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Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 49/2012 Santa Catarina a Federal IPI - Depósito fechado Confira os procedimentos a serem adotados nas operações com depósito fechado, com fundamento nas disposições que regem a matéria, segundo a legislação do IPI. Pág. 1 a Estadual ICMS - Ativo Imobilizado Verifique as principais características fiscais aplicáveis nas operações com Ativo Imobilizado. Pág. 6 a IOB Setorial Federal Setor tecnológico - IPI - Incentivo fiscal à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos. Pág. 8 a IOB Perguntas e Respostas Seleção de questões sobre os mais variados e relevantes temas tributários. Pág. 9 Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Base de cálculo - Frete - Mercadorias com alíquotas diversificadas a ICMS - Conserto a ICMS - Consignação mercantil

2012 by IOB Capa: Marketing IOB Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : depósito fechado. -- 8. ed. -- São Paulo : IOB, 2012. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-1674-2 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 12-14513 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI - Depósito fechado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Providência no recebimento de produtos 3. Fato gerador 4. Suspensão do imposto 5. Crédito fiscal 6. Autonomia dos estabelecimentos 7. Depósito fechado localizado na mesma Unidade da Federação 8. Depósito fechado localizado em outra Unidade da Federação 9. CFOP 10. Modelos 1. Introdução Para fins de interpretação e de aplicação das normas contidas no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto n o 7.212/2010, serão adotadas, entre outras, as seguintes definições: a) depósito fechado - é aquele em que não se realizam vendas, mas apenas entregas por ordem do depositante dos produtos; e b) é considerado, ainda, depósito fechado a área externa, delimitada, de estabelecimento fabricante de veículos automóveis. (RIPI/2010, art. 609, VII e VIII) 2. Providência no recebimento de produtos Os fabricantes, os comerciantes e os depositários que receberem ou adquirirem para industrialização, comércio ou depósito, ou para emprego ou utilização nos respectivos estabelecimentos, produtos tributados ou isentos, deverão examinar se eles se acham devidamente rotulados ou marcados ou, ainda, selados se estiverem sujeitos ao selo de controle, bem como se estão acompanhados dos documentos exigidos e se estes satisfazem a todas as prescrições legais. Em caso de irregularidade, os interessados comunicarão o fato, por escrito, ao remetente, dentro de 8 dias, contados do seu recebimento, ou antes do início do seu Depósito fechado é aquele em que não se realizam vendas, mas apenas entregas por ordem do depositante dos produtos consumo, ou venda, se o início se verificar em prazo menor, conservando em seu arquivo cópia do documento com prova de seu recebimento. A comunicação revestida das formalidades ora descritas exime de responsabilidade os recebedores ou os adquirentes, pela irregularidade constatada. No caso de falta de documento fiscal que comprove a procedência do produto e identifique o remetente pelo nome e pelo endereço, ou de produto que não se encontre selado, rotulado ou marcado, quando exigido o selo de controle, a rotulagem ou a marcação, não poderá o destinatário recebê-lo, sob pena de ficar responsável pelo pagamento do imposto, se exigível, e sujeito às sanções cabíveis. A declaração, na nota fiscal, da data da entrada da mercadoria no estabelecimento será feita no mesmo dia da entrada. (RIPI/2010, art. 327) 3. Fato gerador É considerado ocorrido o fato gerador na saída de estabelecimento depositário do estabelecimento industrial ou a ele equiparado, quanto aos produtos entregues diretamente a outro estabelecimento. Nesse sentido, estabelecimento depositário é o depósito fechado ou o armazém-geral; e estabelecimento depositante é o remetente do produto para aqueles estabelecimentos (depositários). (RIPI/2010, art. 36, II) 4. Suspensão do imposto Poderão sair com suspensão do imposto os produtos enviados pelo estabelecimento industrial, ou a ele equiparado, a depósito fechado, bem como aqueles devolvidos ao remetente (depositante). (RIPI/2010, art. 43, III) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 SC 1

5. Crédito fiscal Na remessa de produtos, tanto para armazém-geral, quanto para depósito fechado, o direito ao crédito do imposto, quando admitido, é do estabelecimento depositante. (RIPI/2010, art. 226, parágrafo único) 6. Autonomia dos estabelecimentos Cada estabelecimento, seja matriz, sucursal, filial, agência, depósito ou qualquer outro, manterá o seu próprio documentário, vedada, sob qualquer pretexto, a sua centralização, ainda que no estabelecimento matriz. (RIPI/2010, art. 384) 7. Depósito fechado localizado na mesma Unidade da Federação 7.1 Saída para o depósito fechado do próprio remetente Na saída de produto para depósito fechado localizado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento remetente, assim como em seu retorno a este, será emitida nota fiscal com suspensão do imposto, na qual serão indicados, além dos requisitos de praxe: a) como natureza da operação: Outras saídas - Remessa para depósito ou Outras saídas - Retorno de mercadorias depositadas ; b) CFOP: 5.905 (remessa) ou 5.906 (retorno); c) no campo Informações Complementares, a indicação da expressão Saído com suspensão do IPI - RIPI - Decreto n o 7.212/2010, art. 43, III. Note-se que as notas fiscais que acompanharem os produtos serão emitidas pelo depositante, na remessa, e pelo depósito fechado, no retorno. (RIPI/2010, arts. 43, III, 482 e 492, I) 7.1.1 Saída para o depósito fechado do adquirente Na saída de produto para depósito fechado do adquirente, localizado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento destinatário, este será considerado depositante, devendo o remetente (fornecedor) emitir nota fiscal, com destaque do imposto, se devido, e com a indicação do valor e da natureza da operação, e, ainda: a) como destinatário, o estabelecimento depositante (adquirente); e b) o local de entrega, o endereço e os números de inscrição, do depósito fechado, no CNPJ e no Fisco estadual. O depósito fechado deverá escriturar a nota fiscal que acompanhou os produtos, no livro Registro de Entradas, e apor na mesma nota fiscal a data da entrada efetiva dos produtos, remetendo-a ao estabelecimento depositante. Além disso, deverão ser anotados na coluna Observações do livro Registro de Entradas, relativamente à escrituração mencionada, o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal de saída simbólica emitida pelo estabelecimento depositante na forma da letra b adiante. Caberá ao estabelecimento depositante: a) escriturar a nota fiscal no livro Registro de Entradas, dentro de 10 dias, contados da data da entrada efetiva das mercadorias no depósito fechado; b) emitir nota fiscal relativa à saída simbólica, dentro de 10 dias, contados da data da entrada efetiva dos produtos no depósito fechado, mencionando, ainda, o número e a data do documento fiscal do remetente (fornecedor); e c) enviar a nota fiscal de saída simbólica, emitida na forma da letra b anterior, ao depósito fechado, dentro de 5 dias, contados da data da sua emissão. (RIPI/2010, arts. 484 e 492, V) 7.2 Saída do depósito fechado 7.2.1 Estabelecimento depositante Na saída de produto de depósito fechado localizado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento depositante, com destino a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, o depositante emitirá nota fiscal, com destaque do imposto, se devido, e com a declaração de que os mesmos produtos serão retirados do depósito fechado, mencionando o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual. (RIPI/2010, arts. 483, caput, e 492, II) 7.2.2 Depósito fechado O depósito fechado, na saída dos produtos, expedirá nota fiscal para o estabelecimento depositante, sem destaque do imposto, indicando: a) o valor dos produtos, que será aquele atribuído por ocasião de sua entrada no depósito fechado; b) a natureza da operação: Outras saídas - Retorno simbólico de produtos depositados ; c) o CFOP: 5.907 (retorno); d) o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante, na forma do subitem 7.2.1; e) o nome, o endereço e os números de inscrição do estabelecimento destinatário dos produtos, no CNPJ e no Fisco estadual; e f) a data da saída efetiva dos produtos. O depósito fechado indicará no verso das vias da nota fiscal do estabelecimento depositante, que deverão acompanhar os produtos, a data de sua efetiva saída, o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal por ele emitida. A nota fiscal, assim emitida, será enviada ao estabelecimento depositante, que deverá escriturá-la no livro Registro de Entradas, dentro de 10 dias, contados da saída efetiva dos produtos do depósito fechado. (RIPI/2010, arts. 483, 1 o a 3 o, e 492, II) 2 SC Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 - Boletim IOB

8. Depósito fechado localizado em outra Unidade da Federação 8.1 Saída para o depósito fechado do próprio remetente Na saída de produto para depósito fechado localizado em Unidade da Federação diversa daquela em que se localiza o estabelecimento remetente, este emitirá nota fiscal, com suspensão do imposto, indicando: a) como natureza da operação: Outras saídas - Remessa para depósito em outro Estado ; b) CFOP: 6.905 (remessa); e c) no campo Informações Complementares, a indicação da expressão Saído com suspensão do IPI - RIPI - Decreto n o 7.212/2010, art. 43, III. (RIPI/2010, arts. 43, III, 485 e 492, III) 8.2 Saída do depósito fechado 8.2.1 Estabelecimento depositante Na saída de produto de depósito fechado localizado em Unidade da Federação diversa daquela onde está localizado o estabelecimento depositante, com destino a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, o depositante emitirá nota fiscal com destaque do imposto, se devido, indicando o valor e a natureza da operação e a circunstância de que os produtos serão retirados do depósito fechado, bem como o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual. (RIPI/2010, arts. 486, caput, e 492, IV) 8.2.2 Depósito fechado O depósito fechado, na saída dos produtos, emitirá: a) nota fiscal para o estabelecimento destinatário, sem destaque do imposto, indicando: a.1) o valor da operação, que será o da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante, na forma do subitem 8.2.1; a.2) a natureza da operação: Outras saídas - Remessa por conta e ordem de terceiros ; a.3) o CFOP: 6.923 (remessa por conta e ordem de terceiros); a.4) o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal do estabelecimento depositante, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual; e b) nota fiscal para o estabelecimento depositante, sem destaque do imposto, indicando: b.1) o valor dos produtos, que será aquele atribuído por ocasião de sua entrada no depósito fechado; b.2) a natureza da operação: Outras saídas - Retorno simbólico de mercadorias depositadas ; b.3) o CFOP: 6.907 (retorno simbólico); b.4) o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal emitida na forma do subitem 8.2.1, pelo estabelecimento depositante, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual; b.5) o nome, o endereço e os números de inscrição, do estabelecimento destinatário, no CNPJ e no Fisco estadual, e o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal referida na letra a ; e b.6) a data da efetiva saída dos produtos. Os produtos serão acompanhados, no seu transporte, pelas notas fiscais emitidas pelo depositante, na forma do subitem 8.2.1, e pelo depósito fechado, nos termos da letra a deste subitem. A nota fiscal a que se refere a letra b será enviada ao estabelecimento depositante, que a escriturará no livro Registro de Entradas, dentro de 10 dias, contados da saída efetiva dos produtos do depósito fechado. O estabelecimento destinatário, ao receber os produtos, escriturará no livro Registro de Entradas a nota fiscal emitida pelo depositante, anotando na coluna Observações o número, a série, se houver, e a data da nota fiscal emitida pelo depósito fechado, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição deste no CNPJ e no Fisco estadual. (RIPI/2010, arts. 486 e 492, IV) 9. CFOP Transcrevemos, a seguir, os Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP) relacionados às operações com depósito fechado: Entradas Saídas CFOP Descrição CFOP Descrição - - 5.105/6.105 Venda de produção do estabelecimento, que não deva por ele transitar - - 5.106/6.106 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, que não deva por ele transitar 1.905/2.905 Entrada de mercadoria 5.905/6.905 Remessa para depósito recebida para depósito fechado ou armazém-geral em depósito fechado ou armazém-geral 1.906/2.906 Retorno de mercadoria 5.906/6.906 Retorno de mercadoria remetida para depósito fechado ou armazémdepositada em depósito fechado ou armazém-geral -geral 1.907/2.907 Retorno simbólico de mercadoria remetida para depósito fechado ou armazém-geral 1.923/2.923 Entrada de mercadoria recebida do vendedor remetente, em venda à ordem 1.934/2.934 Entrada simbólica de mercadoria recebida para depósito fechado ou armazém-geral 5.907/6.907 Retorno simbólico de mercadoria depositada em depósito fechado ou armazém-geral 5.923/6.923 Remessa de mercadoria por conta e ordem de terceiros, em venda à ordem ou em operações com armazém-geral ou depósito fechado 5.934/6.934 Remessa simbólica de mercadoria depositada em armazém-geral ou depósito fechado Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 SC 3

10. Modelos 10.1 Nota fiscal de remessa Reproduzimos, a seguir, modelo de nota fiscal de remessa para depósito fechado localizado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento remetente. EMITENTE NOME INDUSTRIA SIDERÚRGICA X LTDA. UF SP NOTA FISCAL Nº 001.590 x SAÍDA ENTRADA LOGOTIPO ENDEREÇO Rua Brusque, 200 CEP 00000-000 BAIRRO/DISTRITO - Vila Nordestina São Paulo - SP 1ª VIA CNPJ 11.111.111/0001-11 DESTINATÁRIO/ REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Outras saídas - Remessa para depósito fechado CFOP 5.905 INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL 100.200.300.001 DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL INDUSTRIA SIDERÚRGICA X LTDA. - DEPÓSITO FECHADO ENDEREÇO Av. Central, 500 MUNICÍPIO São Paulo FATURA CNPJ/CPF 11.111.111/0001-13 BAIRRO/DISTRITO CEP Centro 22222-222 FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL (011) 33333333 SP 222.222.222.22 DATA DA EMISSÃO 15.10.2012 DATA DA SAÍDA/ENTRADA 15.10.2012 HORA DA SAÍDA 15h DADOS DO PRODUTO CÓDIGO PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO FISCAL SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR ALÍQUOTAS TOTAL ICMS IPI VALOR DO IPI - Lingotes de aço 7219.12.00 - Kg 2.000 50,00 100.000,00 - - - CÁLCULO DO IMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS 100.000,00 VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE 1 Remetente 2. DESTINATÁRIO CSJ O674 ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL S P 100.000,00 QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Saído com suspensão do IPI - Art. 43, III, do RIPI - Decreto nº 7.212/2010 (alíquota 5% - R$ 5.000,00) RESERVADO AO FISCO N DE CONTROLE DO FORMULÁRIO 001.590 DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N 001.590 4 SC Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 - Boletim IOB

10.2 Nota fiscal de retorno Reproduzimos, a seguir, modelo de nota fiscal de retorno de depósito fechado localizado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento depositante. EMITENTE LOGOTIPO NOME INDUSTRIA SIDERÚRGICA X LTDA. - DEPÓSITO FECHADO ENDEREÇO Av, Central, 500 UF SP CEP 22222-222 NOTA FISCAL Nº 001.950 x SAÍDA ENTRADA BAIRRO/DISTRITO - Centro 1ª VIA CNPJ 11.111.111/0001-13 DESTINATÁRIO/ REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Outras saídas - Retorno de mercadoria depositada em depósito fechado CFOP 5.906 INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL 222.222.222.22 DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO INDUSTRIA SIDERÚRGICA X LTDA. ENDEREÇO Rua Brusque, 200 11.111.111/0001-11 BAIRRO/DISTRITO CEP Vila Nordestina 00000-000 22.10.2012 DATA DA SAÍDA/ENTRADA 22.10.2012 MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA São Paulo FATURA SP 100.200.300.001 15h DADOS DO PRODUTO CÓDIGO PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO FISCAL SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR ALÍQUOTAS TOTAL ICMS IPI VALOR DO IPI - Lingotes de aço 7219.12.00 - Kg 2.000 50,00 100.000,00 - - - CÁLCULO DO IMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS 100.000,00 VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA 100.000,00 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE S Remetente 2. DESTINATÁRIO 1 CSJ O674 P ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Saído com suspensão do IPI - Art. 43, III, do RIPI - Decreto nº 7.212/2010 (alíquota 5% - R$ 5.000,00) Mercadoria recebida com a nota fiscal nº 001.590, de 15.10.2012, no valor de R$ 100.000,00 DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RESERVADO AO FISCO N DE CONTROLE DO FORMULÁRIO 001.950 RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N 001.950 N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 SC 5

3. Crédito do ICMS decorrente da importação de bens destinados ao Ativo Permanente O imposto devido na entrada de máquinas e equipamentos, suas partes e peças, importados diretamente do exterior do País, destinados ao Ativo Permanente do importador adquirente, poderá: a) ser lançado em parcelas mensais iguais e sucessivas no livro Registro de Apuração do ICMS, no mesmo número previsto para crédito do Ativo Permanente, devendo a 1 a parcela ser debitada no mês em que ocorrer a entrada do bem no estabelecia Estadual ICMS - Ativo Imobilizado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Aquisição de ativo desde 1 o.01.2001 3. Crédito do ICMS decorrente da importação de bens destinados ao Ativo Permanente 4. Considerações sobre o crédito relativo à aquisição de bens para integração ao Ativo Imobilizado por consórcio de empresas 5. Considerações sobre o crédito nas aquisições de partes e peças para manutenção de bens do Ativo Imobilizado 6. Aquisições interestaduais de bens do Ativo Permanente 7. Contribuinte obrigado à EFD 8. Quadro resumo 1. Introdução Podemos considerar como Ativo Permanente o conjunto de bens móveis integrantes do acervo patrimonial da empresa necessários à exploração do objeto social e à manutenção da atividade empresarial. Esses bens não figuram na atividade principal como mercadoria destinada à venda. Desde a entrada em vigor da Lei Complementar n o 87/1996, ou seja, desde 1 o.11.1996, é assegurado ao contribuinte o direito de creditar-se do valor do ICMS relativo às aquisições de bens do Ativo Permanente. Contudo, não geram direito ao crédito do imposto as entradas de mercadorias que se refiram a serviços alheios à atividade do estabelecimento, como de veículos de transporte pessoal. (RICMS-SC/2001, art. 34) 2. Aquisição de ativo desde 1 o.01.2001 Em relação às aquisições de bens para o Ativo Permanente ocorridas desde 1 o.01.2001, a apropriação dos créditos relativos a bens do Ativo Permanente: a) será feita à razão de 1/48 por mês, devendo a 1 a fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento; b) em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de que trata a letra a, em relação à proporção das saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das saídas e prestações efetuadas no mesmo período. Para aplicação do disposto nas letras a e b, o montante do crédito a ser apropriado será o obtido multiplicando- -se o valor total do respectivo crédito pelo fator igual a 1/48 da relação entre o valor das saídas e prestações tributadas e o total das saídas e prestações do período, observado o seguinte: a) as saídas e prestações com destino ao exterior ou com fim específico de exportação, de que trata o RICMS-SC/2001, art. 6 o, II, e seus 1 o e 2 o, equiparam-se às tributadas; b) na hipótese de apuração decendial, o fator será de 1/144. Na hipótese de alienação, transferência, perecimento, extravio ou deterioração dos bens do Ativo Permanente, antes de decorrido o prazo de 4 anos contado da data da sua entrada no estabelecimento, não será admitido, a partir da data da ocorrência, o creditamento de que trata este tópico em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio. Ao final do 48 o mês contado da data da entrada do bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado. (RICMS-SC/2001, art. 37, 2 o, e art. 39) 2.1 Exemplo de cálculo desde 2001 Suponha-se que o contribuinte do ICMS adquiriu, em julho/2006 (operação interestadual), um bem para o seu Ativo Permanente, cujo valor do ICMS destacado na nota fiscal foi de R$ 12.000,00 e pagou diferencial de alíquotas de R$ 5.000,00. O frete foi pago pelo fornecedor, portanto, foi incorporado ao custo do bem. O crédito do ICMS será calculado mensalmente conforme descrito a seguir. No mês de julho/2006, o contribuinte efetuou as seguintes saídas: Saídas Valor Tributadas (mercado interno) R$ 150.000,00 Exportação R$ 70.000,00 Não tributadas R$ 30.000,00 Então, o cálculo do valor a creditar nesse mês foi o seguinte: R$ 17.000,00 x (1/48 x R$ 220.000,00 R$ 250.000,00) = R$ 17.000,00 x 0,01833333 = R$ 312,00 (arredondado). 2.2 Emissão de nota fiscal de entrada para controle do crédito A obrigatoriedade de emissão de nota fiscal de entrada deixou de existir com a introdução da Alteração n o 1.817 do Decreto n o 1.923/2008. (RICMS-SC/2001, art. 37, 2 o ) 6 SC Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 - Boletim IOB

mento, condicionado à comprovação da inexistência de produto similar produzido em território catarinense, através de atestado emitido pela Federação da Indústria do Estado de Santa Catarina (FIESC), ou por órgão federal competente, ou ainda por entidade representativa do setor produtivo do bem importado com abrangência nacional; b) ser parcelado em até 12 vezes, a critério do Gerente Regional da Fazenda Estadual a que estiver jurisdicionado o domicílio do requerente, observado o seguinte: b.1) ficam excluídos do benefício os importadores que se caracterizem como contribuintes habituais do imposto, estiverem cadastrados como tais ou estiverem obrigados à escrituração do livro Registro de Apuração do ICMS ou à emissão de documentos fiscais, exceto se forem enquadrados no Simples Nacional ou produtores primários, na forma da legislação aplicável; b.2) a importação deve ser realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados neste Estado; b.3) o interessado deverá fazer prova da inexistência de produto similar produzido em território catarinense, atestada por órgão federal competente ou por entidade representativa do setor produtivo de máquinas e equipamentos com abrangência em todo o território nacional; b.4) a liberação do desembaraço fica condicionada ao pagamento da 1 a parcela até a data do ciente do ato concessivo. A aplicação do disposto neste tópico fica condicionada a que: a) o interessado não seja devedor da Fazenda Estadual; b) o interessado obtenha a liberação do bem por meio eletrônico, nos termos do RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 193, I, ou seu 6 o, ou, excepcionalmente, nas Gerências Regionais da Fazenda Estadual, por ocasião da importação, mediante visto prévio na Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira sem Comprovação do Recolhimento do ICMS (GLME), na hipótese do RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 193, 10. (RICMS-SC/2001, Parte Geral, art. 53, 7 o e 8 o ) 4. Considerações sobre o crédito relativo à aquisição de bens para integração ao Ativo Imobilizado por consórcio de empresas O crédito relativo à aquisição de bens para integração ao Ativo Imobilizado por consórcio de empresas poderá ser transferido às empresas consorciadas, na mesma proporção da participação de cada consorciada. A transferência do crédito será feita mediante emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, a qual, além dos demais requisitos exigidos, conterá: a) como natureza da operação, Transferência de Crédito de Consórcio - RICMS-SC, art. 44-A ; b) o valor do crédito transferido, em algarismos, a ser indicado no retângulo da nota fiscal destinado ao destaque do imposto e por extenso. O documento fiscal será lançado, pelo destinatário, no livro Registro de Entradas, registrando o crédito na coluna Imposto Creditado, consignando na coluna Observações : Crédito recebido de consórcio em transferência - RICMS-SC, art. 44-A. O consórcio deverá estar devidamente inscrito no CCICMS, na forma prevista no RICMS-SC/2001, Anexo 5, art. 2 o, 9 o. O crédito transferido, apropriado pelo destinatário, fica sujeito ao estabelecido no RICMS-SC/2001, arts. 39, II, 2 o e 3 o, e 39-A (forma de apropriação do crédito de bens do Ativo Permanente em 48 parcelas). (RICMS-SC/2001, art. 44-A) 5. Considerações sobre o crédito nas aquisições de partes e peças para manutenção de bens do Ativo Imobilizado Foi publicada a Resolução Normativa SEF/Copat n o 54/2007, a qual esclarece que a aquisição de partes e peças para a manutenção de bens integrados ao Ativo Imobilizado da empresa (consideradas como material de uso e consumo) somente darão direito ao crédito do imposto a partir de 1 o.01.2020, quando o regime de créditos financeiros passará a vigorar em sua integralidade. Nota A Lei Complementar n o 138/2010 prorroga para 1 o.01.2020 o prazo para a fruição do direito ao crédito nas aquisições de material de uso e consumo. 6. Aquisições interestaduais de bens do Ativo Permanente O imposto devido relativo à entrada no estabelecimento de mercadorias oriundas de outro Estado, destinadas ao consumo ou integração ao Ativo Permanente poderá ser compensado, no mesmo período de apuração, com créditos registrados em conta-gráfica. O imposto correspondente ao diferencial de alíquotas devido por ocasião da entrada, no estabelecimento, de máquinas, aparelhos ou equipamentos oriundos de outra Unidade da Federação, destinados à integração ao Ativo Permanente do adquirente, poderá ser lançado em parcelas mensais, iguais e sucessivas no livro Registro de Apuração do ICMS, no mesmo número previsto para crédito, devendo a 1 a parcela ser debitada no mês em que ocorrer a entrada do bem no estabelecimento. (RICMS-SC/2001, art. 53, 6 o e 12) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 SC 7

7. Contribuinte obrigado à EFD A Escrituração Fiscal Digital (EFD) compõe-se da totalidade das informações, em meio digital, necessárias à apuração do imposto referente às operações e prestações praticadas pelo contribuinte, bem como outras de interesse da Secretaria de Estado da Fazenda e da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). O contribuinte deverá utilizar a EFD para efetuar a escrituração do: a) Registro de Entradas; b) Registro de Saídas; c) Registro de Inventário; d) Registro de Apuração do ICMS; e) Registro de Apuração do IPI; f) documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (Ciap), modelos C ou D. O contribuinte deverá utilizar a EFD para efetuar a escrituração dos créditos decorrentes de operações de que decorra entrada de mercadorias destinadas ao Ativo Permanente. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 24, 1 o, 3 o e 4 o ) 8. Quadro resumo A seguir, apresentamos a tabela com os principais tratamentos fiscais a serem observados relacionados ao Ativo Imobilizado: Operação de aquisição Santa Catarina Momento do crédito Na entrada do bem Fundamento Legal RICMS-SC/2001, art. 39, I Modelo do livro D RICMS-SC/2001, art. 37, 2 o ; e Ajuste Sinief n o 3/2001 Forma de apropriação Escriturar no livro Registro de Apuração RICMS-SC/2001, art. 37 Transferência Operação interna Isenção RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 35, I Baixas (perecimento, inutilização, extravio - furto, roubo ou perda -, deterioração do bem) Operação interestadual Isenção (desde que atendidas as condições) Estorno do crédito RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 35, II RICMS-SC/2001, art. 38, 2 o N a IOB Setorial federal Setor tecnológico - IPI - Incentivo fiscal à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos A economia brasileira, a exemplo de outros setores que envolvem o complexo administrativo do País, está cada vez mais vinculada ao desenvolvimento da área tecnológica, promovendo, dessa forma, substanciais alterações no ramo da Ciência e da Tecnologia (C&T). A política de C&T tem contribuído em escala significativa para o desenvolvimento social e econômico e para a competitividade nacional; e o Governo federal tem participado com incentivos na área tributária, dos quais destacamos a redução da carga tributária do IPI, de que trata o art. 17, II da Lei n o 11.196/2005, incorporada ao art. 72 do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto n o 7.212/2010. Nesse sentido, a pessoa jurídica poderá usufruir da redução de 50% do IPI incidente sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como sobre os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico. Para efeitos fiscais, é considerada inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado. A pessoa jurídica beneficiária do incentivo fiscal está obrigada a prestar ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em meio eletrônico, informações sobre os programas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, observado o seguinte: a) a documentação relativa à utilização do incentivo deverá ser mantida pela pessoa jurídica à disposição da fiscalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram; b) o Ministério da Ciência e Tecnologia remeterá à RFB as informações relativas ao incentivo fiscal. O descumprimento de qualquer obrigação assumida para obtenção do incentivo fiscal, bem como a sua utilização indevida, implica perda do direito ao incentivo ainda não utilizado e a obrigação de recolher o valor correspondente ao imposto não pago em decorrência do incentivo já 8 SC Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 - Boletim IOB

utilizado, acrescido de juros e multa, de mora ou de ofício, previstos na legislação tributária, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. O incentivo fiscal em referência não se aplica às pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios de que tratam a Lei n o 8.248/1991, a Lei n o 8.387/1991 e a Lei n o 10.176/2001, ressalvada a hipótese de a pessoa jurídica exercer outras atividades além daquelas que geraram os referidos benefícios, aplicando-se a redução do imposto apenas em relação a essas outras atividades. A Lei n o 8.248/1991 dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de informática e automação; a Lei n o 8.387/1991 dá nova redação ao 1 o do art. 3 o e aos arts. 7 o e 9 o do Decreto-lei n o 288/67 (Cria a Zona Franca de Manaus), ao caput do art. 37 do Decreto-lei n o 1.455/76 (Bagagem de Passageiro vindo do Exterior) e ao art. 10 da Lei n o 2.145/53 (Cria a Carteira de Comércio Exterior); e a Lei n o 10.176/2001 dispõe sobre o ressarcimento das contribuições para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e para a Seguridade Social (Cofins), incidentes sobre insumos utilizados na fabricação de produtos destinados à exportação. O gozo do benefício fiscal está condicionado, ainda, à comprovação da regularidade fiscal da pessoa jurídica. A redução do IPI: a) será aplicada automaticamente pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, à vista de pedido, ordem de compra ou documento de adjudicação da encomenda, emitido pelo adquirente, que ficará arquivado à disposição da fiscalização, devendo constar da nota fiscal a finalidade a que se destina o produto e a indicação do ato legal que concedeu o incentivo fiscal; b) na hipótese de importação do produto pelo beneficiário da redução, este deverá indicar na declaração de importação a finalidade a que ele se destina e o ato legal que autoriza o incentivo fiscal. (Lei n o 8.248/1991; Lei n o 8.387/1991; Lei n o 10.176/2001; Lei n o 11.196/2005, art. 17, caput, II, 1 o ; RIPI/2010, art. 72) N a IOB Perguntas e Respostas IPI - ZFM - Simples Nacional - Suspensão do tributo - Impossibilidade 1) O contribuinte optante pelo Simples Nacional poderá efetuar vendas de produtos para a Zona Franca de Manaus (ZFM) com a suspensão do IPI? Não. As empresas optantes pelo Simples Nacional não podem utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. Portanto, as vendas para a ZFM integram a base de cálculo para a determinação do valor devido mensalmente pelas empresas optantes pelo Simples Nacional, sendo o regime simplificado incompatível com qualquer outro benefício ou tratamento fiscal diferenciado ou mais favorecido, tais como suspensão, isenção ou alíquota zero. (RIPI/2010, arts. 84 e 178, II; Solução de Consulta RFB n o 449/2007) IPI - Bebidas frias - Regime geral - Responsabilidade tributária do industrial 2) Fabricante de bebidas frias não optante pelo regime especial vende para estabelecimento atacadista, e este revende para o varejista. O industrial deverá recolher o IPI, na condição de substituto tributário, sobre toda a cadeia de comercialização? Sim. O industrial, nesse caso, deverá adotar o regime geral de tributação previsto no art. 222 do RIPI/2010, aplicando-se a substituição tributária até a saída do estabelecimento atacadista para o varejista, considerando-se que tal atacadista é equiparado a industrial, conforme previsto no art. 9 o, XI, do RIPI/2010. (Decreto n o 6.707/2008, arts. 3 o, 5 o, I, e 6 o, II, a ; RIPI/2010, arts. 9 o, XI, 25, X, e 222) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 SC 9

IPI - Bebidas frias - Regime geral - Suspensão do imposto 3) O importador de bebidas frias relacionadas no Decreto n o 6.707/2008, ao realizar operações com tais produtos ao amparo do regime geral de tributação, terá seu imposto próprio suspenso quando der saída para outro atacadista ou diretamente para o varejista? Sim. Conforme previsto no art. 11, 1 o, do Decreto n o 6.707/2008, fica suspenso o IPI devido pelo contribuinte importador pela sua própria operação quando a saída se destinar a estabelecimento equiparado nos termos do art. 10 do mesmo diploma legal. Assim, considerando-se que tanto o comercial atacadista quanto o varejista que adquirem tais bebidas, diretamente do importador, se equiparam a industrial para efeitos do regime geral, caberá a suspensão do imposto. (Decreto n o 6.707/2008, arts. 10 e 11, 1 o ; RIPI/2010, art. 10) SC/ICMS - EFD - Dispensa de registros 4) Em Santa Catarina, os contribuintes obrigados à Escrituração Fiscal Digital (EFD) ficam dispensados de quais registros? Os contribuintes catarinenses obrigados à EFD estão dispensados dos seguintes registros: C116, C140, C141, C165, C176, C179, C350, C370, C390, C460, C470, C495, C600, C601, C610, C690, C800, C850, C860, C890, D600, D610, D690, E115, 1200, 1210, 1700, 1710, 1900, 1910, 1920, 1921, 1922, 1923, 1925, 1926. (Portaria SEF n o 287/2011, art. 1 o, I) SC/ICMS - EFD - Perfil adotado pelas empresas de energia elétrica, comunicação e de telecomunicação 5) Em qual perfil as empresas do setor de energia elétrica, comunicação e telecomunicação devem apresentar os registros da Escrituração Fiscal Digital (EFD)? No Estado de Santa Catarina, as empresas do setor de energia elétrica, de comunicação e de telecomunicação devem apresentar os registros da EFD no Perfil A. (Portaria SEF n o 287/2011, subitem 2.6.2) 10 SC Manual de Procedimentos - Dez/2012 - Fascículo 49 - Boletim IOB