(The importance of soybean production for biodiesel in Tocantins State)

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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DA SOJA PARA PRODUÇÃO DE (The importance of soybean production for biodiesel in Tocantins State) #1 - Joab Oliveira Virgínio e Silva Doutorando em Engenharia do Ambiente FEUP/PT E-mail: joab@uft.edu.br # 2 - Thiago Cavalcante Gomes Ribeiro de Andrade Doutorando em Produção Vegetal - UDESC E-mail: thiagoribeiroandrade@gmail.com #3 Joel Rodrigues da Silva Graduando Sanduíche Engenharia de Produção UDESC Engenharia Industrial e Gestão FEUP/PT E-mail: rodriguesdasilva.joel@yahoo.com.br Resumo: O modelo energético herdado do passado é progressivamente agressivo ao meio ambiente, e o fomento das energias renováveis contribui decisivamente para um futuro ambientalmente sustentável. Constituem algumas dessas fontes: o biodiesel, o etanol, a biomassa florestal, o biogás, o uso de resíduos agropecuários, a energia solar e eólica. O Brasil é considerado o maior produtor em potencial de energias renováveis no mundo, com o exemplo do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, bem como do Biodiesel cuja grande parte da produção nacional, cerda de 80%, provém da soja. No Norte do país, principalmente no estado do Tocantins o cultivo da cultura da soja vem apresentando-se bastante promissor, visto aumento de aproximadamente 3200 % de sua capacidade produtiva entre os anos de 1995 e 2010, ficando em 12 lugar na produção nacional. Aliado a essa crescente produção de soja, o estado apresentou um aumento significativo na produção de biodiesel no mesmo período, onde ocupa a 6 posição no ranking nacional, porém em primeiro lugar na região Norte do país. Sendo assim, pode-se projetar o estado do Tocantins como importante polo no cultivo de soja na região Norte do país, e apresentar essa cultura como sendo altamente promissora na produção de biodiesel. Bem como, uma fonte de alternativa viável para crescimento da capacidade produtora de energia limpa e sustentável na região Norte do país. Palavras-chave: Biodiesel; Soja, Produção no Tocantins. Abstract: The energy model inherited from the past is progressively aggressive to the environment, and the promotion of renewable energy contributes decisively for "environmentally sustainable" future. Some of these sources are: biodiesel, ethanol, forest biomass, biogas, the use of agricultural waste, solar and wind power. Brazil is considered the largest producer of renewable energy potential in the world, with the example of ethanol produced from sugar cane, as well as Biodiesel whose large part of domestic production, probably about 80%, comes from soy. In the North, mainly in the state of Tocantins cultivation of soybeans has shown to be quite promising, since increase of approximately 3200% of its production capacity between 1995 and 2010, ranking 12th place in national production. Allied to this growing soybean production, the state showed a significant increase in biodiesel production over the same period, which occupies the 6th position in the national ranking, but first in the northern region of the country. Thus, one can project the state of Tocantins as important pole in the cultivation of soybeans in the northern region of the country, and present this culture as being highly promising for the production of biodiesel. As well as a viable alternative source of growth for the production capacity of clean and sustainable energy in the northern region of the country. Keywords: Biodiesel; Soy; Production of Tocantins. 66

1 INTRODUÇÃO A demanda mundial crescente por fontes alternativas na produção de energia, com destaque para a agroenergia, tem suscitado um debate crescente acerca de seus impactos socioambientais, sendo o Brasil, considerado um caso emblemático. Historicamente podemos observar como se deu essa importância, Em meados de 1973, ocorreu à crise do petróleo, provocada por fatores políticos e econômicos. Consequentemente, todos os países importadores desse produto fóssil foram afetados, inclusive o Brasil. Até os dias atuais, este modelo de desenvolvimento baseado no uso dessa fonte não renovável pode em breve tornar-se insustentável devido não somente à escassez destes combustíveis na natureza, mas também por ser um dos principais responsáveis por grandes impactos ambientais em nosso planeta (NAHVI et al., 2005). O advento de novas tecnologias, bem como de processos industrializados, trouxeram grandes benefícios para a humanidade, mas baseado numa matriz energética insegura, cara e, sobretudo, bastante negativa para o meio ambiente (BRITO, 2007). De acordo com Bindraban et al. (2009), parece improvável que a ampla produção de biocombustíveis será capaz de obedecer a critérios de sustentabilidade antes de 2020. Reconhecese, contudo, que o modelo energético herdado do passado é progressivamente agressivo ao meio ambiente, e que o fomento das energias renováveis contribui decisivamente para um futuro ambientalmente sustentável (SOUZA et al., 2005). Constituem algumas dessas fontes: o biodiesel, o etanol, a energia solar e eólica, a biomassa florestal, o biogás e o uso de resíduos agropecuários (carvão vegetal e etc.). A utilização da biomassa para fins energéticos tem uma participação crescente perante a matriz energética mundial, levando às estimativas de que até o ano de 2050 deverá dobrar o uso mundial de biomassa disponível (NAJAFPOUR et al., 2004). O Brasil, considerado o maior produtor em potencial de agroenergia no mundo, antecipa a duplicação no volume de etanol produzido a partir da cana-de-açúcar: dos atuais 21.000 milhões de toneladas, para 44 milhões em 2016. O primeiro passo nesta direção foi dado com a criação e implantação do Proálcool na década de 1970, programa para o uso em larga escala do álcool combustível, produzido a partir da cana-de-açúcar, que atualmente é exportado para os Estados Unidos, Japão, Holanda, Coréia do Sul, entre outros. Seguindo o exemplo anterior, o Programa Nacional de Biodiesel, lançado em janeiro de 2006 e em processo de implantação, teve como meta inicial partir de óleos extraídos de plantas como mamona e palma (dendê). Porém, a produção nacional deixa clara a preferência pela soja e, consequentemente, das indústrias de biodiesel: 80%, dos cerca de 50 milhões de litros de biodiesel produzidos em novembro de 2007 pelas usinas instaladas pelo Brasil afora, utilizam o óleo de soja como matéria-prima. Os 20% restantes correspondem à gordura animal (15%) e a outras oleaginosas, que apesar do enorme potencial, respondem por apenas 5%. A energia renovável obtida com o uso dessas biomassas, podem ainda atender às necessidades energéticas de forma sustentável, conservando ao mesmo tempo a biodiversidade e tornando-se uma alternativa de desenvolvimento econômico para pequenas comunidades agrícolas em torno ou não, das usinas de geração de energia (SILVEIRA, 2002; LIMA & AMORIN, 2001). A safra brasileira de grãos fechou 2013 com produção recorde de 188,2 milhões de toneladas colhidas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013) no último Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, o resultado foi 16,2% superior ao de 2012. Mas a produção prevista para 2014 é ainda maior, de 189,5 milhões de toneladas, dos quais se estima que cerca de 90,261 milhões de toneladas sejam de soja, graças aos preços favoráveis no mercado internacional, fazendo com que produtores passem a investir mais na cultura com ampliação da área ocupada de produção de soja. Na região Norte do Brasil, em especial, no estado do Tocantins, vem crescendo o cultivo da soja ao longo dos anos, apresentando resultados bastante expressivos de produtividade. Aliado a esse crescimento, a produção de biodiesel vem apontando uma alternativa viável para utilização desta soja. Logo se faz necessário um estudo que apresente em seu principal objetivo as perspectivas de utilização da soja para produção de biodiesel no estado do Tocantins, com base nas pesquisas de levantamento da produção de Soja e de biodiesel, comparando com as demais regiões produtoras do país. 67

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A IMPORTÂNCIA DA AGROENERGIA NO BRASIL A IMPORTÂNCIA DA SOJA PARA PRODUÇÃO DE Ao longo dos anos a busca por novas fontes de energia renovável vem crescendo e se tornando cada vez mais importante estudar ou até mesmo resgatar culturas agrícolas nativas com potenciais fontes geradoras de energia para o Brasil, onde estas ainda não se encontram inseridas em grandes percentuais participativos na matriz energética brasileira (DANTAS et al., 2005). Ha, entretanto, uma renovada busca, não só no país, mas mundial, por fontes alternativas de energia que utilizam dentre os diferentes tipos de processos de conversão, a biomassa, em uma matriz primária de energia, tendo como produto final o etanol (THOMPSON, 2003). O Brasil é o país que reúne o maior quantitativo de vantagens comparativas para liderar a agricultura de energia. A primeira vantagem comparativa que se destaca é a perspectiva de incorporação de áreas e agricultura de energia, sem competição com a agricultura de alimentos, e com impactos ambientais circunscritos ao socialmente aceito. O segundo aspecto a considerar é a possibilidade de múltiplos cultivos dentro do ano calendário (BRITO, 2007). Por situar-se, predominantemente, na faixa tropical e subtropical do planeta, o Brasil recebe intensa radiação solar. A energia solar é à base da produção de bioenergia, e a densidade desta por unidade de área, depende diretamente da quantidade de radiação solar incidente (MARTIN, 1990). Em decorrência de sua extensão e localização geográfica, o Brasil apresenta diversidade de clima, exuberância de biodiversidade e detém um quarto das reservas superficiais e subterrâneas de água doce no mundo. Entretanto, ainda não se explora suficientemente o desenvolvimento de tecnologias próprias para uso destas potencialidades, ficando o país muitas vezes na dependência de importação de equipamentos e matérias-primas (SOUZA et al., 2005). Além do foco ambiental e socioeconômico de primeira grandeza, esses direcionamentos com o etanol, demandam na reconhecida capacidade de distribuição desses efeitos na cadeia produtiva sucroalcooleira, na geração de empregos em larga escala e na redução de dependência externa de petróleo, bem como na melhoria da balança comercial, dentre outros (NEGRÃO & URBAN, 2005). O Brasil destaca-se no panorama mundial pelo elevado uso de fontes renováveis em sua oferta primária de energia. Em 2004 o governo formulou o plano nacional de agroenergia PNA, para o período de 2006 a 2011, com a perspectiva de direcionar investimentos nas áreas tecnológicas e estimular o desenvolvimento empresarial nas cadeias denominadas agroenergéticas: biodiesel, etanol, florestas energéticas e aproveitamento de resíduos e dejetos (SEBRAE, 2009). 2.2 O QUE É BIODIESEL? O biodiesel é um combustível natural usado em motores diesel, produzido através de fontes renováveis, derivado de óleos vegetais (Ex: girasol, mamona, babaçu e outras oleaginosas) ou de gorduras animais. O uso energético de óleos vegetais no Brasil foi proposto em 1975, originando o Pró-óleo Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos. Seu objetivo era gerar um excedente de óleo vegetal capaz de tornar seus custos de produção competitivos com os do petróleo. Previa-se uma mistura de 30% de óleo vegetal no óleo diesel, com perspectivas para sua substituição integral em longo prazo. Expedito Parente foi um dos pioneiros no estudo do biodiesel e deu contribuições fundamentais para o setor. Em 1983, ele patenteou o primeiro processo de produção de biodiesel no Brasil. Na figura 1, mostra de forma simplificada o processo de transesterificação, ou seja, de transformação do óleo vegetal em biodiesel. 68

Figura 1 - Definição e Processo simplificado de obtenção de biodiesel Fonte: ANP & MAPA/CONAB, 2010. Pode-se ressaltar a devida importância do Brasil como um dos países detentores não só de tecnologias, mas à frente por suas características climáticas e territoriais que ocupa no mundo, uma posição privilegiada tanto em termos de biodiversidade quanto a sua capacidade de gerar recursos renováveis em grande escala, seguindo o exemplo do etanol e ultimamente do biodiesel, sendo deste modo, referência mundial para busca de novas fontes de energias renováveis (MARQUES & SERRA, 2004). 2.3 A CULTURA DA SOJA COMO FONTE DE BIOMASSA NA PRODUÇÃO DE ÓLEO VEGETAL (MATÉRIA PRIMA DO BIODIESEL) NO BRASIL A importância da produção de óleo vegetal das demais oleaginosas (mamona, dendê, girassol, pinhão manso, crambe, macaúba, canola, linhaça, gergelim, entre outras) é muito pequena, apesar de apresentarem teores de óleo mais elevados (30 a 50%, contra 18 a 20% da soja). Noventa por cento do óleo vegetal produzido no Brasil é de soja e outros 4% provêm do algodão, justamente as duas oleaginosas com o menor teor de óleo por unidade de peso. Se assim é, por que essas outras oleaginosas não disputam com a soja a liderança nacional na produção de óleo vegetal, a matériaprima do biodiesel. Abaixo, a tabela 1 mostra o percentual de óleo de algumas oleaginosas. Tabela 1 - Matérias primas para obtenção de biodiesel no Brasil Espécie Origem do Óleo Teor de Óleo (%) Colheita (meses/ano) Rendimento (T óleo/ha) Dendê/Palma Amêndoa 22,0 12 3,0-6,0 Coco Fruto 55,00-60,00 12 1,3-1,9 Babaçu Amêndoa 66,0 12 0,1-0,3 Girassol Grão 38,0-48,0 3 0,5-1,9 Colza/Canola Grão 40,0-48,0 3 0,5-0,9 Mamona Grão 45,0-50,0 3 0,5-0,9 Amendoim Grão 40,0-43,0 3 0,5-0,8 Soja Grão 18,0 3 0,2-0,4 Algodão Grão 15,00 3 0,1-0,2 Fonte: NOGUEIRA, L.A H. ET AL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Adaptado pelo DPA/Mapa. 69

O Brasil incomparavelmente tem potencial agrícola, ambiental e por posicionar-se na proximidade da linha do equador, com maior incidência de radiação solar, tem grande capacidade para produção de bioenergias, com diversidades e clima adequados para um crescimento desta tecnologia, bem como para o avanço nos processos e estudos com novas fontes como o Dendê, pinhão-manso, babaçu e outras (PNA,2005). Sendo assim, Porque não se produz soja para obter o óleo vegetal? A resposta depende de vários fatores, dentre elas é que óleo de soja é consequência da demanda - sempre crescente - por mais farelo proteico, a matéria-prima da ração animal que alimenta o frango, o porco e o bovino confinado, produtores de carne, de ovos e de leite, cuja demanda não para de aumentar, resultado do crescimento da economia e da renda per capta, principalmente dos países emergentes. Com mais dinheiro no bolso, os cidadãos desses países estão comprando cada vez mais proteína animal, principalmente carnes. A razão por que a soja responde pela maior parcela do óleo vegetal brasileiro tem outras causas, além das indicadas acima: A soja tem uma cadeia produtiva bem estruturada, tanto antes quanto depois da porteira; Dentro da porteira, a soja conta com tecnologias de produção bem definidas e modernas; É um cultivo tradicional e adaptado para produzir com igual eficiência em todo o território nacional; Oferece rápido retorno do investimento: ciclo de 4 a 5 meses; É dos produtos mais fáceis para vender, porque são poucos os produtores mundiais (EUA, Brasil, Argentina, China, Índia e Paraguai), pouquíssimos os exportadores (EUA, Brasil, Argentina e Paraguai), mas muitíssimos os compradores (todos os países), resultando em garantia de comercialização a preços sempre compensadores; A soja pode ser armazenada por longos períodos, aguardando a melhor oportunidade para comercialização; O biodiesel feito com óleo de soja não apresenta qualquer restrição para consumo em climas quentes ou frios, embora sua instabilidade oxidativa e seu alto índice de iodo inibam sua comercialização na Europa; É um dos óleos mais baratos: só é mais caro do que o óleo de algodão e da gordura animal; Seu óleo pode ser utilizado tanto para o consumo humano, quanto para produzir biodiesel ou para usos na indústria química e; Na figura 2, mostra indicativo das regiões produtoras de plantas oleaginosas no Brasil, e perspectivas de utilização regional das fontes de matérias primas para produção de biodisel. 70

Figura 2 - Potencialidade brasileira na produção de oleaginosas Fonte: SEBRAE,2009. 71

3 METODOLÓGIA Os ensaios experimentais de obtenção dos dados observados neste trabalho foram realizados através de pesquisa em anais, livros, dissertações de mestrado e doutorado, artigos e resumos científicos, utilizando-se de um computador com ferramenta do Mozilla Firefox (programa computacional de uso para internet). Assim, deu-se inicio ao processo de pesquisas de temas relacionados à produção de soja e biodiesel na região norte do Brasil e em especifico no estado do Tocantins, visando o levantamento de dados para o desenvolvimento do trabalho. Os resultados encontrados foram apresentados através das tabelas obtidas com os dados tratados em programa Excell 2007, bem como as figuras apresentadas em arquivo jpeg. Todo o corpo deste trabalho segue conforme normas legais de publicação e de acordo com as normas da ABNT. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 PRODUÇÃO DE SOJA NO ESTADO DO TOCANTINS E NAS PRINCIPAIS REGIÕES PRODUTORAS DO BRASIL Observando os dados abaixo, o estado do Tocantins saiu de uma produção de 32,5 mil toneladas em 1995, para cerca quase de 1,0085 milhão de toneladas em 2010, um aumento cerca de 3200 % neste periodo. Tabela 2 Produção de soja no Brasil no período de 1995 a 2010, em mil toneladas. Norte Nordeste Centro oeste Sudeste Sul Maiores Produtores / Ano RO PA TO BA MT MS GO MG SP PR RS BRASIL 1994/95 13,0 0,0 32,5 1.073,0 5.440,1 2.426,4 2.133,1 1.188,0 1.177,9 5.534,8 6.150,6 25.934,1 1995/96 0,0 0,0 9,3 699,3 4.686,8 2.045,9 2.046,2 1.040,2 1.234,3 6.241,1 4.402,3 23.189,7 1996/97 8,9 0,0 19,7 1.012,3 5.721,3 2.155,8 2.478,0 1.176,1 1.322,3 6.565,5 4.769,6 26.160,0 1997/98 14,1 5,5 80,2 1.201,6 7.150,0 2.281,7 3.372,0 1.382,5 1.113,0 7.191,0 6.615,6 31.369,9 1998/99 26,1 3,3 93,8 1.150,5 7.134,4 2.740,1 3.417,7 1.336,0 1.421,0 7.723,3 4.764,4 30.765,0 1999/00 35,4 4,9 136,7 1.524,7 8.801,2 2.500,9 4.072,6 1.396,8 1.172,9 7.130,4 4.965,0 32.890,0 2000/01 76,5 1,5 138,6 1.450,3 9.640,8 3.129,6 4.158,0 1.495,9 1.378,0 8.623,1 7.113,2 38.431,8 2001/02 85,0 7,3 262,5 1.464,0 11.733,0 3.278,6 5.420,4 1.948,5 1.571,3 9.502,3 5.636,0 42.230,0 2002/03 123,0 44,2 377,7 1.556,2 12.949,4 4.103,8 6.359,6 2.332,5 1.735,1 10.971,0 9.631,1 52.017,5 2003/04 177,9 95,0 606,6 2.218,1 15.008,8 3.324,8 6.147,1 2.659,2 1.815,2 10.036,5 5.559,4 49.792,7 2004/05 227,2 207,0 921,3 2.401,2 17.937,1 3.862,6 6.985,1 3.021,6 1.730,4 9.707,3 2.854,9 52.304,6 2005/06 283,0 238,1 700,4 1.991,3 16.700,4 4.445,1 6.533,5 2.482,5 1.654,6 9.645,6 7.776,1 55.027,1 2006/07 277,5 140,5 646,5 2.297,2 15.359,0 4.881,3 6.114,0 2.567,9 1.437,5 11.915,6 9.924,6 58.391,8 2007/08 311,6 201,1 910,9 2.747,6 17.847,9 4.569,2 6.543,5 2.536,9 1.446,5 11.896,1 7.775,4 60.017,7 2008/09 326,5 208,7 856,4 2.418,0 17.962,5 4.179,7 6.836,2 2.751,1 1.306,5 9.509,7 7.912,6 57.165,5 2009/10 384,3 232,5 1.071,0 3.110,5 18.766,9 5.307,8 7.342,6 2.871,5 1.586,1 14.078,7 10.218,8 68.688,2 Fonte: ANP & MAPA/CONAB,2010. Os dados acima mostram o crescimento real dos investimentos no plantio de soja no estado do Tocantins, apresentando-se uma região bastante promissora para produção desta cultura. 4.2 COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO DE SOJA ESTADUAL, COM AS DEMAIS REGIÕES PRODUTORAS NO BRASIL Analisando os dados de produção de 2009/2010 na tabela-2, podemos observar que o estado do Tocantins mostrou-se como o maior produtor de soja da região Norte do Brasil, correspondendo a 72

quase 63% da produção total neste período, e quando comparado com outros estados de maior produção de soja no país, como o Mato Grosso que ocupa a primeira posição com cerca de 28%, seguido pelo Paraná com 21%, o estado do Tocantins ocupa a 12 posição com cerca de 1,5% de toda soja produzida no país, e com perspectivas de crescimento bastante promissoras, visto suas áreas agricultáveis(cerca de 27.842.070 hectares), apresentarem 50% com vocação para a produção agrícola de grãos. 4.3 PRODUÇÃO DE BIODIESEL NO ESTADO DO TOCANTINS E NAS PRINCIPAIS REGIÕES PRODUTORAS DO BRASIL O levantamento de dados das maiores empresas produtoras de biodiesel no Brasil, foi apresentado conforme mostra a tabela-3 a seguir, de forma que os dados coletados mostram apenas aquelas empresas que arremataram mais de 10.000 M³ de biodiesel nos leilões (Do 1º ao 18º) relacionados pela ANP. Tabela 3 Volume arrematado das principais empresas do 1º ao 18º Leilão da APN. Região Nordeste Centro-Oeste Empresa UF Volume Arrematado do 1º ao 18º Leilão da ANP (m³) Brasil Ecodiesel BA 251.730 Região Sudeste Empresa UF Volume Arrematado do 1º ao 18º Leilão da ANP (m³) Petrobras MG 91.840 Comanche BA 70.000 Cesbra RJ 17.600 Petrobras BA 95.340 Ponte Di Ferro RJ 31.000 Brasil Ecodiesel CE 116.100 Biocapital SP 337.650 Petrobras CE 105.440 Bioverde SP 112.700 Brasil Ecodiesel MA 212.200 Bracol SP 165.930 Brasil Ecodiesel PI 84.400 Giranol SP 20.100 Binatural GO 67.868 Fertibom SP 61.540 Caramuru - Ipameri GO 21.500 Ponte Di Ferro SP 19.000 Caramuru - São Simão GO 342.290 SP Bio SP 13.862 Granol GO 377.920 Sul Biopar PR 47.994 ADM MT 434.860 Bsbios PR 20.000 Agrenco MT 39.600 Brasil Ecodiesel RS 275.850 AgroSoja MT 34.300 Bsbios RS 312.029 Barrálcool MT 69.210 Granol RS 278.880 Biocamp MT 70.350 Oleoplan RS 338.750 Biopar MT 17.810 Olfar RS 24.500 CLV MT 38.170 Norte Agropalma PA 16.680 Cooperbio MT 82.092 Amazombio RO 11.500 Fiagril MT 229.900 Biotins TO 14.930 Trans. Caibiense MT 45.730 Brasil Ecodiesel TO 216.500 Fonte: ANP & MAPA/CONAB, 2010). De acordo com a tabela-3, nos leilões realizados pela ANP- Agência Nacional de Petróleo até 2010, o Tocantins já tinha arrematado 18 leilões, totalizando 231.430 m³ de biodiesel, através das duas empresas atuantes no mercado estadual, a Biotins com 14.930 m³ e a Brasil Ecodiesel com 73

216.500 m³, onde se coloca como líder de produção na região Norte do Brasil, detendo 88% de todo biodiesel produzido neste período. 4.4 COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL ESTADUAL, COM AS DEMAIS REGIÕES PRODUTORAS NO BRASIL. Quando comparado com outros estados da federação, o estado do Tocantins é o primeiro da região Norte, porém no Brasil até o 18 leilões já foram comprados pela ANP cerca de 5.296.300 m³ de biodiesel, dos quais cerca de 22% corresponde ao Rio Grande do Sul (1 ), quase 19% ao Mato Grosso (2 ) e 15% ao estado do Goiás, sendo que o Tocantins abocanhou o 6 lugar, com quase 4,5% de todo biodiesel produzido no Brasil, um marco bastante expressivo para um estado novo, com fortes indícios que apontam crescimento nos próximos anos, quando observa-se os dados obtidos, na produção de soja da tabela-2, que está diretamente relacionado a produção de Biodiesel, visto que cerca de 80% de todo biodiesel produzido no Brasil, tem como principal fonte a soja. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos dados obtidos no período de 1995 a 2010, o estado do Tocantins apresentou um aumento de mais de 3000 % de sua capacidade produtiva de soja, bem como se apresentou como o maior produtor de soja da região Norte do país detendo cerca de 63% desta, neste mesmo período. E comparado sua produção com os demais estados da federação, ocupa o 12 (Com 1,5% da produção Nacional), no qual o Mato Grosso ocupa a 1 posição (Com 28%), seguido pelo Paraná com quase 21%. Entretanto, para um estado que tem apenas 24 anos de emancipação política, este se mostra em processo acelerado de crescimento, e com área agricultável de quase 27.842.070 hectares, dos quais 50% têm vocação para a produção agrícola de grãos. Em relação à produção de biodiesel, o estado do Tocantins já produziu cerca de 231.430 m³ de biodiesel até 2010, dentre os quais; a Biotins com 14.930 m³ e a Brasil Ecodiesel com 216.500 m³, colocando o estado novamente como líder na região Norte, correspondente a 88% da produção. Essa produção quando comparada aos estados pioneiros, o mesmo ocupa a 6 colocação, ficando atrás de estados como o RS (1 ), MT (2 ), GO (3 ), SP (4 ) e BA (5 ), conforme apresentado na tabela 3. Sabe-se atualmente que cerca de 80% do biodiesel produzido no Brasil provém da soja, logo com o levantamento realizado neste trabalho, pode-se projetar o estado do Tocantins como importante polo de produção de soja na região Norte do país, bem como apontar essa cultura como bastante promissora para produção de biodiesel e alternativa viável para crescimento da capacidade produtiva dessa fonte de energia limpa e sustentável. REFERÊNCIAS ANP & MAPA/CONAB: Desenvolvimento Sustentável da Agroenergia. Acessado em 20/09/2014, site: http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/desenvolvimento_sustentavel/agroenergi a/anuario_agroenergia/index.html# BINDRABAN, P. S.; BULTE, E.H.; CONIJN, S. G. Can large-scale biofuels production be sustainable by 2020? Artigo publicado: Agricultural Systems 101 (2009), p.197 199. BRITO, J. O. O uso energético da madeira, Artigo publicado pela: Escola superior de agricultira da Esalq/Usp. Piracicaba-SP, 2007. DANTAS, F. F.; SILVEIRA M. A.; SOUZA, F. R.; BARROS, M. S.; TAVARES, I. B. Tratamento anaeróbio do vinhoto gerado na produção de etanol a partir da batata doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] em reator UASB. Anais I Congresso Científico Universidade Federal do Tocantins, Palmas, 2005). IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Levantamento Sistemático da Produção Agricola em 2013. Acessado em 30/09/2014, Site: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/lspa_201409_5.s htm MARQUES, T. A. and SERRA, G. E. The study of recycle in the biological production of ethanol. Ciênc. Tecnol. Alimentos., Oct./Dec. 2004, vol.24, no.4, p.532-535. ISSN 0101-2061. 74

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