Consumo das Famílias e Investimento

Documentos relacionados
Formação dos Estados e do Poder. Problemática da formação dos Estados latino-americanos. Prof.: Rodrigo Cantu

ESTUDO ECONÔMICO DA OCDE

O DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2003 ECONOMIA, INDÚSTRIA E INVESTIMENTO EM QUEDA

Fluxo internacional de capitais. Reinaldo Gonçalves

Brasil: cenário econômico

Trends and Business Opportunities in Latin America

Global Innovation Index 2018 rankings

Universidade Federal do Piauí UFPI Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Centro de Ciências Humanas e Letras CCHL Departamento de Ciências

Fluxos de capitais e reservas internacionais

POR QUE FICAMOS PARA TRÁS?

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria de Comércio Exterior. Balança Comercial Brasileira 2005

Conquistas e Desafios na Educação no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

Curso de Macroeconomia IV. Objetivo Programa Blog Introdução: Fatos Estilizados- Fatos a serem explicados pela teoria

Prof. Maria Antonieta Del Tedesco Lins IRI-USP. O que nós temos a ver com isso?

Breve apresentação de dados macroeconômicos brasileiros. Parte 1: PIB

Visitas. Exibições de Página. Páginas por visita

Contas Nacionais Trimestrais

Visitas. Exibições de Página. Páginas por visita

Qual desenvolvimento queremos?

Crescimento e inclusão social no Brasil. (Avanços, Obstáculos e Propostas) INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS SÃO LEOPOLDO ABRIL DE 2018

Como reduzir a desigualdade de oportunidades educacionais no Brasil: equalização dos gastos, da eficiência ou adequação à diversidade?

Indicadores de Volume e Valores Correntes. 2º Trimestre de Coordenação de Contas Nacionais. 03 de setembro de 2010

FIFA WORLD CUP. Roadmap to the Greatest Show on Earth G O A L D E N T I M E S. O R G

Desafios do Financiamento a Longo Prazo

Contas Nacionais Trimestrais

Teoria e Sistemas da Inovação

Indices de Felicidade

3º Trimestre de 2011

2º PAINEL Taxa de câmbio e semiestagnação desde 1981

Contas Nacionais Trimestrais

Por que é indispensável o Novo Regime Fiscal?

Alguns Fatos Básicos sobre a Longevidade no Mundo

8 de jul 15 de jul 22 de jul 29 de jul. Visualizações de página Taxa de rejeição 7,80% 1. Chrome ,66%

ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS PARA PRODUTORES DE LEITE

PANORAMA DO SETOR EVOLUÇÃO

SETOR APÍCOLA BRASILEIRO EM NÚMEROS INTELIGÊNCIA COMERCIAL GUSTAVO CUBA

DADOS DAS EXPORTAÇÕES DE MEL

Contas Nacionais e Finanças Públicas. Economia para jornalistas 16/3/2017 FGV/EPGE Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização - CMO

Competitividade Brasil e países selecionados Determinantes macroeconômicos Renato da Fonseca

Contas Nacionais Trimestrais

Visitas. Exibições de Página. Páginas por visita

A ECONOMIA NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2003 CRESCIMENTO MODESTO PUXADO PELA INDÚSTRIA

Visitas. Exibições de Página. Páginas por visita

Exportações Brasileiras de Carne Bovina Brazilian Beef Exports. Fonte / Source: SECEX-MDIC

O QUE ESPERAR DO BRASIL PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

Apresentação da Proposta de Projeto de Lei de Iniciativa Popular

Meninas casadas até os 18 anos na América Latina (%) Meninas casadas até os 15 anos (%) Bolivia (Plurinational State Costa Rica (17º) Brazil (3º)

Falta de competitividade da indústria: a barreira ao crescimento

Observações sobre o Reequilíbrio Fiscal no Brasil

Políticas para Inovação no Brasil

26/04/ /05/ /05/ /05/ /06/ /06/ /06/ /07/ /07/ /07/ /08/ /0

TRIBUTAÇÃO SOBRE DIVIDENDOS

Panorama Econômico e Político da América Latina -Por que a região vai tão bem

Visitas. Exibições de Página. Páginas por visita

Exportações Brasileiras de Carne Bovina Brazilian Beef Exports. Fonte / Source: SECEX-MDIC

Tabela 1 Evolução da taxa real de crescimento anual do PIB em países selecionados:

Depois do pesadelo. Luís Paulo Rosenberg

Visão geral do público alvo

IDEFE O Orçamento visto pelo IDEFF Uma primeira leitura do Orçamento de Orçamento de Estado de 2013 O Ensino Superior.

Desafios para um crescimento económico sustentável

MUDANÇAS NO CENÁRIO INTERNACIONAL X OPORTUNIDADES PARA O MERCADO LOCAL

Educação e Produtividade

Desenvolvimento Econômico Brasileiro: Desafios da Transição para a Renda Alta

La Situación Económica y Política de Brasil. Perspectivas a las elecciones de 2018.

AGENDA PARA PRODUTIVIDADE, COMPETITIVIDADE E EMPREGO

October, Um Olhar Estratégico para o Setor de Seguros de Automóvel no Brasil

SEMINÁRIO PERSPECTIVAS DA ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL

Limiar de custo efetividade nos países: estimativas iniciais e pesquisas futuras (Woods et all)

RELAÇÕES GLOBAIS E DADOS

Sociedade, Estado e Mercado. Aula 14 Formas do Estado: desenvolvimentista, keynesianoe outros. Prof.: Rodrigo Cantu

8 de jun 15 de jun 22 de jun 29 de jun. Visualizações de página Taxa de rejeição 11,06% 1. Chrome ,82%

II Jornada Netquest de Pesquisas Online.

Grupo de Conjuntura Econômica

Brazilian figures. Territorial area : Km² (USA without Alaska and Hawaii = km²)

Lançamento do Programa de Exportação ABINEE conveniado com Apex-Brasil 2018 / São Paulo

Cenários Conselho Temático de Economia e Finanç

Brasil em 40 anos: Mudanças e semelhanças

Desalinhamentos Cambiais não são Ficção. Aluisio de Lima-Campos COB, ABCI Institute Professor Adjunto, American University Washington College of Law

A FUNDAÇÃO PARA A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA (FCT)

Clínica Médica e Sistema de Saúde. Milton de Arruda Martins

Eduardo Levy. Rio de Janeiro, 02 de julho de 2013

Desafios Futuros dos Investimentos dos Fundos de Pensão. José Antonio Gragnani

Momento Atual do Mercado das IES Particulares: cenários e tendências

Integração regional Fundamentos

Relatório Gráfico de Acessibilidade à Página Janeiro até Dezembro / 2007

MOBILIDADE na Rede Federal

DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2002

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LES 200 Contabilidade Social 1ª Lista de Exercícios Prof.ª Sílvia Miranda. Nome:...

Visitas. Exibições de Página. Páginas por visita

Objetivo. Contribuir para uma melhor compreensão do papel dos custos de transporte (CT) no comércio exterior da região. Mais especificamente:

Setembro/2014. Resultados do PIB e da PIM e Perspectivas para os Próximos Trimestres. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Resultados 2017

ECONOMIA EM PAUTA. Porto Alegre, 21 de março de 2019 CORECON RS Gustavo Inácio de Moraes (7863)

Case BIC na Implementação do APS JDA. Palestrantes: André Negro e Marcia Namba

Produto Interno Bruto 2º trimestre de de agosto de 2015

RICARDO PAES DE BARROS

PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %)

MACROECONOMIA (Curso de Economia Brasileira, DEP)

PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E COMPETITIVIDADE: BRASIL E SEUS CONCORRENTES

Transcrição:

Consumo das Famílias e Investimento Marcelo Eduardo Alves da Silva Departamento de Economia e PIMES-UFPE PIMES/UFPE 26 de Fevereiro de 2018 Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 1 / 14

Consumo das Famílias Consumo das Famílias representa 63% do PIB. Importante nas flutuações econômicas. Quais os determinantes do Consumo das Famílias? Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 2 / 14

Tabela 5 - Componentes do Produto Interno Bruto sob as três óticas, valores correntes e constantes e variação de volume, preço e valor - 2010-2015 Produto Interno Bruto (1 000 000 R$) Componentes do Produto Interno Bruto 2015 valor constante Variação de preço (%) 2015 valor corrente Participação(%) B - Ótica da despesa Total 5 574 045 7.6 5 995 787 Despesa de consumo final 4 612 348 8.9 5 020 969 83.7 Despesa de consumo das famílias 3 441 647 8.9 3 747 870 62.5 Despesa de consumo das Instituições sem fins de lucro a serviço das famílias 79 728 9.5 87 323 1.5 Despesa de consumo do governo 1 090 973 8.7 1 185 776 19.8 Formação bruta de capital 959 975 8.7 1 043 964 17.4 Formação bruta de capital fixo 988 284 8.2 1 069 397 17.8 Variação de estoque (-) 28 309 (-) 10.2 (-) 25 433 (-) 0.4 Exportação de bens e serviços 679 773 13.8 773 468 12.9 Importação de bens e serviços (-) (-) 678 051 24.3 (-) 842 614 (-) 14.1 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais. (1) As transações pela ótica da renda não são estimadas em valores constantes. Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 3 / 14

Participação do Consumo das Famílias no PIB em 2015 (%) 80,0 70,0 60,0 63,4 64,5 63,5 65,7 55,1 56,6 61,0 67,1 65,9 57,6 59,6 68,1 65,1 66,6 59,7 65,3 54,7 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 - Brazil Chile Colombia Argentina France Japan Italy Mexico Portugal Spain South Africa United States United Kingdom Uruguay High income Latin America & Caribbean Low & middle income Fonte: World Bank Data (http://data.worldbank.org) Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 4 / 14

Fonte: Daron Acemoglu: Introduction to Modern Economic Growth, Princeton University Press, 2008 Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 5 / 14

5.2 PIB e Consumo no Brasil: 1991-2014 5.1 5.0 4.9 4.8 4.7 4.6 4.5 4.4 4.3 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 PIB CONSUMO Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 6 / 14

0.08 PIB e Consumo no Brasil: 1991-2014 0.06 0.04 0.02 0.00-0.02-0.04-0.06 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 PIB CONSUMO Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 7 / 14

Algumas Estatísticas 1 Consumo é pró-cíclico Corr(C, P IB) = 0.76. 2 Consumo é mais volátil: σ C = 0, 022 e σ Y = 0, 016 3 Note que σ C σy = 1.375 Suavização do consumo? Quais modelos podem lidar com isto? Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 8 / 14

Table 1 Mean and standard deviations (annual rates of growth) US UK Mean St. dev. Mean St. dev. Disposable income 0.032 0.025 0.026 0.026 Nondurable consumption 0.023 0.018 0.017 0.021 Durable expenditure 0.048 0.069 0.043 0.112 Fonte: Attanasio (1999). Consumption. In: Taylor and Woodford, Handbook of Macroeconomics, V.1. Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 9 / 14

Teorias 1 Teoria Clássica / Escolha Intertemporal. 2 Teoria Keynesiana. 3 Hipótese do Ciclo de Vida. 4 Teoria da Renda Permanente. Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 10 / 14

INVESTIMENTO Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 11 / 14

5.25 PIB e Formação Bruta de Capital Fixo: 1991-2014 5.00 4.75 4.50 4.25 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 PIB INVESTIMENTO Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 12 / 14

0.15 PIB e Formação Bruta de Capital Fixo: 1991-2014 0.10 0.05 0.00-0.05-0.10-0.15 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 PIB INVESTIMENTO Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 13 / 14

Algumas Estatísticas 1 Investimento é pró-cíclico Corr(I, P IB) = 0.85. 2 Investimento é mais volátil: σ I = 0, 056 e σ Y = 0, 016 Silva (PIMES/UFPE) Consumo das Famílias e Investimento 26 de Fevereiro de 2018 14 / 14