rurais, em sistemas agrícolas com reduzida entrada de insumos (SOUZA, 2000). Na região Noroeste do RS apresenta-se com grande potencial para vários produtores familiares em pequenas propriedades rurais. A pipoca, por sua vez e uma iguaria apreciada em todo país, porém o seu cultivo é bastante limitado ou inexistente no sistema de produção orgânica na região Noroeste do RS. Os cultivos consorciados são uma prática muito antiga, sendo adotada principalmente por pequenos produtores rurais. O consórcio de plantas ou policultivos consiste em utilizar duas ou mais culturas diferentes em uma mesma área sendo uma prática que deve ser estimulada pelas vantagens que apresenta em relação aos monocultivos. Dentre as principais, pode-se destacar o aumento da eficiência do uso da terra, já que o consórcio normalmente apresenta uma produção agrícola maior do que as monoculturas e a menor frequência de pragas e doenças nos consórcios (ALTIERI, 2002). Outros aspectos, entretanto, ainda precisam ser melhor estudados como a produção de matéria seca da parte aérea das culturas em consórcio, já que estes são um índice para estimar a produtividade de grãos ou raízes de batata-doce. Resultados de pesquisa nessa temática ainda são incipientes, senão inexistentes.
2 Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de matéria seca da parte aérea de cultivares de batata-doce e milho pipoca crioulo em sistema consorciado na região Noroeste do RS. MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado na área experimental da Escola Estadual Celeiro (ETEC) em Bom Progresso, RS. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com três repetições, com quatro cultivares de batata-doce (BRS Amélia, BRS Rubissol, BRS Cuia e Crioula), uma cultivar de milho pipoca crioulo e duas formas de cultivo, solteiro e consorciado. A semeadura do milho pipoca crioulo no sistema solteiro e consorciado foi realizado em linhas (duas plantas por cova), com espaçamento de 20 cm entre plantas e 75 cm entre linhas. O plantio das cultivares de batata-doce foi realizado com mudas de 3-4 folhas e de maneira similar ao milho pipoca crioulo, porém com espaçamento de 25 entre plantas na linha de semeadura. No plantio consorciado as mudas de batata-doce foram dispostas também em linhas no centro das entre linhas do milho pipoca crioulo. A fertilização foi realizada conforme as necessidades do solo e estabelecidas conforme o Manual de Adubação e Calagem para estados do RS e de SC da comissão de química e fertilidade do RS. A dose utilizada foi de kg/ha (4,2 kg/parcela) de cama frango de quatro lotes, dividida em duas partes, metade na semeadura/plantio e a outra metade em cobertura após 45 após plantio/semeadura. As plantas daninhas foram controladas semanalmente com capinas manuais. Para controle de pragas e doenças foram realizadas aplicações quinzenais de óleo de neem. A avaliação da produção de matéria seca do milho pipoca crioulo e das cultivares de batatadoce foram determinadas aos 120 dias após a semeadura/plantio. Para o milho pipoca crioulo foi coletado quatro plantas na área útil de cada parcela experimental. A coleta da matéria seca das cultivares de batata-doce foram realizadas com auxílio de um quadrado de madeira de 50cmx50cm, disposto aleatoriamente no interior das parcelas e coletada a biomassa verde das plantas no interior do quadrado. A biomassa verde do milho pipoca crioulo e das cultivares de batata-doce, foi seca em estufa a 65ºC até peso constante, e posteriormente pesada para determinar a matéria seca. A partir dos dados de produção da parte aérea foi estimada a produção de matéria seca de raízes usando a relação raiz/parte aérea do milho (18), cultura semelhante ao milho pipoca crioulo (REDIN, 2014). Os dados formam submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). RESULTADOS E DISCUSSÕES A produção de matéria seca de milho pipoca crioulo solteiro não variou em relação ao cultivo consorciado (Figura 1).
3 Figura 1. Produtividade de matéria seca da parte aérea (PA) e estimativa de raízes de milho pipoca crioulo nos consórcios com cultivares de batata-doce. Barras seguidas das mesmas letras maiúsculas para parte aérea e minúsculas para raízes não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey 5%. Embora não ocorrendo diferença significativa, o milho pipoca cultivado solteiro apresentou maior produtividade de matéria seca (4.788 kg/ha) quando comparado seu cultivo em consórcio com as cultivares de batata-doce (média kg/ha). Em escala numérica, o maior efeito do consórcio na redução da matéria seca foi observado com a cultivar Amélia de batata-doce (23%). A estimativa de produção de matéria seca das raízes do milho pipoca crioulo foi decorrente da produção de matéria seca da parte aérea das plantas (Figura 1). Assim, da mesma forma que a parte aérea não ocorreu diferença entre a matéria seca de raízes do cultivo solteiro e consorciado com milho pipoca crioulo. A produção de matéria seca da parte aérea variou entre as cultivares de batata-doce em cultivo solteiro e também em relação ao cultivo consorciado (Figura 2).
4 Figura 2. Produtividade de matéria seca da parte aérea das cultivares de batata-doce nos consórcios com milho pipoca crioulo. Barras seguidas das mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey 5%. O cultivo consorciado reduziu a produção de matéria seca da parte aérea de todas as cultivares de batata-doce. Segundo Zanine & Santos (2004) a redução considerável no crescimento das cultivares de batata-doce é resultante da competição espacial entre grupos de plantas que ocupam o mesmo local em um determinado período de tempo. Ainda, segundo Raventós & Silva (1995) argumentaram que essa redução, ocasionada por plantas vizinhas, deve-se à competição por água durante a estação seca, por luz durante a estação úmida, além de nutrientes do solo. Em cultivo solteiro, a cultivar crioula de batata-doce apresentou a maior produção de matéria seca da parte aérea (3.501 kg/ha). Entre as cultivares desenvolvidas pela EMBRAPA, a BRS Rubissol apresentou maior produção de matéria seca (2.894 kg/ha). Entre as cultivares BRS Amélia e BRS Cuia não ocorreu diferenças significativas na produção de matéria seca, com a produção de kg/ha e kg/ha, respectivamente. O presente resultado, foi estatisticamente igual a produção obtida de matéria seca da parte aérea no consórcio de milho pipoca crioulo com a cultivar batata-doce crioula (2.176 kg/ha). Nos consórcios de milho pipoca crioulo com cultivares de batata-doce BRS Amélia, BRS Cuia e BRS Rubissol, não apresentou diferenças na produção de matéria seca da parte aérea. No consórcio as cultivares BRS Cuia, BRS Amélia e BRS Rubissol apresentaram produção de matéria seca de kg/ha, kg/ha e kg/ha, respectivamente.
5 Salientamos que além de avaliar a produção de matéria seca da parte aérea das cultivares de batata-doce e milho pipoca crioulo, o importante seria estudar em trabalhos futuros, outros efeitos do cultivo consorciado, como por exemplo, a produtividade de grãos/raízes e o desenvolvimento fenológico das plantas. CONCLUSÕES A produção de matéria seca da parte aérea e das raízes do milho pipoca crioulo não é afetada pelo cultivo em consórcio com batata-doce. A produção de matéria seca da parte aérea das cultivares de batata-doce diminui 38% quando consorciadas com milho pipoca crioulo. AGRADECIMENTOS: Este trabalho conta com financiamento do CNPq e UERGS, por meio de bolsas de IC modalidade CNPq e INICIE/UERGS pelos Editais PROPPG 006/2015 e 011/2015, respectivamente. REFERÊNCIAS ALTIERI, M. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Guaíba: Agropecuária, p. RAVENTÓS, J.; SILVA, J.F. Competition effects and responses to variable t numbers of neighbors in two tropical savanna grasses in Venezuela. Journal of Tropical Ecology, 11:39-52, REDIN, M. Produção de biomassa, composição química e decomposição de resíduos culturais da parte aérea e raízes no solo. 114f. Tese (Doutorado em Ciência do Solo) - Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Santa Maria, SOUZA, A.B. Avaliação de cultivares de batata-doce quanto atributos agronômicos desejáveis. Ciência Agrotécnica, 24: , ZANINI, A.M & SANTOS, E.M. Competição entre espécies de plantas - uma revisão. Revista da FZVA, 11:10-30, 2004.
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