Encontro GT2 Interface Ensino Superior / Mercado de Trabalho Instituto Piaget / Almada 08 outubro 2014 Jorge F.S. Gomes (ISEG/ULisboa)
1. Ventos da mudança 2. Impactos da mudança 3. E como reagem as instituições de ensino? 4. Exemplos 5. Reflexões finais
1) O mundo em mudança
Em pessoas Maior capacidade para processar mais informação Maior capacidade para comunicar de forma instantânea e paralela Necessidade de tomar decisões de forma mais rápida Desenvolvimento de um novo vernáculo comunicacional Novas concepções sobre a amizade, a confiança, a privacidade, o divertimento, e o amor 2) Mudança em pessoas, ambientes de trabalho e organizações
Nestas pessoas Combinação envelhecimento população + queda natalidade Confiança em governantes, políticos, líderes, e instituições Cultura nacional e estrutura de valores sobre a vida e sobre o trabalho Movimentos migratórios de pessoas e de empresas Concepções sobre o trabalho, o rendimento, e a geração de riqueza 2) Mudança em pessoas, ambientes de trabalho e organizações
Nos trabalhadores I Competências técnico-conceptuais Criatividade e inovação Gestão da mudança (propensão para, e aceitação da mudança) Raciocínio computacional e capacidade de abstracção Transdisciplinaridade e conhecimentos gerais e especializados Competências não técnicas Inteligência social Meta-competências Flexibilidade e adaptabilidade Capacidade para aprender Equilíbrio de vida Capacidade para gerir o stress Inteligência cultural Trabalho em equipa Pensamento global Liderar e influenciar
Nos trabalhadores II Competências transversais ou soft-skills Persistência / Autocontrolo / Assertividade / Disponibilidade para aprendizagem contínua / Capacidade para ouvir / Autoconfiança / Atenção ao detalhe / Motivação / Iniciativa / Capacidade para questionar / Gestão de Tempo / Trabalho em Equipa / Tolerância ao Stress / Relacionamento interpessoal / Tomada de decisão / Compromisso ético / Planeamento ação Competências de liderança/negócios (11) Competências cognitivas (6) Comunicação (4) Tecnologias de Informação e Comunicação (1) Numeracia (2) (UA, baseado em Cabral-Cardoso, C.; Estêvão, C.V.; Silva, P. (2006), Competências transversais dos diplomados do Ensino Superior: Perspectiva dos Empregadores e Diplomados)
Nos trabalhadores III Competências Instrumentais (21) Língua portuguesa / língua inglesa / língua espanhola / métodos e técnicas de estudo / pesquisa bibliográfica e análise de informação / empreendedorismo I / empreendedorismo II / escrita de textos técnicos e científicos / escrita de relatórios técnicos / técnicas de apresentação / procura de emprego e empregabilidade / resolução de problemas e tomada de decisão / organização pessoal e gestão do tempo / narrativas multimédia / Excel avançado / planeamento de projectos / imagem e pesquisa em estudos de campo / introdução ao Word / introdução ao Excel / introdução ao SPSS / introdução às redes sociais Competências sistémicas (4) Competências interpessoais (4) (ISCTE, Laboratório de Competências Transversais)
E o que estão as universidades a fazer? Como promovem estas competências transversais? 3) Desafios para as universidades e o ensino neste contexto
Design Thinking (ISEGI/Nova): sobre acreditar que se pode fazer a diferença, desenvolvendo um processo intencional, de modo a chegar a soluções novas, relevantes e com um impacto positivo (2 dias, 1 ECTS: http://www.unl.pt/pt/escoladoutoral/cursos/pid=470) Competências Transversais: Empregabilidade (FEUP): proporciona a aquisição, desenvolvimento e/ou aprofundamento de competências para o mercado de trabalho, com reconhecida importância para a inserção na vida ativa, bem como para a adaptação a contextos de mudança e para o crescimento profissional (10 horas, 1,5 ECTS: http://sigarra.up.pt/feup/pt/cur_geral.cur_view?pv_curso_id=793) Curso de Empreendedorismo (UAC): desenvolvimento de competências e conhecimentos de gestão que permitam a quem os adquire conhecer as bases da gestão empresarial moderna, desde a estruturação e organização de uma ideia de negócio, passando pela criação de uma empresa, desenvolvendo conceitos sobre a sua gestão diária e estratégica (120 horas,? ECTS: http://www.empreendedorismo.uac.pt/formacao/curso_empreendedorismo) Licenciatura em Estudos Gerais (FBAUlisboa): serve para as pessoas poderem ser capazes de estudar e perceber coisas diferentes: do Big Bang a Homero, das leis da perspectiva à filosofia política, das culturas multimedia às línguas orientais. Para não serem ignorantes em Biologia, em História, em Matemática ou em Arte. (3 anos, 180 ECTS: http://www.fba.ul.pt/cursos/licenciaturas/estudos-gerais/) 4) Exemplos: novos cursos
Mestrado em GRH e CO (IS Miguel Torga): várias optativas, como criatividade e inovação, e Empreendedorismo e inovação (125 horas cada, 5 ECTS: http://www.ismt.pt/index.jsp?vm=1x2) Mestrado em Engenharia Mecânica (IP Tomar): seminários obrigatórios, com temas relevantes para a vida profissional dos alunos, tais como, Empreendedorismo, Ética dos Engenheiros, etc. (45 horas, 6 ECTS: http://www.demo.ipt.pt/pt/cursos/mestrados/m_-_em-ppm/plano_curricular/) Licenciatura em Gerontologia Social (ESEC): várias ECTS, das quais a optativa Formação Geral e Transversal inclui optativas como Ética e Cidadania e Relações Interpessoais (84 horas, 3 ECTS cada: http://www.esec.pt/documentos/gs_2012.pdf) 4) Exemplos: UCs optativas e obrigatórias
Estudo da situação à data (MBA 28ª & 29ª) Propostas de mudança para discussão Qual o nosso target? Em que consiste? Como criamos valor? Etc. Análise SWOT Análise prospetiva Comunicação Etc. Recolha informação: Docentes Conselho Consultivo Discentes Alumni Concorrência Outros documentos Diretivas AMBA Etc. Implementação das mudanças (MBA 30ª) 4) Exemplo: MBA ISEG/ULisboa
ENFOQUE: MIDDLE MANAGEMENT Qualidade da formação técnica Desenvolvimento competências de liderança Desenvolvimento inovação e empreendedorismo Aumento da empregabilidade Eliminação da componente Tese de Mestrado Horas e ECTS da Tese -> competências transversais (i.e., mais UCs nestas matérias) Regime modular, por blocos Projetos com empresas e imersão em Silicon Valley Semanas de Soft Skills (algumas em parceria com a AFA e com a EN) Tecnologia tablet Melhor integração dos 3 blocos formativos: técnica, liderança, e inovação & mudança Plano de marketing Aumento em 28% do investimento Etc. 4) Exemplo: MBA ISEG/ULisboa
Formação em competências transversais buscam ir ao encontro das realidades de trabalho que os estudantes irão encontrar Aumentam a empregabilidade e preconizam aumento de desempenhos em áreas que têm tanto de técnico como de não técnico (como o empreendedorismo) Ainda por comprovar a eficácia da formação nestas competências, por entidades que tradicionalmente são especialistas em áreas técnicas Mix de competências técnicas e transversais nos cursos pode nem sempre ser elaborado de forma informada Escassez de elementos para avaliar a eficácia dos programas educativos que estimulam a polivalência no trabalho e o empreendedorismo 5) Reflexões finais (desafios para o ensino superior)
PROMOÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS: POLIVALÊNCIA NO TRABALHO E EMPREENDEDORISMO NOS ESTUDANTES jorgegomes@iseg.ulisboa.pt