I-INTRODUÇÃO II-SITUA SITUAÇÃO ACTUAL E PROJECTADA NOS PLANOS NACIONAIS E NO PROGRAMA EXECUTIVO DO SECTOR ELÉCTRICO DE 2009 II-PRIORIDADES DO PROGRAMA EXECUTIVO DO SECTOR ELÉCTRICO DE 2009 IV CALENDÁRIO DE EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS E PROJECTOS DE 2009 V QUADRO DE INVESTIMENTOS DO PROGRAMA EXECUTIVO NO PERÍODO DE 2009-2012 2012 VI FACTORES CRITICOS DE SUCESSO DO PROGRAMA 1
Objectivo Global do Plano de Desenvolvimento para o período 2009-2012: 2012: Garantir o aumento da produção, transporte e distribuição de energia, de forma a atender, com qualidade, às s necessidades do povo angolano e às s procuras decorrentes do processo de reconstrução nacional e desenvolvimento económico e social do País. 2
OBJECTIVOS ESPECIFICOS DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO 2009-2012 2012 I) Objectivo específico final Assegurar a oferta compatível com a procura face ao crescimento económico e desenvolvimento nacional; II) Objectivos específicos operacionais Reabilitar, modernizar e expandir as capacidades de produção de energia eléctrica; Promover o desenvolvimento da rede nacional de transporte, incluindo a interligação dos sistemas Norte/Centro e Centro/Sul; Promover o desenvolvimento de fontes locais, como mini hídricas h e micro-centrais centrais hidroeléctricas; Iniciar o Programa Nacional de Electrificação; Aumentar e diversificar a produção de electricidade com uso de fontes hídrica, h solar, eólica e e biomassa; Prosseguir com a reorganização institucional do sector eléctrico 3
III) Objectivos específicos instrumentais Assegurar um sistema tarifário rio que garanta os custos dos operadores e que proteja os grupos populacionais vulneráveis; veis; Assegurar a correcta gestão dos sistemas mediante a sistematização da operação e da manutenção; Promover a reforma do sector com base no Plano Director jáj aprovado; Promover a formação permanente de quadros para o sector; 4
II SITUAÇÃO ACTUAL E PROJECTADA NOS PLANOS NACIONAIS E NO PROGRAMA EXECUTIVO DO SECTOR ELÉCTRICO DE 2009 DIAGNÓSTICO Ausência de integração dos três sistemas eléctricos (Norte, Sul e Centro);- Grandes constrangimentos ao fornecimento de energia em Luanda e sede das províncias; Destruição de parte das linhas que integravam esses sistemas eléctricos, sendo o Sistema Sul o mais afectado; Dificuldades de expandir a curto e médio m prazos a produção de energia eléctrica pela construção de grandes centrais hidroeléctricas, devido ao elevado prazo de maturação (cerca de 7 anos); 5
Assim, no curto prazo, o aumento de capacidade de produção de energia sós pode provir de três origens: 1ª.. Recuperação e reabilitação de empreendimentos jáj existentes; 2ª.. Instalação de fontes de geração térmica; t 3ª.. Utilização de fontes de energia renováveis. veis. 6
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES SUGERIDAS Reabilitação e retomada de empreendimentos que complementem os 3 sistemas eléctricos, com ênfase para os sistemas Centro e Sul; Interligação dos 3 sistemas eléctricos para permitir a transferência de energia de áreas superavitárias rias para áreas deficitárias; Continuação da expansão do sistema produtor hídrico; h Descentralização das responsabilidades relativas a execução das tarefas de operação do sistema eléctrico, separando a construção dos novos empreendimentos da gestão e manutenção dos mesmos; Criação de uma lógica l de entidades produtoras que se ligam e vendem energia a uma rede nacional; Descentralização para os governos provinciais e as autoridades municipais a média m e pequena distribuição; Definição do plano para a electrificação rural. 7
ESTRATEGIAS Zona Diagnóstico Estratégia de Intervenção 1)Luanda e seis províncias do Centro-Norte 2 ) Dois Pólos 1º Benguela 2ºHuambo-Bié Constrangimentos maiores a curto prazo no transporte e distribuição; médio prazo na geração de energia. Supridos a médio prazo pela Central do Gove; Se ocorrer forte expansão de demanda, não haverá reserva de capacidade por geração hídrica. Enquadrar o problema de Luanda numa perspectiva regional que inclua 6 províncias: Luanda, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Bengo, Malange, Uige e Zaire; Alteamento da barragem de Cambambe e a construção da segunda central; Reforço da capacidade de transporte Capanda/Cambambe; Capanda/Cambambe/Luanda; Implementação do Programa de Emergência para Luanda; Construção de hidroeléctricas sobre o rio Kwanza, de Láuca e Caculo Cabaça (longo prazo); Construção da central de ciclo combinado (clarificar os termos com a SONANGOL); Reconstrução da CH de Mabubas. Necessidade de clarificar a opção estratégica entre duas alternativas: - reabilitação dalinha Benguela-Huambo, para o transporte da energia do Gove; (No âmbito regional, mencionada a possibilidade da construção do WESTCOR, corredor RDC/África do Sul - sem previsão) 8
2 ) Dois Pólos 1º Benguela 2ºHuambo-Bié 1) Dois Pólos 1º. Corredor Huíla- Namibe 2º. Zona do Cunene 1) Lundas, Moxico, Kwando-Kubango ESTRATÉGIAS Supridos a médio prazo pela Central do Gove; Se ocorrer forte expansão de demanda, não haverá reserva de capacidade por geração hídrica. Sem alternativa de produção hídrica materializáveis a curto prazo; disponibilidade energética dependente da Central de Matala, que apresenta graves problemas estruturais. (Corredor Huila- Namibe) Vertente Norte-Sul isolada dos sub-sistemas produtores, sem solução integrada a curto prazo; expansão limitada a soluções térmicas ou projectos hídricos locais. Necessidade de clarificar a opção estratégica entre duas alternativas: - reabilitação dalinha Benguela-Huambo, para o transporte da energia do Gove; (No âmbito regional, mencionada a possibilidade da construção do WESTCOR, corredor RDC/África do Sul - sem previsão) (Solução interligada à opção adotada para os sistemas Norte e Centro) - Várias opções abertas: Ligação ao sistema produtor da Namibia via Cunene; Interligação da AH da Matala ao Gove, através do Vale do Cunenne; Necessidade a médio/longo prazo de mais centrais sobre o Cunene (Jamba-ya-Oma e Jamba-ya-Mina e Baynes, no trecho internacional); Necessidade de recuperação da CH de Matala (regularização do caudal do rio) Contruçao de CH no Chipaca (Lunda-Sul), do Dala (Lunda-Sul) próximo do Luena, do Luachimo, Lunda-Norte) próximo do Dundo, sobre o Rio Kuebe ( no centro do Menongue) Integração do Menongue pelo prolongamento do sistema Sul, seguindo a linha da CFM da Matala, para o Kuvango, até atingir o Menongue 1) Cabinda Duas opções existentes contemplam ligação a Cabinda via RDC:. 9
PRINCIPAIS INDICADORES DO PLANO NACIONAL DE ELECTRICIDADE 2009-2012 2012 SITUAÇÃO EM 2008 Indicadores 2008 2009(1) 2010 2011 2012 (2) 3=(1/2)% Capacidade instalada (MW) 1.258 1.672 1.913 2.029 2.382 70,2% Produção (GWh) 4.050,3 5.280,0 7.028,5 8.950,0 11.050,0 47,8% Distribuição (GWh) 3.442,8 4.488,0 5.974,2 7.607,5 9.392,5 47,8% Consumo (GWh) 2.476,8 3.220,3 4.287,4 5.459,5 6.740,5 47,8% Consumo per capita (KWh) 149 188 242 300 359 52,2% Acesso da população à energia eléctrica 30,4% 33,0% 36,1% 40,1% 44,9% 73,4% 10
Ano 2008: : O total (existentes) inclui as centrais em serviço o no final de 2008 de Capanda, Cambambe, Biópio, Matala, Luquixe I; Cunje Chicapa e Luachimo; Após s a sua destruição no contexto da guerra, as CH das Mabubas e de Lomaúm m permanecem inoperantes; Na Barragem do Gove ainda não está instalada nenhuma turbina para a produção eléctrica; O conjunto dessas CH correspondia à uma capacidade instalada total de 1258 MW. Ano 2009: : O total (existentes) inclui as centrais em serviço o no ano anterior e considera a redução de potência disponível na Central de Cambambe bem como o aumento de 160 MW no âmbito do Programa de emergência de Luanda ; Ano 2010: : O total (existentes) considera a entrada em serviço o das centrais Luquixe II e Cunje e aumento da potência disponível na central de Cambambe e de 40MW da 2ª 2 fase do Programa de emergência de Luanda ; Ano 2011: : O total (existentes) considera a entrada em serviço o das centrais do Gove e do Andulo e a capacidade total disponível da central de Cambambe; Ano 2012: : O total (existentes) considera o alteamanento e a entrada em serviço o de um grupo da Central II de Cambambe, e a reabilitação da central do Lomaúm. m. 11
Escalas de prioridade I Critérios rios de selecção Projectos que contribuam para a melhoria e a expansão da rede de transporte e distribuição; Projectos de reabilitação dos sistemas eléctricos Norte, Centro e Sul e de sistemas isolados, com ênfase na recuperação do Sistema Sul; Projectos intercalares associados ou não ao Plano de Emergência de Luanda; Projectos de reforço à rede de alta tensão da região de Luanda e da melhoria e expansão da rede de distribuição para as áreas adjacentes à via rápida r entre Luanda e Viana; Projectos para a expansão da capacidade energética até 2012; Projectos em curso ( projectos com obras jáj iniciadas), enquadráveis nos casos acima; II Projectos que contribuam para a interligação dos três sistemas actuais, formando um sistema nacional de electricidade; Projectos para a expansão da capacidade energética a partir de 2012; Projectos em curso não enquadráveis na Prioridade 1. III Outros projectos não enquadrados nas prioriades 1 e 2. 12
QUADRO DE INVESTIMENTOS PARA O PROGRAMA EXECUTIVO DO SECTOR ELECTRICO 2009 Quadro de Investimentos no Período 2009-2012 2012 (Valores em milhões de Kwanzas) (Ver detalhes em anexo) Projecto Pri or. Progr ama/ Subpr og. Invest. Total Valor Exec. Até 2008 Valores Programados 2009 2010 2011 2012 TOTAL GERAL 460.360 57.725 92.407 185.684 75.830 Luanda e seis províncias do Centro-Norte 281.764 43.260 63.430 96.345 43.202 Total Prioridade 1 1 242.132 38.005 57.215 78.412 36.169 28.08 8 17.88 0 16.16 6 Total Prioridade 2 2 38.254 5.255 6.215 17.244 6.344 1.714 Total Prioridade 3 3 1.378 0 0 689 689 0 Polo Benguela e Polo Huambo-Bi Bié 83.989 6.779 17.438 46.207 10.764 2.801 Total Prioridade 1 1 77.060 5.681 15.525 43.455 43.455 9.598 2.801 Total Prioridade 2 2 6.929 1.097 1.913 2.752 1.165 0 13
QUADRO DE INVESTIMENTOS PARA O PROGRAMA EXECUTIVO DO SECTOR ELECTRICO 2009 Corredor Huila-Namibe e Zona Cunene 42.356 0 5.395 19.158 8.705 6.120 Total Prioridade 1 1 31.187 0 4.885 15.269 4.816 3.238 Total Prioridade 2 2 11.169 0 510 3.889 3.889 2.881 Lundas, Moxico e Kuando-Kubango 33.917 900 3.296 17.849 11.872 0 Total Prioridade 1 1 10.333 900 3.201 6.104 127 0 Total Prioridade 2 2 23.584 0 95 11.745 11.745 0 Cabinda 18.334 6.786 2.848 6.124 1.288 1.288 Total Prioridade 1 1 7.727 3.203 1.797 2.727 0 0 Total Prioridade 2 2 10.606 3.583 1.051 3.397 1.288 1.288 14
FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DO PROGRAMA A implementação do Programa Executivo do Sector Eléctrico, com êxito, pressupõe a identificação do conjunto de factores cujo impacto é susceptível de comprometer a obtenção dos resultados esperados. Esses factores podem ser classificados em 2 grupos: 1) FCS sobre os quais a organização tem pouco ou nenhum controlo; 2) FCS controláveis por estratégias organizacionais, políticas públicas p ou acções. 15
1. Quadro Legal e Regulador A Lei de Bases da Electricidade de 1996 e a Lei de Delimitação dos Sectores de Actividade Económica (Lei 5/02, de 16 de Abril) são as mais importantes para a determinação do quadro legal do sector eléctrico. De acordo com a Lei 5/02, a produção, transporte e distribuição de energia eléctrica para consumo público é de reserva relativa, significando dizer que essas actividades, independentemente de sua dimensão, requerem a concessão do Estado para serem exploradas 16
2.Quadro Institucional A reforma do Quadro Legal embora necessária não é suficiente para garantir o interesse do sector privado nas actividades do sector eléctrico. É necessário também a reforma das instituições públicas responsáveis pela produção, transporte e distribuição susceptíveis de estabelecerem parcerias com o sector privado. 17
Medidas para incentivar a participação do sector privado no Programa Reforma do Quadro Legal; Reforma do Quadro Institucional; Ajustamento do modelo de tarifas; Regras claras e estáveis para a participação do sector privado; Estudos e pesquisas sobre o sector. 18
A qualificação de profissionais para o sector Definição das acções para o aumento das oportunidades de qualificação de nível superior e técnico-profissional, pela articulação do trabalho de instituições de ensino superior e pelo incentivo à criação de escolas técnicoprofissionalizantes do sector de energia em Angola, bem como pela formação de parcerias com instituições de ensino estrangeiras de nível adequado. 19
Mobilização do financiamento A promoção de concursos e a contratação de obras de projectos obedecerá um modelo de financiamento predefinido que será adoptado em função da dimensão e da natureza do empreendimento. 20
Directrizes Gerais sobre a participação do Sector Privado Dar preferência ao modelo da ppp participação públicop blico-privado no empreendimento; Definir a forma e a dimensão da participação do sector privado e do Governo: definições quanto ao uso de recursos do tesouro (ROT) ou de empréstimos de fontes nacionais e estrangeiras; Adoptar o planeamento integrado da execução da obra, do financiamento e da operação do empreendimento (modelo BOT ou Project Finance); Realizar selecção de empresa, ou de consórcio de empresas privadas, com capacidade financeira atestada para a dimensão do investimento to a ser realizado; Dar preferência à participação de empresas privadas no risco do investimento, com retorno associado às s receitas da venda da energia ao consumidor final; 21
Directrizes especificas em função da dimensão e da natureza do empreendimento Grandes obras valor do investimento US$50 milhões Produção e Distribuição ão: : Contratos preferencialmente no regime de concessão ou licença, quando for caso disso (de acordo com a legislação aplicável), definido com base na estratégia geral, de modo à serem aplicadas as seguintes condições: -garantia de capacidade financeira do concessionário para construir o empreendimento e reembolsar-se se com participação nas receitas da venda de energia ao sector público; p -operação do empreendimento por período determinado nos termos da concessão ou licença, com percentual de participação nas receitas da venda da energia suficiente para remunerar os custos da exploração e reembolso do valor do investimento e lucro. A atribuição de concessões ou licenças na produção deve ocorrer independentemente do volume do investimento a realizar. Transporte: em conformidade com a legislação específica, a Rede Nacional de Transporte será outorgada a uma entidade única, devendo as condições de mobilização de financiamento e de participação do sector privado serem estabelecidas caso a caso. 22
Pequenas obras VI US$ 50 milhões Admitida a possibilidade de flexibilizar o modelo, com a participação do Estado no financiamento do capital. Minihídricas e pequenas centrais Concessão restrita ao empresariado privado nacional, seleccionado por concurso, transferindo ao empreendedor ou consórcio de empreendedores o investimento em capital com reembolso na exploração também m a ser obtida pelo investidor nacional, ou consórcio, por período certo. 23
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GOVERNO DE ANGOLA MINISTERIO DA ENERGIA PROGRAMA EXECUTIVO NACIONAL DO SECTOR ELÉCTRICO 2009-2012 2012 25